A CORSA BRANCA – Capítulo 4
AUTHOR: Lady K. Roxton
AVISO: Contém cenas eróticas, se vc não tem idade ou não gosta, não leia. Depois não venha me pentelhar!!!
THANKS & COMMENTS:
Jessy, olha aí mais R&M!!! Eu morro de dó da vê, sempre tem mesmo umas mocréias p/ tratá-la mal, mas devemos ter paciência pq a Vê num é boba naum rs...
Towanda, vc achou mesmo q o capítulo anterior tava curtinho? Q issu, foi super grande!!! Espero q goste deste tbem. Obrigada pelo apoio e paciência!
Nay, eu naum resisti e acabei colocando mesmo R&M rs.. Mas os loirinhos vaum ter a hora deles, aguarde!!!
Taiza, minha priminha gêmea, eu sabia q vc ia gostar mais de ver R&M, vc é q nem eu mesmo!!! Vc tah terrível, hein? Violência, socos, sexo... q issu Tata? Rs... Espero q goste do "pagamento" da camisa!!!
Rosa, vc tem razão, essa Simone é perigosa e fatal, como nossa amiga rs... Q preconceito com o Ned, ele tava enfeitiçado pelos olhos da Simone rs...
Obrigada a todos que deixaram review!!!! Espero naum ser preciso fazer greve de novo :-)
........................................................................ ......
Capítulo 4
Lançado o desafio, Roxton não tinha outra saída que não fosse aceita-lo: afastou os cabelos de Marguerite e começou a lamber-lhe o pescoço, abrindo sua blusa. Como possuía a mesma impaciência de Marguerite, também arrancou sua blusa de modo que os botões voaram longe. Ainda não satisfeito, fez o mesmo com o corpete, descobrindo seus ombros e seios, que rapidamente ele segurou e cobriu com suas mãos fortes.
Marguerite gemeu baixinho, envolta naquela sensação prazerosa que a dominava, mas Roxton abafou seus gemidos e roubou o pouco de respiração que lhe restava com um beijo delicioso. A herdeira o abraçou pelo pescoço, puxando-o para si, convidando-o a beijar seus lábios provocantes Roxton já havia arrancado a blusa dela e deslizava suas mãos pelas costas delicadas e quentes, fazendo seus corpos sentirem o calor que emanava de seus interiores, o calor de carne com carne.
Então, o caçador tentava livrar-se definitivamente de sua camisa e calças e, sentindo a urgência de seu homem, Marguerite o ajudou a terminar de despir-se. Em segundos ambos estavam nus, lado a lado, sobre a cama. Agora teriam tempo para explorarem seus corpos à vontade...
Apoiando-se num cotovelo, Marguerite levantou-se, livrando-se dos beijos de Roxton, e ficou admirando-o por alguns instantes. Aquela expansão de peito e abdômen despidos eram extramente convidativos e estimulantes. Começou lambendo e beijando o peito sólido e firme, descendo pela barriga lisinha, que se contraía com as carícias dela, até que ela ouviu um pequeno gemido e logo sentiu que ele tocava seus cabelos com carinho, mas depois, puxou-a por eles e jogou-se por cima dela, segurando-lhe os pulsos. Beijou-a de modo sensual, erótico, mordiscando-lhe o lábio inferior. Estava perdendo a resistência e sabia disso sem qualquer sombra de dúvida.
Durante esse tempo, Roxton não a soltara: ela permanecia presa à cama, uma presa voluntária. Sentia os beijos e suspiros pairando sobre o pescoço, até sentir a língua quente e molhada nos mamilos endurecidos e então, sobre a barriga, que se contorcia de prazer. Era delicioso.
Finalmente, não agüentando mais, Roxton soltou-a: precisava tocá-la, sentir aquela pele, aquele corpo. Um corpo pequeno, delicado, perfeito, mas que ele conhecia como ninguém a força que possuía. Não a força física apenas, mas uma força que vinha dela, a única força no mundo capaz de fazê-lo sofrer, ser vulnerável ou forte: tudo dependia "dela".
Voltou a beijá-la com paixão, enquanto suas mãos deslizavam pela barriga, abrindo-lhe as pernas e indo direto na protuberância que havia entre elas. Marguerite estremeceu.
