A CORSA BRANCA – Capítulo 6

AUTHOR: Lady K. Roxton

THANKS & COMMENTS:

Eu voltei, barrakeiras, ladies e lords! Claro q isso não tem nada a ver com aquele manifesto sem fundamento e sim pq eu kis ok? He!!!!

Towanda: Vc tah abusada, q review foi essa!!! Nem demorei tanto! Espero q goste da participação da "Simone" rs...

Tata: prima, vc é outra abusada! O capítulo anterior, bem como este, estão quase uma tese. E as cenas picantes ficam para o próximo capítulo, que será o último. Sei q vc tah esperando ansiosa, safada do jeito q vc é rs...

Nessa: Minha fã e ídala! Obrigada por estar acompanhando, apesar de naum ser só R&M q é o q vc mais gosta. Respondendo: uma corsa é o mesmo que um veado ou cervo, como o Bambi (exemplar famoso rs...).

Rosa: Adorei sua review! Mas daí a me desmoralizar no grupo e ainda dizer q eu adulterei o estatuto jah é demais né! Tah escrito lá q o prazo máximo para um autor colocar capítulos novos é de um ano, ou seja, lei é lei!

Jessy: O Malone não precisa ser protegido, prova disso q foi ele q salvou a Vê no lago. Mas diante de uma mulher bonita, ele fica igual ao Rox: todo bocó rs...

Nay: Quero te dizer que seu prêmio vai ser enviado esta semana por isso até lá acho bom vc naum me enviar mais nenhuma review desaforada como a anterior. Me chamar de cara de pau e dizer q o cap anterior foi curto, é no mínimo um devaneio né!!!

Gio: vc é a leitora que mais se emociona. Antes de começar, toma um suquinho de maracujá pois agora vai ter muitas emoções!

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"Será que não podiam escolher um lugar mais perto para se perderem? Ou você está seguindo a pista errada? Acho que estamos perdidos, posso jurar ter visto aquela árvore umas 5 vezes já" Marguerite resmungava enquanto caminhava. O calor se fez insuportável, exaltando-lhe os ânimos, a boca seca não se suavizando nem com o farto gole d'água que havia tomado não fazia 1 minuto.

"Não estamos perdidos, eu já falei, Marguerite! Você sabe ser chata mesmo, hein? Porque não pára de reclamar e anda mais depressa? Se você não ficasse enrolando tanto, talvez já estivéssemos lá" ele respondeu, sentindo os mesmos mal estares provenientes do calor e, claro, ao bom humor de Marguerite.

Sentindo-se ultrajada, andou mais depressa para alcançá-lo, afastando-o do caminho com um empurrão. "Ótimo! Com licença!" disse enquanto o empurrava.

"Que mulher mais teimosa, parece uma mula velha!" reclamou com um ranger de dentes.

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No pátio da casa de Lord Chauvin, todos estavam ocupadíssimos enfeitando tudo com arranjos florais, arrumando mesas e cobrindo-as com toalhas de linho branco bordado nas beiradas ou ainda preparando os pratos e sobremesas que acompanhariam a carne que seria abatida durante a caçada, prato principal.

Verônica veio com a respiração ofegante, parando ao dar de cara com toda aquela gente que ignorava o que estava acontecendo e o que ela sabia. Nem ela tinha muita certeza do que sabia, então, para quem contaria algo? Quem entenderia ou quem acreditaria?

Com suas roupas de sempre, já estava pronta para ir atrás de Ned. Porém sabia que ele tinha uma grande vantagem sobre ela: estava a cavalo, talvez já muito distante. Seria difícil alcança-lo a pé. Foi até os estábulos e escolheu o cavalo que lhe pareceu mais dócil: uma égua branca de muito belo porte.

"A senhorita vai sair?" foi surpreendida com a chegada de um dos rapazes que cuidavam dos animais.

"Ah sim" respondeu dissimulando sua aflição. "Pensei em dar uma volta enquanto espero a chegada de meu companheiro. Não tem muita coisa pra se fazer por aqui para uma forasteira, não é mesmo?"

