N/A:
Recebi um e-mail... Finalmente alguém resolveu mandar brasa!
Certo, aqui estão as respostas:
Certo. Eu admito: Estava REALMENTE escrevendo 'Gryffindor' errado!
Não. Eu REALMENTE mudei Godric's Hollow de lugar... Propositadamente! O motivo você verá aqui no Capítulo 7.
Você se esquece que ele está em Gryffindor's Manor... Certo, EU ERREI... Deveria ser Gryffindor's Manor, mesmo. Então onde vocês leram "Godric's Manor", por favor, leiam "Gryffindor's Manor". Afinal, é a casa da família...
A mãe dele vivia como trouxa, então como você espera ver muitos quadros dela? Mas têm um, que Harry ainda não encontrou...
Sim. Eles se enfrentarão no Beco Diagonal...
Calma! Vai acontecer... Já dei algumas pistas, então... Leia novamente!
Vou tentar. Não prometo nada!
OBS:
1) Se vocês não entenderam algumas respostas, elas serão esclarecidas nos próximos capítulos!
3) Observem que: '§' significa Citação de texto (início e final de cartas, por exemplo).
4) Fui ao site da JK e li sobre o sexto livro: 'Half-Blood Prince', ou seja, 'Príncipe Bastardo'. Tenho uma idéia de quem será... Aposto todas minhas fichas nele! E ele estará na minha história!
5) Eu adiei o capítulo 'Quando o amor acontece'... Por uma boa razão!
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Capítulo 7 – Ecos do Passado...
Ele estava na banheira, de olhos fechados, mergulhado em pensamentos.
"Alguma coisa mudou... Não sei o que é, mas mudou!".
"Estou me sentido estranho... Como se tivesse tomado um litro de energético!".
"Lembro de ter lido e do Remo ter me avisado disso...", e ele vagou novamente à lembrança da leitura do livro.
§
Após a primeira transformação, o bruxo se sentirá diferente, devido à adaptação para sua nova 'situação'. Isso pode afetar tanto o corpo, quanto à mente:
Mudanças físicas comuns: cor e textura da pele; aumento da força física, audição, visão, olfato, tato; tamanho do cabelo, unhas, sobrancelhas, etc.
Mudanças de personalidade, que acarretam em: violência, frieza, calma, explosões emocionais, etc.
§
"O Remo deve estar lá, com o Alvo...". – O rapaz abriu os olhos, decidido a ter uma conversa com o avô e o professor. Deixou o banheiro após se enxugar e voltou ao quarto.
-Ei! O Que é isso? – O quadro perguntou. – Perdeu a vergonha, é?
Harry o ignorou e se pôs em frente ao espelho, analisando as mudanças: Os brilhantes olhos verdes esmeralda, não mudaram; o cabelo continuava negro como piche e incontrolável como sempre; agora a franja tampava levemente os olhos e o restante do cabelo cresceu até alcançar os ombros; a mecha vermelha ainda estava lá, mais vermelha do que nunca (ele não se importou com isso, até gostou da idéia). Analisando outras mudanças, a que mais chamou sua atenção foi o físico, realmente ele havia mudado: Ele sempre fôra baixinho... Mas, no último ano crescera bastante, quase tão alto quanto Rony (mas era difícil passar o amigo, pois este, era realmente alto), agora crescera um pouco mais. Ele não possuía nenhum traço de pêlos pelo corpo, exceto àqueles no 'devido lugar'. Os músculos (que nunca teve,) estavam mais evidentes, o tórax protuberante (não excessivamente, apenas bem definido); os braços estavam bem mais fortes ('a batata' estava bem mais alta, mesmo com o braço relaxado). Ele dobrou os cotovelos e contraiu os músculos. Um sorriso nasceu em seu rosto. Observou o abdômen, duro e com ondulações nas linhas dos músculos.
"Adorei! Pelo menos não sou mais um magricela!".
Afastou um pouco do espelho e observou as pernas: Os músculos bem definidos.
-Interessante... – O quadro falou em tom de brincadeira. Harry se virou e perguntou:
-Que tal?
-Já vi melhor! – O quadro respondeu num tom de deboche.
-Duvido!
-Pergunte pro Remo!
