Brigadão Pat, Si Bettin, Jéssy, Nessa Reinehr, Claudia, Rosa e Cris, (espero ñ ter esquecido de ninguém). Bjos p/ tds vcs
O Anel de Safira
Capítulo 12 – FINAL
Ao ver que a mãe e a irmã estavam a salvo, Marguerite esforçou-se ao máximo para esticar os braços e pegar, com uma das mãos o anel e com a outra a arma. Robert só não a matara ainda porque estava ferido e fraco.
Com algum esforço, Marguerite conseguiu se livrar das mãos que agarravam seus pés, rapidamente se pôs de pé e apontou a arma para Robert.
– Levante-se! – ordenou Marguerite.
Robert obedeceu passivamente e com muita dificuldade. Mas quando estava quase totalmente em pé, tirou da bota uma faca e avançou para cima de Marguerite, que desviou do golpe e derrubou Robert com um empurrão. Novamente teve a oportunidade de matá-lo e não o fez.
– Vamos lá Marguerite... o que está acontecendo com você? Mate logo esse crápula! – dizia ela para si mesma enquanto apontava a arma para um assustado Robert. Não sabia o que estava acontecendo, pois se fosse em outras circunstâncias, na primeira oportunidade já o teria matado, mas em vez disso, mais uma vez preferiu correr e se salvar sem derramar mais sangue.
Outra vez Robert foi atrás dela, mas em pouco tempo de perseguição, Marguerite avistou uma muralha natural de pedras, que lhe impediria de continuar fugindo de seu caçador.
Ao chegar na muralha, se virou na direção em que vinha Robert e esperou que ele chegasse até ela e a matasse, pois Marguerite não tinha mais para onde correr e já estava muito cansada para lutar ou até mesmo para atirar.
Marguerite largou a arma no chão e se ajoelhou exausta.
– Vamos... acabe logo com isso, mate-me de uma vez, você venceu...
Robert cambaleando pegou a arma do chão e apontou para Marguerite, que sentia as lágrimas do medo escorrer-lhe pela face. Fechou bem os olhos e lembrou de toda a história que sua mãe havia lhe contado sobre sua vida, lembrou-se de seus amigos que deveriam estar na casa da árvore agora, preocupados com ela, lembrou-se de John....
De repente ouviu uma voz sussurrar em seu ouvido, teve um sobressalto mas estava muito cansada para ver se havia mesmo alguém ao seu lado ou se estava delirando por causa do medo, por causa do calor.... no começo não conseguia entender muito bem o que a voz dizia, as palavras não tomavam forma em sua mente, mas depois se concentrou um pouco e pôde ouvir claramente as palavras que vinham de uma voz forte de mulher:
– Marguerite.... você conhece sua história agora, sabe que possui os poderes de uma Grã-sacerdotisa, não seja fraca, use-os, honre seu sangue, honre seu passado, faça renascer a guerreira que um dia você foi e que ainda está aí, guardada em algum lugar dentro de você! Morrighan.... Morrighan..... ouça seu nome sendo pronunciado com veneração, todos esperam muito de você, dê a eles o que querem, você pode, você pode dar até mais....erga-se e mostre seu poder, Sacerdotisa de Avalon.... erga-se!
Marguerite levantou-se sentindo algo que crescia dentro de si, algo inexplicável, que aquelas palavras a fizeram sentir. Abriu os olhos e ainda podia ver Robert com a arma na mão apontando para ela. Ele arregalou os olhos quando viu que Marguerite continuava a levantar, cada vez mais, até que seus pés já não tocavam mais no chão, após pronunciar umas palavras num idioma estranho para Robert, e até mesmo para ela, um vento muito forte começou a soprar, Marguerite que não tinha mais controle de si mesma, ergueu os braços lentamente e depois os abaixou ainda mais lentamente, e com eles vieram as brumas que cegaram Robert, que apesar de estar a poucos centímetros de Marguerite, não a podia ver, o céu escureceu, trovões e raios eram ouvidos e vistos por Robert que tremia dos pés à cabeça e queria sair correndo dali o mais rápido possível, mas seus pés estavam pregados na areia, agora fria, da praia.
Marguerite continuava a falar aquelas palavras estranhas, o vento fazia seus cabelos e roupas balançarem.... aquela não era mais Marguerite, era Morrighan, a sacerdotisa que Marguerite fora em outra vida e que agora retornava no corpo de uma mulher que quando bebê fora abandonada pela mãe, que nunca havia conhecido o pai, que sofrera calada durante toda a sua vida, uma mulher forte e determinada, que era algumas vezes temida e muitas incompreendida. Essa Marguerite que há pouco tremia e chorava achando que era o seu fim, agora explodia vida e poder, fechava o céu e abaixava as brumas, sussurrava palavras em um velho e esquecido dialeto, fazia um homem que se dizia malvado, chorar e tremer de medo....
