LEMBRETE: OS PERSONAGENS PERTENCEM A JK ROWLING... QUEM DERA EU FOSSE ELA!!! A FIC TEM VIOLÊNCIA, SEXO E COISAS DO GÊNERO, SIM! SLASH TAMBÉM!!! É MERA FICÇÃO PRA QUEM CURTE E SE VOCÊ QUER COISAS BUNITINHAS E AGUADAS... NÃO CONTINUE A LER. AVISO DADO.
(Prometo não fazer nada de bom!... Mal feito feito!!!) Reviews, eu preciso de reviews!!!Patty e Bárbara... só em homenagem á vocês!!!
CRUEL – CAP07... frio e sussurros.
Quando chegou no dormitório Draco passou reto por todos sem se importar com o que poderiam pensar, e desde quando importava? Passou sem olhar para os lados, veste esbarrando em móveis e pessoas como se fosse uma ventania, uma tempestade de neve, tamanho olhar gelado que deu aos que tentaram protestar, bastava olhar nos seus olhos para saírem de seu caminho, silêncio ficou atrás dele até que todos escutaram a porta do dormitório bater, só aí voltaram as atividades, poucos tiveram coragem de perguntar o que podia ter ocorrido para o príncipe de gelo estar tão aborrecido.
Ao bater a porta sua máscara de imparcialidade ruiu por alguns segundos, o suficiente para meter um soco no pilar de sua cama, escutar a exclamação assustada de Blás Zabini e sentir que podia ter fraturado a mão, virou o rosto lentamente para o lado e viu o colega surpreso.
-Saia.- sibilou.
O outro nem precisou que falasse duas vezes para sumir de sua frente tamanha fúria gelada estravazava naquele olhar, infelizmente agora toda a Sonserina seria informada de seu mau humor... tinha suas compensações, seus colegas só entrariam no quarto depois das duas da manhã, para não correrem o risco de encontrá-lo acordado, afinal todos conheciam o que ele era capaz de fazer quando irritado. Trancou o quarto com um feitiço e se deixou escorregar até ficar de joelhos, completamente aparvalhado com suas próprias reações, não deveria ser assim... que droga!!! Maldição!!! mil vezes desgraça!!!
O motivo para tal criatura fria estar tão emocionalmente abalada? Potter.
Harry entrou na sala comunal e foi imediatamente brindado com a cena que mais lhe angustiava, se bem que agora tão confuso, não tinha nem como se angustiar mais, apenas parou sem saber se ria ou chorava, se falava ou calava, sabia deveria ter subido em silêncio, para quê pensar? deu dois passos em direção á escada para os dois se afastarem e a voz dela o chamar.
-Harry!- disse Hermione com urgência.- Estávamos preocupados!
"Estavam mesmo?" pensou maldosamente relembrando do beijo que ambos estavam partilhando quando entrou, "isso é errado caramba... são namorados! Eu não tenho nada com isso!".
-Porquê?- perguntou se virando.
Ela deu um suspiro nervoso, foi o amigo que disse em censura.
-Tem idéia de que horas são? Você está bem?
Os dois agora o olhavam com uma cara de desconfiança, Rony sorriu.
-Encontrou sua admiradora? Por isso é que demorou?
-Antes fosse.- disse praticamente sem querer.
Hermione ergueu as sobrancelhas, Harry deu um suspiro cansado e sentou-se num puf meio distante, não conseguia se enfiar entre os dois amigos como antes, não sem sentir-se um intruso, olhou a lareira, porque acendiam as lareiras numa onda de calor?
-O que aconteceu? Você está estranho...- disse Hermione.
"Acabei de me agarrar com um homem depois de ter uma nova crise por causa de Voldmort depois que a Chang detonou o mundo em cima de mim..." Seria uma boa resposta? Apenas a olhou, não devia, se perdia nos malditos olhos castanhos mel dela, que merda Harry! isso é quase incesto! Ela é praticamente sua irmã, entendeu?! Namorada do Rony! Seu melhor amigo!!!
-Umas coisas estranhas aconteceram...- disse desanimado.
Os dois aguçaram os ouvidos e para não ser mais cretino em mentir ainda mais para os dois contou sobre Chang.
O queixo de Rony caiu e Hermione começou a balançar a cabeça.
