LEMBRETE: OS PERSONAGENS PERTENCEM A JK ROWLING... QUEM DERA EU FOSSE ELA!!! A FIC TEM VIOLÊNCIA, SEXO E COISAS DO GÊNERO, SIM! SLASH TAMBÉM!!! É MERA FICÇÃO PRA QUEM CURTE E SE VOCÊ QUER COISAS BUNITINHAS E AGUADAS... NÃO CONTINUE A LER. AVISO DADO. (Prometo não fazer nada de bom!... Mal feito feito!!!)
CRUEL – CAP01... Alfeneiros.
Sirius está morto.
Voldmort pode me possuir.
Eu devo matar ou morrer...
Esses eram os principais pensamentos que estavam em sua mente, por mais que ele se esforçasse sempre acabava naquelas malditas horas no ministério, mal dormia porque muitas vezes ele mesmo acordava despertado pelos próprios gritos, mal comia porque não suportava mais dividir o mesmo teto com os Durleys, saber a verdade não tornava sua condição mais aceitável, apenas escrevia bilhetes curtos á Ordem, obedecendo o prazo de três dias, um bilhete cada vez menor...
O menor quarto da casa n°4 da rua dos Alfeneiros se tornara uma prisão sufocante, ele evitava sair do quarto porque recentemente tivera algumas experiências ruins... seu primo se vingara dos anos anteriores, ele e amigos o emboscaram num canto do jardim e lhe deram uma surra da qual voltou se arrastando, e ainda ouviu um sermão da tia... no dia seguinte ao incidente discutiu com o tio exatamente pelo mesmo motivo e foi expulso da cozinha após elevar a voz e fazer todos os copos explodirem... os tios nem se deram ao trabalho de ver se ele estava mal após ser espancado, e ainda o tio lhe prometera uma bela surra se ele aprontasse "de novo", e nem se importaram de levar comida para ele nos três dias que se seguiram, ele saia de madrugada para usar o banheiro e então aproveitava para pegar algo da cozinha... mas estava sem fome... na verdade estava pensando nos amigos e no que estavam fazendo e então lembrava do ministério e de Hermione ferida e perdia a fome ao lembrar que Sirius morrera, mais ainda quando a cicatriz voltava a latejar dolorosamente, apesar dela nunca mais ter parado depois daquilo... ele ainda tinha visões em primeira mão do que Voldmort sentia, mas era repelido sempre que bruxo o percebia...
Em resumo suas férias podiam ser resumidas em angústia, ele sabia que logo estaria de volta ao mundo da magia, mas esse mundo antes tão querido se tornara repentinamente assustador, complicado e cheio de incertezas, ele sabia que estava seguro naquela casa, mas ali não era seu lugar, seu tio parecia ter ganas de esganá-lo ao vê-lo, sua tia se tornara ainda mais implicante, por que ambos temiam que os bruxos viessem e Duda passara a espreitá-lo por toda casa, Harry temia ser vítima de outra surra a qualquer momento. Edwiges se ouriçou irritada e Harry se lembrou do motivo se estar de pé porque ele começava a fazer algo, então se punha a pensar e esquecia do que estava fazendo, ia soltá-la, na verdade a gaiola dela vivia aberta, talvez porque ele mesmo desejasse se libertar da própria gaiola, mas agora silenciosamente ele abriu a janela e acariciando de leve a plumagem imaculadamente branca da coruja desejou um boa noite e se cuide... e suspirou ao vê-la sumir na noite, olhou a lua cheia e pensou no sofrimento de Lupin, sim, ele tinha que se lembrar que não era o único a sofrer no mundo... sentiu um leve roncar de seu estômago, tudo que comera fora uma maçã pequena na noite anterior, se levantou e olhou-se de relance no espelho, constatou desanimado que parecia de certa forma menor que antes, claro, vestindo um moletom enorme que parecia um vestido, caia abaixo do joelho da calça de agasalho larga, com aquelas roupas enormes ele parecia ainda menor que qualquer um, estava muito pálido e seu cabelo agora muito comprido dava nos ombros, mechas e mechas desordenadas de cabelo negro que continuavam arrepiadas por maior que estivessem, ele tentou teimosamente abaixar, por um segundo pensou no quanto Rony deveria crescer, o amigo parecia um poste ao lado dele, cada vez maior, e até Hermione ameaçava ultrapassa-lo na altura, se bem que ser pequeno era uma vantagem no quadribol... estava sentindo falta dos dois amigos, apesar de saber que ao vê-los podia sentir a mesma rejeição por eles que tivera no fim do ano letivo... não imaginava forma alguma, nem uma possibilidade de contar sobre a profecia para eles....
