N/A:
Finalmente achei uma configuração que é legal. Então a partir de agora, é só escrever e postar...
Meu site também está no ar (ainda faltam algumas coisas, mas já é possível ler a fic lá...)
E pela primeira vez coloquei no papel exatamente o que desejava. Espero que curtam (deu um bocado de trabalho!).
Também já tenho definido como será o final...
Não! Não será para breve (pelo menos 30 capítulos, terá essa fic), muita coisa vai rolar até lá: romances, brigas, segredos revelados, algumas mortes... Bem, já falei demais! Leiam e comentem!
OBS: Quando verem uma data no formato (dd/mm), significa que os trechos a seguir ocorreram naquela data.
ATENÇÃO:
A PARTIR DESTE CAPÍTULO,
HAVERÁ CENAS DE VIOLÊNCIA E DE APELO SEXUAL.
Então se você é suposto não ter idade para lidar com isso, DÊ O FORA!
Veja no meu profile e verá que há muitas fics 'mais leves' e adequadas à sua idade e gosto!
Capítulo 8 – Quando o Amor Acontece...
05/07)
A explosão de fogo na lareira assustou o rapaz sentado no sofá da sala de visitas da Toca. Gui, cabelo liso e comprido, vermelho como fogo; olhos castanhos-claros, muito vivos; Brincos com imensos dentes caninos; tinha uma expressão cansada no rosto. O rapaz que tinha regressado de Gringotes naquela tarde, observou a mãe e os irmãos seguidos por Hermione, saírem da lareira da casa e permaneceu sentado fingindo ler o Profeta Diário.
-Gui! – A Sra. Weasley exclamou, correndo para abraçar o filho. Os olhares dos outros Weasleys se dirigiram para o irmão, intrigados.
-Oi, mãe! – O rapaz respondeu ficando em pé. Recebendo um abraço e um beijo na face, devolvendo os mesmos.
-O que aconteceu? – A Sra. Weasley perguntou se afastando e olhando nos olhos do filho.
-Nada mãe! É só minha folga... Dois dias de descanso, bem merecido por sinal! – Ele respondeu desviando o olhar para os irmãos. –Depois dessa noite...
-Guilherme Weasley!
-Esse sou eu! – Ele retrucou, ainda sem encarar a mãe. Sabia muito bem que se ela visse seu rosto agora, teria muitos problemas.
-Guilherme! Olhe pra mim! – Ela exigiu. Ele suspirou profundamente e se virou para fitá-la. Ela observou as profundas olheiras no rosto do filho e dando um olhar por cima do ombro deste, reparou nos jovens parados ali, imóveis.
–Vocês, já pro quarto de vocês! – Ela ordenou com a voz estridente de quem está realmente nervosa. Os adolescentes saíram correndo escada acima.
◊ ◊ ◊ ◊ ◊
-Rony! – Hermione chamou o rapaz que seguia os gêmeos na escada. O rapaz parou e se virou, encarando a garota. Os gêmeos fizeram o mesmo, por cima do ombro do rapaz.
-O quê? – O jovem retrucou.
-Eu queria falar com você! – A garota respondeu.
-Ih! O bicho tá pegando! – Fred exclamou, sorrindo abertamente.
-É. Primeiro o Harry, depois o Gui, agora é o Rony! O que tá acontecendo com o mundo? – Jorge retrucou.
-Fecha essa boca! – Rony gritou, suas orelhas ficando muito vermelhas.
-Isso não importa! – Retrucou a garota irritada, pelo comentário inoportuno dos gêmeos e puxando Rony pela mão até o quarto dele. Gina, que vinha logo atrás desta, parecia chocada com a atitude da outra e fez um movimento para seguir os dois, mas foi impedida por Jorge.
-Não. Acho que isso não te interessa! – a garota bufou, mas assentiu e seguiu para o quarto dela.
O gêmeo girou e pegou o brilho no olhar do irmão, mas apenas seguiu em direção ao quarto deles.
-Você acha que ela vai tomar satisfações dele? – Fred perguntou sério.
-Por quê? – O outro retrucou.
-Ora, Jorge! Por causa do Harry!
