N/A: oi gente! Aí vai o segundo capítulo de "Quando se Diz Eu Te Amo"!!! enjoy...
Gina estava muito feliz quando aparatou em casa. Tinha conseguido a entrevista com o Malfoy. E não tinha se acusado, pois sabia que com ele curioso, seria mais fácil marcar o almoço.
Ligou o rádio, não muito alto pois já era tarde. Preparou um café, tinha bebido muito na festa. Sentou-se no sofá e ficou bebendo e cantarolando a música baixinho. Não conseguia conter o sorriso de vitória, porém, estava muito cansada.
Decidiu levantar-se, desligar o rádio e preparar um banho de banheira. Colocou muita espuma, tirou a roupa e entrou na água. Ficou ali, pensando em algumas coisas muito estranhas. Como, em o quanto Draco estava lindo, sexy, mas ao mesmo tempo, totalmente insuportável. Riu com este pensamento e fechou os olhos, ainda lembrando daquela cor azul acinzentada...
Gina acordou em um pulo. Já estava praticamente engolindo a água pelo nariz! Massageou o cotovelo que tinha batido na borda da banheira ao levantar, e estava doendo. Estava com uma terrível, insuportável, dor de cabeça, e estava tremendo de frio. "Eu não posso acreditar que dormi na banheira!" pensou, amaldiçoando-se.
Saiu da banheira e se enrolou na toalha. Sentiu-se tão bem ali enrolada naquela toalha branca e felpuda, que considerou seriamente a hipótese de nunca mais sair dali. Bom, considerou até ver a hora. Dez e meia! Largou a toalha no chão mesmo e correu para o quarto, colocou a calcinha, o sutiã e escolheu uma roupa. Colocou uma calça estilo social branca, uma blusa de lã mágica muito quente, também branca, e um sobretudo rosa pink. Foi para o banheiro, colocou uma maquiagem leve e ajeitou os cachos do cabelo. Ao sair passou pela janela e viu que estava nevando, então voltou para o quanto e colocou um cachecol e uma boina, ambos do mesmo tom do casaco.
Quando abriu a porta, deu de cara com Maria, sua empregada.
Senhora, que hay? – Maria era mexicana, e falava muito pouco português (eu falo esta língua, na minha fic eles falam ela, hehe) Estou atrasada, tenho uma entrevista marcada para a hora do almoço!!! To atrasada! No senhora! No moito! (é assim mesmo) Eu sei que são só onze e meia, mas o restaurante é beeeem longe. De qualquer maneira, não faz almoço hoje! Tchauzinho! Ate luego, senhora!Gina entrou em sua BMW preta, sentou-se ao volante e riu pensando que a pobre Maria não devia ter entendido nem cinco de todas as palavras que ela tinha dito. Deu então um tapa na sua testa e disse para o nada:
- Ai, Gina Weasley, como você é burra, aparatar!
Depois aparatou para Hoagsmeade. Chegando lá, dirigiu-se diretamente para o restaurante luxuoso que ficava ao lado de uma enorme mansão rosa aguado, muito afastado do "centro". Quando entrou, um bruxo alto, charmoso, moreno e bem apessoado veio atende-la. Era o gerente, ela supunha.
Bom dia, meu nome é Darren, em que posso lhe ser útil senhorita? Olá, eu tenho uma reserva em nome de Gina Weasley... Deixe-me dar uma olhada... – ele checou uma lista que apareceu do nada, com um aceno de sua varinha, ele lhe sorriu – Aqui está. Venha senhorita Weasley, vou acompanha-la. Mesa para quantos? Duas pessoas. Ah, e no lugar mais reservado. Estamos aqui a negócios. Certamente senhorita Weasley. Se me permite dizer, eu adorei aquela sua matéria sobre Testrálios. Brilhante! Muito obrigada! Na verdade, não foi nada de mais, eles são criaturas fascinantes. Certamente que são. Certamente... – acrescentou em tom casual – Bom, esta é a sua mesa. O lugar lhe agrada? Está ótimo! – disse tirando o casaco e sentando-se Como é o nome da pessoa que espera? Para que eu possa indicar a mesa. Malfoy. Ãhn, Draco Malfoy. Draco Malfoy, é? – ele ficou meio espantado – Bom, posso lhe trazer alguma coisa enquanto espera? Só um vinho tinto, por favor. Certamente.Ela assistiu ao garçom ir e voltar. Viu pessoas entrando, saindo, conversando e até brigando, e nada do Malfoy. "Ah, se ele me deu um bolo, eu esgano ele com as minhas próprias mãos!". Mas já era meio dia e quinze e ele não tinha chegado.
Draco corria como um louco. "Meio dia e meia! Não irei me surpreender se a Weasley não estiver mais lá!"
