Yori olhava para todos os lados assustado, alí definitivamente não era o local onde devia estar. Olhou para a bola em suas mãos e, depois, o poço. Podia ouvir os sons da noite... Onde estava?
–Mãe...– murmurou baixinho, antes de se deixar cair ajoelhado no chão com umas poucas lagrimas no chão. Nunca passara um minuto sequer longe de sua mãe, tio ou alguém que conhecesse e, agora, estava ali, num lugar iluminado apenas pela luz da lua, das estrelas e dos raros vaga-lumes. Ouviu um barulho vindo de arbustos e virou seu rosto para o local assustado, mas, pela pouca luminosidade, não enxergou nada, há não ser o vulto da vegetação alta.
–Yori!– ele ouviu de repente e direcionou sua face para o poço. E lá estava ela, sua mãe, saindo do poço para encontrá-lo. O pequeno não pensou duas vezes para se levantar, indo em direção a mãe, e a abraçá-la fortemente.
–Tô com medo, mamãe!– disse entre lagrimas agarrado a cintura de Kagome.
–Pelo menos na próxima vez, vê se obedece a sua mãe!– Yori concordou com a cabeça. –Agora vamos...– Kagome parou de falar e olhou para a direção em que ela se lembrava onde ficava o vilarejo. "Mas... bem que eu podia ver com está Sangô, Mirok, Shippou... Sinto tanto a falta deles... Eram meus melhores naquela época..." Seus olhos voltaram a encarar o garotinho. "Não! Não quero vê-lo! Não saber dele... Não quero ver ele com ela!"– Vamos para casa, Yori.
Cap. 2 - De Volta ao Passado
-Como?- perguntou o pequeno a encarando nos olhos.
–É só pular novamente no poço. Venha!– Kagome segurou a mão dele e o puxou na direção do poço. Deram apenas dois passos... Kagome caiu em cima de Yori o protegendo com corpo. A bola escapulindo das mãos pequenas. –CUIDADO!– Duas luzes brilharam no céu em cima deles parecendo ser de duas laminas.
–Olha! Conseguiu esquivar no meu ataque! Impressionante para uma humana.– Kogome e Yori se puseram a admirar um ser de pele verde com três olhos púrpuros, sendo o terceiro no meio da testa, com quatro braços e asas, que lembravam duma mariposa, da mesma cor que sua pele, pousando em cima do poço. –Vocês darão um ótimo jantar!
–Um... Um Youkai!– Kagome estava surpresa e preocupada. O que fazer? Antigamente ele a protegia, mas ele não tava ali agora... Assim como nos últimos anos! Não ligava caso morresse, mas não podia deixar seu filho morrer! Agora era vez dela proteger alguém, mesmo que custasse a sua vida! Ela levantou-se e puxou Yori para cima sem tirar os olhos do Youkai.
–O que pretende fazer, humana?– indagou o Youkai olhando friamente, enquanto cruzava todos os braços calmamente, em pé, em cima do poço.
Só havia uma saída: Correr para o Vilarejo!
-Yori... Corre!- Mãe e filho a correr numa tentativa desesperada de fuga.
–Ora! Ora!... Vamos brincar de caça aos humanos!– O Youkai começou a bater as asas velozmente provocando uma pequena ventania ao seu redor e rumou em direção à caça.
Kagome guiava Yori puxando pela mão, enquanto pedia mentalmente para que o vilarejo estivesse perto. Ela podia ouvir as batidas das asas do Youkai e sabia que estava perto, muito perto dela.
–Asas da Morte!– a voz estarrecedora imundou a floresta escura e, logo depois, as duas luzes brilharem do céu e as árvores por perto começarem a cair... Seria seu fim?
O youkai atacava, enquanto Kagome fugia com o menino entre as árvores, escapando por milímetros da morte. "Tem que estar perto!" dizia para si mesma. Não ia conseguir fugir por muito tempo. Nesse instante, Yori tropeça no chão e caiu, enquanto Kagome se joga no chão para desviar dum ataque que bate em uma árvore que não sofre nada. Kagome olha para a árvore e a reconhece no ato: "A árvore Sagrada!"
-Prontos para a morrer?
Morrer justo ali...? Aonde conhecera aquele que mudou sua vida para sempre! Kagome sentou-se, mantendo Yori no chão com umas mãos em suas costas, e olhou para o Youkai que tinha um sorriso de vitória no rosto e os observava com se escolhesse uma melhor maneira para fatiá-los para que as suas carnes ficassem mais apetitosas.Olhou ao seu redor na procura de algo que pudesse ajudá-la. Acabou vendo em sua frente aquilo que Yori havia tropeçado: os ossos. Havia ossos humanos, provavelmente, alguém que fora devorado. Ao lado, havia uma armadura de guerreiro, uma espada e... Sim! O que precisava: Um arco e flechas!
-Bom, humana! A caçada acabou! Não se preocupe, deixarei o menino para sobremesa!
O Youkai partiu velozmente para o ataque e, no mesmo segundo, ela se levantou, pegando o arco e uma flecha. Os acontecimentos foram rápidos: A flecha... O bote... O brilho... Uma flechada certeira no coração do demônio.
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A jovem jazia de pé no galho de uma àrvore alta. Os longos cabelos pretos que dançavam com o vento, a pela era tão branca como a neve, usava luvas pretas e uma roupa preta de manga e calça comprida que colava em seu corpo realçando suas perfeitas curvas. Observa o estranho brilho tomar conta de uma boa parte da floresta.
-Miko... - sussurrou baixo.
