Nessa Reinehr: calminha q logo vc verá. E tadinha da Margie pq??? Vc ñ viu nada ainda! bjos
Claudia B: ñ posso falar se é sonho ou realidade agora, senão perde a graça, mas afinal, eles estão no mundo perdido, onde td pode acontecer e pode nem ser sonho e nem realidade, mas no final td se resolverá, vc vai ver. Bjos
Tata: bem maninha, depois de tantos apelos seus e de outras leitoras, eu resolvi aumentar um pouquinho o tamanho desse cap, mas ñ ficou muito grd, pq como eu disse, eu prefiro os menores. E eu sei q rumo vc achava q esse história ia tomar, c/ aquela briga do Rox e da Margie... safadinha! Só pensa em romance e cenas picantes, né? Mas nessa fic ñ tem, mas quem sabe um dia eu ñ escreva outra q tenha, só p/ satisfazer mais um pouco esse seu vício por esses "romances" q vc lê, tanto em fics como em livros do tipo Janet Dailey? Bjos maninha
Rosa: vc tbm reclamando do tamanho dos caps? Bem, mas como boa escritora q sou ( lol ) e faz o q o povo pede, eu repito q esse cap ta um pouquinho maior e vou tentar aumentar os outros tbm, prometo! E legal q vc tenha ficado tensa, era essa a minha intenção sim. E pra q tanto drama????? Eu ñ sabia q estava torturando vc, mil desculpas, mas tem uma frase q eu adoro: "a paciência é uma virtude", seja mais paciente, e logo tds as suas perguntas serão respondidas, ok? Bjos
Camila Geisa: se aquele negócio de "põe logo o próximo capitulo que eu coloco uma review maior...", for uma chantagem, pode tirar seu cavalinho da chuva, pq comigo isso ñ funciona, e repito o msm q disse pra Rosa: tenha paciência... bjos
Jéssy: ta td mundo curioso, parece q eu consegui fazer exatamente o q eu queria, deixar td mundo morto de curiosidade... e tds as suas dúvidas serão esclarecidas no decorrer da trama, prometo, e se eu esquecer de alguma explicação pode me cobrar depois, ok? Bjos
Nessa ( a outra ): finalmente vc começou a ler uma fic e ainda por cima deixou review, ta evoluindo amiga, mas vê se ñ pára de ler no meio do caminho, viu? Preguiçosa! Bjos
O Anel de Safira
Capítulo 5
Marguerite acordou com o canto de vários pássaros, que pareciam fazer uma festa ao redor de uma árvore que tinha em frente à janela do quarto onde ela estava. Para sua alegria, percebeu que a terrível dor que sentia no dia seguinte havia se extinguido por completo, graças àquele chá do senhor Novak, que assim como os chás do Challenger, fazia milagres.
Sentou-se na cama, pois não agüentava mais ficar deitada, seus músculos doíam e como não estava mais debilitada como antes, não precisava mais ficar de molho naquela cama, que apesar de confortável, já a estava deixando louca de tédio.
Levantou-se e começou a caminhar pelo quarto, se fez várias perguntas, estava muito confusa e não fazia a mínima idéia de que lugar era aquele, ou quem era aquele senhor que a medicou e cuidou dela...
Neste instante o mesmo senhor entrou no quarto com uma bandeja de café da manhã, com frutas e um pequeno bule, nas mãos e um alegre "bom dia".
– Bom dia. – respondeu Marguerite ainda muito confusa para tentar ser simpática.
– Trouxe o café. – Marguerite devorou tudo em poucos minutos, pois estava morrendo de fome e parecia que não comia há dias.
– Há quanto tempo estou aqui? – perguntou ao terminar de comer.
– Este é o terceiro dia.
"Terceiro dia!", pensou Marguerite surpresa. "Mas se eu estou aqui há três dias... será que eu fiquei dormindo por todo esse tempo? Se eu fiquei, pelo menos sei que estou livre daqueles pesadelos que não me deixavam em paz, finalmente uma boa notícia..." Marguerite interrompeu seus pensamentos ao perceber que o homem a observava atentamente, como que esperando que ela dissesse alguma coisa ou fizesse alguma outra pergunta, ele a olhava de uma forma interrogativa e ansiosa, e para não prolongar mais aquele momento de espera do simples homem, Marguerite perguntou:
– Como me encontraram?
– Não te encontramos, você nos encontrou. – respondeu o senhor sorrindo, e ao mesmo tempo aliviado por continuar o diálogo, ele não gostava de silêncio e uma das coisas que mais gostava de fazer era conversar, só perdia mesmo para a pesca, que era sua maior paixão.
– O quê?! – perguntou Marguerite franzindo a testa, ficando cada vez mais confusa.
