LEMBRETE: OS PERSONAGENS PERTENCEM A JK ROWLING... QUEM DERA EU FOSSE ELA!!! A FIC TEM VIOLÊNCIA, SEXO E COISAS DO GÊNERO, SIM! SLASH TAMBÉM!!! É MERA FICÇÃO PRA QUEM CURTE E SE VOCÊ QUER COISAS BUNITINHAS E AGUADAS... NÃO CONTINUE A LER. AVISO DADO.
(Prometo não fazer nada de bom!... Mal feito feito!!!)
Harry... Draco... finalmente... mas... não assim...não é?
Pois é povo é capítulo nc17-slash-yaoi explícito (e bota explícito nisso!É sim! sexo mesmo - Harry com o Draco.) alguns podem considerar NC (significa não consensual/estupro)... leiam com cuidado, emoções fortes a frente, e ANGST para variar...
CRUEL – CAP15... Anima Passionata... lágrimas de dois corações.
Harry jogou a veste por cima da roupa e olhou para Rony.
-Estou indo.
-Poxa Harry...- disse Rony com uma cara de arrependimento.- Se eu não tivesse aberto a boca...
-Ele ia me ferrar de qualquer jeito... erro meu.
-É mas hoje? Poxa... uma folguinha, você tem feito aulas de oclumência quase todo dia por causa desse...
-É... eu sei...- disse suspirando cansado.- Fazer o quê? Vou indo, quanto antes começar, antes termina.
-Certo.- disse o outro com um olhar de culpa.
-Rony?
-Hum?
-Você e a Mione vão namorar hoje não vão?
-Ela tá estudando...- respondeu o rapaz desanimado.- Nada de namoro.
-Faz um favor... agarra ela e a tira de cima daqueles livros... antes que outra pessoa faça isso.
Deixou o ruivo pensativo para trás, desde a festa o namoro dos dois esfriara... provavelmente porque Hermione se sentia muito preocupada e responsável por tudo, era hora dos dois jogarem tudo pro alto de vez e assumirem tudo que assumiram na festa, mas no dia-a-dia... pensou suspirando de novo, superado o sentimento pela amiga, desejava muito que os dois continuassem bem... desejava mesmo é ter alguém pra si...
Desceu em direção ás masmorras com esse pensamento.Queria um sorriso... um conforto... alguém para abraçar, difícil admitir para si mesmo, mas queria colo.
Infantil. Se recriminou e continuou andando até ver a figura do Professor.
-Boa noite Potter.- Snape o olhou com um sorriso maldoso na cara.
-Noite Professor.- disse irritado.
-Pode entrar, não, pode passar essa varinha para cá, não iremos treinar hoje, duvido que fosse proveitoso você está exausto... seria perda de tempo, não que seja muito mais produtivo normalmente não é?
Entraram na sala de poções do último ano, grande com uma enorme bancada no fundo, espaço livre para os imensos caldeirões, que lhe lembraram o caldeirão em que Voldmort recuperara seu corpo, nem pensou em responder, seria dar motivo para mais uma detenção.
-Então o que devo fazer... professor?
-O de sempre Potter, limpe a sala... está precisando.
-Sozinho?- perguntou desanimado...ah... seria difícil fazer a sala toda, por mais acostumado que estava com o trabalho.
-Pode ser que não... mas não crie grandes esperanças, mãos a obra Potter.
Snape fechou a porta e Harry escutou-a ser trancada.
-Beleza... vá empregada... limpe essa zona.- disse arregaçando as mangas e indo pegar os baldes e panos empilhados lá no canto da sala.- Sem magia... nossa me sinto em Alfeneiros de novo...
Draco andava rápido, ansioso, meia hora na frente do espelho para não parecer artificial ou casual demais, indo devagar, feliz, pela primeira vez feliz em receber uma detenção, agradecia a Sprout por lhe dar a chance... benditas papoulas africanas... bendita Alexia Carbel, que dormiria a noite toda sob o efeito da planta, bendito Snape que o dera a idéia.
-Senhor Malfoy? O que faz aqui?- Snape perguntou levemente.
-A professora Sprout mandou eu entregar ao senhor.
-Claro... isso é mau Draco! Perdeu cinco pontos para nossa casa! Merece mesmo uma boa detenção!- disse frio.
Por um segundo Draco temeu que tivesse errado seus cálculos.
