N/A: oie, mais um capítulo da minha super fic, hehe... bom, aproveitem comentem, imprimam, salvem, sei lá... Nossa, como eu sou chata, bom, querido leitor ou leitora, é assim que eu sou, então, vamos lá, ao que interessa! O CAPÍTULO 4... ainda vai ter muitos, viu?
"As maiores amizades nascem da necessidade do homem de fazer grandes conquistas."
- Anônimo -
Já haviam se passado três semanas dês da noite do jantar, e eles não tinham se falado. A única coruja recebida foi para Gina, o bilhete era de Malfoy, dizendo que a matéria de jornal sobre ele estava ótima. Ela queria mandar uma de volta, dizendo que a matéria não era sobre ele, e sim sobre o livro dele. Mas ela estava muito triste para fazer isso...
Sim, triste, por que naquela noite, Malfoy tinha sido muito legal e divertido, ela tinha amado estar com ele. Com certeza seria um bom amigo, se deixasse as pessoas ficarem um pouco mais íntimas dele... Sim, por que era isso que ele estava fazendo: fugindo dela. Por que viu que ela não ia ir para a cama com ele, então realmente não interessava...
- Senhorita Gina, você está me ouvindo? – era Nancy, sua secretária, da qual ela nem lembrava da presença
- Desculpe-me, Nancy, estou meio distraída hoje... – disse massageando as têmporas...
- Desculpe-me eu, senhorita Gina, mas a senhorita está assim nas últimas três semanas... – falou com cara de preocupada, a velha bruxa
- Eu sei, mas, eu realmente tenho motivo... Quero dizer, eu não sei... Ah! – ela quase gritou esta última exclamação, enquanto batia os punhos cerrados na mesa (característica que herdara de Rony) e assustava Nacy. Depois de alguns minutos ela se acalmou e pediu – Eu tenho alguma reunião para hoje?
- Bom, sim...
- Desmarque!
- Mas, senhorita...
- Desmarque! Vou ir até Londres visitar o shopping. É isso que eu sempre faço quando estou nervosa mesmo... – disse distraída enquanto pegava a sua bolsa, e abria a carteira – E tenho que passar antes em Gringotes. Desmarque todas, invente qualquer desculpa. Até!
Até logo senhorita... – a mulher disse enquanto balançava a cabeçaEle andava atordoado. Como não trabalhava, normalmente ia ao Ministério fazer alguma besteira, ou ficava em casa sem fazer nada... Mas ultimamente, tinha começado a achar isto tudo muito banal. Não tinha amigos, não alguma que pudesse se orgulhar, só os mesmos capachos de sempre. Não tinha emprego. Não tinha família. Não tinha uma mulher. Não tinha amor.
E era deste último "item" que ele sentia mais falta. Nunca tinha sido assim. Mas, conforme o ser humano cresce e se desenvolve, a necessidade de amar, e principalmente de ser amado, cresce junto. E isso era fato. Mas ele sempre fora assim. Sempre divertiu-se com as mulheres por uma noite, duas... Seu recorde fora uma semana. E eram todas mulher vadias, e que estavam interessadas em sexo, assim como ele. Ele queria alguém diferente. Mas não conseguia se encaixar. Não conseguia gostar. E tinha quase certeza que não tinha capacidade de amar.
Fora por isso que não tinha mandado nada para Gina. Para que? Ela era sem dúvida a mulher mais maravilhosa, inteligente e superior com que já tinha saído. Mas então, do que adiantava? Não queria uma amiga. Não queria uma namorada. Queria uma amante. E Gina era boa demais para ser só mais uma em sua cama.
Não estava apaixonado, definitivamente não. Fugia dos sentimentos, tinha medo. Medo, por que sentimentos tornam os homens tolos. E ele não era tolo. Simplesmente não era... O que tinha ali era... Não sabia explicar... Uma afeição. Compatibilidade de vidas, experiências, opiniões, humor, sarcasmo e tudo mais. Isso tudo fazia de Gina uma mulher com quem ele poderia conversar sem medo...
"Uma amiga não seria mal..." pegou-se pensando em frente à lareira naquele dia de inverno. Tomou mais um gole do seu chá "de depois do almoço". Pousou a xícara na mesinha de centro em um movimento automático, já que olhava fixamente para o mesmo ponto a mais de dez minutos, enquanto pensava em tudo aquilo.
Uma amiga não seria nada mal... – pensou alto – Por que não ter Gina como uma amiga. Com certeza, linda e inteligente do jeito que é, deve ter amiguinhas interessantes... – sorriu malicioso e depois balançou a cabeça, para afastar estas idéias – De qualquer maneira, ela não vai querer nada comigo mesmo. Nem um amigo. Deve ter tantos, que nem tem tempo para todos... – disse a última frase em um sussurro melancólicoResolveu ir até o Beco Diagonal. O dia estava bem frio, mas não tinham tido nevascas e nem tempestades de neve, nos últimos quatro dias. Nem chovido tinha. Só caiam pequenos flocos de gelo, que eram muito bonitos, e era bom andar na rua com o tempo assim. Com o devido agasalho, claro...