-Ela devia fazer isso com você, não com ele! – Jorge respondeu e Fred deu um sorriso levado.
-Certo...
◊ ◊ ◊ ◊ ◊
Após os dois entrarem no quarto, Hermione fechou e passou o trinco na porta. O que provocou um olhar assustado do garoto, que estava entre a porta e a cama. Ele recuou até encostar-se a esta.
-Mione, porquê você trancou a porta?
-Por que eu queria conversar com você sem ser interrompida!
Ela se aproximou dele, ficando apenas dois passos de distancia, o suficiente para o olhar nos olhos e perceber se ele mentisse para ela. O garoto a encarava com olhos assustados.
-Agora, me responda: Como é que você podia saber o que tinha se passado aqui, na toca, em junho, se você estava lá na enfermaria de Hogwarts?
O rapaz caiu sentado, com um baque na cama, os olhos arregalados em surpresa.
"Como é que ela percebeu isso! Ninguém mais, ligou pra isso!"
"Mas claro, ela é Hermione Granger!"
-Rony... – A garota ainda estava de pé em frente a ele. Com a sobrancelha erguida. O garoto abaixou os olhos, como que pressentindo o perigo.
"Ela sempre faz isso quando alguém esconde algo dela e ela quer descobrir o que é..."
"Eu tenho que olhar pra ela, ou ela vai desconfiar."
Com um suspiro e decidido a não ceder, ele levantou os olhos para encarar o desafio.
-Mione... – Ele começa. "Isso é mais difícil do que parece! Lindos olhos... Muito espertos...".
-Rony, desembucha! - A garota estava começando a perder a paciência.
-É que... – Ele procurava uma saída. "Claro! O Gui...". Ele deu um sorriso involuntário. –O Gui me mostrou um Lembrol-X!
-Um Lembrol-X? E o que isso tem a ver?
-O Lembrol-X é parecido com uma penseira, só que você pode guardar apenas algumas alguns pensamentos nele... Então ele me mostrou no dia que eu cheguei aqui e eu soube do que aconteceu. ""tima idéia!".
-Ah... Certo. – A garota parecia satisfeita com a resposta e curiosa sobre o objeto.
Meia hora depois, ela deixou o quarto. E ele caiu deitado na cama com um suspiro de alívio.
"Agora é só falar com o Gui!"
E hoje devia ser o dia de sorte dele, pois nesse exato momento o mesmo abriu a porta e entrou no quarto.
-Gui! Eu queria mesmo falar com você!
-Hã? – O mais velho dos filhos dos Weasleys, parou no batente, assustado. –Rony, isso não pode esperar? Eu quero descansar um pouco.
Rony viu a expressão tensa e cansada do irmão, mas tinha urgência em falar com ele.
-Infelizmente, não! – Rony retrucou e explicou a situação para o mais velho.
A cada palavra, o mais velho encarava mais o jovem e ficava mais assustado.
-Tudo bem... – Gui respondeu no final e o jovem respirou aliviado.
-Mas isso não é certo... – Sob o olhar indagador do outro continuou: -Começar uma relação mentindo, não é nada bom, especialmente... Se ela descobrir!
Rony o olhou com tristeza, mas o mais velho ignorou o olhar e foi se deitar na cama do outro lado do quarto.
◊ ◊ ◊ ◊ ◊
(20/7)
Ele chegou à entrada de Gryffindor's Manor silenciosamente, passando pela porta dupla de carvalho que dava acesso ao hall da casa. Sabia que estavam esperando por ele, mas não tinha a menor intenção de suportar o que quer que fosse, mas quando estava com um pé nos degraus da escadaria, ouviu alguém chamá-lo:
-Harry, eu queria conversar... – Lupin começou, incerto se o tom era adequado.
-Agora não! – O rapaz cortou rudemente, sem se virar para encarar o homem. A raiva emergindo novamente das profundezas de sua mente.
-Eu queria... – O homem tentou novamente, sentindo um peso no estomago. "Harry não faça isso comigo!".
-Eu disse: AGORA NÃO! – Cortou o homem novamente e subiu as escadas de dois em dois degraus, desaparecendo da vista do homem.
O homem suspirou tristemente e girou sob os calcanhares para olhar para a porta que se abriu atrás dele.