Lembrou-se novamente que era tarde e que estava com fome... devagar abriu a porta no quarto, olhou o corredor escuro e vazio, escutou o ronco do tio e então leve como estava, estava muito magro, e era ágil, sempre fora, deu uns passos rápidos descalço e desceu a escada pulando o último degrau, pensou ter ouvido algo, se virou e olhou para cima, mas não viu nada, talvez fosse mais um ronco do tio, disparou até a cozinha. Seu estômago voltou a roncar, mas foi abrir a geladeira e perder a fome, apenas olhou as frutas, doces e gelatinas, bem como algumas porções de coisas salgadas, que poderia comer, mas parecia que o simples ato de separar talheres, e sujar algo que teria que ser lavado o irritava o suficiente para perder a fome... catou a caixa de leite e pegou um copo, postou ao lado da outra maça que pretendia levar para o quarto... estava enchendo o copo, perdido em pensamentos, foi quando deixou a caixa na pia... e então teve a pior surpresa de sua vida...
Duas mãos grandes e roliças o seguraram firmemente pela cintura, ele reconheceu imediatamente o autor do ato, mas o pior era a intenção, ele sentiu-se gelar, e sua cabeça não aceitava o que estava acontecendo... Duda o prensara com o corpo contra a pia e falou bem baixo.
-Eu estava esperando essa chance...
Quando tentou se desvencilhar o outro apertou-lhe dolorosamente na altura dos rins, para sua infelicidade Duda realmente estava ganhando músculos, estava enorme, maior que Crabbe e Goyle, um típico armário, protestou:
-Me larga Duda, que coisa nojenta.
Assim que pensou que estava livre tentou sair, mas fora um truque, agora o primo o puxara e voltara a prensá-lo contra a geladeira, o olhando maldosamente de cima.
-Que foi?- disse irritado tentando afastar o primo.
-Cala essa boca, hoje vou ter minha paciência recompensada. - sorriu.
Harry travou, por mais que se debatesse o primo o segurava firmemente, estavam tão grudados que ele sentia que ia perder o fôlego por causa da pressão que o primo fazia em seu pescoço, porque o outro enfiara o braço em seu pescoço de modo que estava preso, a outra mão estava, e isso fez Harry ter um espasmo de ódio e de nojo, enfiada por dentro de sua roupas deslizando por suas costas, o primo falou em sua orelha, e ele se debateu ainda mais.
-Sabia que você parece uma menina?
Ele soltou seu pescoço mas, não deu chance para Harry se mover, a outra mão do primo, desceu por suas costas e chegou ao fim da coluna, enquanto começou a sugar seu pescoço.
-Seu porco... que foi? As garotas andam fugindo de você?- disse enfiando as unhas nos ombros de Duda tentando empurrá-lo.
Devia ter ficado quieto, levou um murro no estômago, que o fez arcar para frente com as pernas bambas, o primo deu um risinho maldoso.
-Ah não, elas me divertem, assim como eles...- Duda o puxou pelos cabelos.- aprendi umas coisas no colégio e quero repetir com você...
-Imagina se teus pais te pegam...- gemeu com raiva.
-Agora?- riu Duda.- Digo que você me enfeitiçou. Que tal?
O pior era saber que ele faria mesmo, e que ninguém ali acreditaria nele, o outro voltou a prensá-lo contra a geladeira, e Harry sentia muita raiva e nojo, junto com a dor, ainda se debatia, mas como estava fraco, o primo riu:
-Você faz igualzinho as meninas...- disse puxando-o pelos cabelos com mais força.- abre a boca.
-Nem morto.- ofegou
A outra mão do primo encontrou seu pescoço e apertou com força, Harry começou a perder o fôlego mas não abriu a boca, não ia fazer nada que ajudasse aquele pervertido brincar com ele.
Duda prensava o primo contra a geladeira, com uma das mãos o esganava e com a outra puxava-o pelos cabelos negros e longos, uma coisa ele tinha que admitir, o primo ficava lindo com aquela expressão de medo e raiva no rosto, no seu colégio havia se divertido com alguns garotos menores e algumas garotas também, mas uma de sua taras, a muito tempo, era o primo, Duda tentara em vão pegá-lo antes, e nas poucas ocasiões que o priminho bobeara se isolando em um lugar pouco visível, ele infelizmente estava acompanhado dos amigos, não que ele se preocupasse com o que os amigos fossem pensar, havia dois deles, que topariam pegar um garoto por maldade, mas Duda era egoísta, não queria partilhar a dor do primo com ninguém, então esperara pacientemente e agora se sentia recompensado, agora iria brincar , mesmo com a resistência de sua vítima, forçou os lábios contra os dele, na verdade quanto mais se debatesse melhor, pensou Duda, realmente as feições delicadas do primo lhe lembravam as de uma garota, talvez porque convivia com garotos grandalhões de narizes tortos e expressões idiotas, talvez por ele ser tão miudo, lhe lembrava os moleques que abusava só de sacanagem, só pra que ficassem com medo dele, era isso que ele gostava, Duda adorava a sensação de poder, adorava a sensação de causar, medo, dor e humilhação, ser o mais forte.