-Creio que vou lhe dar uma tarefa espinhosa, me acompanhe.
Acompanhou Snape nervoso, ele chegou em frente a uma sala que era usada pelos estudantes do último ano.
-Me dê sua varinha.
Draco a entregou e Snape abriu a porta.
-Entre Malfoy... vai fazer a limpeza dessa sala junto com Potter... comportem-se, volto em duas horas para ver se não se mataram. Tem muita coisa para vocês fazerem.- disse empurrando um Draco estático para dentro da sala onde um Potter atônito se apoiava na vassoura de limpeza.
A porta se fechou com um baque.
seco.
O som da porta parecia o som de uma armadilha se fechando, Harry desejou ter forças para, correr, fugir, morrer, ou... apenas ficou parado olhando o outro, sentindo o coração acelerar...
Draco deu alguns passos após escutar a porta fechar, o olhar assustado do Grifinório o excitava, viu o rapaz dar alguns passos incertos para trás até encostar-se na bancada, ali estava, Potter, o olhando, acima de tudo, estavam a sós.
Harry apenas olhava o outro se aproximar como uma serpente que deslizava calmamente pela relva, os olhos azuis frios o devorando, deu alguns passos para trás sem muita direção até sentir-se encostar na bancada, o loiro se aproximou rápido, esticou as mãos e segurou seu rosto.
-Então Potter, desiste?
Harry chegou a abrir a boca mas não teve chance, sentiu apenas o arrepio quando o sonserino passou uma das mãos em sua cintura e a outra em sua nuca puxando-o, sentiu o coração disparar ao ter a boca invadida.
Draco avançou num beijo forte e faminto, mão se enosando no cabelo o segurando, a outra mantendo o corpo do grifinório preso ao seu e sentiu... maravilhoso, leve, sutil,o moreno correspondia, timidamente.
Afastou-se precisando de ar, observando Potter abrir os olhos, sim, ele os fechara, Draco voltou a por as mãos no rosto tirando os óculos do rapaz e deixando-os na bancada, adimirando o rosto dele, havia um ar sensual, os olhos, a boca, a pele, a relutância... a resistência que ia sumindo no fundo daquelas esmeraldas.
Draco voltou a se aproximar, boca no pescoço, orelha, lábios, abrindo as vestes negras do outro devagar, sem nenhuma resistência de Potter, pelo contrário, Draco soltou um suspiro de prazer ao sentir a mão dele subir-lhe as costas, na sua nuca, era o moreno que o puxava, o tocava...
Se beijaram sofregos e com desejo aflorando em cada movimento, um apertando o outro, mais rápido, mais forte, mais intenso, Draco finalmente sentiu e foi maravilhoso, acendendo toda aquela fornalha que se aquecia mesmo em sonhos, era a boca de Potter que dominava a sua, lingua que invadia sua boca, disputa de linguas e mordidas, o grifinólio era maravilhoso, delicioso, voltaram a se separar sem fôlego e se olharam, Draco se surpreendeu, Harry era só desejo, um desejo que nem imaginava que podia ter, puxando o sonserino pelo rosto voltando a colar os lábios nos dele.
Malfoy só conseguia se sentir mais quente, agora que abrira totalmente a veste dele e começava a retirar o cinto de Potter, enquanto sentia a volúpia do beijo que recebia, muito bom, sabia beijar o moreno, sentiu também as mãos pequenas puxando e abrindo suas vestes, ritmo do beijo aumentando, lábios no pescoço um do outro, vampiros, amantes, partilhando a mesma fome... Draco forçou uma das mãos para dentro da calça, mão sentindo a pele da coxa firme dele, o calor do corpo pequeno, que agora se deixava conduzir, não resistia.
As vestes do Sonserino caíram no chão e ambos estavam ofegantes, se separaram, precisando de mais que ar, precisando na verdade se olhar, ver, cobiçar.
Era a primeira vez, que Harry via Malfoy desarrumado daquela forma, sentiu um estranho prazer em saber que era ele que tinha bagunçado aquele cabelo, tirado aquela veste e começado a abrir aquela camisa, Malfoy estava levemente ofegante e tinha os lábios úmidos, sensualmente úmidos, lhe olhando com desejo, Harry sentiu um arrepio que o amoleceu, culpa do olhar totalmente malicioso que o outro lhe dava.