Harry fez uma expressão curiosa e deu uma risada.
-Sério?
-Claro que é! Agora, o que vai fazer sobre essa mecha, aí?
-Porquê? Eu não vou tirá-la!
-Todo mundo vai desconfiar... Esse é o primeiro sinal de um animago!
-Vou dizer que tava experimentando umas poções para o cabelo...
-O que tem seu cabelo? Eu gostava dele assim!
-Mas eu não!
-Ora garoto! Não seja burro!
-EU NÃO SOU BURRO! – Harry deu um grito tão alto que as janelas tremeram. O rapaz do quadro soltou um assobio.
-E eu detesto esse maldito cabelo! – Harry exclamou em voz alta.
-Tá! Não precisa ficar nervoso!
O rapaz, extremamente alto, cabelos na cor vermelho-fogo, curtos e despenteados, sardas pelo rosto e olhos castanhos. Vestia somente um short azul gasto e estava deitado em sua cama, olhando para o teto, perdido em pensamentos. Pêlos brotavam no tórax do rapaz e uma leve sombra sob o nariz revelava, que ele já havia alcançado a puberdade há algum tempo. Seu corpo era delineado, apesar da evidente magreza e sua pele, um pouco pálida. Vez por outra, um sorriso se formava em seu rosto.
"Eu vou tentar...".
"Eu devo mesmo fazer isso?".
"Cara, você um idiota!".
CRACK!
-Aí, Roniquinho. Tá viajando de novo? – Fred exclamou, enquanto sorria debochadamente.
O rapaz que aparatou, da mesma forma que o outro, tinha os cabelos vermelhos. Mas os olhos eram de um castanho-escuro e era um pouco mais baixo que o irmão. Não tinha sinal de penugem sob o nariz, mas os cabelos eram tão grandes e lisos que chegavam a cobrir os ombros. Tinha feições que lembravam uma criança sapeca, apesar da idade. Seu rosto era pálido.
-Caí fora!
-Ora, maninho! Ou você age ou vai ficar na mão!
Rony sentou reto e encarando o irmão, perguntou:
-O quê você quer dizer com isso?
-Que você tá dando sopa pro azar... – O outro falou com um sorriso misterioso.
Rony o observava como se quisesse ler a mente deste. O irmão fez cara de sério (O que realmente devia ser hilário...).
-Você tá insinuando o quê? – Rony atirou, com uma ruga na testa.
-Maninho você devia prestar mais atenção aos sinais... – Fred agora, parecia Percy, de tão sério.
-Você tá querendo dizer que ela tá gostando de outro?
-Ah... Até que enfim! – Fred sorria.
-QUEM? – Rony gritou, as orelhas começando a queimar.
-Isso você terá que descobrir sozinho! – E com outro CRACK, o garoto desapareceu.
O rapaz ficou sentado, observando a parede onde o gêmeo estava antes de desaparatar.
"Aquilo foi sério ou só outra gozação?" – O garoto estava um pouco preocupado.
"Se foi sério..." – Ele tinha uma expressão nervosa agora, suas orelhas muito vermelhas.
-Coitado do fulano! – Rony gritou, os olhos faiscando de raiva.
O quarto era enorme e confortável, como todos quartos da casa: uma enorme cama de carvalho; uma pequena escrivaninha da mesma madeira, onde estavam vários papéis, um tinteiro e uma pena de águia; uma cadeira confortável; as enormes janelas, que davam vista para um jardim fabuloso; as cortinas na cor vinho, que bloqueavam parcialmente a luz do sol...
Mas o homem deitado na cama não estava interessado em nada disso, tinha a aparência pior do que nunca: A expressão de um homem muito velho e cansado (embora ele ainda não tivesse alcançado os quarenta anos); os olhos de um castanho claro e triste, de alguém que já sofrera demais nessa vida. Tinha uma expressão preocupada e mal pôde dormir, revivendo os acontecimentos da noite anterior.
"Ainda não acredito que o Harry tenha feito isso!" - O homem ficou de pé, num salto vigoroso.
"Do jeito que as coisas vão... Eu tenho medo do que fará em seguida..." – Ele andava de um lado para o outro, no quarto iluminado pelo sol que despontava no horizonte.