"Não me faça esperar mais" Marguerite suplicou. Era o que necessitava ouvir. Deitou-se sobre ela, enquanto as pernas dela se abriam. A herdeira sussurrou com a respiração entrecortada o nome dele ao ser penetrada. Sentia-se quente, tensa, úmida. Envolveu as pernas ao redor dele para puxá- lo mais e mais a si, tornando-se um único ser; seus desejos emoções explodindo em uma tempestade de verão que, por fim, acalmou-se com uma suave brisa e os dois deixaram-se descansar nos braços um do outro.
................................................................
Como de costume, o sono de Verônica costumava abandoná-la logo cedo, assim era sua rotina fora e dentro de sua casa. Ouviu cavalos no pátio do fundo e algumas vozes. Fazia um pouco de frio e então se lembrou de que a criada havia deixado algumas roupas para ela no baú que havia aos pés da cama. Revirou tudo: alguns vestidos, saias, etc. Gostou de uma calça branca de cintura baixa e um conjuntinho de blusa sem manga e casaquinho azul céu de botões, tudo de crochê. Pegou um tamanquinho fechado na frente da mesma cor do casaco e saiu do quarto.
Passou pelos aposentos de Malone, mas, para sua surpresa, ele já havia saído. Desceu as escadas, caminhou pela sala, indo até à copa, de onde ouvia a voz de Ned... e Simone.
"Experimenta esse aqui... olha como dissolve na boca" ela estava dando a ele na boca um biscoito doce.
"Hum hum" ela pigarreou.
"Oh Bom dia, Verônica! Dormiu bem?" Ned perguntou afastando-se de Simone.
"Muito bem" ela disse aproximando-se da mesa. "Que agitação toda é essa lá fora?" O olhar de ambas se encontrou por alguns instantes, uma olhada pequena, porém, faiscante. Eram rivais, não havia mais nada a ser dito.
"Os aldeões estão preparando a festa de amanhã e os últimos acertos da caçada. Vai ser um dia puxado hoje e Ned vai ter muito que anotar em seus diários!"
"Tenho certeza que vai mesmo" Verônica respondeu.
O café da manhã seguiu sem maiores novidades; vez ou outra, alguém comentava algo, mas a conversa logo morria e o silencia voltava.
Simone foi a primeira a sair da mesa, alegando estar com um pouco de cor de cabeça e que passaria o dia em seu quarto repousando. Pediu à criada que não a incomodassem. Depois, Verônica ficou sabendo que Simone passava a maior parte do tempo em seu quarto, sempre sentia-se mal e pedia para não ser incomodada.
"Já que vamos ficar, é melhor irmos logo passar a mensagem para os outros na casa da árvore" a jovem da selva adiantou-se, retirando-se da mesa.
Ned a segurou pelo braço. "Você está linda, Verônica. Sei que você não queria ficar, mas essa pode ser uma boa oportunidade de passarmos algum tempo juntos... E sozinhos" acrescentou com receio da reação dela.
"Sozinhos? Nós não estamos sozinhos, temos companhia até demais" ela tentou livrar-se do braço dele, mas foi impedida. "Tudo só depende de nós, Verônica" o jornalista completou.
A jovem refletiu por um momento. Talvez Malone estivesse certo. Só dependia deles.
......................................................................
Marguerite degustava seu fumegante café matinal enquanto observava Roxton preparar as torradas. Um sorriso iluminou-lhe a face. Sentia-se cansada, havia dormido muito pouco, porém, sentia-se feliz. Tinha a impressão de que seus cabelos e sua pele estavam radiantes... havia feito amor com seu homem. Será que Challenger perceberia? Talvez não, estava encerrado no laboratório, tão ocupado...
"O que é isso?" uma luz fazia reflexo ao sol. "Roxton, veja, parece que Ned e Verônica estão mandando uma mensagem" a herdeira já estava na sacada, sem separar-se de sua xícara de café.
O caçador veio com papel e caneta. "Estamos em um vilarejo amigável, entre a clareira Krux e o rio Summerlee. Voltaremos depois de amanhã."
"Que estranho terem resolvido ficar tanto tempo longe..." Roxton coçava o queixo, arqueando as sobrancelhas.