Saiu da sala, foi até o quarto, colocou luvas, cachecol e um casaco que tinha a aparência leve, mas era muito quente. Aparatou para o beco Diagonal. Saiu andando pela rua reta, passando por lojas, e sentindo uma incontrolável vontade de comprar materiais escolares. Sempre dizia a todos que não gostava de Hogwarts, nem de Dumbledore, o que era uma mentira. Adorava o colégio, muito mais do que gostava da sua casa. Era adorado por todos. Mas disso ele não gostava. Era adorado por todos, pela sua frieza e maldade. Não por que realmente gostavam dele. Ele ficou com praticamente todas as meninas bonitas da escola. Mas nenhuma conheceu o seu outro lado. Ficavam com ele por ele ser lindo. Ou por que ele metia medo mesmo...
E foi em meio a estes devaneios de sua mente, que ele acabou esbarrando alguém, que vinha andando apressadamente e distraidamente em sua direção, aparentemente saindo do banco de Gringotes.
Mas que mer... Malfoy? Weasley?Gina o olhou, e viu que ficou muito feliz com ele ali. Tentou segurar um sorriso, mas o que aconteceu foi que ela ficou com uma expressão toda torta.
Dor de barriga Weasley? – disse levantando do chão e sacudindo a roupa – Que cara é esta? Nenhuma, pode me ajudar a levantar? – disse rude Eu? – falou incrédulo – Eu, ajudando você? Por que ajudaria? Então não faça nada, Malfoy. – disse meio triste levantando-se – Não sei onde estava com a cabeça quando achei que você poderia mudar, e de repente vir a ser meu amigo. Me parece que toda aquela educação e gentileza você guarda apenas para as mulheres que você leva para a cama certo? Eu... Sim, é isto. E ainda por cima achou que eu seria mais uma que estava muito feliz em virar sua mulher objeto, ter prazer por uma noite e depois ser chutada. Mas adivinhe Malfoy, eu não sou...E saiu para o outro lado da rua. Ele ficou algum tempo ali parado, o cérebro processando toda a "discussão". Deu-se conta então, que se fosse mais gentil, poderia conseguir ser seu amigo. Poderia ter uma amiga. Olhou para trás e localizou a cascata de cachos loiros, andando devagar. Saiu correndo e gritando "Gina! Gina!" pelo meio das pessoa. Algumas o olhavam feio, outras desinteressadas e outras interessadíssimas.
Gina ouviu seu nome ser chamado e virou. Deu de cara com um Malfoy esbaforido vindo em sua direção. Resolveu parar e esperar por ele.Afinal, poderia valer a pena, de algum estranho modo.
Gi... na... – disse o garoto quando chegou ao encontro dela. Totalmente sem ar, e se apoiando nos joelhos para conseguir ar. Com os cabelos despenteados e o rosto totalmente vermelho. Ele tentava falar, mas era impossível – E... – mas o loiro levantou a cabeça e olhou Gina com um olhar assassinoEla ria. Ria de se matar. Ria tanto que já estava sem ar também. Ele fez cara de desentendido. O que tinha de tão engraçado? Provavelmente estava vermelho, descabelado e com cara de maníaco e... Mas não se controlou e começou a rir loucamente também. Ficou imaginando a cena e viu que ela devia ser realmente engraçada. As pessoas passavam, paravam, olhavam, faziam comentários, e Draco e Gina estavam tão alheios a tudo isso, que já estavam apoiados um no outro, se acalmando.
Os dois respiraram fundo e Draco fez um feitiço para se arrumar. Ajeitou o casaco e olhou para a loira, com cara de "deu, passou, não estou mais engraçado", por que ela continuava a rir um pouco.
Mas afinal, do que você ainda está rindo, credo... Fazia muito tempo, que ninguém me fazia rir assim. Foi muito engraçado – disse ainda entre risinhos – Você deve ter alguma noção, por que também riu. E agora, eu estava rindo por causa da situação. Um Malfoy e uma Weasley, rindo juntos. Normalíssimo... Bom, realmente não é tão normal. Mas o mais anormal deve ser nós dois parados aqui, atrapalhando o trânsito das pessoas pelo Beco Diagonal, um lugar muito movimentado. Por que não vamos ao Caldeirão Furado, tomar algo, quem sabe?Ela o olhou abismada, e depois fez que sim com a cabeça. Os dois foram andando em silêncio até o bar. Entraram e escolheram uma mesa afastada. Os dois já estavam ali a um tempinho, quando Draco falou:
E então? Você quer alguma coisa? Cerveja Amanteigada? É... é, pode ser isso sim. Obrigada, Draco – só então notou como era estranho chamá-lo assimO loiro saiu e voltou com duas cervejas. Sentou e disse:
Aqui está... Obrigada – seguiu-se mais silêncio, já cansada disso, Gina disse – E então, por que resolveu vir atrás de mim? E não me venha dizer que foi consciência pesada, por que eu não acredito... Não ia dizer. Ia dizer que foi por que você disse uma coisa que me interessava. O que de fato, é verdade. – e vendo a cara de "hãm?" da mulher a sua frente, resolveu esclarecer – Você disse que me queria como amigo. Eu estava hoje mesmo pensando que seria bom ter uma amiga para variar. Uma amiga, ou um amigo. Nunca tive muitos sabe? Pra falar a verdade, nunca tive um. – disse dando ombros e esperando a reação da loira. A qual foi muito inesperada.Ela levantou-se, foi até a cadeira de Draco, o colocou de pé e... O abraçou. Ele fez uma cara de "o que ela está fazendo aqui?" e como não sabia o que fazer, simplesmente retribuiu o abraço de um jeito acanhado. Ela se afastou, olhou para ele, e foi sentar-se novamente, como se isso não fosse nada de anormal.
