Brigadão pessoal que deixou reviews: Claudia, Nessa Reinehr, Mary, Lady K, Towanda (engraçadinha rs) e Rosa, vcs são mil! Por favor, continuem deixando suas reviews, pois elas me impulsionam a continuar escrevendo.

Obrigada tbm p/ aqueles que lêem, mas ñ deixam reviews.

PS: tô tentando aumentar os caps, mas se ñ tô conseguindo, ñ é culpa minha...

O Anel de Safira

Capítulo 8

Quando Marguerite acordou na manhã seguinte, sua mãe não estava mais lá, mas ainda podia sentir sua presença e as sensações de ser acariciada por ela, se sentia a pessoa mais feliz do mundo, mas por um instante pensou que tudo aquilo que acontecera na noite anterior fora apenas um sonho, ou um pesadelo.

Apesar da felicidade que estava sentindo, ainda tinha algumas coisas que a perturbavam muito, a maior de todas, era o fato de não acreditar muito na explicação que Constance deu a respeito de não a querer por perto, Marguerite conhecia muito pouco a mãe, mas conhecia muito bem pessoas que não sabem mentir mas que mesmo assim tentam, ela tinha certeza que não era só por aquele motivo que Constance não a queria, devia ter algo mais, algo mais sério, que ela estava escondendo de Marguerite, mas ela iria descobrir, mais cedo ou mais tarde todo esse mistério seria desvendado pela herdeira.

Marguerite olhou para um dos criados-mudos e viu em cima dele um pequeno espelho, e lembrou que deveria estar com uma aparência péssima, pegou-o e olhou-se, o lado do rosto atingido por Robert estava um pouco inchado e avermelhado, não havia nenhum corte aparente, apenas aquele dentro da boca, que sangrou muito na noite anterior, mas que agora já nem doía mais.

Nesse instante a porta do quarto se abriu, e sua mãe entrou dirigindo-lhe o sorriso mais doce que Marguerite já vira.

– Bom dia, como está se sentindo? – Aproximou-se e beijou a testa da filha.

– Estou bem melhor, mas acho que nunca vou me esquecer do horror pelo qual passei ontem, principalmente se esse hematoma demorar muito para sumir. – respondeu Marguerite outra vez olhando o ferimento pelo espelho.

– É justamente sobre isso que vim lhe falar. – Constance fez uma pausa e sentou-se na cama de frente para Marguerite. – Quero lhe pedir para não comentar nem com Kathy, nem com Peter sobre o que ocorreu ontem. Kathy ficaria muito chocada e Peter furioso, e eu não quero estragar esse bom momento pelo qual estamos passando.

– Mas será um pouco difícil com tamanha evidência no meu rosto – disse Marguerite apontando para o hematoma.

– Eu havia pensado nisso, então procurei em minhas coisas um pó que eu passava no rosto quando ia aos bailes em Londres, desde que viemos para cá nunca mais usei, mas você pode usá-lo, nunca pensei que isso me serviria para alguma coisa aqui – disse Constance rindo – Venha, deixe-me passar em seu rosto, tem que pôr pouco para não ficar muito artificial, apesar de quê, Kathy é tão estabanada que nem perceberia algo de diferente em seu rosto mesmo se não tentássemos esconder, mas também, já não está mais tão inchado como antes, e Peter, coitado, tem problemas de visão... ele veria menos do que Kathy... – Constance passava carinhosamente o pó no rosto de Marguerite enquanto ria e falava de seu marido e da filha mais nova ao mesmo tempo.

Depois que acabou, colocou o espelho na frente do rosto de Marguerite, que viu um trabalho muito bem feito, pois não tinha mais nem vestígio do ferimento, Marguerite ficou espantada e agradeceu à mãe, depois pareceu se lembrar subitamente de algo e perguntou:

– Onde está Robert? – Marguerite sentia tanto nojo daquele homem, que só de pronunciar seu nome, já ficava nauseada.

– Fugiu, é um covarde, não vai mais voltar, lhe garanto.

– E o que vai dizer a Peter e a Kathy sobre seu desaparecimento?