Draco vislumbrou o olhar surpreso do Grifinório, aquele cabelo revolto, rosto corado, camisa solta, calça aberta, Potter inteiro era um convite ao pecado, aquela boca que tanto o tentava entreaberta, avermelhada de tanto ser sugada, e os imensos e maravilhosos olhos verdes, sorriu e estendeu a mão abrindo a camisa de Potter, enquanto ele fazia o mesmo com a sua, deixou o moreno se aproximar e grudar a boca em seu pescoço enquanto retirava sua camisa, o grifinório aproveitava para explorar cada parte da pele branca que o pano deixava de cobrir.
Desejo, volúpia, era tudo que Harry era agora, estava acima de seu raciocínio, por mais que uma parte implorasse para parar e sinalizasse que estava errado não conseguia se deter, era maior que toda sua vontade, afinal o sonserino era tão bonito, o cheiro, o gosto, sentia os dentes de Malfoy em seu pescoço e ombro, não se importava, mesmo que deixasse marcas, agora só sentia prazer em tocar apele branca de Draco, desceu um pouco mais, entretido em retirar o cinto e abrir a calça do sonserino enquanto sugava o mamilo róseo e sentir Malfoy segurá-lo pelo cabelo, livrou Draco da pressão da roupa e o sonserino rapidamente chutou-a longe, livrou-o dos sapatos e meias.
Malfoy devia ter imaginado que moreno até podia ser virgem, mas não era de todo inocente, porque tinha um jeito de tocar que o arrepiava, nunca tinha sido tocado assim, sentiu-o livrá-lo das calças.
-Você tem jeito para isso... ah...- gemeu quando o moreno tocou seu membro por cima da peça imaculadamente branca que usava.
Harry olhou o loiro que trazia uma expressão de absoluto prazer, queixo apoiado na altura do umbigo do sonserino, mãos na coxa e nádega, escutou quando Draco o olhou.
-Desce Potter...- Draco suspirou.- quero sentir essa boca em mim.
Engraçado é que não conseguia sequer pensar em não obedecer, voltou a sugar e beijar o abdomem do loiro, lingua descendo do umbigo, sentindo perfume que ele usava misturado ao cheiro da pele, deixando um rastro de saliva naqueles finos pelos claros que formavam um caminho indecente até a intimidade do sonserino, os dedos entraram entre a pele e o elástico que puxaram revelando tudo, que imediatamente foi tomado com a boca.
Malfoy deixou escapar um gemido, já tivera mesmo amantes mais experientes, mas não tão delicados no ato, o grifinório explorava sua pele, seu sexo,mão dele deslizando entre suas coxas e nádega arranhando com as unhas felinamente, lábios e lingua deslizando leves se concentrando na glande sensível do sonserino lhe arrancando gemidos fracos, enquanto Draco segurando os cabelos de Harry o guiava até ter-se todo dentro daquela boca, sentindo um prazer maravilhoso, sutil, era inebriante, mas Draco não queria ali, não naquela hora, puxou o rapaz pelos cabelos.
-Calma... temos tempo.- sorriu agarrando a cintura do moreno que se punha de pé, voltando a beijá-lo.
Draco tratou de terminar o trabalho de retirar as calças do grifinório, empurrando lentamente o rapaz até deitá-lo no chão, por cima das vestes ali jogadas, livrando-o dos sapatos, admirando o corpo magro mas bem feito, liso, branco, deitou a boca nele, sugando cada parte, mordendo, cada recanto, observando o moreno fechar os olhos, cada suspiro lhe dando pistas dos pontos sensíveis daquele corpo inexplorado, até chegar a cueca azul do outro massageando com os dedos longos o volume que se formava, enquanto que com a boca deixava marcas nada delicadas no corpo do moreno e com a outra mão o segurava pelo cabelo, de certo modo impedindo-o de se mover, sentiu um imenso prazer quando Potter deu um gemido tímido ao meter sua mão dentro da peça de algodão azul.
Harry não conseguia mais pensar, apesar do sonserino estar cada vez menos delicado, fazendo carícias cada vez mais violentas, Não conseguia resistir, nunca tinha sido tocado assim, nunca tinha sentido aquilo na vida, era tão maravilhoso, ao mesmo tempo estava cheio de medo e vergonha, nunca estivera tão exposto, nem nú desse modo, o sonserino arrancou sua cueca e agora, estava totalmente entregue, não conseguia parar mesmo sentindo lá no fundo uma onda de medo, mas até ela sumiu quando sentiu o sonserino tocá-lo com a boca, gemeu.