-É caso de internação no StMungus!
Foi o que disse pra si mesmo se olhando no espelho, depois de quebrar algumas coisas limpar tudo com a varinha e trocar de roupa, um cheiro levemente doce ainda na sua veste, sim, Potter tem um cheiro diferente, meio doce... difícil de indentificar, pensou cheirando a veste, abrindo os olhos e jogando-a com raiva na cama, era realmente caso para internação... o que tinha acontecido afinal? pensou o soncerino jogado na poltrona forrada diante do espelho do quarto, exatamente quando o plano tinha se ferrado daquela maneira? Estava tudo errado! O que fora aquele me desculpe? Onde estava com a cabeça em sair correndo como uma garotinha virgem? Que droga! Porquê estava todo abalado, era só mais uma conquista, a maior delas com certeza, mas apenas mais uma, era pra fazer o rapaz rastejar, não rastejar por ele! Fechou os olhos e cravou as unhas no próprio rosto, aqueles maldidos olhos verdes gravados na sua mente... aquele olhar perdido, solitário, que bosta Malfoy! Se apaixonar não está na agenda! Pare de besteira, além de insano é perigoso. Potter não vai durar muito e você sabe! Qual a sua?
-Que droga...- disse se olhando no espelho três riscos vermelhos no rosto pálido.- que imensa droga... ele tinha que abrir a boca? Potter sua anta!
"Quem é você?"
Draco voltou a fechar os olhos, e se contasse, se deixase o rapaz vê-lo? Maldito seja Voldmort! Que coisa entranha... porque se não fosse ele poderia dar certo... se não fosse ele, Potter não teria acabado em seu colo... como vivia repetindo, maldito fato da vida.
Potter estava fadado a lutar uma luta perdida contra Voldmort, porque Draco não via chance alguma dele continuar tendo a sorte que tinha, como diziam os colegas de seu pai... mas que droga, porque isso estava doendo? Porquê se importar por aquele... nem tamanho de gente tinha o maldito... tão pequeno... tão leve... ah que droga... de novo não!
Levantou-se irritado, desfez o feitiço da porta e se enfiou na cama tentando tirar da cabeça o gosto, o cheiro e a presença de certo Grifinório.
Harry se jogou na cama, acordado, barriga para cima, olhando as cortinas da cama, a réstia de luar que entrava pelo espaço entre elas, que droga... merda de vida... o que estava fazendo? Agora estava plenamente conciente que era uma criatura nojenta e desgraçada... o que lhe passara pela cabeça ao ver os dois amigos era que queria estar no lugar de Rony, como podia ser tão miserável... traidor á altura do rabicho... pior... existiam ratos mais dignos, porque nem eles se esfregavam com um cara e gostavam disso, o que fora aquilo? pensou passando a mão nervosamente pela testa, sentia nojo de si mesmo, depois do que passara com Duda, como fora se deixar levar... mesmo tendo sido tão bom... e fora... como fora bom, porque se sentira protegido... queria tanto isso, perfeito Harry... comece a se jogar no colo de todo mundo, talvez isso apague a culpa... se virou irritado e colocou o travessiro sobre a cabeça... era pedir demais? Um pouco de colo? De carinho? Que droga... era só o que queria, alguém que minimizasse esse vazio escuro e imenso que tinha no coração... mais alguém pra empurrar para o perigo? Devia se jogar da torre, faria menos estrago... o que Chang lhe dissera ainda martelava no ouvido, como queriam que se mantesse calmo, mente limpa com tanta coisa se embolando na cabeça? Tinha que ter o controle, tinha que manter a mente fechada... tinha que parar de pensar nas sensações que sentira naquela escuridão... quem era o desgraçado que se aproveitara daquele ataque? Tinha que pensar nisso também, no lado ruim da coisa... ele o azarara também, outro que como Chang não tivera pudor de o agarrar... tão covarde que o cegara e quase o abandonara cego... e a voz, conhecia aquela voz sussurrante, sabia que conhecia... desculpas não apagariam aquela sensação de ter sido usado, docemente usado, mas usado.
Adormeceu por pura exaustão.
Naquela manhã levantou amarrotado, tivera pesadelos horríveis com Sirius, não só com o véu, mas com ele o olhando... como se o acusasse veladamente, sabia que era por causa do Chang dissera, mas não podia evitar a sensação ruim... se levantou desanimado e seguiu Rony sem coragem de encará-lo.