Ele assentiu com um movimento de cabeça. "Deixe-me celar a diretora."

"Diretora?" perguntou franzindo a testa.

"É. O nome da égua é Diretora. Nasceu na mesma época que aquelas duas ali e por isso colocamos nomes que tivessem uma relação: além da Diretora, aquela é a Inspetora e a outra, a Professora" explicou.

Verônica não pôde deixar de dar uma risadinha. Tomando a égua das mãos do tratador, explicou-lhe não haver necessidade de cela, pois desde cedo sabia montar e, sem celas. Além do mais, disse não pretender ir muito longe.

Relutante, o rapaz deixou-a ir e assim que montou, Verônica instigou a Diretora a correr o máximo que lhe fosse possível. Precisava salvar Ned e isso era tudo. Só não sabia muito bem de quê.

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A caçada transcorria sem nenhum acontecimento notório. Haviam encontrado uma raposa e alguns coelhos, mas como não eram a caça do dia, foram ignorados. Pretendiam capturar uma corsa pois sua carne, tenra e saborosa, era a mais apreciada.

Ned, que poucas vezes tivera essa oportunidade praticar esse tipo de "esporte de cavalheiros" sentia-se feliz com toda aquela agitação, mesmo se não caçasse nada. Lembrou-se de Roxton; provavelmente seu amigo lord já teria participado de muitas caçadas como esta. Enfim, não havia sinal nenhum de corsa e o jornalista já perdera a esperança de pelo menos ver alguma.

Então Lord Chauvin fez sinal para que fizessem silêncio. Galoparam silenciosamente até uma ramagem que escondia um belo vale: lá estava um bando de corsas.

Havia resolvido se separar a fim de cobrir um terreno maior anteriormente, assim que no grupo de Malone estava apenas Lord Chauvin e mais dois caçadores.

"Aproximem-se devagar, apontem para seus alvos e atirem quando eu contar até três e corram para pegarem suas caças. Elas nem sempre caem com o tiro, mesmo estando fracas" o lord explicou mais para Malone, já que os outros eram caçadores habilidosos.

O ruído seco das espingardas ecoou ao mesmo tempo, deixando um pouco de fumaça no ar. Os cavalos pularam rapidamente as folhagens rumo aos animais, que já haviam fugidos. "Não pode ser!" Lord Chauvin reclamou revoltado. "Elas foram por aqui! Vamos atrás!" gritou e sumiu no meio da mata, seguido pelos outros homens.

Ned havia ficado pois vira que seu tiro não fora em vão: sua presa fora atingida e agora sangrava. Era uma questão de tempo para encontrá-la, já mais cansada e disposta a render-se. Pôs-se a galopar, seguindo o rastro de sangue que ela deixava.

Cavalgou até um pequeno lago de águas transparentes, levemente esverdeadas onde uma pequena cachoeira derramava suas águas. Pedras grandes e algumas samambaias cresciam em suas margens, dando-lhe um ar bucólico e romântico, como tudo que haviam visto nos últimos dias.

Desceu do cavalo, amarrando-o a uma árvore para que pastasse e bebesse um pouco de água. Não via mais sinal algum da corsa abatida. Teria perdido seu rastro?

Sentiu alguns movimentos nas samambaias por detrás de uma grande pedra e ao aproxima-se, lá estava sua caça, caída, ainda tentando beber um pouco de água. Estava cercada, não havia para onde fugir. Lentamente, Malone abaixou os olhos para puxar sua faca da cintura e dar o golpe de misericórdia e ao voltar seus olhos à corsa, ela não estava mais lá. Em seu lugar, igualmente ferida na cocha por um tiro, estava uma moça de pele alvíssima, cabelos negros encaracolados e olhos verdes, delicadamente protegidos por longos cílios negros. Não vestia roupa alguma.

Um turbilhão confuso pairava sobre Malone. O que significava isso? Estava distante de entender. Vendo a fraqueza diante da aparição desesperada, a moça implorou com uma voz doce "Não me mate, por favor."