Draco finalmente tinha o sexo do grifinório para seu próprio deleite, tomou-o da base até a ponta, retirando gemidos lânguidos dele, Draco lambeu, sugou e mordiscou o membro do outro até Harry se mover e tentar alcançar seu cabelo, mas não, Draco não permitiria, num gesto rápido segurou os pulsos de Harry com força e parou com as carícias, só para ver prazeirosamente a agonia do menor que se retorceu sob seu corpo até finalmente implorar:
-Continua Malfoy...- Harry gemeu.- Por... favor, continue...- ofegou.- termine...
-É isso que você quer Potter?- subiu com a lingua do púbis ao umbigo.- Pede... me pede de novo.
O moreno se retorceu, tentaria acabar com aquilo com as próprias mãos se elas não estivessem firmemente seguras, a lingua e a boca de Draco haviam subido mais chegando aos mamilos do moreno, que sugou o provocando, Harry sentiu-se dobrar, gemeu:
-Por favor Draco... continua.
O sonserino desceu, apenas provocando, apenas beijou a ponta do sexo de Harry admirando a ereção quase dolorosa do outro, não... não podia ser tão rápido.
-Draco... por favor.- Harry pediu novamente.
Escutar seu nome pela segunda vez rolando doce na boca do rapaz despertou um desejo quase insano de Draco, não precisava, era ele que precisava, aproveitou que as pernas de Harry estavam afastadas e com um solovanco puxou uma para seu ombro, se postando pronto para penetrá-lo, finalmente possuí-lo.
Harry sentiu um arrepio ao compreender o que estava para acontecer, tentou fechar as pernas assustado, mas Draco o segurou com força pelo quadril e rosnou.
-Não.- o sonserino o olhou nos olhos.- Você é meu Potter. MEU.
Aquilo teve um gosto estranho de lembrança ruim que o deixou inteiro tenso, não... não estava preparado, tentou se afastar, ao sentir uma pontada de dor da primeira tentativa, mas o sonserino o segurava com força.
-Não... Draco...- tentou protestar, baixinho, sem saber ao certo o que fazer, sem conseguir fazer mais nada.
Draco olhou os imensos olhos verdes um pouco úmidos e o olhar apreensivo, apenas para ter a certeza que necessitava continuar, nunca desejara tanto possuir o rapaz menor que estava ali preso sob seu corpo, Draco não conseguia mais esperar, aguardara demais, precisava fazer aquilo ou enlouqueceria, Potter era tão... tentador, precisava continuar, investiu de uma só vez, forçou o corpo contra a entrada virgem do outro.
Harry sentiu o membro de Malfoy penetrá-lo violentamente, soltou um grito de dor.
Draco o olhou, assustado com o grito que Potter dera, viu apenas uma lágrima escorrendo dos olhos cerrados e se perder no emaranhado negro do cabelo dele, por um segundo vacilou, mas assim que sentiu o corpo do outro relaxar um pouco abaixou-se e tomou aqueles lábios ao mesmo tempo em que descia a perna de seu ombro segurando-o e forçando-se um pouco mais para dentro, observou o tremor do rapaz que ainda mantinha os olhos fechados, começou a movimentar-se, sim... finalmente, o tinha, ali, sob ele, deitado, submetido, o corpo miúdo do grifinório, que penetrava arrancando gemidos do rapaz, gemidos baixos que o excitavam ainda mais, tentou não forçar, mas era tão bom, além do que podia esperar... era melhor que qualquer sonho, pensou forçando o corpo novamente, puxando o rapaz pela nuca forçando-o mais um pouco para tocar aqueles lábios.
-Diz meu nome Potter...- gemeu na orelha de Harry.- Diz.
Harry ainda sentia a dor, não estava mais disposto a participar quando escutou a voz do sonserino que o segurava apertado pelo pescoço, abriu os olhos para encarar os olhos azuis cravados nos seus, então a mão deslizou de sua nuca e dois dedos foram introduzidos em sua boca, tentou virar o rosto, mas não podia, parecia hipinotizado por aqueles olhos azuis... sentiu o sonserino mover-se devagar dentro de si e sentiu um estranho arrepio quando Draco retirou os dedos úmidos de sua boca e passou nos lábios, as duas mãos do Sonserino se postaram novamente segurando seu rosto e o corpo do sonserino se apoiou totalmente no seu, fazendo Harry se encolher instintivamente para não se machucar apesar da dor que sentia, e os olhos que lhe pediram uma palavra, um nome, finalmente obtiveram a resposta que escapou num fiapo de voz.