O correio da manhã o presenteou com mais um pergaminho marfin, mas não deixou ninguém fazer comentário algum, catou o pergaminho e se retirou deixando um silêncio constrangido, devido o olhar que dera, subiu sem saber se merecia o que recebia, entrou na sala comunal, subiu para pegar a mochila e desceu sentando-se numa das poltronas ainda olhando o pergaminho lacrado, será que deveria rasgá-lo de novo? Era maior que os outros pelo peso, nem fora ao suposto encontro, nenhuma criatura merecia um verme como ele, tão enrolado que nem era capaz de controlar a paixonite pela melhor amiga... abriu devagar, porque ansiava por coisas boas, queria tanto ler algo bonito, bom, um elogio que fosse.
"Acorde
lave o rosto e se apronte
hoje eu estarei a sua espera
em qualquer lugar conhecido
em qualquer canto escondido
você quer
hoje será nosso dia
você quer
aquilo que fizemos ontem
você quer
vou lhe dar o que você quer
e você quer...
Quero apenas que confie... em mim...
apenas o seu amante...
eu espero... que meu anjo resolva aparecer novamente.
Acorde
use o seu perfume e se arrume
hoje eu estarei preparado
em qualquer lugar conhecido
em qualquer canto escondido
você quer
hoje será nosso dia
você quer
aquilo que fizemos ontem á noite.
você quer
vou lhe dar o que você quer
você quer repetir?
Quero apenas que confie... em mim...
apenas o seu amante...
eu espero que meu anjo resolva aparecer.
E eu apenas um seu amante
que chora esperando seu anjo aparecer
Amor, amor, amor, amor!
Amor...
E suas mãos comandam meu espírito
Amor com suas mãos...
Por favor guie-me
com seus olhos guie-me
com seus beijos guie-me
com seu coração guie-me
Confia em mim
Apenas o seu amante
Porque eu choro
Esperando você chegar
E eu apenas um amante
Eu choro
esperando você chegar...
você se atrasou,
eu fui te procurar.
Desculpe por fugir..."
Fechou o pergaminho de súbito e olhou em volta... olhou de volta... um ontem... um amante... e teve certeza de que não estava enganado, não soube precisar se o arrepio que sentia era de felicidade ou de medo... sentindo-se um pouco enganado, sua garota era um rapaz... e bem... voltou a sentir um arrepio, que droga. Onde estava o chão quando precisava dele? Curiosidade de saber quem poderia ser... agora redobrada, a voz... conhecia a voz... que droga!!!! Porque os malditos arrepios não paravam?
Enfiou o pergaminho na mochila, e se começassem a perguntar? O que ia dizer? Meu admirador marcou um encontro, devo ir? Confie em mim... sempre tão subjetivo... felizmente já tinha guardado o pergaminho, porque escutou bem ás costas.
-E então ela te perdoou? Credo!- disse Hermione ao ver ele pular de susto.- Estava no mundo da lua não é?
-Mione... não faz mais isso.- disse a olhando.
"O que ela ia pensar se eu disesse... nem quero pensar... Meu Deus onde fui me meter?"
-Onde está o Rony?- perguntou.
-Ah, Harry me conta... ela te perdoou?- perguntou animada.
-Acho que sim... é complicado... as mensagens não são literais... Ah Mione deixa quieto!- "Putz! Estou ficando vermelho!!!"
-HUM...- ela sorriu.- Acho que entendi o recado...
-Mione! Não é nada disso!
Mas ela sorriu e fez sinal para irem.
""timo, pensa o que quiser... droga... não vai." pensou apressando o passo.
"eu não presto."
Estava feito e decidido, feito de qualquer jeito, decidido no impulso, pensou olhando o rapaz levantar após pegar o pergaminho, aula de poções, dupla com eles, hora de ver o humor do Grifinório, Draco se levantou ainda irradiando irritação, acordara... mentira nem dormia, uma febre espalhada pelo corpo inteiro, nome da doença: idiotice aguda complicada por Potterite! Pensou sériamente em se afogar no seu caldeirão bem na aula. Crabbe e Goyle o acompanhando mansinhos o olhando de lado, na verdade meia sonserina lhe dando espaço, Pansy lhe contara que todos estavam com medo que ele azarasse o primeiro que se enfiasse na frente... o que era uma boa idéia, talvez azarando alguém aqueles olhos verdes sumissem de sua mente.