"Ora, Lord Roxton, que estranho pode haver em dois namorados querendo um pouco de privacidade?" Marguerite lançou um olhar sensual, fazendo Roxton sorrir.
"Talvez fosse melhor irmos atrás. Vamos ver o que Challenger nos diz."
"Roxton e seu sexto sentido" a herdeira reclamou, seguindo-o até o laboratório.
....................................................................
Na vila, Ned e Verônica e fizeram perguntas a várias pessoas sobre a insólita corsa branca ou qualquer outro fenômeno fora do comum. Tudo que conseguiram foram algumas lendas, alguém que conhecia alguém que parecia ter visto a corsa, nenhum fato relevante ou que acrescentasse algo ao relato do velho Nicolás.
Verônica, não contendo a curiosidade, perguntou a uma velhinha sobre a mãe de Simone. Ned, que já estava intrigado com o fato de ela ser tão diferente fisicamente de todos que ali viviam, considerou a pergunta muito conveniente e oportuna.
"Lord Chauvin é viúvo?" a jovem começou depois de um pequeno rodeio, falando sobre trivialidades.
"Minha filha, não sei se viúvo é a palavra certa, porque ele nunca se casou."
"Mas então Simone é adotada?" Ned a interrompeu.
"Não. Houve uma grande batalha entre as aldeias e vilas do plateau contra os homens lagarto. Todos que vivem nessa região se uniram contra eles e partiram para a batalha. Ficaram apenas os velhos, mulheres e crianças. Durante quase um ano homens e lagartos guerrearam, até que estes finalmente desistiram. Foi quando Lord Chauvin retornou a casa e, para a surpresa de todos, trouxe um bebê recém nascido muito fraco e doente, prematuro. Ninguém acreditava que fosse sobreviver, mas quem disse que nosso senhor desistiria tão fácil? Cuidou-a com muito carinho até que, aos poucos, a criança recuperou-se."
"E esse bebê é Simone, certo?" a mulher confirmou com a cabeça. "Mas e a mãe, quem é?" quis saber Malone.
"Lord Chauvin não gosta muito que comentem esse assunto. Meu filho esteve em batalha também e disse que numa certa noite, uma das primeiras de guerra, uma mulher misteriosa apareceu numa carroça. Eram ciganos ou algum povo muito parecido. Era alta, magra, pele dourada de sol, cabelos negros, longos e encaracolados e tinha olhos negros, penetrantes, vivos. Era diferente de qualquer outra mulher que já haviam visto. Seu grupo fazia apresentações de canto e dança em troca de alguma comida ou roupas e, quando Lord Chauvin a viu pela primeira vez, caiu de amores por ela. O grupo se foi, mas ela ficou. Depois, não havia uma batalha que não fosse vencida por eles. A cigana tinha visões e alertava a nosso senhor, que dava as instruções aos guerreiros. Talvez fosse uma bruxa, não sei... Então ela ficou grávida e Lord Chauvin não poderia estar mais feliz; sonhava com quando voltasse à vila e se casasse com ela, mas Deus não quis assim. Quando estavam regressando, os inimigos derrotados, ela entrou em trabalho de parto. Nunca teve tempo de chegar à vila: quando Simone deu seu primeiro choro, sua mãe morria."
"E foi quando seu pai a trouxe para cá..." Verônica concluiu.
"Sim. E mais que isso: ela tornou-se a razão de viver de seu pai. Havia muitas mulheres interessadas em casar-se com Lord Chauvin, mas ele nunca quis saber de nenhuma. Só se preocupa com Simone, que segundo meu filho diz a cada dia se parece mais com a falecida mãe. Ele diz que às vezes é praticamente como estar olhando para a cigana morta."
Ouviram-se gritos e um grande alvoroto na direção da casa de Lord Chauvin, chamando a atenção de Malone e Verônica.
Correram para ver do que se tratava e ainda tiveram tempo de ver os camponeses trazendo o corpo do velho Nicolás em uma maca. Estava morto. Não havia ferimento algum, mas seu rosto estava horrendo, como se tivesse levado um grande susto. E em suas mãos, como se tivesse lutado com seu "assassino", havia pelos brancos. Na cidade, começaram-se os rumores: "O velho Nicolás havia sido morto pela corsa branca."