-Tenha paciência, Remo. – Dumbledore declarou.
-Eu tenho medo de que ele não confie em mim mais! – Respondeu observando as escadas por cima do ombro.
–Você sabe que isso não é verdade. É só devido à assimilação. Ele terá de aprender a controlar isso sozinho, ninguém poderá ajudá-lo nisso...
-Eu sei. Mas é mais fácil falar do que fazer! – Olhando tristemente para o líder da Ordem.
-Venha, preciso conversar com você. – Dumbledore anunciou voltando para a biblioteca.
◊ ◊ ◊ ◊ ◊
Chegando ao quarto, ele entrou e bateu a porta com um estrondo, assustando a coruja pousada no batente da janela, que piou irritada.
Hã? – Ele expressou quando a coruja soltou uma carta no chão e foi embora, não sem antes soltar outro pio de indignação. Mas ela poderia esperar, ele tinha coisas mais importantes para cuidar naquele momento...
-JINX! – Ele grita e um elfo muito assustado aparece à frente dele.
-Preciso de um lugar como àquele da câmara do anel, só que deve ser isolado, onde somente eu possa ir... Você sabe de algum outro lugar como aquele, aqui na casa?
O elfo o olhava preocupado, sabia que o jovem mestre estava sob a influência da assimilação e não devia ser irritado. Ele sorriu levemente e respondeu:
-Sim, Jinx sabe...
-"timo! Como eu chego lá?
-Jinx têm de levar Harry...
Quando o rapaz o olhou de cara feia, ele se apressou a acrescentar:
-Somente elfos têm acesso àquela sala, então... Só eu posso leva-lo lá!
Quando o rapaz sorriu, o elfo soltou um suspiro de alívio.
-Nesse caso...
◊ ◊ ◊ ◊ ◊
Deixando o banheiro e observando o quarto, o rapaz suspirou.
"Em breve eu deixarei o conforto deste fabuloso quarto e voltarei para aquela escola infernal!", ele pensou consigo mesmo e se dirigiu para a cama, onde se jogou, ainda úmido e nu. Passando a mão pelo abdômen e subindo até o peito, ele verificou que todos os anos de treinamento, com o pai deram a ele um corpo rígido e invejável.
"Claro, ele não era nenhum adonis. Mas ainda sim, desejável...", ele sorriu com esse pensamento.
"As garotas suspiravam por ele desde que ele era pequeno... E ele sabia muito bem como se aproveitar disso!".
Então outro pensamento cruzou sua mente e o sorriso desapareceu de seu rosto.
"Todas, exceto a que ele queria... Aquela maldita nunca nem olhou duas vezes para ele...". E com isso se levantou e gritou pelo elfo pessoal dele, para providenciar a roupa que ele vestiria dali a pouco.
Depois de se vestir o elfo o informou que o pai estaria ali em instantes e então ele se tornou sóbrio. O pai era um carrasco para ele desde que ele se entendia por gente e quando perguntara o motivo ao pai, este quase o matara de tanto espancá-lo. Se não fosse pela mãe, ele certamente estaria morto a muitos anos. Ele nunca entendeu isso...
Espantando esses pensamentos, ele voltou ao banheiro para tratar 'daquele cabelo'. Ele desde os cinco anos usava gel pra manter os cabelos presos.
"Uma vez eu tentei deixá-los soltos, durante o terceiro ano, mas foi ridículo e o pai ficou furioso quando descobriu. E eu então, voltei ao gel...".
Quando deixou o banheiro, 'devidamente arrumado', como o pai exigia. Ele quase caiu, quando as pernas bambearam de medo ao perceber que estava atrasado...
-PAI? – Ele falou, a voz saiu tensa e incrivelmente estridente.
O homem que até então estava sentado na poltrona perto da janela, girando a varinha entre os dedos, levantou-se e caminhando imponente pelo quarto, chegou a meros centímetros do rapaz que empalidecera visivelmente de pavor. O rapaz engolira em seco, esperando a reação do homem de sangue frio como gelo, em frente dele. Um comensal da Morte. Talvez o mais perigoso de todos, quem sabe até mais que o próprio Lorde. O homem examinara o rapaz dos pés a cabeça e ao perceber que o rapaz ainda tinha os cabelos úmidos, censurara-o:
-Acho que você andou relaxando na minha ausência, não é? – O homem falou em um frio tom de ameaça.