– Isso mesmo, não se lembra? – Marguerite negou com um balançar de cabeça. –Então vou
contar-lhe como foi. – o senhor sentou-se confortavelmente na cadeira de balanço, exatamente onde estava quando Marguerite o vira pela primeira vez, ele parecia adorar fazer aquilo, se recostar na cadeira para contar alguma história, e foi com muito prazer que começou a narrar para Marguerite sua chagada naquele lugar: – Na noite daquele temporal... – olhou para a herdeira e percebeu que pelo menos do temporal ela se lembrava, e continuou: –...estávamos minha filha e eu jantando, ela havia feito um ensopado maravilhoso, como ela sempre faz e acompanhado daquele pão que... – viu que Marguerite não estava nem um pouco interessada no que eles estiveram comendo naquela noite e resolveu pular essa parte – ... foi quando ouvimos baterem na porta, ficamos assustados, nunca aparece ninguém por aqui, por uns instantes achei que tinha sido apenas o vento mas minha filha achou que o barulho havia sido muito forte então de qualquer forma fui ver o que era, ou quem era, quando abri senti algo caindo sobre meus pés, mas estava muito escuro e não dava pra ver nada, eu abri um pouco mais a porta para clarear aquela parte escura da varanda, e vi você desmaiada e toda ensopada, achamos muito estranho, pois não sabíamos que havia outras pessoas morando aqui por perto, mas mesmo assim, a trouxemos para dentro de casa e cuidamos de você, te enxugamos e te vestimos com roupas secas e limpas. No primeiro dia, pensamos que ia morrer, você delirava de febre e falava o tempo todo um nome... não me lembro qual... acho que alguma coisa como Rebsten, Rolinton... Roxton! É isso!! Era esse o nome!
– Até em delírios você me persegue John! – murmurou Marguerite.
– Como?
– Não, nada. Continue, por favor. – Marguerite pediu para que ele continuasse, mas aquela história já devia ter acabado, ele não precisava contar com tantos detalhes assim, um pequeno resumo já satisfaria a curiosidade da herdeira, mas aquele senhor tinha um rosto tão bondoso e perecia se sentir tão feliz por contar tudo aquilo, que Marguerite achou melhor não interrompê-lo ou pedir-lhe para ser o mais breve possível.
– Bem, então minha filha Katherine e eu limpamos este quartinho e a instalamos aqui, e cuidamos muito bem de você que durante esses dois dias ou estava delirando ou estava dormindo, e aqui está você agora, novinha em folha, graças aos meus milagrosos chás e à dedicação de Kathy.
Marguerite achou estranho, não se lembrava de ter caminhado até aquela pequena casa, ou melhor, só se lembrava do galho vindo em sua direção e da dor insuportável que sentiu, e que logo não sentiu mais nada. Mas não se importava, agora estava bem e podia voltar pra casa.
– Qual o seu nome? – Marguerite perguntou ao senhor percebendo que ainda não sabia nem mesmo o nome de seu "anjo-da-guarda".
– Peter Novak. – respondeu simplesmente o senhor. Marguerite esperou que ele perguntasse o seu também, mas como a pergunta não veio, ela prosseguiu:
– Ok, senhor Novak. – disse ela se levantando – Obrigada por sua hospitalidade e pelos cuidados seus e de sua filha, mas agora eu tenho que ir, me diga como volto para casa.
– Onde você mora? – perguntou arqueando as sobrancelhas, extremamente curioso
– Numa casa em cima de uma árvore, no platô, mas é provisório, pois tenho certeza de que logo voltarei para minha vida luxuosa em Londres,... Oh! Como sinto falta de casa! – disse Marguerite sem saber se falava da casa da árvore ou de Londres.
– Platô..., Casa da árvore..., Londres?????? Que lugares são esses? – perguntou o senhor Novak totalmente confuso.
– É... – Marguerite ia começar a falar já irritada com a ignorância do senhor, quando uma moça entrou no quarto.
Marguerite ficou impressionada, era como se estivesse olhando um espelho que voltava no tempo, pois aquela moça era a cópia viva dela na juventude, tirando alguns detalhes que eram diferentes entre as duas... o resto era idêntico.
– Olá! Vejo que já está bem melhor. – disse a moça abraçando Marguerite e dando-lhe um beijo no rosto.
Marguerite olhou-a confusa e o senhor Novak explicou:
– Essa é minha filha Kathy e sua irmã.
– Irmã??!! – Marguerite quase gritou de surpresa.
– Sim. – respondeu Kathy. – Seu nome não é Marguerite?
– Sim, como sabe meu nome? – Marguerite não se lembrava de ter falado seu nome em momento algum, até estranhou a falta de curiosidade do senhor Novak em relação a sua identidade, pensou que o mais provável seria ele estar curioso sobre ela, uma estranha que apareceu do nada.
– Mamãe me disse. – respondeu alegremente sua suposta irmã.
– Mãe? Que mãe? Do que estão falando? Como sua mãe sabe meu nome?
– Sente-se, vou lhe contar tudo.
Marguerite sentou-se de novo na cama e Kathy começou a contar:
– Papai e eu descobrimos há pouco tempo, que mamãe teve uma filha bem antes de mim, não sabemos quem é o pai dessa filha, e até três dias atrás não sabíamos onde ela estava, mamãe não nos disse nada sobre ela, mas nos dava a entender que estava morta, mas quando você apareceu aqui naquela noite, papai e eu tivemos certeza de que essa filha que mamãe perdeu, não sabemos como, está viva e é você Marguerite. Não temos dúvida, a idade, a aparência e agora temos certeza por você ter confirmado seu nome..., são muitas coincidências.