Snape os olhava friamente repassando a poção de destransformação, avisando que iam fazer testes nos grupos, dessa vez as poções foram feitas em grupos, quatro em cada grupo.
-Neville não!- Hermione segurou a mão dele pela terceira vez, já coloquei!
-De...desculpe!- ele balbuciou olhando de esguelha e relaxando ao ver o Snape elogiar um caldeirão sonserino.
Harry e Rony apenas se olharam, mas era Harry que estava esperando o pior, se iam fazer testes dessa vez não ia escapar Snape ia testar a coisa nele, e sendo Neville parte do grupo...
-Se as poções de vocês estiverem corretas irão desfazer o efeito da maioria das poções de transformação conhecidas, tenho aqui uma série de poções transformadoras que vou dar para um elemento de cada grupo, depois cada grupo irá testar a sua poção correto? Espero que ninguém seja envenenado no processo.- emendou olhando em particular para Neville.
Passou entregando o vidrinho para um integrante escolhido de cada grupo, ao chegar na frente do grupo deles parou, aparentemente indeciso entre Harry e Neville.
-Boa sorte Potter.- olhou para Neville.- Vai precisar.
-Poxa cara...- gemeu Rony.
Deu de ombros, olhou para a classe, evitou o olhar dos Sonserinos, apenas sorriu de leve para Hermione e acenou com a cabeça para Neville.
Snape apenas se virou e olhou a turma.
-Estão esperando o quê?Bebam logo as poções!
Harry fechou os olhos segurou a respiração e tomou a poção de um gole só.
Sentiu um incômodo... abriu os olhos Rony encolheu os ombros como se disesse "e daí?", um dos grupos fora presenteado com um belo cover de trasgo feito por Bullstrode, que ganhara alguns centímetros e inchara...
-Ué?- perguntou Neville enquanto Lilá virava um gato listrado.- Nada?
Estava começando a ficar preocupado quando sentiu, conhecia a sensação, igual a quando usara a Polissuco, arqueou pra frente.
-Harry!- gritou Hermione.
Caiu de joelhos, mãos postadas no chão, mas ao contrário do que havia sentido com a polissuco, seu corpo não espandiu, na verdade pareceu encolher, mudar... sentiu-se estranho, então tomou fôlego e se levantou, quando olhou para os amigos o fez de baixo, Rony e Neville o olharam com uma cara estranha, Hermione levou a mão a boca e o olhou com um sorrisinho torto tremendo na boca.
-Que foi? Ah...- levou a mão a boca percebendo imediatamente o que havia...-Mas que MERDA!- e mesmo a palavra suja rolou doce na voz de criança.
-Modos Potter.- disse Snape.
Encarou o professor com certeza com uma cara muito feia.
Do outro lado, os sonserinos riam, menos um Malfoy, e o fato do miserável não estar rindo apenas o irritou mais. Talvez parecer criança não mudasse o que via nele... para ele lhe olhar com aquela cara de espanto, deveria estar parecendo uma criança muito convicente, queria sumir de raiva! Snape merecia uma azaração das boas.
Um espelho lhe foi enfiado nas fuças por Hermione... quis morrer de vergonha.
Uma criança... sim porque Potter agora era uma criança... Draco ainda olhava surpreso, só isso, uma criança, quer dizer, Potter não era como as outras, parecia apenas uma criança, apesar de ser a coisa mais linda que já vira... cabelos negros e olhos iguais, não havia tanta diferença assim, era estranho, olhar para ele assim... certamente Potter tinha sido uma criança estranha...
Que Droga... afinal não estava tão diferente, se não fosse obviamente ainda menor... não gostava de se olhar assim, tudo parecia tão grande... quer dizer não tinha boas lembranças de quando era pequeno... "tá Harry se acalme... é só uma poção e tudo vai voltar ao normal..."
-Agora vamos ver se as equipes fizeram a poção corretamente, passem para a vasilha e façam seus colegas "transformados" beberem.
