Já eram sete e meia e nada do Draco. "Ele deve ser pior que noiva!" pensava Gina, já pronta, em frente ao seu prédio. Foi quando ela avistou um Audi preto, deduzindo que era Draco, se pôs a andar até o carro.

Senhorita, está lindíssima hoje! – disse o loiro quando ela entrou no banco de passageiros Obrigada – disse sorrindo, e notando que ele estava vestindo uma calça jeans preta (de uma marca bem cara, com certeza) e uma camisa grafite, simples assim, pediu – Por que demorou tanto para se arrumar? Problemas pessoais... – e vendo a cara de "se você não me contar eu te 'dou' Veritasserum" da Gina, ele disse – A fantasma que passa as roupas, queimou a camisa que eu ia usar. Então eu tive que combinar tudo de novo! Ah não! – disse meio indignada – Você é gay? É isso? Sai de mim!! Que nojo (eu não tenho NADA contra os gays, acho eles ultra tudo! Muito legais! Mas ele, como quase todo homem, tem)! Você está louca, Gin? Não, foi só uma pergunta! É que você sempre demora tanto para se arrumar, e está sempre perfumado, e penteia os cabelos mais que eu, provavelmente... Sim, mas eu sou só vaidoso! É um problema? Não Draco, eu acho isso lindo! - e deu um beijo na bochecha dele – Agora, vamos, comece a dirigir, se não vamos pegar só a sessão de amanhã!

Os dois foram até o shopping em silêncio. Ficaram ouvindo música, às vezes se olhavam e riam, se viam que o outro também estava olhando. Quando entraram no grande estabelecimento, deu para ver que Draco tinha ido no máximo uma vez ao shopping. Apontava para tudo, e ria de coisas normais, como a máquina de refrigerantes.

Dirigiram-se diretamente ao cinema, pois a sessão era as oito, e eles já estavam atrasados. Quando Draco foi pagar, porém, foi que começou toda a confusão.

Galeões? Que tipo de dinheiro é este? – pediu confusa, a trouxa gordinha que atendia a bilheteria O tipo normal! – respondeu o loiro sem pensar, e como Gina estava comprando pipoca, não disse nada Nós só aceitamos euros! O dinheiro europeu! Ah sim, esqueci que você é trouxa! O que? Sim trouxa, sabe... Trouxa! – dizia o loiro cada vez mais irritado e confuso. Sem dizer enrolado Vou chamar o segurança! – disse abanando para um grande homem de preto. Ele veio mais do que prontamente – Gelson, este homem me insultou. Me chamou de trouxa! E quis pagar com estas moedas suspeitas! Draco, o que está havendo? – disse Gina, que vinha correndo Ah, então este é o nome do meliante... – comentou o "armário" Meliante? – falou Gina confusa – Draco, o que você fez?? Eu só chamei aquela feiosa ali de trouxa! – disse apontando para a gorda que começou a chorar. Gina o olhou feio – O que? É verdade! Senhor – disse Gina, dirigindo-se ao Gelson – Ele não fez por mal... Deixe ele ir? Sinto Muito, mas receio não poder senhorita. Este homem vai para a direção do shopping

Draco se soltou do homem e disse:

Ah, não vou não!! – e ia sair correndo, mas vieram mais dois seguranças e ele sem querer querendo, deu um soco em cada um. Mas o Gelson, que por acaso era o maior, veio e pegou ele pela parte de trás da blusa, machucando-o É, agora não vai. Vai em cana, moleque! Solta ele, seu... seu... Feioso! Brutamontes!!! – gritou Gina E a senhorita vem também, docinho. Por desacato a autoridade. Pirata – ele gritou para outro segurança que usava um tapa olho – Pega a boneca. Os dois vão pra delegacia. Agora.

Gina foi sem objeções. Mas quando chegaram no prédio sujo e nojento, ela e seus sapatos Prada quiseram dar para trás. Mas, é lógico, os policiais não deram a mínima se os sapatos eram ou não feitos de veludo egípcio, e que iam desbotar com a umidade. Os dois foram jogados dentro de uma cela, e disseram-lhes que poderiam usar o telefone depois.

O que é telefone? – pediu Draco, para Gina

Porém, a garota estava chorando, e olhava para tudo com nojo. Segurava o seu casaco curto branquinho contra o corpo, a bolsa caríssima tinha ficado lá na frente e a saia rosinha já estava manchada. O loiro chegou perto dela e disse num murmúrio.