CONTINUA...
AUTHOR: Lady K. Roxton
AVISO: Contém cenas eróticas, se vc não tem idade ou não gosta, não leia. Depois não venha me pentelhar!!!
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Jessy, olha aí mais R&M!!! Eu morro de dó da vê, sempre tem mesmo umas mocréias p/ tratá-la mal, mas devemos ter paciência pq a Vê num é boba naum rs...
Towanda, vc achou mesmo q o capítulo anterior tava curtinho? Q issu, foi super grande!!! Espero q goste deste tbem. Obrigada pelo apoio e paciência!
Nay, eu naum resisti e acabei colocando mesmo R&M rs.. Mas os loirinhos vaum ter a hora deles, aguarde!!!
Taiza, minha priminha gêmea, eu sabia q vc ia gostar mais de ver R&M, vc é q nem eu mesmo!!! Vc tah terrível, hein? Violência, socos, sexo... q issu Tata? Rs... Espero q goste do "pagamento" da camisa!!!
Rosa, vc tem razão, essa Simone é perigosa e fatal, como nossa amiga rs... Q preconceito com o Ned, ele tava enfeitiçado pelos olhos da Simone rs...
Obrigada a todos que deixaram review!!!! Espero naum ser preciso fazer greve de novo :-)
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Capítulo 4
Lançado o desafio, Roxton não tinha outra saída que não fosse aceita-lo: afastou os cabelos de Marguerite e começou a lamber-lhe o pescoço, abrindo sua blusa. Como possuía a mesma impaciência de Marguerite, também arrancou sua blusa de modo que os botões voaram longe. Ainda não satisfeito, fez o mesmo com o corpete, descobrindo seus ombros e seios, que rapidamente ele segurou e cobriu com suas mãos fortes.
Marguerite gemeu baixinho, envolta naquela sensação prazerosa que a dominava, mas Roxton abafou seus gemidos e roubou o pouco de respiração que lhe restava com um beijo delicioso. A herdeira o abraçou pelo pescoço, puxando-o para si, convidando-o a beijar seus lábios provocantes Roxton já havia arrancado a blusa dela e deslizava suas mãos pelas costas delicadas e quentes, fazendo seus corpos sentirem o calor que emanava de seus interiores, o calor de carne com carne.
Então, o caçador tentava livrar-se definitivamente de sua camisa e calças e, sentindo a urgência de seu homem, Marguerite o ajudou a terminar de despir-se. Em segundos ambos estavam nus, lado a lado, sobre a cama. Agora teriam tempo para explorarem seus corpos à vontade...
Apoiando-se num cotovelo, Marguerite levantou-se, livrando-se dos beijos de Roxton, e ficou admirando-o por alguns instantes. Aquela expansão de peito e abdômen despidos eram extramente convidativos e estimulantes. Começou lambendo e beijando o peito sólido e firme, descendo pela barriga lisinha, que se contraía com as carícias dela, até que ela ouviu um pequeno gemido e logo sentiu que ele tocava seus cabelos com carinho, mas depois, puxou-a por eles e jogou-se por cima dela, segurando-lhe os pulsos. Beijou-a de modo sensual, erótico, mordiscando-lhe o lábio inferior. Estava perdendo a resistência e sabia disso sem qualquer sombra de dúvida.
Durante esse tempo, Roxton não a soltara: ela permanecia presa à cama, uma presa voluntária. Sentia os beijos e suspiros pairando sobre o pescoço, até sentir a língua quente e molhada nos mamilos endurecidos e então, sobre a barriga, que se contorcia de prazer. Era delicioso.
Finalmente, não agüentando mais, Roxton soltou-a: precisava tocá-la, sentir aquela pele, aquele corpo. Um corpo pequeno, delicado, perfeito, mas que ele conhecia como ninguém a força que possuía. Não a força física apenas, mas uma força que vinha dela, a única força no mundo capaz de fazê-lo sofrer, ser vulnerável ou forte: tudo dependia "dela".
Voltou a beijá-la com paixão, enquanto suas mãos deslizavam pela barriga, abrindo-lhe as pernas e indo direto na protuberância que havia entre elas. Marguerite estremeceu.