"Eu preciso avisar o Dumbledore!" - Com uma expressão decidida, se vestiu e deixou o quarto.
Dez minutos depois, Lupin bate na porta da biblioteca.
-Entre. – Uma voz foi ouvida. Ele fez como dito.
-Hum, Remo... Têm algo para me dizer? – Um velho de barbas brancas e veste azul-celeste, levanta os olhos do livro que examinava e olha o outro com interesse. Os olhos azuis brilhando com a luz que penetrava pela janela. Ele sustentava uma expressão tranqüila e indicou uma cadeira em frente à mesa, para Lupin. O quadro observava com interesse a conversa que se iniciava.
-Alvo, preciso falar com você... Sobre o Harry. – Lupin começou cautelosamente.
-Sobre o Harry... Algo a ver com o que aconteceu ontem? – O velho pergunta sorrindo ligeiramente.
-Você... Já sabe? - Lupin tinha uma expressão de surpresa.
-Sobre? – O velho pergunta novamente, forçando o outro a dizer exatamente o assunto...
-Bom... É que... – Lupin começou, com cuidado. Ele conhecia Dumbledore e sabia que podia falar abertamente com o amigo, mas ainda assim, era difícil. O velho fechou o livro e o colocou de lado.
-Remo, eu já sei o que o Harry fez ontem... – Dumbledore manteve o rosto sério e completou: -Com sua ajuda.
Lupin estava atônito, ele pretendia falar tudo 'do seu jeito'. Mas, havia esquecido que Dumbledore, sempre estava um passo à frente de qualquer um.
-É... – Ele respondeu com tristeza.
-Explique exatamente o que aconteceu lá.
Lupin contou tudo que aconteceu, desde a conversa na sauna até a hora que deixou o salão. O velho olhou para o quadro, que assentiu e voltando-se para o homem, que o observava, falou:
-Eu já esperava por isso...
-Você já esperava? - A expressão de Lupin mudou de tristeza para surpresa. Naquele momento, a porta se abriu com um estrondo, e Lupin, em um salto ficou em pé, de varinha em punho.
Os dois homens estavam parados: Dumbledore com um sorriso no rosto e Remo, assustado com a varinha apontada para Harry.
-HARRY! Faça isso de novo e eu não me responsabilizo! – Remo falou nervoso enquanto abaixava a varinha.
-Não pensem que vão decidir minha vida sem me consultar! – O garoto rosnou.
-Sente-se, Harry. – O velho disse tranqüilo, indicando a cadeira vaga.
-Estou bem em pé! – O garoto retorquiu.
-SENTE-SE! – O velho exclamou imperiosamente, a aura de poder fluindo através dele.
Harry se assustou. Já tinha presenciado essa aura, mas nunca dirigida a ele. Correu e se sentou no local indicado, com os olhos fixos no avô. O velho relaxou e se sentou seguido por Lupin. Voltando a sorrir para o garoto ainda assustado e mudando a expressão para uma séria, o velho continuou:
-O Remo me contou o que houve ontem...
O rapaz olhou para o homem ao seu lado e novamente para o velho.
-Agora, Harry, me diga: O que você colocou na poção? – O tom não era acusador, apesar de duro.
-Foi uma pluma... De Fênix... – o garoto respondeu olhando para o chão.
-Uma pluma de Fênix!? – Lupin exclamou. – Você ficou louco?
-Remo... – O velho falou calmamente.
-Certo. – O homem respondeu depois de respirar profundamente.
-Harry, você sabe que deveria ter avisado o Remo ou a mim, sobre isso. Foi muito estúpido...
Harry levantou a cabeça e olhou para o velho.
-Sim... Estupidez. – o avô confirmou.
-Se eu tivesse falado, vocês não deixariam...
-SEM DÚVIDA NENHUMA! – Lupin gritou, se virando para o garoto. – Já pensou o que poderia ter acontecido? Você morrendo dessa forma estúpida... O que seria de...
-Remo! – O velho gritou. O homem se encolheu na cadeira.
–Desculpe... – O lobisomem expressou tão baixo que dificilmente foi ouvido.
-ENTÃO É ISSO! – Harry gritou também, ficando em pé. –Você só tá bravo porquê...
-Harry... – o velho falou tranqüilizador.