Malone afastou-se dela, tomado de profundo horror. Não tinha certeza, mas já a havia visto na vila.

"Ned!" ouviu seu nome ser pronunciado às suas costas. Era Simone. Os longos cabelos estavam presos no alto da cabeça, enfeitados com algumas flores do campo. Usava um vestido azul claro semi-transparente. "Tenho esperado por você durante muito tempo! Finalmente tenho toda sua atenção só para mim" disse aproximando-se.

"Você viu...?" ia perguntar se ela havia visto a corsa que se transformara em mulher à beira do lago, mas quando apontou, não havia mais nada lá. "Não pode ser!" exclamou incrédulo. Sentia-se preso a um pesadelo do qual queria acordar imediatamente.

Sabendo perfeitamente do que tratava, Simone respondeu à pergunta que não queria calar. "Eu vi, sim. É uma de minhas discípulas. Aliás, sua falta foi grave. Por muito menos, outros homens já morreram. Mas estou disposto a perdoá-lo, se fizer tudo que eu mandar."

"Isso é loucura! Não pode ser real. O que está havendo?" Ned procurava uma explicação racional para tudo que estava acontecendo.

"Pensei que fosse mais astuto, Ned. Ainda não percebeu?" respondeu aproximando-se, abraçando-se a ele como uma cobra enroscando sua presa. Acariciou-lhe o queixo, dando-lhe uma leve mordida. Todos os instintos e a própria razão do jornalista o diziam para que saísse o mais rápido possível dali, enquanto uma outra parte de si não o permitia sequer mover um músculo que fosse. Uma onda de excitação o obrigava a continuar perto daquela mulher, seu corpo lhe enviava sinais de que precisava daquela mulher, precisava possuí-la já.

"Ora, Ned. A essa altura, achei que já tivesse alguma idéia. Sou uma bruxa, uma mulher da natureza e que a usa em seu benefício. Tenho muitas discípulas, como a que você viu há pouco. Algumas de minha vila, outras de aldeias próximas. Mas a energia de uma bruxa não é tão poderosa até que ela conheça a força sexual. Então, serei invencível e meus poderes, ilimitados!"

"Do que está falando, por que eu?" a pergunta do jornalista era quase uma afirmação sussurrada enquanto ela lhe lambia o pescoço e as mãos tocavam as costas fortes por sobre o tecido da camisa.

"Você esteve do outro lado e voltou de lá com certos poderes que nem mesmo sabe que possui. Quando me unir a você, esses poderes serão meus! E então nem sua amiguinha intrometida vai poder me impedir de dominar o plateau."

"Se eu fosse você, não estaria tão certa disso" Verônica apareceu, sem o cavalo, com sua faca apontada para Simone. "Afaste-se dele!" ordenou.

"Com prazer!" respondeu, transformando-se num grande urso branco.

Verônica já havia lutado com animais muito piores e vencido, mas este era dotado de tamanho, força e agilidade sobrenaturais. Nem ao menos conseguira provocar um único arranhão no urso e agora sua faca havia sido jogada longe. Olhou-a com a intenção de saltar para pega-la de volta, mas apenas teve tempo de sentir o golpe certeiro na têmpora direita. Tonta e confusa, viu o urso transformar-se na temida corsa branca das lendas e uma voz parecendo vir de dentro de sua cabeça dizendo "Tarde demais, você perdeu!"

Ned, ainda em pé, parecia começar a despertar de seu estado de letargia. Parecia que tudo estava tão lento... Via Verônica caída, meio tonta, ameaçada pela corsa branca e, do outro lado, Lord Chauvin chegara e tinha sua arma apontada para o estranho animal.

"Meu Deus, ele vai atirar na corsa! Mas será que ele nem imagina que pode estar atirando na própria filha?" refletiu durante aqueles segundos eternos, sem saber para que rumo iria o desfecho dessa trama.

CONTINUA!!!