-Como se a gente fosse dar o antídoto para alguém não transformado...- disse Hermione num sussurro enquanto Rony catava a vasilha e Neville encarava o pequeno, pra não dizer mínimo, Harry com carinha de quatro, cinco anos.
-Toma, engole.- disse Rony passando a vasilha ainda com cara de bobo.
-É só a cara de criança, não o cérebro.- disse entre os dentes antes de enfiar a poção na boca e engolir de uma vez.
Ainda se olhavam abobalhados quando a turma estava totalmente normal, com exceção de que para um dia quente, a masmorra estava mais que gelada pensou esfregando os próprios braços gelados, observando alguns alunos voltando ao normal.
-E aí nada?- perguntou Rony pela terceira vez enquanto Hermione conferia mentalmente a poção e Neville o olhava com cara de pânico.
Frio e sono era o que sentia, culpa dos pesadelos se pelo menos tivesse dormido bem... encolheu-se mais para perto do fogo do caldeirão ainda balançando os pés, impressão sua ou estava com tanto sono que não conseguia abrir os olhos?
-Harry? Algo errado?- Hermione o tocou no ombro.
Coçou o olho sorriu.
-Não... estou com sono, não dormi bem... só isso.
-Essa poção já não devia ter feito efeito?- perguntou Rony olhando que todos os grupos estavam bem, fora os dois que levavam bronca de Snape.
-Já sim... Harry você está mesmo bem?
Não conseguia responder porque bocejava, nunca tinha sentido tanto frio nem tanto sono na vida.
-O que está havendo aqui?- perguntou Snape chegando perto.- um zero pelo jeito- olhou atravessado para Neville.- Uma detenção Potter por dormir em aula! Potter! Potter! Mas que tipo de poção vocês fizeram?- Snape vociferou quando Harry despencou no sono, felizmente amparado por Hermione.
E como definir aquela estranheza? Engraçado... já sentira algo assim antes? Vontade de raptar e fugir com aquilo? Pelo último fio de sua sanidade era uma pessoa não um bicho de estimação... não pode deixar de achar bonito ali parado, pequeno, até perceber que algo estava errado, foi ficando quieto, encolhido... fechando os olhos, impressão sua ou aqueles amigos idiotas dele não perceberam que havia algo errado? Até fechar os olhos e Draco teve que usar de todo o autocontrole que tinha para não sair correndo atrás do professor que saiu carregando a criança para a enfermaria dispensando a turma.
Foi um resto de dia muito longo... sem notícias.
A conversa do jantar era que Potter escapara por pouco do envenenamento, Draco perdeu a fome e foi muito difícil se fingir entretido com Crabbe e Goyle até que toda a sala comunal da Sonserina se aquietasse... então saiu, nem sabia porque mas precisava saber, droga de... queria ter certeza, os amigos dele... com amigos daqueles quem precisa de Voldmort? Veneno... maldito Longbotton, felizmente não participava das aulas avançadas de poções... que droga... nem estaria envenenado se não estivesse tão fraco... criaturinha burra... que ódio! Estaria dormindo feliz se o idiota... se os amigos imbecis...
Rony ainda olhava o jogo de xadrez... tinham sido enxotados da enfermaria por Pomfrey... Hermione ainda se culpando por não ter percebido a duplicidade de certos ingredientes colocados por e ela e por Neville, que tinha ido direto para cama depois de receber detenções e um carão que o deixou a beira de um ataque de nervos e de culpa.
-Ele vai ficar bem MI.- disse o ruivo com a mão sobre a dela.
-Eu sei... mas é que...-ela colocou a mão no rosto.- Eu devia ter notado.
Rony sorriu triste.
-Nem eu notei.
Harry ainda estava olhando para o teto... silêncio opressivo á volta, acordara com Pomfrey mandando-o dormir, como se fosse possível, lembrava de tudo, pensou olhando suas mãos contra o teto, agora normais, corpo inteiro doído devido ao efeito congelante da poção errada, quase morrera de hipotermia... ainda estava gelado... fechou os olhos doloridos, mãos geladas contra o rosto, virou devagar e observou a salinha de Pomfrey com as luzes desligadas, quase três da manhã, sozinho ali, suspirou, não gostava dali, lhe trazia todas as lembranças ruins de volta... toda a ilusão que vivera por cinco anos... enganado de certa forma por Dumbledore, que agora passava mais tempo no ministério que na escola... então tudo ficou escuro... Harry prendeu a respiração, escuridão total, pensou em chamar Pomfrey quando a mão macia lhe tocou o rosto.