-Draco...
O loiro o beijou, um beijo estranho, sôfrego, desesperado e então se afastou, as mãos de Draco percorreram rapidamente seu flanco e segurando-o pelo quadril o erguendo e acomodando, Harry apenas fechou os olhos e cerrou os punhos ao sentir as penetrações profundas e violentas que chacoalharam seu corpo, ouvia os gemidos do sonserino que se movia dentro dele, os elogios, os gemidos mais altos.
-Você é tão gostoso...
O ritmo aumentou até Draco empurrar suas pernas para cima fazendo Harry ofegar de dor, abrindo os olhos e mirando o teto em algum ponto perdido. Draco apenas se deixou levar pelo prazer, que o tomava, o levava, quase sem controle, todo o tempo que desejara aquilo, tanto tempo... sentiu-se perder de prazer, se abandonou num gozo profundo que o tomou enquanto penetrava o moreno, mais forte, mais profundamente, arqueado para trás de olhos fechados, unhas cravadas na pele do outro, então sentiu-se desmanchar de prazer, inundando o grifinório com sua essência, deixou-se relaxar, abrindo os olhos no meio do caminho para deitar-se sobre o rapaz que estava abaixo dele, trêmulo,ofegante e com uma expressão vazia... aconteceu.
Malfoy sentiu-se quebrar... assim que olhou o outro do mesmo modo que tinha sido invadido por um imenso prazer foi inundado por um desespero doloroso.
O que viu foi tristeza e dor entramadas naqueles olhos verdes fixos no vazio e marejados de lágrimas presas numa inexpressividade fria, era uma visão terrivelmente bela, triste e bela, o que o atingiu é que de certa forma sentiu a mesma tristeza que via nos olhos de Harry, doer em seu peito, doendo na certeza de que a partir daquele momento tinha feito tudo para perder o moreno pra sempre, que provavelmente nunca mais o teria por perto, o medo do que viu foi tão grande e assustador que enfiou o rosto no peito de Potter sentindo as lágrimas, SUAS lágrimas correrem ao se perceber desesperado, começou a soluçar, Draco não era uma pessoa de lágrimas, mas se sentia tão triste, tão temeroso e vazio que não resistiu e caiu em pranto sobre o corpo do frágil do grifinólio.
Havia uma estranha confusão na mente de Harry, porque mescladas a dor e o cansaço, lá no fundo sentia raiva, ódio, mas eram sentimentos abafados por uma dor e desamparo devoradores, uma tristeza grande e um estranho abandono onde ainda flutuavam a aceitação e excitação, em meio a essa confusão sentiu o loiro se aproximar e meter um rosto lavado de lágrimas em seu peito e soluçar... não conseguia entender, afinal Malfoy não devia estar feliz? Exultante? Não o tinha possuído totalmente? Não tinha finalmente conseguido o que queria? Então porque estava chorando apoiado nele? Foi quando sentiu-se envolver pelos braços longos do sonserino que começou a implorar no meio de soluços entrecortados, implorar por perdão.
-Desculpa-me! Perdoa-me!!! Por favor Potter!!! Desculpa-me!!!!- soluçava o loiro alto, quase gritando num desespero doloroso.- Eu não queria!!! Desculpa-me!!!! Perdoa-me!!! Potter!!! Perdoa! Por favor!!!
Era tão estranho, o loiro estava chorando alto pedindo perdão... podia? Não... não podia... não, porque não entendia, ao mesmo tempo que não podia deixar de sentir algo, porque nunca vira Malfoy chorar, e agora o sonserino estava soluçando sobre ele, Harry nem sabia se haviam lágrimas em seus olhos e não se importava, por que afinal já estava acostumado com isso, acostumado a sentir aquilo, acostumado a sentir desamparo, desespero e dor, que mal percebeu que tinha uma das mãos afagando os cabelos finos do loiro que ainda soluçava e implorava perdão, cada vez mais baixo, mais cansado chorando como uma criança pequena.