Ele tinha acordado cedo, sim. Mas ele considerou seriamente a proposta de dar um bolo na Gina, mas então lembrou que, Weasley ou não, ela estava muito gostosa (que? ele é homem). Eram onze horas, e ele já estava saindo, mas apareceu o Potter na lareira dizendo que eles estavam saindo, estavam indo para a América, tinham adiantado a viagem. Eles discutiram. Draco dizia que ele era um retardado, por que não tinha avisado antes, e que não iria poder aparecer sem um presente para a Naty.
Harry finalizou o bate boca, dizendo que eles não tinham como adiar a ida hoje, que estavam todos lá, que se fosse por ele, Draco nem precisaria ir, já que ele continuava só o tolerando, mas para Naty isto era importante. E que aliás, o maior presente que ele poderia dar a garotinha era a sua presença na despedida. Draco refletiu e decidiu ir. Gostava demais da garota, e o Potter, o loiro odiava admitir, estava certo.
Quando chegou, Naty veio correndo até ele, transpirando felicidade, com os longos cabelos lisos e louros, como os da mãe, balançando. Draco lhe sorriu e ele se jogou em seu colo e disse:
Oi tio! Ainda bem que você chegou! Tamos atrasados!E saiu com a boneca que Draco tinha dado a ela em seu segundo aniversário, pendurada pelos cabelos nas suas mãozinhas. Luna estava ali, e olhava a menina com ternura. Estava diferente da é poça do colégio. Agora tinha os cabelos cortados no meio da nuca, e estavam sempre muito limpos. Tinha uma expressão doce, mas ao mesmo tempo severa. E amava a filha e ao Harry, mais do que tudo. Parou de olhar para a filha, para lançar a Draco um olhar muito apreensivo.
Não contamos que você não ia. Ontem enquanto a Mione, a pedido da Nátalia, estava a ensinando a escrever, tentamos falar, mas foi impossível. Estava muito feliz por estar aprendendo a escrever tão cedo. Mais do que quando você a ensinou como se usa o pó de flu, e deixou ela vir até em casa sozinha, usando as lareiras. - ela olhou para baixo, em um meio sorriso – Não dava para estragar a felicidade dela. Eu só quero ver quando contarmos! Oh, vai ser pior do que quando o Harry viaja, ao menos ela sabe que o pai logo vai voltar... Eu também vou sentir muita falta dela. – disse triste o loiro – Mas então, podemos nos escrever. Eu posso visitá-la. Vamos, Lovegood, traga ela aqui que eu falo...Ela lançou a ele um olhar de "olha-o-que-você-vai-dizer", mas assim mesmo saiu para pegar a menina. A loirinha veio saltitando como se estivesse em um campo de margaridas, e sentou na perna de Draco.
A mamãe disse que você ta querendo me dizer alguma coisa. Que foi tio Draco???O loiro olhou para ela o olhando inocentemente com aqueles enormes olhos verdes esmeralda amendoados. Tinha a mesma expressão sonhadora da mãe, mas agora tinha no rosto a expressão curiosa que Potter sempre teve. Gostava dela como uma filha. Estava muito triste por que ela ia embora.
O tio tem que te contar uma coisa, loirinha.Ela o olhou animada recuperando a expressão sonhadora tão predominante.
É um segredo? Por que a minha mãe já me ensinou a guardar um, eu sou uma mocinha sabia? – disse tudo isso muito entusiasmada e com ar de importância Mas é claro que eu sei! – disse impressionado. Como podia uma menina de três anos ser tão inteligente? Ele com certeza não era assim – Mas não, não é um segredo. É mais como um, comunicado. Você sabe o que é isso? Ai tio, é claro né. É quando alguém te diz alguma coisa... O que é? Ãhn, Naty, minha baixinha. O tio não vai poder ir com você, o seus pais, o tio Rony e a tia Hermione para a América. Então eu também não vou! – disse assumindo uma expressão horrorizada – Não vou! NÃO VOU!!! Naty, entenda, você tem que ir!!! Mas eu nunca mais vou te ver. – a menina estava chorando muito, e abraçou Draco – Eu te amo! Você é o meu segundo pai!Draco se comoveu demais com aquelas palavras, e não disse mais nada, só acariciou o topo da cabeça da menina. Mas logo Harry veio, Draco se despediu da menina, e disse que eles se escreveria, ela disse que "então ta" mas continuou chorando muito quando Harry a levou. Draco sentiu um aperto tão forte no peito, que teve que sentar. Deus, como ele estava estranho. Ultimamente estava pensando muito em constituir família, achar uma mulher que amasse. Ter filhos. Mas como tinha inveja do Potter. Como tinha. "Que raiva" pensou.