Marguerite, durante toda aquela cena, estava em transe, não sabia o que fazia e muito menos o que dizia. De repente ela voltou a si e caiu no chão, muito mais exausta do que antes, no momento em que tocou o chão, toda aquela bruma que cegara Robert, dispersou, juntamente com as pesadas nuvens e seus fortes trovões. Robert percebeu que tudo havia acabado, viu Marguerite caída no chão, não entendeu nada, seu susto ainda não havia passado, percebeu que já podia sair do lugar, não estava mais colado no chão, saiu correndo, o mais rápido que pôde, sem olhar pra trás em momento algum.
A herdeira ficou ali.... caída na areia novamente quente por causa sol. Sonhava que sua mãe estava lá, perto dela, segurava sua mão e dizia: "Abra os olhos, minha querida, você já está em casa, está tudo bem agora." E dava-lhe um beijo na testa.
Marguerite abriu os olhos e instantaneamente percebeu que estava em casa, na sua casa, na casa da árvore. Quase chorou de alívio e de alegria, olhou para o lado e viu Roxton sentado numa cadeira com o rosto coberto pelas mãos, apesar de não poder ver-lhe a face, percebeu que estava com uma aparência cansada e de sofrimento.
– John... – murmurou Marguerite.
– Marguerite! – Roxton pulou da cadeira e correu até o leito onde ela estava. – Você está mesmo viva? Me diz.... você está bem? Diga alguma coisa! – Roxton estava desesperado, segurava a mão de Marguerite e exigia dela uma palavra, qualquer palavra.
– Eu estou bem agora, John.
– Oh, Marguerite! Eu tive tanto medo... você me perdoa?
– Perdoar? Por quê? – Marguerite estava confusa.
– Pelas coisas que te disse antes de você sair daqui daquele jeito e sumir mata adentro.
– Ah! – fez Marguerite lembrando-se da discussão dos dois. – Eu só te perdôo com uma condição.
– Qual?
– Que você também me perdoe. Eu fui muito cruel dizendo aquilo tudo para você, John. E mesmo se você me perdoar, acho que nunca me perdoarei.
– É claro que te perdôo. Depois de toda essa agonia pela qual eu passei vendo você aí nessa cama, inerte, inatingível....
– John.... – disse Marguerite acariciando a barba por fazer de Roxton. – Venha cá. – fez ela puxando a cabeça dele até aproximar sua boca da dele, sem tocá-las. – Acho que você merece um pequeno prêmio de agradecimento por ter cuidado tão bem de mim. – Marguerite cruzou o pequeno espaço que separava sua boca da de John e deu-lhe um beijo, como nunca lhe havia dado antes e como sempre quisera dar. Os dois se entregaram a aquela sensação terna, com sabor de desejo e de realização de uma vontade há muito tempo reprimida. O beijo foi longo e suave, e quando finalmente seus lábios se separaram, os dois sentiam-se felizes e realizados. Agora seus olhos que percorriam o rosto um do outro, como se quisessem decorar cada detalhe daquele rosto tão querido. De repente foram interrompidos por alguém que entrava apressadamente, como se fosse um furacão.
– Roxton, acho que finalmente eu encontrei a.... – Challenger que trazia um tubo de ensaio contendo uma mistura estranha, em uma das mãos, ficou surpreso ao ver Marguerite bem. – Bem..., eu vim dizer que acho que encontrei o remédio para tirar Marguerite do coma, mas vi que não vai ser mais preciso. Seja bem vinda senhorita Krux!
– Obrigada Challenger!
Logo depois entrou Verônica com um prato na mão, que continha uma gosma verde, e Finn logo atrás com uma jarra em uma das mãos e um copo na outra. As duas ficaram estáticas ao ver Marguerite já sentada na cama ao lado de Roxton.
– Descobriu o remédio Challenger? – perguntou Verônica sem saber o que falar.
– Não. – respondeu simplesmente Challenger.
– Ah! – fez Verônica. Depois o silêncio pairou. Ninguém sabia mais o que dizer.
– Ei! Parece que vocês ficaram decepcionadas com a minha recuperação.
– Que isso Marguerite! – disse Finn quebrando o silêncio das duas moças. – É que agora a Vê não vai mais poder brincar de boneca com você, te dando sopa verde e penteando seus cabelos.
Todos riram.
– Pode continuar cozinhando para mim Verônica. Mas não essa sopa com aparência horrível! – Marguerite fez uma careta olhando para a sopa.
– Pois saiba que você não reclamou dela em momento algum. Agora está ficando mais exigente? – ralhou Verônica.
– As coisas mudam, minha cara. – respondeu Marguerite a altura.
– O que é isso em sua mão? – perguntou Challenger curioso vendo algo brilhar na mão direita de Marguerite.
