Ciúmes II – Por Lili Psique
Disclaimer: Saint Seiya / Cavaleiros do Zodíaco pertence a Masami Kurumada.
Resumo: Shaka e Mú conseguiram ajudar Afrodite na "crise" com MdM. Mas e as conseqüências do plano de Virgem para ele e Áries? Romance yaoi / lemon.
Capítulo 02
A semana passou, os muxoxos continuaram, mas foram perdendo a força. De vez em quando Ikki ou Miro irritavam Shaka, mas Mú sempre parecia tão calmo, que a brincadeira foi ficando sem graça. E lógico, o assunto do momento era Máscara e Afrodite, que haviam assumido o namoro. Dite nunca havia estado tão radiante, e até Carlo andava de muito bom humor. Nenhum comentário sobre o relacionamento o irritava, e geralmente ele respondia às gracinhas agarrando Di, e lhe dando beijos tão fogosos, que os presentes acabavam se afastando devido à empolgação do casal.
Assim Shaka e Mú foram sendo esquecidos no decorrer da semana. Eles continuaram se evitando, mas o clima entre eles não era de mentira, estava mesmo esquisito. Como nenhum deles falava nada, Áries achava que Virgem estava seguindo o plano, e vice-versa.
Até chegar a sexta feira.
Mais uma balada foi armada. Dessa vez, ninguém convidou Mú e Shaka, simplesmente porque não conseguiram uma ocasião para falar com eles. Os dois estavam evasivos, fugindo, e os outros também não estavam muito preocupados.
Mú estava enfiado em seu quarto, e esperou o bando passar. Ele percebeu a movimentação, só que nem cogitou a idéia de ir junto. Aquela semana foi terrível, e ele iria aproveitar que todos estavam fora para ir conversar com o amigo. "Nunca pensei que sentiria tanta falta dele. E preciso vê-lo. Não sei se o que estou tendo são devaneios, ou se realmente.... será?"
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Áries não dormiu bem a semana inteira. E quando dormia, sonhava com Shaka e seus olhos azuis. Sonhava que era ele que estava no lugar de Afrodite naquela sexta feira. Que era com Virgem que ele dançava, que ele abraçava. Acordava molhado, indignado. "Já passei da adolescência pra ficar tendo esse tipo de sonho com tanta freqüência. Essa história de desejo reprimido é terrível, e eu preciso tomar uma atitude, sei lá, falar com ele..."
E subiu para o Templo de Virgem. Sabia que se não aproveitasse aqueles cinco minutos de coragem, iria jogar a oportunidade fora. Primeiro ele iria falar com Shaka, depois ele pensava o que faria a respeito.
Foi meio de supetão que ele entrou em Virgem. Foi fácil passar pelas outras casas, pois ninguém estava nelas. "Se algum deus quisesse atacar Atena, essa era a hora. Eu ainda não consigo me acostumar com essa mania de deixarmos as doze casas desprotegidas."
Shaka estava na famosa posição de lótus, mas não flutuava. O que Mú estranhou, pois ele sempre flutuava quando estava meditando. E agora? Ele quebrava a concentração dele? Era capaz de Virgem ficar furioso, afinal, depois de tanto encherem o saco dele com a história da briga, ele estava meio tenso.
Não precisou fazer nada. Shaka saiu da posição, levantou-se e foi na direção do amigo:
- Oi Mú. Em que posso ajuda-lo?
- Nossa Shaka! Há uma semana sem falar comigo, e está assim seco?
Mú não fazia idéia da verdadeira guerra que fora para ele controlar a voz e soar tão calmo. Aquela semana havia sido péssima. Ele não parava de pensar na vergonha que passara com aquela briga. É... vergonha. Shaka sabia que não precisava ter sido tão "convincente", e já tinha assumido pra si que o sentimento de ciúme era verdadeiro. Aliás, esse não era o problema. O problema mesmo era o outro sentimento que vinha junto.
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Naqueles dias, ele só havia pensado no amigo. A dificuldade maior era definir o aperto que ele sentia no peito. O desejo estava ali, muitas vezes nítido, mas não era só isso. Shaka teve uma formação religiosa e cultural diferenciada, e não era carregado de sentimentos preconceituosos e machistas, como a grande maioria das pessoas. Além de que, o Santuário tinha muito da Grécia Antiga, e as relações entre homens chegava a ser algo comum. Isso não era estranho pra ele.