-NÃO! Porquê... – O garoto estava furioso, seus pulsos tão apertados que parou a circulação do braço, ele tremia de raiva. -Se eu morresse... QUEM SALVARIA O MUNDO! – O garoto explodiu, sua voz alta como um trovão.
A sala tremia e era possível ver um brilho dourado em volta do rapaz. Lupin levantou de um salto e recuou assustado. Os olhos azuis do velho cintilavam de excitação e o velho do quadro tinha um enorme sorriso no rosto. Por um segundo, o mundo parou e então...
"O tempo nunca poderá reparar
Os sussurros descuidados de um bom amigo
Para o coração e a mente
A ignorância é bondosa
Não há consolo na verdade
Dor é tudo o que se encontra."
Ele estava correndo fazia tempo, a raiva tinha passado e estava muito longe dos limites seguros da casa, no limite de um bosque. Ele mudara para sua forma humana e adentrara o bosque. Penetrava cada vez mais fundo no bosque e depois de atravessar um riacho, ele chegara na parte mais sinistra do mesmo, com enormes árvores retorcidas, outras queimadas e outras destroçadas.
"Morte. Seria a descrição perfeita para esse lugar!", ele pensava.
Mais adiante, ele vê uma construção, semi-oculta por arbustos e algumas árvores, ele se aproxima da construção e descobre que é na verdade, uma casa. A casa tinha dois andares e estava parcialmente destruída. O teto tinha desabado em alguns pontos e todas as janelas estavam destruídas.
"O que poderia ter feito tal coisa a essa casa? E a esse lugar?", ele pensou enquanto entrava na casa e levava o maior choque de sua vida.
-NÃO! – Ele caiu de joelhos, lágrimas escorrendo pelo rosto.
-Alvo! O que foi isso? – Lupin estava atônito e respirava com dificuldade, ainda de olhos arregalados. Dumbledore deu um suspiro profundo e indicou a cadeira para o outro. O quadro estava em silêncio.
-Isso, foi uma poderosa combinação: Hormônios adolescentes, somados a uma bela explosão emocional e... 'O Poder da Fênix'.
-'Poder da Fênix'? O que você quer dizer?
-Bom... Você se lembra do quarto ano de Harry em Hogwarts?
-Lembro. – falou baixinho e completou com raiva: – Ele quase foi morto! E ninguém desconfiou daquele...
Dumbledore deixou uma lágrima escorrer.
-Certo. Mas mesmo ele, foi útil! – Dumbledore exclamou e o outro o olhou assustado.
-Sim, ele foi! Ele ensinou ao Harry a resistir ao Império! – Dumbledore exclamou sorrindo.
-Ele resiste ao Império? – O homem perguntou, assustado.
-Resiste!
-Mas... Isso é impossível!
-Não para o Harry... – O velho tinha um sorriso no rosto e continuou:
-A varinha do Harry possui uma pluma de fênix. Assim como a varinha de Tom Riddle...
Lupin arregalou os olhos.
-Vol... Tom Riddle possui pluma de fênix na varinha dele?
-Sim. Da mesma Fênix daquela na varinha do Harry... E foi por isso, que ele pôde derrotá-lo naquele duelo... O Velho deu outro suspiro e continuou:
-Naquele dia... Harry provocou o Priori Incantatem na varinha do Tom...
-Isso que dizer que...
-Ele usou o poder da Fênix contido na varinha dele. Você sabe, Remo, que isso é extremamente difícil, mesmo para um bruxo formado...
Lupin confirmou com a cabeça.
O caso é que... Desde que o Tom tentou matá-lo a primeira vez, o feitiço da Lílian, somado ao feitiço do Tom, se fundiu ao próprio poder do Harry...
-Mas isso é impossível! E as leis da magia?
-Elas aparentemente... Não se aplicam a ele...
-Alvo, isso é loucura! Nenhum bruxo, nem mesmo Voldemort... – O quadro ia retrucar, mas foi interrompido. –... Não enche! Nem ele, pode absorver o poder de outro bruxo! Isso vai contra as leis da natureza!
-Você teve a prova de que isso não é verdade, agora a pouco! – Dumbledore exclamou.
Lupin ficou imóvel como uma estatua. Não havia como retrucar essa declaração.
