LEMBRETE: OS PERSONAGENS PERTENCEM A JK ROWLING... QUEM DERA EU FOSSE ELA!!! A FIC TEM VIOLÊNCIA, SEXO E COISAS DO GÊNERO, SIM! SLASH TAMBÉM!!! É MERA FICÇÃO PRA QUEM CURTE E SE VOCÊ QUER COISAS BUNITINHAS E AGUADAS... NÃO CONTINUE A LER. AVISO DADO.

(Prometo não fazer nada de bom!... Mal feito feito!!!) A cavalaria sempre chega atrsada já perceberam?

CRUEL – PR"LOGO.

Draco apenas sentiu o mundo lhe fugir dos pés ao ter a compreensão do que tudo aquilo significava, tinha falhado, não salvara Harry, se afundara e afundara ele e os amigos junto, tinha errado, falhado. Deu um passo em direção aos dois que já duelavam, foi interrompido.

-Você sabe qual o preço que se paga por traição Draco.- disse Lúcio se pondo em frente ao filho.

-Sei.- disse Draco.- Não pretendo pagar... Pai.- disse erguendo a varinha conjurando mãos de terra.

-Lúcio Malfoy para você... Eu não tenho filho.- cancelou o feitiço.

-Melhor,-sibilou tentando estuporar o pai.- Nunca tive grande apego pela família mesmo.

Seu pai tinha sido seu mestre, ensinando tudo que sabia sobre duelos, inclusive sobre as imperdoáveis, mas não se preocupava com elas agora, não era certo, como se preocupar em enfrentar o homem que tinha sido seu ídolo, se Harry enfrentava o próprio Lorde das Trevas? Sentia-se mal, uma ângústia que lhe toldava os sentidos, não queria estar ali, não se era para ver Harry morrer, então tinha que vencer seu pai, mas não conseguia proferir a maldição de morte, não contra ele, encarou os olhos azuis, tão iguais aos seus, seu pai... nunca ia negar que o admirara em outros tempos, que o temera ainda há pouco e o odiara por ferir seu amado, e aquilo era um fardo pesado, só superado pelo duelo que acontecia a poucos metros... distraiu-se.

-CRUCIO!-Atacou Lúcio enfurecido.

Sim que sofresse, peste ingrata, desperdício de tempo, pensou Lúcio ao ver a vergonha de sua vida... seu próprio sangue, seu herdeiro, conspirando contra ele, contra ele sim! Porque havia um roteiro estipulado para aquela criatura a seus pés... seria o mais poderoso bruxo ao lado do Lorde, mas não... preferira se aliar aos traídores como a ralé Weasley, sangues-ruins e mestiços... não tinha mais filho, não tinha mais, acabaria ali mesmo, avançou disposto a fazer o que devia ser feito, a traição devia ser paga com a vida, e nem era a traição contra o Lorde que pesava, e sim a traição a sua autoridade como pai... Draco só existia porque lúcio existia, então agora a criatura tinha que morrer... apontou a varinha, por um segundo vendo o jovem se retorcendo no chão, Lúcio lembrou do bebê, da criança, do menino nas vestes de Hogwarts, um segundo antes de começar.

-Avad...

-MELLIUS!!

No momento que ia proferir a maldição de morte foi atingido por um estranho feitiço que envolveu o braço de Lúcio em chamas, O bruxo berrou.

E foi muito rápido ente a ação de apagar a chama e perceber o perigo, ver a cena, desaparatou vendo seu mestre vencer... o filho? Em outra oportunidade lhe arrancaria a alma...

Da dor maldita para o alívio, virou o rosto para o duelo, para Harry que acabara de o salvar de uma maldição de morte, mas então, ainda ajoelhado na neve viu, Harry olhava seu pai e o olhou então se virou para o Lorde... sendo atingido no peito...

Aquele olhar compreendia seu mundo inteiro, sabia disso, gritou, nem sabia o quê... o nome dele? Talvez... nenhum grito poderia descrever a dor em seu peito, avançou pela neve, nem que fosse para enfrentar o próprio Voldmort, mas o covarde desaparatou...

Harry estava parado, e então perdia o equilíbrio, joelhos se vergando, caindo, porquê? Porque estavam tão longe? Estendeu os braços, harry já estava fraco antes... Porquê? Sentiu o peso do rapaz ensangüentado em seus braços, dobrando os joelhos que afundaram na neve gelada, mas isso não sentia, sentia o calor... o calor do sangue que escorria pelo corpo de Harry até atingir suas pernas, a expressão de Harry era calma apesar do rosto destruído por um profundo corte que fechara o olho direito, era calma, uma calma mórbida, leu no olho aberto que o rapaz sabia...

Estava morrendo...

Draco não podia aceitar aquilo... não...

-Não! Não! HARRY Não se atreva a morrer... não! Você não pode me abandonar sozinho... por favor... Oh Merlin! Isso não pode acontecer! Fique comigo Harry! Por favor! Por favor...