"Se fosse só desejo, eu podia resolver de outras formas. Tudo bem que não conheço o sexo na prática, mas há tantos cavaleiros que cobiçam minha virgindade... entregar-me a um deles não seria nada de outro mundo. O problema é que eu sinto que não me satisfaria com outra pessoa, seja homem ou mulher. E eu nem tenho idéia de quando isso começou."
- Paixão? Será que estou amando o Mú? Por Buda, eu, amando? Se eu não estivesse tão confuso juro que daria risada.
Shaka ainda não admitia a idéia de que tinha 20 anos, e que estava sujeito a encarar as mesmas sensações que qualquer jovem encara. O "homem mais próximo de Deus" não conseguia aceitar essa paixão, e por isso evitava Mú. E iria continuar a fingir que isso fazia parte do tal do bendito plano, até decidir o que fazer.
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- Shaka... eu falei com você.
- Eu ouvi Mú. E torno a repetir: no que posso ajudá-lo?
Áries estava incrédulo com a atitude tão ríspida. Ele sempre fora carinhoso com ele, e era um carinho retribuído. Desde que a Guerra Santa havia acabado, Áries e Virgem estavam sempre juntos, conversando, treinando... Por que a grosseria?
- Está tudo bem? Eu te atrapalhei?
"Mas que teimoso..."
- Não Mú, não atrapalhou. Mas se você continuar sem me responder, eu vou voltar para a minha meditação. "Meditação... mas sabe ele que eu não consegui me concentrar a semana inteira."
"E agora? Ele está com um humor péssimo. Só que eu não sei quando vou ter outra oportunidade pra estar sozinho com ele. É isso. Eu vim até aqui, e vou até o final."
- Sha... eu queria conversar com você. Pode ser?
"É, pelo jeito ele não vai embora. Não adianta nem ser grosso. Quando Mú enfia alguma coisa na cabeça, não há deus que o faça mudar de idéia."
- Tudo bem, eu pretendia mesmo tomar um chá. Sente-se.
O templo de Virgem, assim como os outros, era bem arejado, de mármore claro, e, apesar de grande, tinha poucas divisões. Aliás, era como um dos antigos templos gregos de homenagem aos deuses. Só que fora adaptado para que os cavaleiros vivessem neles. Havia um quarto fechado, com um banheiro. Não havia eletricidade, e por isso alguns lampiões estavam sempre espalhados. Tinha uma sala, e, no caso de Virgem, várias almofadas, mas várias mesmo, espalhadas. Tinha também uma mesa grande de vime, com cadeiras, e um altar forrado com panos e almofadas, onde Shaka costumava meditar. Sem qualquer divisão, estava uma "quase" cozinha. Uma abertura permitia que a fumaça subisse direto para o telhado, e algumas bancadas de mármore também faziam a vez de pia e mesa. Apesar de parecer algo meio bagunçado, cada templo tinha um estilo muito próprio, e, dependendo do dono, eram extremamente agradáveis. No centro havia um corredor, entre várias colunas, que era exatamente a passagem usada pelos cavaleiros entre as casas.
Mú acomodou-se nas almofadas, mas estava tenso. Ele sempre gostou do clima da casa de Shaka. Era simples, muito aconchegante. Mas nunca esteve em seu quarto. Imaginou como seria sua cama...
Ficou observando-o fazer um chá, e logo ele sentou-se nas almofadas, ao seu lado. Entregou-lhe a xícara, e colocou uma tigela com bolachas em frente.
- Por que não se sentou à mesa?
- Sei lá, Shaka, você sabe que eu gosto de me esparramar.
Silêncio. Geralmente Mú ficava bem em silêncio ao lado dele, mas não podia deixar a coragem passar. Deu algumas goladas no chá, respirou fundo, e começou:
- Não sentiu minha falta?
Shaka engasgou...
- Por que?
- Nos últimos meses estivemos sempre juntos. Não estranhou passar a semana sem a minha companhia?
"O que eu respondo?... Droga Mú, o que você quer?"
- Ah Mú, não sei, não parei pra pensar nisso. – Shaka ameaçou se levantar, mas Mú colocou a mão em seu joelho, por cima do sari. Aliás, ele sempre gostou da maneira como Shaka se vestia.