Meia hora depois, ele estava vasculhando a casa à procura de algo que pudesse lhe interessar. As poucas coisas que ele achou interessante foram alguns objetos, que sem dúvida, pertenceram a sua mãe e outros que deveriam pertencer ao pai. No entanto, o que ele achou neste instante era mais do que ele jamais imaginara encontrar: uma penseira, escondida numa câmara secreta do armário em que estavam as roupas do pai.
"Porquê ele tinha uma penseira?"
"Será que ele guardava muitos segredos?"
"Será que eu devia?"
"Será..."
"Claro que sim!"
Ele pega a penseira e a leva para uma mesinha próxima a janela, por um instante ele observa a penseira, usa a varinha para agitar os pensamentos que estavam assentados, devido aos longos anos de inatividade e vários flashs são emitidos da mesma, revelando os pensamentos presentes ali. Lembrando-se das instruções que lera em um livro sobre o funcionamento das penseiras, ele mergulha nos pensamentos.
Ele está em Hogwarts e olhando em volta, descobre os pais, próximos do lago, ocultos do resto do mundo por uma enorme árvore (a mesma em que ele costuma se sentar quando quer ficar sozinho). Eles estavam sentados, Tiago encostado na árvore, enlaçando Lílian por trás. Ela observa o lago, perdida em pensamentos. Tiago e Harry são idênticos nessa época: mesma altura, cabelos igualmente desgrenhados, rosto bronzeado e braços fortes, idênticos, exceto pelos olhos: um os têm na cor de avelã e o outro, verdes, como se fossem esmeradas.
"Eles devem estar com uns dezessete anos, agora e parecem estar apaixonados..." – Harry pensa.
De repente, Tiago se mexe e arranca ela, bruscamente, do devaneio.
-Que foi? – Ela pergunta.
-Eu queria falar uma coisa. – Ele responde meio sem graça.
-Pois fale.
-Bem... É preciso estar na posição correta...
Ela levanta uma sobrancelha.
Harry ri, lembrando que Hermione faz a mesma coisa quando está curiosa.
Ela se levanta encarando-o e ele ajoelha aos pés dela.
-Lílian D. Evans...
-D?
-De Dumbledore, ora!
-Não seja bobo, Tiago!
-Posso continuar? – Ele resmunga, procurando alguma coisa no bolso dianteiro da calça.
Encontrando o que procurava: uma correntinha de ouro, com um pingente em forma de semente. Ele a segura na mão direita estendida e continua:
-Lílian D. Evans... – Ela bufa, mas ele ignora e continua assim mesmo: -Quer se casar comigo?
Duas pessoas engasgam naquele momento: Uma delas era o Harry, surpreso por assistir ao pedido de casamento do pai e a outra era obviamente, aquela que seria sua mãe. Lílian tosse e Tiago corre para socorrer a amada, pálida e vermelha pela falta de ar.
-Você tá bem? – Tiago pergunta assustado, segurando a moça pelos cotovelos e levando-a para se sentar perto da árvore.
-Estou. – Ela responde, tossindo outra vez. Ele a observa meio desconcertado, como se temesse a resposta.
-Então? – Ele mantinha uma expressão ansiosa.
-Bem... – Ela começa, buscando as palavras certas. Ele franze as sobrancelhas.
-Você não... – Ele começa, mas é interrompido por ela.
-NÃO! É que eu não esperava... E... – Ela dá uma risada. – Deveria ser um anel, não? Pelo menos, eu sempre achei que isso fosse feito com um anel!
Harry solta uma gargalhada e olha em volta, com medo de que alguém o ouvisse.
Ele engole em seco e retruca:
-Isso é o que babacas como o Malfoi faria, mas eu não sou assim...
Ela dá outra risada e ele continua:
-Alem do mais, essa correntinha pertencia a minha mãe, dada a ela, pela minha avó, no dia do casamento dela. É uma herança de família.
Naquele anúncio, Lílian engoliu em seco, sabia que se ele estava dando aquilo para ela, ele realmente estava falando muito sério.
-Tiago... Eu... Aceito! – Ela anunciou com um enorme sorriso.
Harry também sorriu e naquele instante, tudo borrou.