– Não pode ser... – Marguerite estava incrédula, não sabia o que dizer nem o que pensar.
– Mas é minha filha. – disse o senhor Novak, se levantando da cadeira, emocionado. – Estamos falando a pura verdade, pelo menos a verdade que nós conhecemos.
– Eu tenho uma mãe? E uma irmã? – Marguerite com muito esforço conseguiu pronunciar.
– Sim, agora você tem Marguerite. – disse a irmã à beira das lágrimas.
Marguerite levantou e começou a caminhar pelo quarto com as mãos em volta do estômago, quase sem poder respirar, pela sua mente passava um turbilhão de pensamentos confusos.
– Cadê essa mulher que vocês dizem ser minha... minha mãe? Quero falar com ela, quero vê-la. – Marguerite não tinha certeza se realmente estava preparada para esse encontro, mal conhecia aquelas duas pessoas que contara toda aquela estranha história para ela, mas parecia que elas não estavam mentindo, não tinham porquê mentir, e as informações..., tudo que eles disseram..., Marguerite estava confusa e com medo, mas precisava vê-la, tinha que tirar as dúvidas que afloravam agora em sua mente e no fundo tinha esperança de que tudo isso não fosse um engano, ou um sonho, ou um delírio, ela poderia ainda estar dormindo e... mas era tudo tão real... "não, eu não estou delirando, isso é real, tem que ser!"
– Está bem, vou chamá-la. – disse Kathy já saindo.
O senhor Novak se virou para Marguerite dizendo:
– Ela sabe que temos aqui uma pessoa que precisava de ajuda, que apareceu do nada, e sabe também que essa pessoa é você, ou quem achamos que você é, dissemos tudo isso a ela, mas ela está tão ou mais confusa do que você, não pense que será fácil para ela. – ele se aproximou de Marguerite e colocou as mãos em seus ombros. – Ela vai adorar vê-la, ela pode não demonstrar ou perceber isso logo, pois o choque será muito grande também para ela, se você for mesmo a outra filha dela... – ele olhou para baixo, parecendo estar com medo de terminar a frase, então resolveu mudar um pouco o rumo de seus pensamentos e de suas palavras – Ela sempre quer se fazer de durona, mas no fundo ela é uma pessoa maravilhosa, você vai ver, eu te garanto. – dizendo essas palavras, ele se retirou rapidamente do quarto deixando Marguerite, que não ouvira quase nada de suas palavras, sozinha, ansiosa e aflita pelo encontro.
Em poucos minutos, mas que para ela pareceram séculos, Marguerite ouviu um barulho na porta do quarto, ela estava de costas para a porta, e só se virou quando teve certeza de que alguém tinha entrado e fechado a porta. Quando olhou para a pessoa que entrou, não teve dúvidas, o momento que esperou a vida inteira havia chegado, finalmente conheceu sua mãe, não teve certeza disso somente por ver pendurado em seu pescoço um cordão com um coração como pingente, idêntico ao que tinha, mas também sentiu algo muito forte, talvez um laço que as unia..., Marguerite não sabia exatamente como explicar aquilo, era ainda muito novo para ela aquele sentimento.
Com lágrimas escorrendo pelo rosto, Marguerite correu ao encontro da senhora alta, de olhos grandes e verdes parada perto da porta e a abraçou.
– Eu esperei tanto por esse momento... ma... mamãe. – Marguerite soluçava tanto que quase não podia falar, e estava tão emocionada que nem percebeu que a mãe não retribuía seu abraço.
De repente a senhora a afastou brutalmente e a fitou com ar frio de desprezo. Marguerite não entendeu aquela reação e ficou chocada. A mulher a olhava com os olhos faiscantes, que não se parecia nada com o olhar de uma mãe para uma filha que não via há décadas.
– Vá embora!– disse a mulher com uma voz forte, porém baixa, quase um sussurro entre os dentes.– Não sei o que faz aqui! – continuou ela sem desviar aquele olhar penetrante dos olhos de Marguerite.
Essas palavras foram como um soco em seu estômago, as batidas de seu coração falharam por um pequeno instante, Marguerite ficou sem respiração, e só depois de muitos segundos, finalmente conseguiu respirar fundo e dizer alguma coisa, mas não foi fácil, pois parecia que todas as palavras haviam fugido de sua mente e de sua boca.
– Mas... mas não sou sua filha?– perguntou Marguerite, já com os olhos secos, se afastando da senhora que até poucos momentos atrás ela abraçava carinhosamente, como nunca havia feito com ninguém.
– É! – respondeu secamente– Tenho certeza que sim. Mas a abandonei, não? E se a abandonei era porque não a queria por perto, e continuo não querendo.
– Mas o que eu fiz? Por que me abandonou?– perguntou Marguerite totalmente abalada.
– Não me faça perguntas, apenas volte para o lugar de onde veio, e deixe a mim e a minha família em paz.
Ela saiu e bateu a porta atrás de si, deixando Marguerite chocada e ferida, como nunca se sentira antes.
CONTINUA...