O rapaz recuara um passo, o suficiente para ficar fora de alcance das mãos do homem.
-E... Eu... Estive treinando até... A meia-noite... – Respondeu timidamente, recuando outro passo.
-Dúvido moleque! – O homem respondeu levantando a varinha. O rapaz fechou os olhos a espera do castigo. Depois do que pareceu um minuto ele veio...
-CRUCIO!
-ARRGGGHHHHHHHHHHHH!
◊ ◊ ◊ ◊ ◊
Colocando a gaiola, onde um rato estava, no chão ele rapidamente examinou o ambiente: Uma sala grande, não mais de cinco por dez metros; sem janelas ou portas; iluminada apenas pelo lampião que o elfo conjurara e colocara em cima do único móvel do ambiente, uma mesinha; as paredes eram cinza, um cinza escuro e assustador; o chão de pedra nua e fria. Ele sentiu um calafrio ao olhar para cima: três metros acima, um dragão empalhado, estava dependurado.
"Que horror!", ele pensou.
-Esse dragão atacou a casa, dois séculos atrás... – O elfo anunciou quando percebeu o que o jovem observava.
-Bem, pelo menos ele não escapou! – O jovem respondeu.
-Agora Jinx, esse aqui... – Harry apontou para o rato. – É o Rabicho...
O elfo arregalou os olhos. Sabia muito bem quem era 'Rabicho'.
-Ah! Vejo que você conhece a história dele...
Com um aceno o elfo confirmou, enquanto olhava raivoso para o rato imóvel na gaiola.
-Eu preciso de sua ajuda para mantê-lo aqui e vivo, o tempo suficiente para interrogá-lo. Quando o elfo acenou, ele prosseguiu: -Você têm certeza que ele não conseguirá fugir daqui? – Com a nova confirmação, ele dispensou o elfo com instruções para deixar alimento e água suficiente todos dias, apenas para mantê-lo vivo. E então reanimou o rato.
-Enervate! – E o rato prontamente saiu furiosamente, procurando uma saída, fuçando cada canto do aposento.
-Desista Rabicho... – Harry falou calmamente. –... Só há uma maneira de você sair daqui...
Com isso dito, o rato parou e voltou a forma humana, assustado.
-Harry...
-Não me chame assim! – Harry gritou furioso. A sala estremeceu perigosamente e o homem se assustou mais ainda. –Para você, eu sou: Senhor Potter!
-E quanto a você ainda estar vivo... – As palavras saíram arrastadas e mostravam a fúria que o jovem sentia e que fizeram o homem arregalar os olhos. – Será só tempo suficiente para você me responder algumas coisas... E você irá respondê-las ou irá desejar que Voldemort o tivesse morto!
◊ ◊ ◊ ◊ ◊
Ao voltar ao quarto, horas depois, exausto, caiu na cama e dormiu três horas diretas.
Ele estava num quarto com os pais, eles estavam fazendo... Não! Eu tenho que sair daqui... Um solavanco e ele estava deitado de lado, debaixo de uma árvore, na forma animaga. Estava extremamente quente e ele não queria se mexer. Mas então, ele ouviu um ronronar baixinho, perto dele: Uma leoa estava ali, farejando-o, provocando-o. Ele queria dormir, mas ela não deixaria, então ele se levantou...
Quando acordou já era quase noite, ele estava suado e ainda deitado na cama de costas, perdido em pensamentos, quando ele ouviu aquela voz que o irritava tanto:
-Hora de acordar rapaz!
-Vai dormir e me deixa em paz!
-Ah! Vai, me diga, o que você sonhou para suar tanto?
Ele saltou, ficando em pé e correu para o banheiro, o quadro deu uma gargalhada e se sentou o chão para esperar a volta do 'seu garotinho'.
Quando Harry voltou, bem mais relaxado. O quadro avisou:
-Dumbledore quer conversar com você. - Harry bufou e caiu na cama.- E também acho que você deveria ler essa carta aí!