Ele estava, agora em um quarto, Um quarto conhecido, um quarto na casa da família. Um rapaz e uma mulher jovem estavam deitados na cama, abraçados. Harry sentiu-se desconfortável por estar ali, invadindo um momento tão íntimo dos pais...
-Tiago. – A mulher começou e o rapaz, se levantou para observar a amada.
-O que aconteceu? Está se sentindo bem?
-Oh, sim! Muito bem! – Ela responde com um sorriso.
Ele faz uma careta.
-Eu... Fiz o teste hoje... – O rapaz dá um salto para trás e cai da cama.
-Aí! – Ele grita e se levanta rapidamente. A mulher ri e espera que o rapaz se recomponha.
-E? – Ele força a resposta.
-Eu estou... Esperando... Nosso filho! – Ela grita a última parte da resposta.
Harry está angustiado e as imagens se misturam novamente.
Agora ele está num escritório e esse escritório também foi reconhecido.
"Esse é o escritório de Dumbledore, em Hogwarts!". – Ele pensou, olhando em volta.
Tiago está sentado na cadeira em frente ao diretor, que estuda o rapaz com interesse.
-Alvo, o que foi? Porquê você queria conversar comigo sozinho? – O rapaz pergunta com uma voz ansiosa.
Harry sabia que devia ser a lembrança do dia em que Dumbledore contou sobre a profecia...
-Tiago, temo que as noticias não sejam tão boas... – O diretor começou, já possuía os cabelos e barba branca, na época.
-Que que aconteceu?
-Eu estive em dúvida sobre revelar isso, mas agora eu tenho certeza que isso é imprescindível...
-Alvo, você está me assustando!
Harry engoliu em seco.
-Tiago, você e sua família correm perigo de vida. – O diretor anunciou.
-Mas isso não é novidade, Alvo. Todos nós corremos perigo!
-Não, Tiago. Esse perigo é direcionado especialmente para seu filho, Harry...
-QUÊ! – O rapaz deu um salto na cadeira. –Do quê você está falando, Alvo?
Ouve novo borrão.
De volta à casa em Godric's Hollow, Harry está totalmente fora de si, soluçando sem poder se conter, deixa as lágrimas rolarem a vontade. Quinze minutos após, já mais calmo, limpa o rosto na manga da camisa e tomando uma resolução, encolhe penseira e a guarda no bolso. Quando descia as escadas sentiu belos da nuca se eriçarem, levantou a cabeça e cheirou o ar à sua volta.
"Rabicho!". – Seus olhos se encheram de fúria, mas ao mesmo tempo um pensamento passou pela sua mente e ele sorriu.
A garota estava sentada em sua cama, cabelo castanho anelado, olhos cheios de vida, com uma expressão ansiosa no rosto; seu rosto era pálido, como se não tomasse sol fazia algum tempo e seus lábios eram de um vermelho vivo e macio; seu corpo era quase o de uma mulher: os seios fartos e pontudos, sob uma blusa bege surrada; os ombros formavam um ângulo reto com o pescoço, que quando de pé, demonstravam o porte da garota; suas pernas eram grossas, por debaixo do jeans desbotado que usava. No entanto, pela expressão em seu rosto, era de duvidar que estive menos ansiosa que uma hora atrás.
"Mas que droga!".
Ela levantou e começou a andar pelo quarto.
"Por quê a demora! Não podiam mandar a carta logo?".
Meia hora depois, uma coruja marrom, com um anel azul na pata direita, entrou pela janela e pousou na cama. Ela trazia uma carta no bico e Hermione pôde ver o selo do Ministério nela.
-Me dá isso! – Ela rosnou.
A coruja soltou o envelope e com um assovio alto, deixou o quarto pela janela, onde entrara. A garota correu até o envelope e abriu a correspondência com violência.
§
Srta. Hermione Ganger
Casa dos Granger
South Hampton
Inglaterra
§
-Tá! Onde está? – Ela saltou algumas linhas e encontrou o que procurava. Passeou os olhos pela folha de pergaminho e então um sorriso brotou no seu rosto que ia de orelha a orelha.
-CONSEGUI! – Ela gritou de forma estridente.