Desculpe... – ela o olhou chorando mais – Por que chora tanto? Depois eu te compro um sapato branco igualzinho!! Não é isso... Não percebe? Nenhum de nós tem a quem ligar. Todos os meus irmão tem telefone, mas eu não falo com nenhum ultimamente!! Você não disse que se correspondia com um... Ãhn, Camilo? Não, não, Carlinhos!!! Mas é claro, o Carlinhos!!! Graças a Merlin você tem boa memória!!! Eu daria um beijo em você agora! Pode dar, eu não me importo – disse divertido Draco – disse com um olhar de censura – Já te disse que somos só amigos! Ta bom, tá, tá!!! Eu te adoro, sabia? – falou engolindo alguns soluços Não – disse sentando-se com nojo em uma das camas – Mas agora eu sei...

Ela foi andando até ele e com cautela, sentou-se ao seu lado. Deitou a cabeça no ombro de Draco e ali ficou chorando. Passaram-se horas, e eles ficaram do mesmo jeito. Não tinham sono, e mesmo que tivessem, não ousariam dormir naquela porcalheira. Chegavam alguns traficantes, ladrões, assassinos, bandidos e gritavam obscenidade para Gina, e esta chorava mais ainda. Estava péssima.

Até que, quando já eram duas da manhã, o delegado veio avisar que eles já podiam ligar. Os dois saíram da cela, e ao passar pelas grades, um cara sem os dois dentes da frente e cheirando a bebida, com um olho roxo, agarrou o braço da Gina em que ela tinha o anel de diamante.

E então, vadia? Como roubou isso?

Ela estava horrorizada e o policial não fazia nada. Parecia ter medo do bandido. Gina tampouco respondeu. Mas Draco interveio.

Fui eu quem deu, por que? Faça o favor de soltar o braço da minha mulher, se não quer que eu arranque o seu com as minhas próprias mãos. – ele disse isso com tanta raiva que o homem soltou o braço de Gina e colocou os seus no ar, como que dizendo "eu não fiz nada". A loira correu para os braços de Draco.

Seguiram a caminhada sem mais perturbações, Gina ainda agarrada em Draco, com uma cara tão amedrontada que chegava a dar pena. Ele, pelo contrário, tinha no rosto uma expressão de confiança e coragem, que fazia Gina ficar mais tranqüila. Mal sabia ela, que por dentro Draco estava tão, ou mais, amedrontado que ela. "O que eu estou fazendo aqui? Eu, um Malfoy, que sempre vivi no luxo e na fineza, em uma prisão?" pensava indignado, mas como sempre os seus sentimentos não transpassavam ao seu rosto "E com uma Weasley..." o seu velho "eu" gritou em sua cabeça, com repudio. Mas o seu novo "eu" disse calmamente e com ternura "Mas é a minha Weasley... Minha Gina... Minha amiga...". Pensado isso, olhou-a e sentiu-se mais corajoso.

Chegaram em uma sala pequena e abafada, com uma mesa suja de rosquinhas e café, e o lixo transbordando. Os dois fizeram uma cara de nojo que chegaria a ser engraçada, se a situação não fosse desesperadora. Um homem levantou-se e andou até eles.

O delegado Delvis era mais alto que Draco, gordo, careca e com cara de mal. Gina conhecia bastante a cidade trouxa em que vivia para saber que se não estivesse com Draco, seria chantageada sexualmente para sair dali. De repente sentiu uma ternura tão grande por Draco explodindo em seu peito que parecia que não podia mais respirar. O delegado chegou perto dela e abaixou-se até ficar da altura de seus olhos.

Olá, doçura. – Draco tentou se soltar das mãos dos policiais que o seguravam, mas foi em vão, levando-se em conta que os homens era muito maiores que ele – Calma aí meu chapa, que de você eu cuido depois. Eu não vou fazer nada para a sua – ele tirou os olhos de Draco por uns instantes para olhar Gina com olhos famintos – namorada... Então não se preocupe...

Mas Draco parecia, e estava, muito preocupado. Com todos aqueles policiais ali não teria chance nenhuma para proteger Gina, caso eles tentassem alguma coisa. Mas ele não estava nem aí se parecia uma criança de seis anos perto daqueles homens, iria protege-la nem que tivesse que desrespeitar o regulamento bruxo e mandar um Avada Kedrava na cara de cada um daqueles malucos. Se espantou ao ouvir a voz sempre rouca e firme de Gina. Achava que ela não ia falar...

Senhor delegado, eu tenho direito a um telefonema. E quero efetua-lo agora! Sim, princesa, você vai ter a sua ligação. Mas antes, me explique... O que dois burguesinhos feito vocês estão fazendo aqui? – ele fez a pergunta com uma voz debochada, e ela fez uma cara mais debochada ainda. O Draco se meteu em uma briga no shopping, mas foi sem querer. E aqueles armários sem cérebro que vocês colocaram na entrada do cinema nos trouxeram para cá só por causa disso... Então, agora posso fazer a minha ligação, por que eu quero sair deste chiqueiro, quero a minha bolsa, e quero ir para casa tomar banho. O telefone, agora, por favor.