"Não me faça esperar mais" Marguerite suplicou. Era o que necessitava ouvir. Deitou-se sobre ela, enquanto as pernas dela se abriam. A herdeira sussurrou com a respiração entrecortada o nome dele ao ser penetrada. Sentia-se quente, tensa, úmida. Envolveu as pernas ao redor dele para puxá- lo mais e mais a si, tornando-se um único ser; seus desejos emoções explodindo em uma tempestade de verão que, por fim, acalmou-se com uma suave brisa e os dois deixaram-se descansar nos braços um do outro.
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Como de costume, o sono de Verônica costumava abandoná-la logo cedo, assim era sua rotina fora e dentro de sua casa. Ouviu cavalos no pátio do fundo e algumas vozes. Fazia um pouco de frio e então se lembrou de que a criada havia deixado algumas roupas para ela no baú que havia aos pés da cama. Revirou tudo: alguns vestidos, saias, etc. Gostou de uma calça branca de cintura baixa e um conjuntinho de blusa sem manga e casaquinho azul céu de botões, tudo de crochê. Pegou um tamanquinho fechado na frente da mesma cor do casaco e saiu do quarto.
Passou pelos aposentos de Malone, mas, para sua surpresa, ele já havia saído. Desceu as escadas, caminhou pela sala, indo até à copa, de onde ouvia a voz de Ned... e Simone.
"Experimenta esse aqui... olha como dissolve na boca" ela estava dando a ele na boca um biscoito doce.
"Hum hum" ela pigarreou.
"Oh Bom dia, Verônica! Dormiu bem?" Ned perguntou afastando-se de Simone.
"Muito bem" ela disse aproximando-se da mesa. "Que agitação toda é essa lá fora?" O olhar de ambas se encontrou por alguns instantes, uma olhada pequena, porém, faiscante. Eram rivais, não havia mais nada a ser dito.
"Os aldeões estão preparando a festa de amanhã e os últimos acertos da caçada. Vai ser um dia puxado hoje e Ned vai ter muito que anotar em seus diários!"
"Tenho certeza que vai mesmo" Verônica respondeu.
O café da manhã seguiu sem maiores novidades; vez ou outra, alguém comentava algo, mas a conversa logo morria e o silencia voltava.
Simone foi a primeira a sair da mesa, alegando estar com um pouco de cor de cabeça e que passaria o dia em seu quarto repousando. Pediu à criada que não a incomodassem. Depois, Verônica ficou sabendo que Simone passava a maior parte do tempo em seu quarto, sempre sentia-se mal e pedia para não ser incomodada.
"Já que vamos ficar, é melhor irmos logo passar a mensagem para os outros na casa da árvore" a jovem da selva adiantou-se, retirando-se da mesa.
Ned a segurou pelo braço. "Você está linda, Verônica. Sei que você não queria ficar, mas essa pode ser uma boa oportunidade de passarmos algum tempo juntos... E sozinhos" acrescentou com receio da reação dela.
"Sozinhos? Nós não estamos sozinhos, temos companhia até demais" ela tentou livrar-se do braço dele, mas foi impedida. "Tudo só depende de nós, Verônica" o jornalista completou.
A jovem refletiu por um momento. Talvez Malone estivesse certo. Só dependia deles.
......................................................................
Marguerite degustava seu fumegante café matinal enquanto observava Roxton preparar as torradas. Um sorriso iluminou-lhe a face. Sentia-se cansada, havia dormido muito pouco, porém, sentia-se feliz. Tinha a impressão de que seus cabelos e sua pele estavam radiantes... havia feito amor com seu homem. Será que Challenger perceberia? Talvez não, estava encerrado no laboratório, tão ocupado...
"O que é isso?" uma luz fazia reflexo ao sol. "Roxton, veja, parece que Ned e Verônica estão mandando uma mensagem" a herdeira já estava na sacada, sem separar-se de sua xícara de café.
O caçador veio com papel e caneta. "Estamos em um vilarejo amigável, entre a clareira Krux e o rio Summerlee. Voltaremos depois de amanhã."
"Que estranho terem resolvido ficar tanto tempo longe..." Roxton coçava o queixo, arqueando as sobrancelhas.