Marguerite abriu a mão e viu o anel que sua mãe lhe jogara antes de ser levada com o barco pelo mar, lembrou-se também de Kathy, de Peter e de... não queria lembrar, mas Robert também fazia parte daquele sonho. Mas será que fora mesmo um sonho? Mas então de onde viera o anel? E como não ser um sonho se seu corpo estava o tempo todo na casa da árvore? E como ela voltara? Só lembrava-se que palavras estranhas saiam de sua boca, que podia flutuar e que alguma coisa, um poder talvez, emanou de seu corpo de tal forma que lhe roubou toda sua energia. E aquela voz? Quem era? Marguerite não sabia a resposta dessas perguntas, mas não precisava saber, pois agora tinha uma lembrança de sua mãe consigo e sabia de sua origem, de sua história. Marguerite colocou o anel no dedo e daquele dia em diante nunca mais o tirou.
– De onde veio isto? – perguntou Roxton arqueando as sobrancelhas.
– Alguém muito querido que me deu. – respondeu Marguerite. Mas vendo que essa resposta não era bem o que eles queriam ouvir e que esperavam por mais alguma explicação, então acrescentou: – Uma pessoa que foi muito importante na minha e que não via há muito tempo. – não ajudou muito, mas perceberam que nada mais seria dito pela herdeira, que após a breve explicação ficou pensativa e com um leve sorriso sobre os lábios, deixando-os ainda mais confusos e curiosos, mas sem coragem de fazer mais perguntas.
À noite tudo já estava mais ou menos normal, todos estavam felizes com a recuperação de Marguerite e resolveram fazer um brinde.
– À volta de Marguerite, que na verdade nunca se foi! – disse Challenger e todos brindaram e sorriram.
Após o brinde e o jantar, Marguerite foi até a varanda, ficou olhando para o céu e se perguntando onde sua mãe e Kathy estariam. Roxton aproximou-se e também olhou para o céu.
– O que não daria para saber o que se passa nessa cabecinha!
– Não dê nada John, pode não valer tanto quanto o que você pode dar.
– O que aconteceu enquanto estava em coma? Você voltou tão diferente.
– Aconteceram várias coisas, das quais nunca esquecerei. – respondeu Marguerite suspirando.
– Que coisas? E de onde veio o anel?
– Muitas perguntas John! – repreendeu Marguerite. – Mas tudo bem, eu também as tenho, e muitas e todas sem respostas.
– E quais são as respostas para as minhas perguntas?
– Você tem respostas para as minhas? – indagou Marguerite.
– Não. Como posso ter se nem sei quais são? – Roxton estava ficando cada vez mais confuso com aquela conversa.
– Também não tenho para as suas, sinto muito. Mas quando tiver para as minhas, também terei para as suas e as darei, prometo. – disse Marguerite entrando para dentro da casa, mas antes que pudesse distanciar-se, Roxton a segurou pelo braço e a fez virar-se para ele.
– Não vai mesmo me contar o que aconteceu?
– Não. – Marguerite foi direta. – Mas....algum dia, quem sabe? – deu de ombros.
– Tive tanto medo de te perder... – declarou Roxton num sussurro.
– Também tive medo e também muita vontade de ter você por perto, John.
– Eu estive perto de você o tempo todo! – disse Roxton surpreso.
– Obrigada. Eu sei. Mas não estava tão perto quanto eu queria que estivesse. Mas você não poderia, ninguém poderia, eu tinha que passar por tudo sozinha. – disse Marguerite refletindo e de cabeça baixa, para que Roxton não percebesse o quanto estava emocionada com aquela conversa e com as recordações. "Ele não entenderia", pensou Marguerite.
– Eu não entendo... – Roxton tentava encontrar alguma resposta, alguma coisa que esclarecesse pelo menos uma de suas curiosidades, mas nada encontrou.
– Eu também não entendo muito bem. Mas adorei saber que o homem que eu... – Marguerite fez uma pausa e achou melhor não terminar a frase, e corrigiu-se: – que você esteve comigo o tempo todo. Obrigada, John. – deu-lhe um beijo no rosto e foi para seu quarto, deixando Roxton sozinho e totalmente confuso e atordoado.
FIM
Acabou!!!!!!! Espero q vcs tenham gostado, pq eu adorei escrever e ler as criticas, dicas e sugestões de vcs. Obrigada a tds q tiveram a paciência de acompanhar essa fic do começo ao fim e um obrigada mais especial a aqueles q deixaram reviews p/ tds(ou quase tds) os capítulos. Obrigadão pessoal!!!!!!!!! Bjos
PS: essa foi minha primeira e ultima fic, apesar de ser muuuuuuito bom escrever, ainda mais qdo se tem tão bons leitores, isso dá um trabalhão! rsrs embora valha a pena. ; )