Só então ele reparou no envelope com selo oficial, pousado na mesinha de cabeceira e sentiu um calafrio.
"Eles não podem saber... Ou podem?", pensou enquanto rasgava o envelope e lia afobadamente a carta. Depois que terminou respirou aliviado e colocando a carta no bolso deixou o quarto.
◊ ◊ ◊ ◊ ◊
Cinco minutos depois, ele entrou na biblioteca sem bater e levou um susto.
-Mas... O quê, em nome de Merlin, é isso tudo? – Ele perguntou estupefato.
Dumbledore, que estava sentado na escrivaninha, riu e retrucou:
-Eu esperava que você pudesse me responder isso!
-Hã?
-Bem, desde que elas estão endereçadas a você... – O velho emendou.
Harry correu e se sentou na cadeira em frente ao avô, começando a abrir afobadamente os muitos envelopes ali. Meia ora depois, um Harry estupefato respondeu:
-Elas são dos membros do ED...
-Ah, bom. E o que eles querem?
-Bem... Àqueles do quinto ano, contando que passaram nos N.O.M.s e os outros...
-Sim?
-Querendo saber se ele continuará... – Respondeu duvidoso se o avô ficaria irritado ou não.
-E?
-E o quê?
-Vai ou não? – Dumbledore perguntou os olhos brilhando de malícia. Harry ficou parado encarando o velho por um minuto antes de responder:
-Não...
-Dumbledore levantou uma sobrancelha indagadora e Harry terminou:
-Não acho uma boa idéia...
-Porquê não?
-Visto o que aconteceu no último mês... – Harry falou dando um suspiro.
-Olha netinho... –Dumbledore começou, quando Harry o olhou assustado, pois o professor nunca o havia tratado assim, ele sorriu e completou: -Isso não significa que você deva encerrá-lo. Muito pelo contrário!
Harry desviou o olhar e Dumbledore continuou:
-Bem façamos o seguinte: Você responderá a eles dizendo que eles estão convidados para seu aniversário e...
Outra meia hora depois, um Harry estupefato (outra vez) deixou a biblioteca, indo jantar.
◊ ◊ ◊ ◊ ◊
(31/07)
Eles estavam sentados a beira do lago, em Hogwarts. Ela encostada a uma árvore, ele deitado com a cabeça no colo dela. Ela achava que aquilo só podia ser um sonho, mas mesmo assim queria aproveitar cada segundo. Ele se ajoelhou e virando para olhá-la nos olhos, aproximou-se e estavam quase se beijando, falava pouco, o coração dela disparou...
PRAFT!
Ela acordou com um susto.
-MERDA! – Ela gritou furiosa, olhando em volta para descobrir quem tinha acordado-a daquele sonho... Maravilhoso! Foi quando ela percebeu o pequeno globo de cristal, em cima da mesa brilhando...
"Alguém esteve aqui!", ela pensou.
"Mas quem?" – Saltando da cama ela correu ao banheiro e cinco minutos depois estava entrando na cozinha.
◊ ◊ ◊ ◊ ◊
-MÃE! – Ela gritou.
-QUÊ! – A mulher de costas na cozinha respondeu.
-Alguém esteve no meu quarto, enquanto eu dormia! – Ela falou furiosa olhando os irmãos na mesa.
-QUEM FOI? – A Sra. Weasley perguntou se virando, furiosa também. – Eu já avisei que se um de vocês entrassem lá...
-Eu não fui! - Rony gritou com medo.
-Nem eu. – Gui continuou.
-Eu tampouco! – Jorge terminou. Quando eles acabaram todos gritaram ao mesmo tempo:
-FRED!
-Eu não queria estar na pele dele! – Jorge zombou, observando o olhar da mãe.
Nesse instante, o referido entrou na cozinha, uma expressão inocente no rosto. Ele parou no momento em que pisou na cozinha, todos olhos fixos nele: Gina furiosa e contente; a mãe com uma expressão de dar medo e o pai... De deboche!
-Quê? – Fred perguntou inocente.
-Nada não! – Jorge soltou entre gargalhadas, no que foi seguido por Rony e Gui. Gina apenas sorria travessamente.