Implorou, como já havia implorado, houve uma mínima insinuação de sorriso... um incentivo? Uma despedida? Draco sentiu as lágrimas aquecendo seu rosto entorpecido, não era justo, o que havia feito para Potter se importar em sorrir? Em salvar, sentiu algo arranhar sua garganta olhando Potter lentamente fechar o olho, era sua culpa, ele estaria vivo se não o tivesse salvado... se importado, o que tinha feito para merecer aquilo, ao mesmo tempo sentia-se roubado, de que valia viver? Draco soluçou sentindo a cabeça de Harry pender.

De que vale a vida sem você? Um mundo sem você não faz sentido... pensou encostando a cabeça no peito ferido de Harry.

-Não me deixa aqui sozinho por favor... não quero ficar sem você... Eu não posso viver sem você... nunca pude. Harry não vai... por favor.

Mas não havia resposta... nunca mais haveria não é? Pensou apertando o corpo frio de Harry contra o seu, pensando que ele tinha começado a morrer quando seus olhos recaíram sobre ele... seis anos de morte afinal... se não o tivesse visto, se não o conhecesse? Não estava em suas mãos... mas...

-Solte-o Draco.

A voz podia pertencer a outro mundo, embora a conhecesse, amigo ou inimigo, não fazia diferença, nada fazia diferença, inimigo... melhor... mate-me me mande pra junto dele, pensou ao sentir as mãos em seus ombros.

-Solte-o Draco... pelo bem dele.

O forçaram a largar... bem dele? Pensou alheio, entorpecido sentiu-se agarrado por aquele homem, o ex-professor de Defesa, agarrando seus ombros, não precisava, seu cérebro não funcionava, apenas via o dono daquela voz que o mandara soltar Harry, o próprio Dumbledore e sua ave, de alguma forma debruçados sobre o corpo de Harry.

Harry.

Suas pernas tremeram, caiu de joelhos na neve... os dedos afundaram na neve, sentindo as lágrimas escorrendo, queria gritar, amaldiçoar o mundo, amaldiçoar Dumbledore... maldito porque não o protegera?! Porque deixaram que Harry fosse seqüestrado?! Empurrou as mãos que o tocaram, não me toquem! Ninguém me toca! Ele não vai mais me tocar... então ninguém mais vai me tocar! Pensou soluçando... não sabia o que pensar, na verdade os pensamentos corriam rápidos demais para que pudesse controlar, seu peito doía como se estivesse dilacerado como o de Harry, doía muito, ninguém o tinha avisado que amar podia doer tanto.

-Ele ainda está vivo Draco.- aquela voz doce sussurrou em sua orelha enquanto os braços dela o apertaram devagar.

Ele abriu os olhos para ver Hermione sorrir também com lágrimas escorrendo dos olhos de mel.

-Ele ainda está vivo...- ela confirmou, olhando a ave no peito de Harry.- Se acalme certo?

Desviou o olhar para o bruxo, que erguia o corpo de Harry com um gesto de varinha, mas ainda não se sentia seguro, o sangue ainda corria e ninguém podia sangrar tanto e viver, algo foi dito, e sua mão foi puxada, era o próprio Weasley, havia chorado também, pelos olhos vermelhos, era ele que puxava sua mão para a chave de portal.

Onde estava? Não importava... nada importava. Ficou ali, sentado onde mandaram sentar, ao lado dos dois amigos dele também silenciosos, mais ninguém na casa velha e vazia... silêncio, seus olhos cansados miraram na parede uma velha tapeçaria... o que era aquilo, pensou se levantando...

Em algum lugar havia uma linha onde seu nome surgia...

Nunca odiara tanto o nome... renegaria...

-Draco, Dumbledore quer falar com você.

Desviou o olhar para o homem parado na porta da sala... se deixou conduzir...

Nada mais importaria, enquanto não soubesse dele, não soubesse se estava vivo ou morto, seguiu seu antigo professor pelo corredor escuro... pararam em frente a uma porta.

Remus Lupin o olhou, estranhos é o que se podria dizer e o conduziu para dentro, a outra sala era menor ainda, mas ele estava lá.

Dumbledore o olhou gravemente com os olhos azuis.

-Precisamos conversar Senhor Malfoy.

-Com certeza não sou mais um Malfoy... me chame do que quiser.- disse rouco.

-Certo.- disse Dumbledore calmamente apesar de cansado.- Gostaria que se sentasse Draco. Precisamos conversar.

E por um momento aqueles olhos azuis capturaram sua alma... antes não soubera dizer, mas agora sabia.

Ele podia saber o que se passava em seus coração, ele lia a mente, assim como Harry o fazia e naquele instante, Draco soube que podia confiar em Dumbledore.

Era um pequeno alívio, um pequeno.


Porquê prólogo? Simples... a história continua... em Blackcat & Whiteferret... isso quer dizer...