Mas Harry não era do tipo que se deixava dominar sem luta, Duda recebeu uma bela mordida ao tentar beijá-lo, o garoto estava furioso, tentava com todas as forças se livrar do primo então sentiu-o se afastar, pensou em correr, mas foi derrubado por um tapa tão forte que o óculos caiu longe, cambaleou, caiu sentado no chão zonzo, sentiu o outro tentar deitá-lo, mas aquilo lhe causou um arrepio de pânico, que os fez lutar com todas as forças, se embolaram numa luta em que Harry tentava se soltar e fugir, e Duda tentava dominá-lo, e percebeu, que Duda tinha uma estranha satisfação no rosto.
-Isso, prefiro assim Harry.- Duda sorriu.- Vai... tenta me acertar, prefiro te pegar de frente...
Assim que soltou o primeiro palavrão alto, Duda lhe cobriu a boca com violência.
-Prefiro que não chame atenção... isso, pode tentar me bater.- ele riu.
Harry sentia a raiva pulsar em sua têmpora, Duda estava brincando com ele, se divertindo com seu pânico, mas não podia fazer nada, o peso de Duda o mantinha no chão...e como era pesado, Harry já estava perdendo a sensibilidade das pernas e por mais que arranhasse, batesse, socasse, Duda continuava rindo.
-Bom, acho que você está cansando, não é?
Harry sabia que sim, as noites mal dormidas e a fraqueza por dias sem comer direito enfim cobravam seu preço, estava cansando, mas não se dava por vencido, a cada nova investida de Duda, Harry tentava se desvencilhar.
-Vamos fazer o seguinte... me beije... e eu não tiro sua roupa tão rápido... que tal?
Duda que estava sentado sobre o primo, mão na boca dele, os pés apertando os braços magros dele e com a outra mão por baixo do moleton acariciando o peito dele, arranhando, na verdade se divertindo com o fato do primo estar com o coração disparado, fez a proposta e tirou a mão da boca de Harry.
-Vá tomar no...
Um novo tapa e o outro voltou a apertar-lhe a boca.
-Modos... Modos... sem beijo? Igual as putas? A escolha é sua.
Harry se arrepiou quando o outro meteu a mão por baixo do elástico de sua calça, tentou empurrar o corpo pra longe mas não tinha pra onde fugir, escutou Duda voltara rir enquanto afundava a mão por dentro da calça, apertando sua coxa, agarrou com força os cabelos duros do primo, o outro o soltou e agarrou suas mãos.
-Seu nojento! Desgraçado! Você é realmente um porco! Filho...
Duda largara suas mãos e afundara as suas na garganta de Harry para sufocar os xingos, agora o riso virara ira, Duda forçou duas vezes a cabeça do primo contra o chão, o suficiente para ele ficar quase inconsciente, Harry se sentiu subitamente mole, zonzo e fraco, estrelas piscavam a frente de seus olhos, perdeu a noção do que estava a sua volta, algo úmido estava grudando nos seus cabelos onde Duda fizera bater contra o chão... Mas a ira de Duda deu lugar a uma imensa sensação de prazer, pois ali estava, sua vítima, quase inconsciente, zonzo e indefeso, finalmente Duda tomou algo que desejava a muito tempo, a boca do primo, os lábios pequenos mas cheios, aos quais ele já ouvira algumas garotas do bairro elogiar... e o idiota nem ficava sabendo, porque nenhumas delas era louca de se meter com ele sabendo o que podia acontecer se Duda soubesse, Duda queria Harry isolado, desde criança o primo vivia sozinho porque Duda não deixava ninguém se aproximar dele, curtindo a solidão daqueles olhos verdes, desde pequeno ele sentia um enorme prazer em torturar o Harry, porque o primo era mais um objeto, mais um brinquedo que devia ser dele e só dele, sim, de certo modo, Duda sempre desejara possuir o primo, finalmente tomou com força a boca macia, por um segundo Duda se perguntou se Harry já tinha beijado alguém... descobrou a mordida que levou mordiscando-lhe os lábios, apenas afundando mais sua língua na boca do primo, apreciando as fracas tentativas dele de fechar a boca, sentindo a lingua quente, mas infelizmente o outro despertava, e Duda não arriscaria a própria lingua, apenas riu satisfeito, quando o outro voltou a lutar debilmente.