Mas não teve muito mais tempo para estes sentimentos "super saudáveis". Logo olhou para o relógio em cima da lareira por onde os Potter tinham sumido. Meio dia e vinte e cinco!!! Não deu tchau, não falou com mais ninguém. Simplesmente aparatou. E agora estava ali. Correndo como um louco para encontrar uma certa Weasley. Ele riu. Um Malfoy e uma Weasley? Nem soava bem... Ridículo!
Chegou no restaurante e o gerente lhe perguntou seu nome, e logo depois de receber a resposta, lhe indicou a mesa em que a bela loira estava sentada. Ele andou reto até ela, assumindo ar de superioridade. Nem olhava para os lados. Chegou em frente a mesa e cruzou os braços, ficando de frente para a mulher.
Weasley – cuspiu o nome Malfoy – disse a loira levantando-se e ficando ao lado da cadeira – Ninguém lhe ensinou a ver as horas? Então, você é mesmo uma... Weasley – disse revirando os olhos – Sim, cara de tonto, sardas, cabelos vermelhos, vestes de segunda mão, uma Weasley. Eu mesma e – disse levantando o dedo – com muito, muito orgulho! Mas, e as sardas? – disse estreitando os olhos Você me viu pela última vez aos dezesseis anos. Eu mudei, e muito. – disse superior E a cara de tonta? Eu nunca tive cara de tonta. Você é que sempre teve cara de doninha – acrescentou rindo E as vestes de segunda mão? – disse aborrecido, mas meio admirado, e um pouco desesperado – Aonde elas estão? No lixo provavelmente... – ela foi chegando perigosamente perto dele, e ficou a um palmo de distância – Eu trabalho, Malfoy. Ganho muito bem, e me sustento, Posso comprar quantas roupas eu quiser. E acredite, eu compro. Mas e... E o cabelo? Aquele horrível cabelo cor de fogo, aonde está? Malfoy – disse meio irritada – Eu fiz um feitiço de mudança de cor, aos dezessete anos. Eu não achava eles horríveis, simplesmente quis ser diferente. Agora, sente-se. Além de estarmos parecendo dois palhaços aqui em pé ao lado da mesa, ainda temos uma entrevista para fazer. – falou sentando-se Mas... Malfoy, senta!Os dois almoçaram em silêncio. Ela pediu salmão gralhado com salada, e ele peito de frango ao molho branco, também com salada. As únicas palavras que trocaram foi "passe o sal, por favor" ou coisas assim. Quando o garçom recolheu os últimos pratos, Gina endireitou-se na cadeira, abriu a bolsa, tirou uma pena vermelho sangue, um pergaminho e disse:
Bom Malfoy. Deixa-me explicar. Vão ser só cinco perguntas básicas, e eu vou usar esta Pena de Repetição Rápida, que repete mesmo o que a pessoa disse. A entrevista sai no jornal de segunda feira. Ótimo – disse levantando as sobrancelhas, em tom de concordância – Vamos começar então Weasley... Sim, vamos – disse impaciente, posicionando a pena sobre o pergaminho - De onde veio a idéia de escrever "Voldemort"? Bom, eu comecei com...E ele respondeu a esta pergunta e as outras quatro, e ao fim da entrevista, ele e Gina já estava se dando melhor. Foi então que Draco se deu conta de algo.
Weasley, por que não estava hoje na despedida do seu irmão? Não estou falando com a minha família, só com o Carlinhos... Quem é este? Meu irmão. O segundo... Hummm, por que não estão se... Não quero falar disto. – disse corando um pouco Tudo bem... – disse sem entender o por que ela tinha ficado corada – E então Weasley – disse assumindo novamente a posição de "sedutor" e dando um daqueles sorrisos (ahhh =) ) – Que tal um jantarzinho a dois hoje a noite? Ah Malfoy! – disse ficando sem graça – Estou realmente lisonjeada. Mas, a verdade é que eu sai de um relacionamento de muito tempo recentemente. Para falar a verdade, estávamos noivos. Acabamos, e eu ainda não estou pronta para um encontro. Tudo, bem... Então, que tal um jantar ente amigos? – disse, assumindo uma pose descontraída Amigos não, Malfoy... Vamos fazer uma brincadeira. Vamos fazer de conta, que nunca nos vimos antes. Vai ser um jantar as cegas. Ao menos, de faz de conta. Vamos nos conhecer novamente. Topa? Mas é claro. Adorei a idéia. Vamos apagar o passado então... – disse esfregando as mãos – Mas, que mal lhe pergunte linda-loura-totalmente-desconhecida – os dois riram – Aonde será? Pode ser aqui mesmo, certo? Não não. Acho que vamos em outro lugar. Sabe aquele restaurante francês, o mais caro do mundo bruxo. Vai ser lá. Eu pago. Então está bem louro-convensido-mas-muito-charmoso-que-eu-nunca-vi-na-vida. Nos encontramos lá! Tchauzinho!E saiu, deixando Draco totalmente pasmo.