O delegado diante daquilo não falou mais nada. Draco se dividia entre admirado e preocupado. Ela não pensava que poderiam se meter em uma fria ainda maior?? Mas, já que deu tudo certo, ele decidiu deixar quieto.

- Alô?

- Carlinhos? – disse a voz chorosa de Gina

- Quem fala?- pediu o irmão meio confuso, sendo que eram duas e meia da manha, ele devia estar mesmo

- É a Gina... Você tem que me ajudar!!!

- Gina? Você está chorando? Calma, o que ouve? - disse estranhando o fato de sua irmã estar ligando para ele de madrugada, e preocupado por ela estar chorando

- Eu estou na delegacia e...

- O que? O que você...

- Carlinhos, por favor, me deixa explicar?

- Fala... – disse irritado

- Eu... eu e o meu amigo, estávamos no cinema e aí aconteceram umas coisas que depois eu te explico. Mas aí, os seguranças nos trouxeram para cá, e é sujo, e fede, e é úmido, e meus sapatos estragaram, eu to com sono e com fome, e amanha... – ela chorava desesperada

- Calma maninha...mas, me diz, o que eu faço pra tirar vocês daí?[/i]

- Tem que pagar a fiança...

- Quanto? Me diga!

- Bom, é pouco... São trezentos euros, os dois...

- Tudo bem, eu estou indo aí agora, mas depois que eu sair daí, você vai ter que me explicar esta história direito...- falou em tom de censura

- Sim, certo, mas, Carlinhos, eu preciso que você me prometa uma coisa...

- Pode dizer...

- Você vai ter que pagar a fiança do meu amigo, também... – ele ia concordar, mas ela continuou – É que é uma pessoa que você não gosta muito... Ele até anda com o Ronald, mas eles não são amigos. Mas ele é meu amigo, e eu queria que você prometesse por que se ele não sair, eu também não saio! – disse meio que batendo o pé

- Gina… Quem é o seu amigo?

Malfoy. Draco Malfoy.

- O que? Olha, Gina, eu até pago, mas depois você vai ter muitas coisas para me explicar. - disse agora realmente furioso, e desligou.

Quando Gina desligou ela estava muito branca, mas bem mais tranqüila, dava para ver no seu rosto. Olhou para Draco e correu até ele. O delegado fez um sinal para os dois homens que o seguravam soltarem ele. Quando eles o fizeram, o loiro caiu massageando os ombros. Depois ficou em pé e Gina o abraçou.

Ele vai pagar. Mas a gente vai ter que explicar bem direitinho o que aconteceu depois, por que ele não é fácil, o meu irmão... Tudo bem... – falou Draco enquanto passava a mão na cabeça de Gina

Passaram uma meia hora esperando pelo ruivo, e quando ele chegou todos olharam para ele como se dissessem "Até que enfim, seu demorado!". Ele olhou para todos meio indignado e disse:

O que? Vocês acham que foi fácil convencer a Alê que eu ia vir soltar a minha irmãzinha perfeita da cadeia com o Malfoy, ainda por cima? Eu mesmo nunca ouvi história mais cabeluda...

Todos fizeram cara de ãhn?, menos Draco e Gina, que entendiam o quão estranha era a situação. Carlinhos pagou, Gina pegou a sua bolsa e Draco seu relógio e os três saíram, não tão felizes, não tão bonitos, mas aliviados. Mas foi só eles chegarem um pouquinho longe da delegacia para Carlinhos virar e dizer:

Gina Weasley, me explique agora, por que você estava presa, e pior ainda, presa com ele! – disse apontando o dedo para Draco, que não gostou, mas não disse nada. Ela explicou toda a história do shopping – E por que você estava com ele? Por que ele é meu amigo! Meu único amigo! Ninguém mais se importa comigo Carlinhos! E eu? Eu não me importo por acaso maninha? – disse um pouco mais mole, por causa do choro dela É claro que sim! Mas você ainda mora na Romênia, e só vem para cá uma vez por mês, e depois que os gêmeos nasceram você nem vem mais. E eu te entendo, você tem um amor, uma família. Não deve se prender por mim... – ela disse essa última parte muito baixo. Draco observava tudo sem coragem de intervir, mas nesta hora ele sentiu uma vontade muito grande de ir lá abraça-la. Porém Carlinhos começou a falar para ele. Faça ela feliz Malfoy, por que senão eu te quebro! Tchau Gininha...

Depois que ele aparatou, ela não fez mais nada. Só correu para os braços de Draco e ali ficou...

N/A: eae pessoas que estão lendo. Eu agora estou atualizando aqui, devido aos problemas do 3V. Eu acho que eu ainda não vou ter terminado a fic quando o site voltar, mas mesmo que eu já tenha, ela vai estar lá. Eu não posso agradecer a nenhum comentário, por que eu não tenho nenhum, hehe... Então, comentem!!!! E continuem lendo!!!!

Kakazinha muito felizzzzzzzz