-Viu? Eu consigo o que quero... eu ganho... você perde... se conforme... é sempre assim, não é? Sempre foi assim.- começou a puxar as calças do outro devagar.
A dor daquela injustiça sangrava no peito de Harry, porque ali, naquela casa, sempre fora assim, Duda ganhava, e Harry perdia, Duda ganhava tudo, e Harry como um cão ficava com as migalhas... não era justo e isso lhe deu forças, porque o primo não ia tirar sua dignidade.
-Você tem pernas lisas...- sorriu o outro maldoso.- Eu disse que você parecia uma menina.
Assim que o primo retirou-lhe as calças e voltou a por as mãos em suas pernas, Harry deu-lhe um chute na cara com toda a força que tinha, se virou no chão e levantou trêmulo, olhando o outro segurando sua calça e apertando o nariz. Quando Duda se ergueu furioso, Harry já subia as escadas. Entrou no quarto, trancou-o e se encostou na porta escorregando até o chão agarrando as pernas nuas, cobrindo-as em seguida com o moletom imenso... tão chocado, tão nervoso que nem conseguia chorar, tamanha raiva, nem gritar, tamanha dor... apenas limpava com força a boca, tendo espasmos de enjoô, pelo nojo que sentira ao ser beijado, lembrava vividamente do beijo que trocara com Chang, mais tarde ele se dera conta de como ele mesmo fora infantil se emocionando todo por um mero roçar de lábios... agora tinha certeza que sentiria nojo de um beijo pelo resto da vida, sua cabeça doía muito, e ao passar a mão onde batera no chão percebeu que estava machucado, sentiu a umidade no cabelo, e ao olhar viu o sangue, sentia o rosto quente dos dois tapas e o estômago ardia... se assustou quando Duda bateu na porta.
-Abre.
Harry ficou muito quieto.
-Não quer seus óculos e sua calça de volta? Abre.
Harry engoliu seco, respirando devagar, como se não quisesse dar sinal de vida.
-Não? Então vou deixar aqui fora... um dia você vai abrir essa porta... -Duda riu.
Houve um silêncio, então a voz ficou mais forte pois obviamente o primo se aproximara da porta.
-Nós vamos repetir não? Você tem uma boca muito gostosa...
Harry meteu as mãos nos ouvidos para não escutar os elogios que se seguiram, em vão, Duda arriscou ser pego elevando as voz.
-Seu cheiro, sua pele, seu cabelo... eu sabia que você era mais gostoso do que parecia... você ainda vai ser minha menina...
Ele escutou o primo rir e entrar no quarto ao lado, se levantou em silêncio e abriu a porta, no chão só estavam seus óculos. Apanhou-o, trancou a porta e voltou a sentar no chão, como se não tivesse feito nada, completamente nervoso, ainda chocado, sem ação. Harry ficou muito tempo sentado no chão, estava com muita raiva, raiva de si mesmo por deixar aquilo acontecer, raiva da vida por permitir que aquilo acontecesse com ele, raiva do primo por ser uma criatura tão nojenta... se ergueu tremendo e colocou um pijama, se deitou e apesar de ser verão e estar quente, se cobriu com um pesado cobertor, mal adormeceu.
Harry olhou para o teto do quartinho que ocupa, ofegando, sua cicatriz nunca mais parou de doer, sua cabeça começa a girar, bom, então ele recordou o motivo para estar ainda mais perturbado do que normalmente... o mundo a muito deixou de ter sentido... ele perdeu o prazer de viver, mais do que nunca na vida desejou sair correndo da casa dos tios para nunca mais voltar...
Harry se vira na cama fria, ainda é cedo demais, chegou a pensar em mandar um bilhete para a Ordem... mas não queria explicar o motivo, sentia vergonha do que havia acontecido, além do mais escrevera bilhetes e todos não tiveram resposta... não que eles não recebessem, se não recebessem provavelmente apareceriam, só que provavelmente não podiam responder, ou simplesmente não queriam responder... ele esperava ardentemente que as férias acabassem, que pudesse retornar a Hogwarts... rever os amigos... Levantou da cama e foi até a gaiola de Edwiges, agora vazia. Assim como seu mundo se tornara vazio... ele escutou o farfalhar de asas, ergueu os olhos com esperança de rever sua única amiga naquele lugar , mas não uma grande cinzenta acabava de entrar pela janela e lhe estendia a pata eficientemente. "Os Nom´s..." pensou ao ver que parecia algo oficial. Ela se foi assim que a carga foi liberada, enfatizando que tal correspondência não necessitava de resposta.Harry estranhou o peso do rolo de pergaminho, desenrolou devagar.