Você não precisa se fazer de trasgo sem sentimentos pra mim Draco. Eu sei que aí dentro tem um coração. E eu posso te dizer sinceramente que eu também não tenho amigos, e fico extremamente feliz que tenha corrido atrás de mim. Já não suporto ficar sozinha... Eu não tenho sentimentos, Gina. Nunca gostei realmente de ninguém. Simplesmente tive afeição. Na verdade, senti isso por você. E por isso te segui... Pra mim, isso já é o bastante! E então, você tem alguma coisa para fazer hoje a noite? É que é sexta feira, e eu não to a fim de ficar em casa de novo... Não, não tenho nada... O que quer fazer? Sei lá... Não temos muitas opções no mundo mágico. Você já foi ao cinema? No mundo trouxa, quero dizer... Já, mas não gostei. Achei um tanto barulhento. E continuo não gostando muito de trouxas, se é que me entende. São vulgares demais. Você não muda! Pois irá, sim, comigo ao cinema! Está passando uma comédia ótima, sobre um homem que queria ganhar todo o dinheiro do mundo, e então ele começa a vender gelatinas. Veja bem, gelatinas! E então ele...E enquanto ela contava este filme que para Draco era totalmente sem graça e não acrescentava nada, ele ficou fingindo que escutava. Mas na verdade estava pensando, em quanta sorte ele tinha tido dela não querer sair com ele. Nunca teria conhecido ela melhor, e ela era muito legal. Tinha uma amiga. Mal podia acreditar...
E quando a mulher foi comprar a gelatina, ela se apaixona pelo cachorro do cara, e quer pagar muito dinheiro por ele. Mas o homem diz que não e... Você já viu o filme? Sim! Então por que quer ir de novo? Por que é bom, e eu não tenho nada para fazer – disse como se fosse óbvio. - E o cara diz que não e... Ta, não fala mais nada! Se a gente vai ir ver o filme, eu quero não saber a história! Que horas eu passo para te pegar, e ir ao shopping? – falou irritado e com falta de educação Tem Não devemos aparatar... Pode ser as sete? Por mim... – disse com displicência – Ah, lembrei de uma coisa boa... Sabe quem me escreveu ontem? Quem? A Naty... Está escrevendo muito bem, levando-se em conta que ela tem só três anos... Não acredito que ela já sabe escrever! Bom, a Granger ensinou, a pedido dela. Queria poder escrever para todos daqui. Mas quando ela tinha recém feito três anos, daqui a um mês ela fará quatro, eu a ensinei a usar o pó de flu... Aprendeu tão rápido, que foi praticamente inacreditável... Então, ela sempre ia lá para casa sozinha e ficava brincando com o Goubi que... Quem é o Goubi? Meu elfo mais fiel. Adora crianças, cuidou de mim quando eu era pequeno. A loirinha adorava ele. Brincavam a tarde inteira, quando eu não estava em casa para ficar com ela e ela estava passando uns dias lá... E o que você tinha para fazer de tarde? Não trabalha. Bom Gina, acontece que eu namoro, tenho reuniões, principalmente na época de lançamento do meu livro... Bom, é... Mas – ela assumiu uma pose irônica – Você quer mesmo que eu acredite que você namora Draco? Duvido! Bom, eu namorei, uma vez... – falou olhando para os lados Ah, é? – disse com cara de "haha" – Quanto tempo? – ele resmungou algo totalmente indecifrável – O que? – ele resmungou de novo, um pouco mais alto – Fala pra fora... Uma semana! Satisfeita? Uma semana? E você chama isso de namoro? Fala sério... Ai, e quem você é para... Draco, eu tenho que ir... – disse olhando o relógio – Até a noite, tchau!E fez uma coisa que Draco não esperava: lhe deu um beijo na bochecha. Não é que fosse uma coisa "Ohhh" mas não era normal para uma mulher. Mas então ele lembrou que ela não era uma mulher normal: era sua amiga.