-Fiquei preocupado.- sussurrou.
Harry conhecia aquela voz, mas sempre aos sussurros, não conseguia saber quem...
-Porquê?- perguntou se sentando, ao mesmo tempo que sentia o outro sentar a sua frente e lhe tirar os óculos.- Porquê não me deixa ver?
-SSSHHHT- Draco fez para que ele calasse a boca.
O moreno parecia bem, mas estava gelado, incomodamente gelado, enfiou a mão no lado do rosto, acarinhando o cabelo, tão bonito, tão macio, o cheiro adocicado indefinível... sentiu ele apoiar a cabeça em sua mão, fechar os olhos, sorriu, a entrega do outro era tão simples... ao mesmo tempo que era cheia de receio.
Harry voltou a se endireitar, abriu os olhos inutilmente de novo, mil perguntas no peito, foi abrir a boca para sentir o corpo do outro contra o seu, a boca na sua, entrou em pânico empurrou o estranho.
-Não!- ofegou ao cair da cama, sentado no chão desorientado.- Quem é você?!
-Não grite... A Pomfrey.
Calou-se, sentiu o outro andar e parar ao seu lado, tentar ajuda-lo a se erguer, se afastou irritado enfiando o pé no criado mudo, soltando um gemido que foi contido pela mão do outro forte em sua boca.
-Calma...
Lembrava...dolorosamente lembrava... era uma sensação horrível de estar indefeso, todas as defesas que possuía se eriçaram... não, nunca mais ia deixar que brincassem...
-Não quero te machucar...
A mão soltou sua boca, desceu pelo corpo até a cintura, apenas para indicar a direção certa, faze-lo sentar na cama novamente.
-Mas porquê?- perguntou de novo enquanto sentia o carinho no cabelo.- Porque você é tão evasivo? Porque está brincando comigo?
"Porque me apaixonei por você." Pensou Draco olhando o rapaz á sua frente... "e isso é errado!". Se levantou, saiu apressado.
-Vou não ver você de novo?
Parou no meio do caminho, se virou para ver o rapaz olhando para o lado errado, mão na camisa do pijama, outra na cama, "queria tanto me enfiar nessa cama agora, e não consigo imaginar o que me impede!".
-Amanhã.- disse bem baixo para ver o rapaz se virar para o seu lado automaticamente.- Se você se cuidar...
-Certo.- Harry disse baixo também.
Draco saiu mais leve que qualquer fantasma, e leve estava seu coração, apesar do corpo inteiro estar em chamas, uma febre insana, o cheiro do outro, que maldito perfume doce era aquele? Lembrava algo... lembrava algo bom! Que droga!!! DROGA... devia ter ficado... aceite Malfoy, você o quer, se apaixonou, pensou olhando a própria mão, sentindo o peso da cabeça do outro, a maciez daquela pele, o contorno da orelha contra sua mão, mal percebeu que estava nas masmorras, mal percebeu que chegara a sala comunal, só percebeu que quando se jogou na cama, estava feliz... de um jeito que nunca tinha estado antes.
Harry estava deitado, ainda com frio que o fazia tiritar sob o pezado cobertor, ainda pensando no que acabara de acontecer, no que fizera... fizera mesmo aquilo? Se deixara levar de novo? Pensou se censurando, não prestava, definitivamente, tudo que pensara antes se fora num único toque, nem protestar sabia, era um miserável... se entregando assim, sem nada em troca... sem respostas, sem uma imagem, sem uma palavra clara, ainda imerso na escuridão em que fora deixado, sem medo, devia mesmo ser um miserável... azarado e feliz... nascera para isso? Talvez lhe desse na telha que gostava de sofrer?
"É bem capaz..."
Seu coração disparou, aquela voz reconheceu, balançou a cabeça e se afundou no travesseiro, já devia estar meio que sonhando... devaneando, imerso em coisas demais para pensar, afinal, não podia ter escutado aquilo... por mais que quisesse...
Sirius estava morto.
Não iria sussurrar em seu ouvido, pelo menos não devia...