SR Harry T. Potter.
Vimos por meio desta comunicar que o Departamento de Segurança do Ministério Requeriu em primeira instância sua Prisão Preventiva, segue-se os autos do processo que segue a revelia...
Dos autos do processo... Acusação: Dep.de Def. Min. Da Magia. Acusado: Harry Tiago Potter. (menor) Acusações: Invasão, Transporte ilegal, Uso de magia proibida, Uso de maldição imperdoável, Destruição de Propriedade Pública, Formação de grupo ilegal...
As mãos de Harry começaram a tremer... ele não entendera nem metade dos termos técnicos do texto que se seguia, só que estava sendo julgado novamente, mas aquilo era injusto, afinal não ficara provado que Voldmort estivera lá? O que estava acontecendo afinal? Como assim liberdade vigiada? Como assim preparar-se para ser transferido? Foi passando as "autas" ou "pautas" ou partes daquele texto até encontrar o que o fez largar o pergaminho e ir olhar na janela, sim precisava de Edwiges, pra ontem.
Um som as suas costas o despertou, ainda meio assustado ele viu a labareda, e a pena dourada "Fawkes", se abaixou e pegou o pergaminho.
Harry, coisas estranhas estão acontecendo por aqui, NÃO saia de casa, NÃO faça magia, não ouça estranhos... tenha paciência, não nos escreva nada que possa ser importante. RL.
-Beleza!- disse tão amargo que a voz tremeu.- Paciência... não sair de casa... isso parece má noticia... Disse e se sentou na cama, guardou os papéis no vão do soalho, desceu temeroso até a cozinha quando que foi chamado.
Se forçou a comer, mesmo com os espasmos de nojo que tinha ao ver o primo, que agora o encarava maldosamente, sentiu um nojo tão grande quando o primo aproveitando um distração dos pais, que viam a uma notícia no jornal, lhe mandou um beijo maldoso, que saiu correndo da mesa e foi vomitar no banheiro, voltando a se trancar no quarto e se sentindo tão debilitado quanto antes... se recusou a almoçar ao ver que a tia ocupada o deixaria sozinho na cozinha com o primo, e quando foi jantar evitou furiosamente olhar dele, mas mal tocou na comida, seu estômago ardia tanto que ele parecia estar permanentemente enjoado. Foi um dia horrível de isolamento, um dia torturante que se seguiu de uma noite torturante, pois Duda pareceu perceber que Harry dormia tarde e foi falar besteiras a porta, Harry tentou evitar se cobrindo ainda mais e abafando o som, suando por baixo dos cobertores... não conseguia dormir porque sua cicatriz doía como se estivessem a abrindo com um bisturi...
Acordar novamente ao amanhecer foi uma coisa estranha, acordou com as bicadas de uma outra coruja... onde se metera Edwiges?
Sentiu-se cansado só do esforço de abrir a janela, mas pelo menos recebeu uma onda de ar fresco que o reanimou um pouco, a coruja deixou o envelope e saiu como entrou, Harry o pegou e finalmente viu, "resultado dos Níveis Ordinários de Magia."
Recebera nove Nom's, nada mal afinal, recebera um , e ele não acreditou, um em poções e outro em Adivinhação... ele passara afinal, bem... imaginou como Hermione estaria? Com certeza ela tinha ido bem, Harry se pegou pensando na única coisa boa que tinha para se agarrar, os amigos, em Rony, que devia estar escondendo o resultado, porque se fora bem, estaria escondendo dos gêmeos e se tivesse ido mal estaria escondendo da mãe, Harry sorriu pela primeira vez em dias, ao pensar na alegria de Hermione tirando seus NOMs em aritmancia e runas, uma pancada na porta o tirou desse devaneio feliz e o jogou na fria realidade. -Desça!- disse Petúnia.
- Quero sua ajuda! Ande.
Claro, qualquer coisa para estar acompanhado e não ficar sozinho na companhia do primo, vestiu o jeans surrado e uma camiseta e desceu entrando na cozinha, pronto, seu ânimo despencou, ao mesmo tempo que sentia uma pontada de calma, era aniversário do primo, a pilha imensa de presentes na mesa indicava, ele provavelmente estaria muito animado, mas havia a possibilidade do passeio além do jantar em família que o tio estava preparando, talvez ficasse sozinho, ou o mandassem passar o dia na casa da Figg, o que seria muito bom.
-Cuide disso para mim, vou ver o que o Dudoca tem...