-Arthur, você não está atrasado? – A Sra. Weasley perguntou.
-N...Não! Acho que tenho uns minutos... – Ele respondeu tentando não rir.
-O Quê que foi? – tem alguma coisa errada? – Fred perguntou desconfiado.
-Cara, se eu fosse você não sairia lá fora... – Jorge murmurou entre gargalhadas.
-Pelo menos não enquanto não amadurecer! – Gui completou e o que se seguiu foi uma gargalhada sonora de todos os Weasleys. Todos, exceto Fred, é claro.
-NÂO! – Fred gritou e saiu correndo para o quarto.
-Bom... – O Sr. Weasley começou, depois de recuperar o fôlego. – Agora está na minha hora... Ah! Avisem quando ele amadurecer! – E desaparatou, evitando assim a resposta da mulher.
◊ ◊ ◊ ◊ ◊
Harry estava sentado no jardim, em frente à fonte dos unicórnios. A escultura brilhava a luz da lua nova, revelando toda a majestade daqueles animais. Ele podia ouvir as vozes das pessoas na festa, sua festa de aniversário, pela janela aberta do salão de festas. Vários membros da Ordem, os membros do ED, os Weasleys... Mas ele não estava a fim de festejar. Agora mais do que nunca, sabia que seu mundo estava perdido: Nunca seria feliz, Voldemort nunca desistiria. Aquilo que ele descobrira significava o fim de suas esperanças...
"Aqui estou - eu sou assim"
Ele deu um profundo suspiro, olhando para a fonte, onde os unicórnios encantavam aqueles ousados o suficiente, para contemplá-los.
-Definitivamente, esse é meu local preferido! – Ele exclamou, a voz embargada pela emoção.
"Não há lugar algum na terra que eu preferia estar"
-O meu também! – Alguém respondeu.
-Eu quero ficar sozinho! - Ele retrucou sem se virar.
"Aqui estou - é só você e eu"
-Mas não vou deixar! Você é... Meu amigo. E eu te quero muito bem, pra deixar você sozinho... Pensando besteira!
-O problema é MEU! – Ele respondeu, gritando a última palavra.
-Não é não! Todos temos problemas, Harry! O que nós não podemos é desistir de lutar...
-Você diz isso, porquê não é você que têm um louco atrás de você!
A pessoa que chegara por trás contornou o banco e estava agora sentada ao seu lado. Ela passou um braço pela cintura de Harry e o puxou em um abraço afetuoso. Harry levantou os olhos e encarou a pessoa, que o segurava com firmeza. Ele tinha os olhos marejados e eles brilhavam de tristeza.
"E hoje faremos nossos sonhos se realizarem"
-Harry, olhe a sua volta... – A pessoa fez um gesto, indicando toda a área em volta.
Ele não acompanhou o movimento, voltando o rosto para o chão, onde uma pedra chamou sua atenção.
"Vermelha, os olhos de Voldemort, tão fria como os olhos dele!".
-Veja quantas pessoas estão a sua volta. Elas o amam!
-Não amam, não! Só estão preocupadas com elas mesmas! – Ele respondeu. –Tudo por causa daquela maldita profecia!
"É um novo mundo - é um novo começo"
A pessoa assustada com a declaração engoliu em seco, mas não se abalou:
-Harry, todos estão aqui por você... Eu estou aqui... Por você! – A pessoa falou, puxando o rosto do rapaz para fitá-lo, limpando as lágrimas do mesmo, com a delicada e sedosa pele do polegar.
"É vivo com as batidas de corações jovens"
"Macio... Doce... Facilmente destrutível..." – Ele pensou.
"É um novo dia - é um novo plano"
O olhar penetrante o hipnotizava, ele não conseguia desviar o olhar daqueles olhos castanhos, aqueles lábios carnudos e vermelhos, a pele pálida e sem manchas. Sua boca estava seca e ele não tinha mais argumentos. Sentiu um arrepio percorrer sua espinha, uma queimação no estômago, quando a mão voltou a lhe acariciar o rosto.
"Estive esperando por voc
Então, num movimento lento, ela selou o entendimento dos dois, com um beijo, se afastando em seguida para observar a reação do mesmo.