-Mione! Você está bem? O quê aconteceu? – Uma voz de uma mulher jovem soou, enquanto passos eram ouvidos subindo uma escada. A porta se abriu e a mulher, também de cabelos castanho anelado apareceu.
-Mãe, eu passei! Consegui doze NOMs!
-NOMS? O que é isso?
-A prova de magia, aquela que diz se você está apto a continuar estudando em Hogwarts!
-Ah! Sim, lembrei! E o que significa 'doze NOMs'?
-Quer dizer que... – A garota arregalou os olhos e voltou a ler a carta. –Eu... Eu fui... A única que conseguiu doze NOMs nos últimos cinqüenta anos!
-OOHH! – A mulher exclamou e correu a abraçar a filha, enquanto chorava de felicidade. A garota também chorava e sorria.
Depois de meia hora a mulher limpa o rosto com as mãos e deixa o quarto alegando que tinha coisas para providenciar.
-Que coisas? - Hermione perguntou, embora soubesse a resposta e concluiu: –Uma festa com certeza!
Mas a mulher não ouviu a pergunta ou a resposta, já tinha saído. A garota jogou-se na cama e foi levada por pensamentos tão profundos, que não percebeu o passar do tempo...
Ele pôde sentir o cheiro de carne, que exalava da boca suja do homem, escondido atrás da parede que separava a sala da cozinha, e se pôs de pé, num salto e exclamou sem se virar:
-Ora... Ora... Rabicho, o que o trás aqui?
O homenzinho surpreso deu um salto e saiu do esconderijo. Ele vestia uma capa preta e o capuz cobria seu rosto, tinha a varinha apontada para o rapaz. O homem era baixo, muito mais baixo que o rapaz e aparentava estar assustado com o fato do rapaz saber que ele estava ali e quem ele era. Sua mão direita brilhava a luz do sol, como se ela fosse feita de prata. O rapaz encarou o comensal. Seus olhos, extremamente verdes, relampejavam de ódio e o comensal recuou um passo ao perceber o olhar assassino.
-Harry... – Ele sussurrou, sua voz saindo guinchada e trêmula, varinha ainda apontada em direção ao jovem.
-Responda, TRAIDOR! – Harry gritou e avançou na direção do homem. A fúria transbordava do jovem, que avançava na direção do comensal e este recuou mais um pouco.
-Es... Estupefaça! – O homem gritou.
Mas antes que pudesse terminar a frase, Harry já tinha sacado a varinha e conjurado um escudo. O feitiço bateu no escudo e ricocheteou em direção de uma parede destruindo parte dela. O homem arregalou os olhos e rapidamente lançou outro feitiço, que bateu novamente do escudo e explodiu.
-CRUCIO! – Harry gritou com toda ira que estava sentindo.
O homem tentou bloquear o feitiço, mas a energia era demasiada e o escudo se esfacelou, o feitiço atingindo em cheio o peito do homem, que voou para trás. Um baque seco foi ouvido no contato com a parede e ele deslizou até o chão, se contorcendo violentamente.
-AAAAHHHHHHHHH! - O homem gritava.
Harry manteve o feitiço por cinco minutos e então elevou a varinha, rompendo o feitiço. O homem gemia e soluçava, tremendo violentamente. Ele tentou se levantar e caiu de joelhos, quando suas pernas não suportaram o peso do corpo. O capuz havia caído, revelando o rosto do homem: devia ter quase quarenta anos, o rosto estava esquelético, como se tivesse emagrecido muito em pouco tempo e tinha profundas olheiras; a pele era pálida e com manchas escuras em vários pontos.
-Parece que você não têm se comportado... – Harry falou calmamente, enquanto pegava a varinha que o homem soltara.
O homem, encolhido no chão, levantou os olhos lacrimejantes, mas não disse nada.
-Voldemort, não tem muita paciência com você... Não, como meu pai tinha, não é mesmo? – Harry sorria sarcasticamente. –Pena que você não pensou nisso antes...
O homem tinha uma expressão assustada no rosto. Como se ele estivesse vendo um fantasma.
-Me diga, Rabicho: Se você soubesse, naquela época, o que aconteceria, você teria traído meu pai?
N/A:
Demorou, mas saiu!
Eu ainda estou lutando o pela formatação original do texto, sem sucesso...
Obrigado pelas resenhas!