Ela saiu da cozinha após lhe apontar o fogão, escutou o tio resmungar na sala e o farfalhar do jornal, era sábado, escutou a tia falar algo para Duda lá em cima e ele resmungar algo, estranhou porque no dia do aniversário ele era o primeiro a descer para abrir os presentes.
Escutou o último degrau ranger e a tia falar algo com o tio que respondeu, e Harry só entendeu essa parte, "Mande o moleque carregar...", Harry sabia muito bem que moleque não se referia ao primo, com efeito entendeu, e odiou, o que era quando a tia entrou.
-Duda não vai descer para comer, está doente. Leve os presentes pra cima. Não foi um pedido,
Harry ignorou, não havia nada no mundo que o fizesse ir levar "presentes" ao primo no quarto.
-Ande!- disse a tia o afastando do fogão impaciente.- Umas três viagens devem bastar! Ande!- ela o empurrou.
-Eu não.- disse e pegou um copo de água.
Ela o olhou furiosa, mas ele nem a ouviu, só sentiu a mão do tio apertar seu braço.
-Olha aqui seu moleque ingrato! Não lhe cai os braços se levar isso- apontou a pilha de presentes.- pra cima! Você não faz mais nada nessa casa mesmo!- disse salpicando o sobrinho de cuspe e com a caraça vermelha.- Leve isso! Estou indo pra farmácia, se a febre aumentar ligue para o médico.- disse para a tia e saindo.- Se eu voltar e isso- apontou a pilha novamente.- estiver aqui vamos nos ver.
Harry massageou o braço, ficou doído onde o tio apertara e pela cara dele, provavelmente o Duda estava mesmo doente, o que lhe deixou com uma selvagem sensação de que a vida fosse um pouco justa, esperava que fosse algo que trouxesse muita dor, mas para evitar mais encrenca, e a tia ainda o olhava furiosa, ele maquinalmente catou os presentes e fez uma pilha, ajeitou-a três vezes porque a tia reclamara, ora que ele não estava cuidando dos embrulhos, ora que colocara muito pouco e depois ele não tinha forças para carregar tudo, realmente teria que fazer várias viagens, subiu a escada devagar e passou pelo corredor, empurrou a porta do quarto do primo, estava um forno ali dentro, tudo fechado, o outro também se enfiara embaixo de cobertores, para alegria de Harry devia estar dormindo porque nem se moveu quando ele deixou a pilha e saiu rapidamente do quarto, na segunda viagem escutou Duda gemer baixo quando saia, na terceira percebeu que o primo tremia, na quarta ele devia ter voltado a dormir, foi um dia calmo, antes do almoço a tia estava mais aliviada porque a febre de Duda permanecia fraca agora, mas não iam sair para comemorar o aniversário, Harry estava tomando um suco quando já a noitinha se surpreendeu com a notícia dos tios, eles iam jantar fora, apesar da tia estar preocupada, Duda não tinha mais febre e a convencera a ir, o tio fez muitas ameaças de jogar Harry para fora se ele aprontasse, deixaram lavando a louça do jantar de Duda, que não saíra da cama e prometendo voltar antes da meia noite, Harry só teria que correr e se trancar no quarto por duas horas, sabia que o dia estaria terminado.
Estava terminando de lavar a louça, porque diabos ela tinha que sujar três panelas para fazer uma sopa? e ia pegar o pano para enxugá-la quando escutou um som metálico que o arrepiou, se virou e sentiu o sangue gelar nas veias.
-Oi... vamos continuar a brincadeira?
Só que não parecia nem um pouco com brincadeira, já que Duda carregava uma das maiores facas da cozinha e tinha um sorriso torto muito estranho.
-Isso não tem graça Duda.- disse andando para trás.- Pare com isso.
-Não teve graça anteontem quando você me chutou.- ele disse se aproximando.- Além do mais, você me deve um presente.
-Eu não te devo nada!- disse alto furioso.
Duda apenas o encarou, mostrou a faca.
-Eu não fiz esse teatro todo pra ficar duas horas sozinho olhando o teto do meu quarto... hoje,- sorriu.- temos a casa só pra nós.
Harry tentou se afastar dele em direção a porta, mas Duda esticou a faca que raspou no braço de Harry, que deu dois passos para o lado e segurou o lugar e sentiu arder, mas continuou e frente, correu para as escadas, ia chegar no quarto, a mão úmida de sangue, nada muito profundo, só doído... entrou aliviado, ainda era mais rápido... fechou a porta e fez o movimento com a mão para trancar a porta... e pegou o vazio, por alguns segundos de confusão tateou novamente a porta, olhou em volta até a porta ser chutada e ele cair no chão com o impacto.