-Você vai verificar? -a voz forte e masculina tomou quanta do ambiente.
Ao pé da árvore, um belo homem de cabelos prateados mantinha os olhos de ambâr fixos na jovem.
-E por que devia, Sesshou-Maru?- indagou a garota sem nenhum um musculo mover.
-Rin não vai gostar nada de saber que tem outra miko e...
-Por acaso passou pela sua cabeça de vento que essa miko pode ser aquela nojenta?
-Grrr!- "Controle-se!" o rapaz ordenou a si mesmo. Não podia começar outra discussão com aquela jovem. -A Kikyou não é doida o suficiente para sair a noite.
-Se quer obedecer a vontade de Rin, faça você mesmo!- informou a jovem se virando para ele e revelando seus olhos vermelhos, sua pupila negra em formato duma estrela de cinco pontas e seus lábios do mesmo tom carmim.
-Eu? Obedecer a uma humana? Nunca!
-Então, porque pensou que eu faria?
-Eu apenas pensei que você, já que protege humanos, ia ajud...
-Disse bem! Eu protejo humanos...! Odeio Mikos... Com exceção de Rin!
-Você odeia Mikos, simplesmente por que odeia a Kikyou!
-Gosta de se meter em minha vida, né?
-Bom... Você é uma hanyou como Inu-Yasha e portanto tem sangue impuro...
-Mas, diferentemente de seu irmão, Sesshou-Maru, eu só estou querendo encontrar um momento para acabar com sua vida! E ambos concordamos quando digo que sou muito mais poderosa que você... Mesmo sendo uma reles meio-youkai!
Sesshou-Maru ficou calado, os argumentos faltando em sua boca... A verdade crua e cruel. Ela era mais poderosa do que ele... Mesmo sendo impura, um ser incompleto. Como podia? Ele, um youkai completo, ser mais fraco que uma meio-youkai! Foi quando notou a jovem pulando da árvore e, depois duma suave aterrissagem, caminhando em direção da floresta.
-Para onde vai, Rihara?
-Me divertir um pouquinho... - falou sumindo no breu da floresta.
Sesshou-Maru ficou olhando a floresta escura, conhecia a jovem o suficiente para saber que ela iria até o local da onde surgira aquele brilho. Logo se virou para direção aposta e começou a andar.
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-Droga! - Kagome olhava para o corte do braço direito, uma das laminas do ataque do Youkai a ferira. Ela ainda segurava o arco na mão e virou para Yori que se encontrava no sentando no chão.-Você está bem, mamãe?- Kagome sacudiu a cabeça dizendo que sim. -Podemos ir pá casa, mamãe? Eu... eu não quero passar nem um minuto aqui!
Kagome sorriu, Yori não demonstrava mais medo nos olhos, agora eles voltaram ao normal... Sempre fora assim. Estava cansada de ouvir Souta dizer que o pequeno sempre parecia ter medo quando não estava perto dela. E isso parecia ser verdade.
-Vamos... Vamos embora daqui! ... Mas eu vou levar umas coisinhas para nossa segurança!- Kagome pegou do chão o saco de flechas, pondo em suas costas e se aproximou do filho. -Venha!
O menino levantou num pulo e ficou em frente a sua mãe. Estava tranqüilo por estar ao lado dela... Estar ao lado de sua mãe, era o bastante para não ter medo de nada.
-Rápido! Não quero encontrar mais nenhum monstro dos meus livros!- Kagome riu um pouco... Lembrara-se que seu filho era viciado em colecionar mangá. Ela pegou a mão do pequeno, antes de se virar e ver aqueles bandos de olhos coloridos se aproximarem cada vez mais e surgindo um por um, enquanto murmuravam:
-Miko...! Miko...
Kagome e Yori começaram a anda para trás, até que se encontravam encurralados entre a árvore sagrada e os youkais de várias formas, tamanhos e cores bisaras. Novamente, ela preparou o arco e flecha, pondo-se na frente do garotinho.
-Mamãe...?- ela ouviu o menino sussurrar baixinho e disparou a primeira flecha...
O brilho surgiu novamente, possuindo boa parte da floresta. Logo que o brilho sumiu puderam ver os restos de alguns youkais que foram retalhados pela flecha. Mas ainda eram poucos em relação daqueles que cercavam Kagome e Yori. Ela atirou mais duas flechas num ato rápido e desesperado, enquanto gritava:
-Vão embora!
Porém quanto mais ela destruía, mais youkais apareciam. Aquilo parecia mais um inferno de monstros sem fim. Kagome atirou as quatro flechas que restavam, mas surgiu pouco efeito. Agora, não tinha mais nenhuma saída! As flechas havia acabado e os youkais se aproximavam cada vez mais dos dois sedentos por sangue. Abraçou Yori, enquanto via os youkais mais perto deles. Kagome e o pequeno fecharam os olhos no momento em que perceberam que todos os youkais iam atacar...
Passaram alguns segundos e os dois ainda não sentiam nenhum ataque ou qualquer outra coisa os atingirem. Kagome abriu os olhos novamente e se deparou com uma jovem usando uma roupa preta em que só o rosto com a pele tão branca como a neve podia ser visto, com olhos vermelhos, as pupilas negras em formato duma estrela e com logos e lisos cabelos negros, segurando uma espada reluzente com um formato meio curvo. Em volta da jovem, Kagome podia ver os restos mortais dos youkais que pareciam ter sido dilacerados com apenas um golpe!
-Quem... Quem é você?- Kagome indagou baixinho.
Continua no proximo capitulo...
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Mish-chan