– Que pedi que ele fosse à cidade comprar mantimentos.

– Que cidade? – Marguerite estava curiosa para saber exatamente onde estava, pois até aquele momento ninguém havia lhe dito nada sobre a localização daquela bela praia.

Mas no momento em que Constance ia responder, Kathy entrou no quarto, interrompendo assim a conversa das duas.

– Vejo que já estão se dando bem, fico muito feliz com isso. – disse a sorridente irmã da Marguerite – Mas vamos logo tomar o café ou vai esfriar. – Kathy parou de falar por um instante, parecia espantada, depois perguntou: – O que aconteceu com sua camisola?

Marguerite e a mãe haviam se esquecido do estrago que Robert causara na camisola, mas agora era tarde para consertar, e precisavam arranjar logo alguma desculpa.

– É que...... é..... – Marguerite não conseguia encontrar nenhuma resposta.

– É que Marguerite ficou com falta de ar durante a noite, sentiu-se sufocada e teve que rasgar a camisola para poder respirar melhor. Não foi isso Margie que você me contou há pouco? – Constance se dirigiu à filha mais velha, esperando sua confirmação.

– Foi..... foi isso mesmo. – Marguerite se sentiu aliviada por sua mãe ter tido uma idéia rapidamente, mas percebeu que Kathy não acreditou muito.

– Mas a camisola nem é apertada.... – argumentou Kathy.

– Kathy, não faça mais perguntas, vamos esperar Margie na cozinha enquanto ela troca de roupa.

– Mas...

– Chega de "mas". Vamos! – Constance saiu praticamente arrastando a filha.

Marguerite tomou um agradável café da manhã em família, seu primeiro. Mais tarde ajudou Kathy com o almoço enquanto a mãe cuidava de sua horta e Peter pescava, apesar de não gostar muito de cozinhar, fez questão de ajudar a irmã, mais por poder ficar mais tempo ao seu lado do que por qualquer outro motivo.

O almoço foi mais agradável que o café, Marguerite se sentia tão bem, estava tão feliz que nem se lembrava mais da cena da noite anterior. Após o almoço, Constance chamou Marguerite para ir ao seu quarto para conversarem melhor e para lhe mostrar algo.

– Eu quero te mostrar uma coisa muito especial, que só estava esperando seu retorno, para ir para as mãos de sua verdadeira dona.

Marguerite não fazia a mínima idéia do que ela estava falando, mas a seguiu pelo pequeno corredor que dava para um quarto muito parecido com o que Marguerite estava instalada, mas este era um pouco maior e em vez de uma cama pequena de solteiro, havia uma grande cama de casal com um baú rústico aos seus pés.

Constance se dirigiu ao baú, abriu-o e tirou do dentro dele uma pequena caixinha de madeira, fechou o baú, sentou-se na cama e chamou Marguerite para se sentar junto dela.

– Isso pertence a você – disse ela dando a caixinha para Marguerite.

– O que é?

– Abra.

Marguerite abriu a caixinha e tirou de dentro dela um delicado anel de ouro branco com uma pequena pedra azulada, cuja parte interna cintilava uma luz em forma de estrela. Ela ficou impressionada com a jóia que devia ser valiosíssima, mas ficou mais impressionada ainda com sua beleza, com o brilho da pedra de safira, e com aquele azul que em contraste com o branco do ouro dava um ar extremamente delicado ao valioso anel.

Constance ficou feliz ao perceber que a filha gostara da jóia, mas quis ouvir as palavras da própria.

– O que achou?

– É..... é....– gaguejou Marguerite – É lindo! É tão perfeito e delicado. – disse olhando bem o anel para ter certeza que era mesmo real. – Por que está me dando isso?

– Eu o ganhei certa vez de uma pessoa muito bondosa que disse para eu dar para você quando nascesse, mas aconteceram alguns imprevistos e eu acabei ficando com ele durante todos esses anos.

– Que imprevistos? – Marguerite estava mais curiosa do que nunca, talvez agora ela iria finalmente descobrir a verdade sobre seu passado.

– Acho que já está mesmo na hora de você saber quem realmente você é....

CONTINUA....