-Acha que não pensei nisso?- disse Duda puxando a chave do bolso da calça sorrindo.- Eu peguei a chave antes de ir pra cozinha, minha menina...
-Pare com isso! Eu não sou...
Mas Duda avançou com ferocidade, e dessa vez Harry não teve muita chance, pois levou vários socos e mal havia se erguido e Duda o jogara novamente no chão, tinha levado socos no rosto, que entortaram os óculos, e no estômago, que o fizeram se encolher no chão. O primo se ajoelhou ao seu lado o pegou pelo cabelo.
-Preferia não ter que bater mais... mas até que é gostoso machucar você...
-Seu nojento.- gemeu tossindo ainda sentindo a dor no estômago.- Seu porco... animal...
Levou um chute na altura dos rins que o fez ganir de dor...
Então Duda apoiou o joelho no peito e Harry sentiu as mãos do primo mexerem em sua calça, em pânico tentou se debater, por mais doloroso que fosse se movimentar, mas Duda voltara a rir deliciado com o esforço do primo. Harry já tinha esgotado o estoque de palavrões que conhecia, trouxas e bruxos, quando o primo o virou de bruços e imobilizou seus braços.
-Pare! Não!- tentou protestar ao perceber o que Duda tinha tirado dele.
Duda aprendera no colégio, com uns pervertidos mais velhos, vendo um rapaz do último ano abusar de um moleque, agora podia fazer o mesmo, com o garoto que sempre desejara, usou o cinto do próprio Harry para prender as mãos do garoto, prendeu bem apertado, tirou o seu cinto e prendeu também por segurança, agora Harry estava ainda mais indefeso.
-Até suas mãos são delicadas.- disse Duda na orelha de Harry.
-Pare de dizer isso! Eu não sou uma menina! Pare com isso!- ele disse tentando se libertar, sentindo os pulsos queimarem com o atrito.
-Ah, mas você parece...- riu Duda.- essa pele macia...- disse enfiando as mãos por dentro da camiseta de Harry.- lisinha...
-Pare com isso Duda!!! Pare!
As mãos de Duda desceram, Harry sentiu uma raiva imensa ao sentir o primo apertar suas nádegas por sobre a calça.
-Tem muita menina que não tem uma bundinha assim...
-Pare com isso! Seu doente! Pervertido!
Duda riu e se levantou, Harry sentiu ele enfiar o pé por baixo dele, na barriga e com um solavanco virá-lo.
Se encararam, Harry odiou ver a satisfação do primo, odiou estar ali privado da varinha, braços presos para trás, Duda voltou a se ajoelhar ao lado dele e ergueu-o pelo pescoço.
-Então? Paramos no beijo... podemos continuar?
Harry cuspiu no rosto de Duda, o outro limpou o rosto e sorriu.
-Isso não me atinge...- disse puxando a camiseta e rasgando-a.- Não mesmo... tem tanta coisa pra eu fazer com você...
Harry tentou chutar, mas Duda voltou a sentar em cima dele, dessa vez com uma perna de cada lado, tão nojentamente próximo como se realmente fossem íntimos, uma das mãos de Duda voltou a tapar a boca do garoto e a outra explorava a região da nuca, por vezes puxando-lhe o cabelo, a camiseta tinha sido rasgada e agora não cobria nada, aberta como uma camisa, Duda começou a sugar o peito de Harry, descendo com a língua até a barriga e o umbigo mordendo, lambendo, riu enquanto o outro tentava se esquivar.
-Viu?- praticamente gemeu.- lisinho, macio, branco... salgado... boa menina.
Harry tentou se debater mais, repleto de nojo e raiva, e lá no fundo, bem no fundo, medo.
Duda largou-o, ficou olhando-o maldoso, Harry voltou a xingar, gritar e se debater, Duda puxou a camiseta, que agora era só um trapo, rasgando uma parte que enfiou violentamente na boca de Harry, sufocando seus gritos, passou a mão deliciado do rosto até calça, explorando cada milímetro da pele branca e razoavelmente quente do menino, começou abrir a calça, novamente experimentando a excitação de despir o garoto, vendo a respiração rápida do outro e as tentativas dele de se libertar, foi puxando a calça devagarinho, quase ritualmente, dessa vez o outro estava praticamente nú.
Harry estava quase chorando de desespero, não via solução para aquilo, e ele não é do tipo que chora, mas seus braços estavam dormentes por ficarem presos embaixo do corpo, sentia sua boca quase rasgada pelo tecido que fora enfiado tão fundo que parecia que ia engasgar, então sentiu-se totalmente impotente para qualquer coisa quando se percebeu só de cuecas, mesmo tentando chutar, o primo agora de pé rindo fez mais uma maldade, segurou um de seus pés pisou entre suas pernas...