- Por favor, responda Shaka.
- E por que isso é tão importante?
- É tão difícil assim? Eu senti falta da sua companhia, da sua conversa, enfim, de você. Agora dá pra responder?
- Ah... Acho que senti. – "Isso não vai dar certo..."
Os olhos de Mú se iluminaram. "E agora ou nunca!"
- Mas você sentiu da mesma maneira que eu?
"Ele está enrolando... parece com medo. Medo do quê?"
- Ah Mú, sei lá. De que maneira? – Shaka já estava impaciente.
Áries estava sentado de pernas cruzadas, de frente para Virgem, que mantinha a mesma posição. Já tinha colocado a xícara e a tigela de lado. Se aproximou um pouco mais, e segurou com delicadeza uma mecha do cabelo loiro. Passou o cabelo pelos seus lábios, e, sem pressa, apreciou o perfume dos fios. "Sempre tão cheiroso..." Shaka já estava vermelho e estático.
- Nem eu sei direito... senti falta da sua voz... do seu cheiro... do seu toque.... – soltou o cabelo e segurou a mão do indiano, com delicadeza e ao mesmo tempo cheio de coragem, mas estava receoso de que ele se afastasse. Mú olhou para o rosto de Shaka:
- Por favor, abra os olhos.
Ele simplesmente o obedeceu, e os abriu, devagar, revelando a íris azul que tanto encantou naquela sexta feira.
- Seus olhos são tão lindos....
Mú inclinou-se e beijou a marquinha vermelha na testa de Shaka, e em seguida seus olhos. Shaka estava travado, corpo e respiração tensos. Ele tinha sonhado com cenas como essa. Tinha ansiado esse tipo de contato. Mas não sabia o por que de tanta surpresa. "O que eu faço...?"
Antes de conseguir decidir por qualquer reação, Mú o beijou. Encostou devagar seus lábios no do amigo, e passou de leve a língua por eles. Como viu que Shaka nem se mexera, colocou uma mão na nuca, e a outra na cintura dele, puxando-o para mais perto, com calma. Encostou a boca com mais vontade, pedindo entrada, e viu que Shaka inclinou a cabeça, e abriu bem pouco dos lábios. Mú percebeu como ele estava nervoso, e forçou o beijo. "Se eu der uma chance, ele me afasta."
Quando Shaka deu por si, Mú estava com a língua dentro de sua boca, percorrendo todos os cantos, com um pedido mudo de resposta. Não agüentou: os cabelos violetas roçando seu ombro, a mão firme em seu pescoço, a respiração excitada em seu rosto... correspondeu como Mú pedia. E relaxou.
Foi um beijo longo, com paixão, mas tranqüilo. Aos poucos eles se entenderam, como se aquele fosse um beijo entre amantes de longa data. A línguas brigavam e se enroscavam, e a respiração aflita era o único som em todo o templo. Mú descruzou as pernas, sem soltar a boca de Shaka, e ajoelhou-se. Dessa forma ele conseguiu empurrar Virgem, para que se deitasse nas almofadas, e deitou-se por cima dele. Shaka ainda estava meio perdido, mas o beijo estava tão bom, que se deixou levar.
As carícias começaram a tornar-se mais ousadas. Mú já não passava os dedos somente pelo rosto de Shaka, mas também pelo seu peito definido. Passou a beijar o pescoço do amigo com firmeza, e demorou-se com uma das mãos no abdômen, por cima da sua vestimenta. Em seguida apertou de leve a ereção do amigo.
Mas Shaka, apesar de estar excitado, e até mais ofegante que o outro, pulou. Naquele momento ele percebeu a seriedade do que estavam fazendo, e, mesmo com seu corpo implorando, sua mente não respondia da mesma forma. Parou o beijo e olhou para Mú, que já havia parado as carícias e o encarava assustado.
- Fiz alguma coisa errada? – "Por que Shaka me afastou?"
- Tudo. É melhor você ir embora. – Virgem já estava de pé, de costas.
- Ir embora?
- É. Mú, eu acho que já fomos longe demais. Eu preciso pensar. Por favor, me deixe sozinho. – Mesmo falando com segurança, não disfarçou o tremor na voz. E não olhou para Áries, que continuava sentado.