"Ora, Lord Roxton, que estranho pode haver em dois namorados querendo um pouco de privacidade?" Marguerite lançou um olhar sensual, fazendo Roxton sorrir.
"Talvez fosse melhor irmos atrás. Vamos ver o que Challenger nos diz."
"Roxton e seu sexto sentido" a herdeira reclamou, seguindo-o até o laboratório.
....................................................................
Na vila, Ned e Verônica e fizeram perguntas a várias pessoas sobre a insólita corsa branca ou qualquer outro fenômeno fora do comum. Tudo que conseguiram foram algumas lendas, alguém que conhecia alguém que parecia ter visto a corsa, nenhum fato relevante ou que acrescentasse algo ao relato do velho Nicolás.
Verônica, não contendo a curiosidade, perguntou a uma velhinha sobre a mãe de Simone. Ned, que já estava intrigado com o fato de ela ser tão diferente fisicamente de todos que ali viviam, considerou a pergunta muito conveniente e oportuna.
"Lord Chauvin é viúvo?" a jovem começou depois de um pequeno rodeio, falando sobre trivialidades.
"Minha filha, não sei se viúvo é a palavra certa, porque ele nunca se casou."
"Mas então Simone é adotada?" Ned a interrompeu.
"Não. Houve uma grande batalha entre as aldeias e vilas do plateau contra os homens lagarto. Todos que vivem nessa região se uniram contra eles e partiram para a batalha. Ficaram apenas os velhos, mulheres e crianças. Durante quase um ano homens e lagartos guerrearam, até que estes finalmente desistiram. Foi quando Lord Chauvin retornou a casa e, para a surpresa de todos, trouxe um bebê recém nascido muito fraco e doente, prematuro. Ninguém acreditava que fosse sobreviver, mas quem disse que nosso senhor desistiria tão fácil? Cuidou-a com muito carinho até que, aos poucos, a criança recuperou-se."
"E esse bebê é Simone, certo?" a mulher confirmou com a cabeça. "Mas e a mãe, quem é?" quis saber Malone.
"Lord Chauvin não gosta muito que comentem esse assunto. Meu filho esteve em batalha também e disse que numa certa noite, uma das primeiras de guerra, uma mulher misteriosa apareceu numa carroça. Eram ciganos ou algum povo muito parecido. Era alta, magra, pele dourada de sol, cabelos negros, longos e encaracolados e tinha olhos negros, penetrantes, vivos. Era diferente de qualquer outra mulher que já haviam visto. Seu grupo fazia apresentações de canto e dança em troca de alguma comida ou roupas e, quando Lord Chauvin a viu pela primeira vez, caiu de amores por ela. O grupo se foi, mas ela ficou. Depois, não havia uma batalha que não fosse vencida por eles. A cigana tinha visões e alertava a nosso senhor, que dava as instruções aos guerreiros. Talvez fosse uma bruxa, não sei... Então ela ficou grávida e Lord Chauvin não poderia estar mais feliz; sonhava com quando voltasse à vila e se casasse com ela, mas Deus não quis assim. Quando estavam regressando, os inimigos derrotados, ela entrou em trabalho de parto. Nunca teve tempo de chegar à vila: quando Simone deu seu primeiro choro, sua mãe morria."
"E foi quando seu pai a trouxe para cá..." Verônica concluiu.
"Sim. E mais que isso: ela tornou-se a razão de viver de seu pai. Havia muitas mulheres interessadas em casar-se com Lord Chauvin, mas ele nunca quis saber de nenhuma. Só se preocupa com Simone, que segundo meu filho diz a cada dia se parece mais com a falecida mãe. Ele diz que às vezes é praticamente como estar olhando para a cigana morta."
Ouviram-se gritos e um grande alvoroto na direção da casa de Lord Chauvin, chamando a atenção de Malone e Verônica.
Correram para ver do que se tratava e ainda tiveram tempo de ver os camponeses trazendo o corpo do velho Nicolás em uma maca. Estava morto. Não havia ferimento algum, mas seu rosto estava horrendo, como se tivesse levado um grande susto. E em suas mãos, como se tivesse lutado com seu "assassino", havia pelos brancos. Na cidade, começaram-se os rumores: "O velho Nicolás havia sido morto pela corsa branca."
CONTINUA...