Ambos abandonados em dor.
Malfoy não estava preparado para aquilo, nunca sentira nada igual, pensava confuso ainda agarrado a Potter soluçando feito uma criança, sentindo a mão que lhe acariciava os cabelos, sempre pensara no desejo, no capricho, como uma criança mimada... por isso não se importara de tomar o outro daquele jeito, no final, nunca admitira pra si mesmo que Potter era mais que uma conquista, que era algo mais, sempre peferira pensar no ego... agora, só agora travava o conhecimento do medo, medo de perder Potter, medo real, medo de algo que nunca sentira antes e que desejara a vida inteira, por que após tudo ele estava ali, quieto, apenas fazendo carinho em seus cabelos, um carinho que Draco nunca recebera na vida, e Draco agora não sabia se era efeito da poção, ou outra coisa, mas sabia que era aquilo que procurava... carinho, então voltou a soluçar porque percebeu que tinha estragado tudo, que tinha perdido Potter e que e ele provavelmente o odiaria pra sempre, agora finalmente tinha que admitir... não estava apaixonado... estava amando... amava Potter... e o tinha perdido.
Harry estava cansado, exausto até... e tudo tinha acontecido tão rápido, superando sua capacidade de entender, de sentir, era tão injusto, não tinha no que se agarrar, sentia o mundo estendendo garras negras para atingí-lo, tudo parecia tão grande, tão difícil, o mundo parecia tão assustador, porque não importava pra que lado olhasse sempre tinha algo o machucando... imerso em sua dor era mais fácil pensar no loiro que chorava em cima dele, do que em si mesmo, porque se parasse pra pensar seu coração iria parar tamanha dor instalada em seu peito, acariciava a cabeça do loiro porque sabia que ninguém iria fazer isso por ele, não tinha ninguém para protegê-lo afinal... respirou fundo e falou baixo, rouco, mágoa escorrendo de cada sílaba:
-Saia de cima de mim Malfoy.
O loiro não se moveu, pelo contrário, o abraçou com mais força, aninhando-se na curva de seu pescoço, a intimidade ainda entre as pernas de Harry.
-Não.- sussurrou baixo.- Me perdoe... por favor Potter, fique mais um pouco... fique comigo.
Algo se revoltou dentro de Harry, o que Draco achava que ele era afinal?!
-Por favor Potter...
Harry empurrou o loiro devagar se afastando, sentando, não queria olhar para o sonserino, sentou-se de costas para ele, percebeu que tremia ao tentar fechar a camisa amarfalhada, percebeu que tinha marcas avermelhadas por todo o corpo, percebeu a umidade entre suas pernas, sentiu-se sujo, usado, um trapo, um vazio se avolumando, estendeu a mão para puxar a veste, dedos se fechando sobre o tecido negro e grosso.
-Potter...- chamou o loiro baixinho.
Harry ergueu o rosto olhando o teto...
-Cale a boca Malfoy... por favor...- gemeu.
Quando Harry se afastara e sentara-se de costas o sonserino sentiu frio... um enorme frio que o devorava, não entendia porque queria o perdão mas pedira, bem no fundo sabia que não podia ser perdoado... não merecia... viu o rapaz trêmulo ajeitar a camisa, como era bonito... de uma beleza selvagem, abandonada, o cabelo já revolto agora totalmente arrepiado, aquele cabelo que Draco aprendera a gostar de tocar... o corpo escondido pela camisa imensa, como tudo que ficava grande sobre o grifinório, pensou Draco o olhando, sentindo as lágrimas caindo mornas no seu rosto frio...as pernas brancas dobradas ao lado do corpo, tão pequeno, tão desamparado... Olhando assim, Potter parecia muito frágil... sentiu o desejo de tocá-lo, de tê-lo de novo, de abraça-lo dessa vez, de beijá-lo com carinho... ou pelo menos ter a chance de receber o calor dele de volta, foi quando chamou-o baixinho, no mesmo momento que ele estendia ma mão para a veste estendida no chão, Potter o mandara calar a boca... e mesmo asssim, não fora ríspido, Potter tinha uma voz marcada não de raiva, e sim de dor... então Draco encolheu-se contra a bancada, lágrimas turvando a imagem do rapaz que se vestia, erguendo-se bambo, enquanto Draco apenas se encolhia mais balançado pelos soluços, enfiando o rosto no braço infeliz... então sentiu perto de si, o som da respiração, o calor do corpo o cheiro estranhamente doce da pele de Potter, sentiu o toque do tecido contra sua pele, abriu os olhos assustado.