Shaka continuou sem se virar, como se esperasse que Mú saísse de seu templo.
Ele levantou, ajeitou os cabelos, e apoiou a mão no ombro do outro.
- Mas Sha....
- Por favor, Mú. – "Vá embora, por favor, vá embora."
Áries virou as costas e saiu do templo, chorando. "Por que ele fez isso? Droga, ele não estava reclamando. Ao contrário, parecia estar gostando. Por que ele me rejeitou?"
Mú desceu depressa pelas casas, e não se importou com as lágrimas, pois acreditava que ninguém estaria lá para vê-las.
O que ele não sabia era que Máscara da Morte e Afrodite tinham saído, mas não foram ao mesmo lugar que os outros cavaleiros. E logo eles estavam de volta, subindo pelos templos, para chegar na casa de Peixes.
- Dite, vamos ficar aqui no meu templo mesmo... – e Máscara começou a agarrar Afrodite.
- Ah, não! O clima daqui é péssimo. São só mais algumas escadas, e lá ninguém vai nos atrapalhar mais tarde.... – o sorriso sugestivo convenceu Carlo. Eles só não esperavam trombar com um Mú apressado, de olhos vermelhos e inchados, passando pelo templo de Leão.
Afrodite soltou o braço de Câncer e segurou o pulso do amigo.
- O que foi? Por que você está chorando?
""timo! Era só o que eu precisava. Encontrar os dois logo com essa cara de choro. Estou tão nervoso que nem senti a presença deles. Péssimo.."
- Não foi nada Di, me deixa passar. – Mú tentava se controlar, mas em vão, pois ainda soluçava.
- De jeito nenhum. O que aconteceu?
Dessa vez Áries foi mais firme, e não deu chance de discussão.
- Afrodite, me deixa passar.
Dite viu a mágoa estampada nos olhos verdes. Mú era orgulhoso, não ia abrir seu coração assim, de repente. Soltou o pulso dele, com pesar.
- Obrigado.
- Se você precisar Mú, pode falar comigo.... – mas a voz de Di saiu em vão, pois Mú já estava saindo do templo indo em direção à sua casa.
- O Mú, chorando? – Máscara estava com uma cara de interrogação. – Amore, você sabe o que pode ter ocorrido?
- Ai, eu tenho uma idéia... Vem, vamos continuar subindo.
Afrodite já desconfiava, mas teve a certeza ao entrar no Templo de Virgem. Discretamente, foi até a sala, e viu as duas xícaras no chão, quase cheias de chá, e as almofadas bagunçadas. Peixes podia não parecer, mas sacava as coisas com rapidez. E logo imaginou o que tinha acontecido. Como Shaka aparentemente não estava por perto, deduziu que ele estava em seu quarto, e puxou Carlo.
- Vem, vamos embora.
- Mas você sabe o que aconteceu?
- Acho que sei.... Lá em casa eu te explico.
E subiram para o Templo de Peixes.
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- Carino, dá pra explicar logo?
- Ai... Só se você prometer que não vai ficar bravo comigo!
- Bravo? Mas eu não tenho por que ficar bravo com você...
E Afrodite contou todo o plano de Shaka, desde a conversa que eles haviam tido dias atrás, até tudo o que ocorrera na outra sexta feira. Máscara não ficou muito contente. Aliás, não ficou nem um pouco contente. Detestava ser passado para trás, mas respirou fundo. Sabia como Dite era importante pra ele, e, afinal, o tal plano dera certo. Ele mesmo tinha estranhado o fato de Mú ter dado em cima do namorado, e a reação de Shaka havia sido mesmo super esquisita.
- Tá... Eu deveria esganar você e aqueles dois. Mas vamos deixar pra discutir isso depois. Só não entendi o que tudo isso tem a ver com o choro do Mú.
- Uffffff... Tem gente que é lerda. Shaka foi espontâneo demais naquela cena de ciúme. E só eu sei como o Mú estava nervoso, e como ele também ficou preocupado com a explosão de Virgem.
- É... Mas você tava com uma cara muito boa...
- Carlo, não começa....
- Tá. Continua.
- Eu já estava desconfiado da "amizade" desses dois. Mú tem pra Shaka um olhar de pura admiração. E Shaka tem por Mú um carinho enorme. Mas eu sei que não seria fácil para o nosso grande teimoso e o grande observador perceberem o que estava acontecendo entre eles.