Harry arqueou de dor, quase desmaiou.
-Agora você quer que eu pare?- riu Duda.
O primo se aproximou de Harry, que agora ofegava e deixara cair umas lágrimas de dor, bom agora tivera uma sensação que só se comparava com uma maldição Cruciatus... se sentiu como um coelho ferido diante de um lobo muito feroz, porque via nos olhos do outro toda a maldade que conhecia, só que com a oportunidade na mão, Harry reconhecia isso, de certa forma ele tinha o mesmo olhar de Belatriz Lestrange...
Duda sorrindo lambeu as lágrimas do primo, era isso que queria, queria ver a dor, aquele garoto nunca chorava, a vida inteira esperou ver lágrimas daqueles olhos, poxa, fizera da vida dele um inferno e ele não se abalava... gritava, esperneava, sangrava, sofria, mas nunca chorava, mesmo que tivesse que esfolá-lo vivo, ele queria saborear aquelas lágrimas, segurou o rosto de Harry com as duas mãos.
-Agora, você é a minha menina.- disse deslizando a mão até o local onde a poucos minutos havia pisado.- Se conforme som isso.
Mas Harry não ia se conformar, não ia deixar de lutar, não ia deixar acontecer, e por pior que fosse a sensação de Duda segurar suas pernas e puxa-lo pra perto, ele nunca pensou em parar de se debater, mesmo quando o outro segurou o seu pescoço com força.
-Porque você não cede? Só um aviso, vai doer muito mais se você lutar...- Duda falou na sua orelha e aproveitou para morde-la, descendo pelo pescoço onde cravou os dentes, até escutar um gemido abafado, pode observar a marca vermelha no pescoço do garoto.
Duda ainda vestido apalpou toda a intimidade de Harry, ele fechou os olhos, não porque estava gostando, na verdade se sentia gelado e insensível, mas porque não suportava ver o prazer do outro, Duda estava ofegante, tão excitado que apenas abriu as próprias calças, mesmo com o garoto totalmente dominado, indefeso e obviamente infeliz, sim porque de olhos fechados ele tinha linhas brilhantes de lágrimas retidas entre as pestanas negras, Duda ainda conseguiu ser um pouco mais maldoso, falou quando começou a tirar a cueca de Harry.
-A família é minha, a casa é minha, a roupa é minha e agora, você também é minha...
Harry suspirou, não de desejo, medo ou conformidade, quando Duda finalmente se postava novamente entre suas pernas ouve barulho lá em baixo, e Duda se pôs de pé num salto. Os tios tinham voltado mais cedo, Duda o olhou nervoso, e saiu fechando a porta, o suspiro de Harry fora de alívio.
Harry ofegou, passou os braços por baixo de seu corpo nu e tremendo muito puxou o pano que cobria sua boca, lá embaixo a voz dos tios reclamando e Duda dizendo que estava bem, mas que tinha se sentido sozinho... as besteiras de sempre, Harry puxou com a boca os cintos e se soltou ainda tremendo, nu e machucado encostou a cadeira na porta fechada, com toda a força que tinha colocou o pesado malão na cadeira e a gaiola vazia de Edwiges por cima, então se deixou cair no chão, olhando perdidamente em volta, suas roupas, olhou as marcas nos braços vermelhos, haviam marcas vermelhas nas coxas dele onde o outro o segurara, Harry não queria mas começou a tremer, então sentiu, quentes, lágrimas, ele apenas ficou ali se sentindo tão infeliz e desprotegido como nunca antes na vida, nem Voldmort o fizera sentir-se tão mal, estava chorando, soluçando, agarrado em si mesmo, testa apoiada no chão, se sentia sujo, humilhado, infeliz inferior... porquê? Porquê ele não podia ser normal? Porquê as coisas sempre eram difíceis para ele? Porquê ele tinha que sofrer? Sua vida inteira ia ser assim? Sofrida? Que mal ele tinha feito pra merecer aquilo, a dor das palavras, da solidão, do medo, da revolta, a infelicidade que o acompanhava em anos de vida infeliz e difícil caíram sobre ele... e ele só podia chorar porque não conseguia fazer mais nada, fraco e exausto que estava, tentou se levantar mais umas duas vezes apenas para desabar de novo, sacudido por soluços tão doloridos quanto silenciosos, porque Harry era uma pessoa que sofria em silêncio, não sabia expressar suas dores, não sabia gritar, chorar em voz alta, os anos com os Dursleys tinham feito isso com ele sem que ele percebesse.