-Potter...- Draco sussurrou ao receber a veste sobre os ombros.
-Vista-se.- Harry repondeu ainda mais baixo.
Harry se virou, foi até a bancada e pousou a mão sobre seus óculos, não queria mais coloca-los... não queria mais nada, não entendia mais nada, desde que as lágrimas do outro começaram a angustiá-lo... não conseguia entender, queria ir embora, queria descansar...
Draco segurou as roupas que lhe tinham sido dadas, olhando o moreno se afastar, era bondade, o verdadeiro sentido de bom... o outro estava confuso, em breve estaria com ódio, mas era uma pessoa boa e por isso se incomodara... foi vestindo-se lentamente observando o outro, parada mão em cima dos óculos, com uma expressão distante e a respiração leve e entrecortada, ficou preocupado, queria falar com ele mas não sabia o que dizer, o que dizer que não piorasse tudo? Pela primeira vez na vida nada brilhante lhe ocorreu, Draco ficou parado olhando o outro distante.
-Potter... fale algo.
Harry olhou pra cima agarrando o óculos, o que ia falar? O que podia fazer? Xingar, gritar? Fugir? Não podia, não conseguia, estava ali preso, obrigado a compartilhar tudo aquilo com o outro quando na verdade queria ficar sozinho para organizar tudo que sentia, relaxou os ombros e olhou o loiro.
Draco o olhava com uma expressão de cansaço, não, não sabia o que fazer, não sabia o que dizer, no fundo de sua alma, não podia falar nada, não saberia o que falar, voltou-se para o material de limpeza que estava no chão.
-O que você vai fazer...- começou Draco.
-Cumprir minha detenção ou Snape não vai me deixar sair...- respondeu sem se virar.- Não se preocupe, com certeza sua noite de sono está garantida.
-Mas...- Draco se aproximou para ver a expressão do grifinório endurecer.
O som da água abafou o protesto do sonserino que irritado avançou e segurou Harry pelo braço, o balde caiu espirrando água.
-Me escute!
-Me larga!
Harry ainda tentou se soltar, mas acabou imprensado contra um armário, cabeça rodando irritadamente cheia de lembranças ruins de ter sido preso assim, e irritado por ser obrigado a falar, quando não queria, Draco acima de tudo queria explicar, falar, ser compreendido, Harry não queria, estava cansado de ser obrigado, se olharam irritados.
-Me escuta Potter! Me ouve pelo menos uma vez!!!!- bateu os pulsos do rapaz contra o armário sem nem perceber.
-Eu não quero ouvir! Me solta! Me larga!!!! Me deixa em paz!
-Me dá uma chance de explicar! Me ouve!
-Cala a boca! CALA BOCA!- fechou os olhos cansado, repetindo dolorosamente, por que não conseguia mais.- CALA A BOCA! CALA BOCA! CALABOCA!
Draco percebeu a dor e o desespero no tom agudo da voz e na respiração ofegante do moreno, não devia ter feito aquilo apenas soltou-o.
-Potter... eu não... eu não
Harry abriu os olhos furioso, não, não ia ser enganado de novo, não, não ia contar mais mentiras...
-NÃO ME VENHA COM DESCULPAS! VOCÊ CONSEGUIU... ME USOU, ME TEVE... ME HUMILHOU... TÁ FELIZ?- Despejou toda a raiva amargo.- NÃO?! QUE BOM!!!! QUE DOA EM VOCÊ COMO D"I EM MIM!!!!
Draco apenas parou olhando-o atônito, sem reação, Harry respirava profundamente... Draco apenas balbuciou com os olhos marejados.
-Eu não queria machucar você...
Aquilo de certa forma o tocou, porque parecia sincero... mas não ouve tempo para mais nenhuma palavra, houve o som da porta ser destrancada e o rangido dela se abrindo, então Snape entrou, olhou-os.
-Então? Não fizeram um bom trabalho pelo que estou vendo... Malfoy!
Draco se ajeitou o olhando, o ar de Snape era sério, de certo modo intimidador, escutou.
-Creio que já fez sua parte Malfoy. Pode se retirar, direto para o dormitório... sem mais tolices.