"Aqui estou"
Ele arregalou os olhos e ao tentar expressar algo, ela não deu chance e segurando com força sua nuca, iniciou um beijo apaixonado.
"Aqui estamos - apenas começamos"
Aquilo o dopava, não conseguia resistir e se apegou ao beijo como se sua vida dependesse disso.
"E depois desse tempo todo - nosso momento chegou"
Suas mãos subiram à nuca dela, acariciando os cabelos sedosos, ela retribuiu a carícia puxando-o mais, enlaçando-o pelos ombros, obrigando ele a se inclinar, para ficar à altura dela.
"Sim, aqui estamos - fortes ainda"
Ele podia sentir a troca de energias entre eles, o sangue corria veloz em suas veias, o coração batia apressadamente, calor percorria todo seu corpo e ele começou a suar como se estivesse numa sauna e ela percebendo isso, com mãos ágeis, livrou-o da camisa, interrompendo o beijo apenas para retirá-la.
"Bem aqui, onde pertencemos"
Agora livre da camisa, ela explorava cada curva daquele corpo delgado: primeiro os músculos das costas, depois os ombros, braços, peito, abdômen...
"Aqui estou - perto de voc
Ele se contentava em segurá-la contra si, como se quisesse impedir sua fuga, acariciando cada centímetro de suas costas.
"E de repente, o mundo é todinho novo"
Nenhum dos dois percebeu (ou se importou), quando alguém apareceu ali os chamando, de olhos arregalados e o rosto com uma expressão furiosa. Mas os dois estavam muito ocupados para notar isso e a pessoa foi embora, resmungando algo impublicável.
"Aqui estou - onde vou ficar"
Ela se separou a custo dele, arfando profundamente, os olhos brilhando de felicidade. Ele também absorvia o ar quente da noite, com sofreguidão e como ela, tinha um brilho diferente no olhar. Ela olhou em volta, procurando algo.
-Quê? – Ele perguntou, limpando o suor do rosto com a camisa.
Ela riu e tomando a camisa dele, enxugou o próprio rosto e pescoço.
-Eu preciso respirar um pouco! – Ela jogou a camisa de volta e completou: -Aqui não é um lugar muito adequado para isso...
-Bem, tem outro lugar... Bem mais protegido do que este, onde a gente pode ficar à vontade! – Ele respondeu, terminando com um sorriso safado.
-À Vontade? – Ela devolveu com uma sobrancelha erguida.
-Bem... Do jeito que estamos indo... – Ele colocou a camisa no colo e olhou inocentemente para ela.
-Harry Tiago James!
-Ah, não! Não vem com essa de HTJ! – Ele ficou em pé, a camisa caindo ao solo, revelando todos os músculos tensos. – Você me deixa louco e corre?
-Eu não saí correndo! Eu estou aqui, não estou? – Ela respondeu, observando o rapaz da cabeça à cintura, onde permaneceu.
"Agora não há nada em nosso caminho"
Ele corou ao perceber onde ela olhava e abaixou para recolher a camisa, mas foi interrompido, quando ela puxou seu braço, obrigando-o a se levantar, antes de alcançar a camisa. Ela colou nele outra vez e roubou outro beijo, soprando no ouvido dele algo que o fez corar ainda mais.
-Têm certeza? – Ele questionou assustado.
Ela confirmou com a cabeça, virando e começando a andar para a casa. Ele correu e a segurou pelo braço.
-Não! Assim todos vão saber... Eu tenho outra idéia!
Ela levantou uma sobrancelha, mas em vez dele responder, ele a puxou para a direita da casa, em direção a entrada lateral.
"Aqui estou - eu sou assim"
N/A:
Então? O que acharam do capítulo? Comentem!
OBS:
Depois de vasculhar meus arquivos (e a Net), enfim resolvi e aí está o resultado. Espero que tenham apreciado. Achei perfeita para o momento...
Tradução de "Here I Am" – Bryan Adams.
Antes de me esganarem: Eu tinha esse capítulo e os próximos quatro, planejados desde que tive a idéia da fic (Logo após ter acabado de ler OP), Então, não gritem muito, OK?
Prometo grandes emoções nos próximos capítulos!