- Ahn.. Supondo que eu tenha entendido tudo isso. Você está dizendo que eles se gostam... como a gente, mas que ainda não perceberam?
- Mais ou menos isso. Eu acho que depois dessa confusão eles perceberam. Mas alguma coisa aconteceu hoje à noite. E é essa a parte do quebra cabeça que eu não consigo encaixar.
- Vai, eu tenho raciocínio lento. Explica de uma vez.
- Eu não sei o por quê da suposta briga. Áries é impulsivo, teimoso. Talvez ele tenha agarrado Virgem, que de tão meticuloso, podia não estar preparado para a investida de Mú. Ou então, Shaka agarrou Mú, que orgulhoso o repeliu... não... – Dite não estava mais falando com Carlo, e sim organizando seus pensamentos. Parecia falar sozinho. – Mú gosta de Shaka, e não seria burro a ponto de evita-lo. É mais provável que ele tenha tomado a iniciativa. Mas Shaka é meio lerdo. Percebe os detalhes, mas não vê o conjunto. É, acho que é isso....
- Chegou a uma conclusão?
- Cheguei!!! Eu tenho um plano!!! – Peixes estava dando pulinhos, e Carlo estava com a mão na testa, com a melhor cara de "eu não acredito"... – Vamos fazer com eles a mesma coisa que fizemos com você.
- Vamos?? Quem você incluiu nesse vamos?
Afrodite fingiu nem escutar.
- Vem cá, paixãozinha, senta aqui. – Câncer bufou, mas sentou no sofá. – Eu acho que foi o Mú que tomou uma atitude, e que Shaka, por alguma razão que nem ele deve saber, não quis nada com ele. Mas já deu pra perceber o ciúmes que ele tem por Áries. A gente pode usar isso. Alguém pode dar em cima de Mú, pro Shaka cair na real.
- Ah, mas o Mú não vai topar. Você teria topado aquela confusão toda se soubesse a idéia daqueles dois?
- Não. E justamente por isso eles não me contaram. E nós também não vamos contar pra ele!!
- Ai Di, não inventa. Quem você vai querer usar pra fazer ciúmes pro Shaka? Eles vão sacar se eu ou você entrarmos nessa, todo mundo já percebeu que nos entendemos. Vai, amore, deixa que eles se virem.... Uma hora ou outra Virgem cai na real!
- Não! Se não fossem eles, eu ainda estaria naquela fossa. Eles passaram por uma vergonha enorme para me ajudar, não vou deixá-los na mão por nada. E eu tô pensando justamente no problema que você levantou. Quem a gente poderia usar?
- Não tenho a mínima idéia.
- Ah, tem que ter alguém... Eu e você não dá, é muito óbvio. O Aldebaran não faz o tipo; o Aioria e o Shura andam babando tanto pela Marin e pela Shina, que ninguém acreditaria; o Kamus, sem chance... hum... tem o Saga.. ou o Miro. Os dois são gregos, e ninguém estranharia o fato de se interessarem por um homem. Aliás, o Miro é assumidamente bi... Isto é, se traçar o que aparece pode ser considerado ser bi...
- O Miro? Pó Di, o Miro é um dos maiores boca aberta do Santuário!
- Aí é que você se engana. O Escorpião não é traiçoeiro de natureza... Ele só ataca quando se sente acuado. O Miro é muito sério e verdadeiro, ao seu modo. E eu posso barganhar com ele....
- Barganhar?
- Ah, essa eu te explico depois.... Estou exausto, estafa mental. O que você acha de recarregar minha bateria....????
- Hum... Acho que depois desse convite eu vou é acabar com o restante da sua energia....
Máscara pegou Di no colo e já o arrastou para o quarto, para cuidar de coisas mais importantes. Depois eles discutiam os detalhes do tal do plano.
Continua...
Eu não ia aguentar mesmo!!! rs.. o Dite e o Mdm tem que fazer pelo menos uma pontinha, né?? Gente, obrigada mesmo pelas reviews!!! Eu fico tão feliz em saber que alguém gostou!! :
O terceiro e último capítulo tá quase pronto. Acho que amanhã eu consigo colocá-lo online!
Psique