Snape empurrou Draco para fora e olhou para Harry que ficara parado ao lado do armário.
-Quanto você Potter, termine essa limpeza ou vai amanhecer nessa sala! E sem corpo mole Potter! Volto em duas horas.
Draco meteu as unhas na palma das mãos e encarou Snape, pronto para falar algo, mas o frio do olhar do padrinho o deteve.
-Direto para a cama Draco! Agora!
Draco se virou e foi andando, furioso consigo mesmo por não ter falado nada, parou e se escondeu no primeiro canto que achou e se deixou sentar no chão olhando as marcas das unhas, viu a veste negra de Snape passar, mas não teve coragem de voltar como planejara, apenas ficou ali meio que em choque pelo que Potter lhe dissera.Chorando...
Sim, chorando até quase adormecer.
Duas horas depois o som da porta o despertou e Potter passou tão rápido embora trôpego, que mal viu seu rosto.
Tinha pretendido segui-lo, falar com ele... mas não pode...
A culpa não permitia.
Harry havia terminado a limpeza, assim como em Alfeneiros, as tarefas simples desviavam sua atenção da dor, da raiva, da tristeza que sentia, mal percebeu o tempo que ficara de pé esperando Sanpe retornar, momento horrível onde as lembranças de tudo afloravam em sua cabeça, estava exausto quando o outro apareceu com um sorriso maldoso e uma frase ferina, nem ouviu, só queria sair dali.
-Posso ir?
Snape lhe deu passagem, passou rápido, queria ir, tomar um banho, deitar, se sentir menos sujo e dormir, ara poder fingir que era um sonho estranho... sentia os olhos arderem e uma terrível opressão no peito, caminhou rápido até a torre.
-Isso são horas?- perguntou a mulher gorda.
-fada verde!- disse irritadamente.
Ela o olhou e abriu-se, finalmente ali, finalmente seguro, passou arrastando os pés.
-Harry...
Ele piscou os olhos aturdido e a viu ali, com uma pilha de livros. Não... não, Não! Não queria que o vissem assim, não queria ser visto, pensou sentindo um nó na garganta.
-Harry o que foi? Você está estranho...- Ela levantou.- Você está chorando?
Harry passou a mão no rosto e constatou que sim, que estava chorando.
-Ah... não é nada Mione... nada...
Ela se aproximou e o abraçou carinhosamente.
-Tem certeza Harry? Não quer conversar um pouquinho? Você anda tão quieto...
-Não é nada.- respondeu baixinho, sentindo a voz tremer, ah... não queria mas os olhos estavam ardendo, sentia como se o coração fosse feito de chumbo, doendo pesado.
-Tem certeza mesmo? Não quer mesmo contar o que anda te perturbando?- ela lhe fez um carinho nos cabelos.
E isso acabou detonando um pouco da dor que tinha, abraçou a amiga.
-Ah Mione... porquê?- sussurrou engolindo o choro.
-O que foi?- ela perguntou.- Harry, fala alguma coisa, o que aconteceu?
Agarrou as vestes da amiga, sentindo que se começasse a chorar, não ia mais parar.
-Mal...- começou.
Mas passos apressados da escada interromperam tudo porque foi puxado violentamente do abraço, caindo no chão.
-Era disso que estava falando "amigo"?- bufou Rony.
-Rony não!!! Pensa antes de começar a fazer besteira.
Mas ela não precisou dizer mais nada, os olhos dos dois se encontraram assim que Harry se pôs de pé, e Rony imediatamente percebeu que havia algo errado.A expressão de dor era muito grande para esconder, Harry se virou e subiu as escadas, escutando Hermione brigar com Rony antes que os dois o chamassem se trancou no banheiro.
Se olhou no espelho... não ia esquecer... pensou deixando as lágrimas caírem enquanto ligava o chuveiro, cada gesto mais frio que o outro, sem sentido, como se tudo houvesse parado.
Tirou a roupa devagar, sim as marcas iam ficar por algum tempo, algumas já roxas, e altas, teria que usar cachecol para esconder, dobrou a roupa, a peça azul manchada de sangue escondida no meio das outras, entrou na água quente e se deixou ficar, até cair de joelhos chorando... soluçando, a sua volta serpentes de sombras e vozes mortas acusadoras.
Chorou até não conseguir mais.
