"Quando amamos, somos os últimos a saber.

Anônimo"

Gina estava bem entediada. Ela já tinha feito três matéria para o jornal (o que dizia que ela não teria trabalho nos próximos três dias), pintado as unhas de três cores diferentes, desenhado, e nada de emocionante acontecia. Já havia se passado uma semana dês de os acontecimentos do cinema. Ela e Draco estavam cada vez mais amigos, mas esta noite, a noite de sexta, ele tinha um encontro e ela obviamente não podia ir junto. No momento ela se encontrava deitada na cama, com seu pijama quente de flanela rosa, lendo a mesma linha de um livro, mas sem absorver palavra alguma.

Não sabia por que mas este encontro de Draco estava a deixando inquieta. Não podia ser ciúme. Ou podia? "Não, não..." tranqüilizou-se em pensamento "Ele é só meu amigo. Eu não posso estar gostando dele. Afinal, eu nem o conheço direito, estaria bancando a criança idiota... Estranho, mas mesmo que fosse paixão, iria ser impossível de ser concretizada, pois ele não gosta de mim... (pensamento próprio da autora, hehe)".

Saiu de seus pensamentos filosóficos, pois uma coruja das torres incrivelmente grande tinha acabado de entrar não-se-sabe-de-onde e pousado em sua cama. Gina achou aquilo incrivelmente estranho, pois já eram onze e meia da noite. E ela pode notar também que a coruja tinha vários pergaminhos na pata, mas ela só deixou Gina pegar o que tinha seu nome. Devia ser uma coruja de entregas.

Mas qual foi a sua surpresa quando viu que a carta estava selada com o brasão de Hogwarts. "Estranho.." murmurou. Não que não estivesse feliz, pelo contrário. Tudo que tinha vindo de Hogwarts até ela, tinha sido bom. Quer dizer, exceto, talvez, as notas dos NOM's. Não tinha ido muito bem...

Bom, mas já estava ela ali, pensando, de novo. Era incrível esta mania que ela tinha de parar o que ela estivesse fazendo, o que fosse, para pensar. Não que fosse voluntariamente, mas ela ficava ali, olhando para um ponto fixo na parede, ou para uma pessoa mesmo, pensando nas mais diversas coisas... Viu, ela já estava pensando de novo. Isso já tinha dado problemas para ela no colégio... Quando não eram os professores dizendo que era para ela dormir a noite, e não em aula, era alguma pessoa que se invocava por Gina tê-la encarado por muito tempo. Viu, já estava fazendo de novo!!

Esfregou os olhos para acordar de vez dos seus devaneios e resolveu (finalmente) abrir a carta.

Prezada Srta. Gina Weasley

Convidamos V. Sa. para comparecer a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts,

no dia catorze de novembro, sexta-feira próxima, para comemoração de encontro

dos ex-alunos. Todos os alunos formados de 1995 a 1998, poderão comparecer ao

baile com seus filhos e acompanhantes.

Convidamos também a passar esta semana na nossa escola, a vista de matar as saudades.

Os alunos que estariam em seu período letivo, foram dispensados de suas atividades, neste

espaço de tempo.

Contamos sinceramente com a Sua presença

Minerva McGonagall, diretora substituta

Gina, enquanto lia, ia ficando cada vez mais feliz. Tinha se formado em 1998, então ia poder ir, E o que é melhor, Draco também poderia. Já estava pronta para aparatar para a casa dele e pedir se ele tinha recebido a carta, mas lembrou-se que estava de pijama, que já era quase meia noite e que a esta hora, ele devia estar... Humm... Se divertindo muito.

"E também, por que eu pensei realmente que ele ia me levar?" pensou amargurada "Afinal, ele passou de quarta-feira até hoje, só falando na tal de Annia que ele ia levar para jantar hoje. Ela é tão linda, os olhos dela brilham, o cabelo dela é o mais perfumado, o seu sorriso, ah, o sorriso... Era isso, ele só sabia falar disso! Ele só sabia falar dela! Então ele provavelmente vá leva-la ao baile. E se me ver sem acompanhante vai ficar de consciência pesada, e não vai leva-la. E vai ir comigo, mas vai ficar infeliz. Mas o que eu estou pensando? Eu vou ir falar com ele amanha de manha, e vou ver se vamos juntos. Se não formos, ótimo, eu encontro alguém lá. Mas nós temos que sair amanha, eu certamente quero passar esta semana em Hogwarts."

Já estava indo dormir, quando notou que dentro do envelope havia mais um pequeno pedaço de pergaminho. Pegou ele e leu.

Só gostaríamos de informar que não se pode aparatar nem perto de Hogwarts, e também

é impossível vê-la. Alguns trouxas invadiram, sem saber que era a escola, é lógico, mas

causaram rebuliço. Ao entrarem Hagrid vai estar lá para inspecionar as varinhas.

Os convidados terão que arranjar um outro meio de transporte.

Minerva McGonagall, diretora substituta.

"Ah, ótimo! Se não sairmos amanha de manha, só chegaremos lá em três dias. Eu bem sei que demora muito para ir de carro até Hogwarts, muito mais no inverno...". Concluído mais este pensamento irritado, considerou voltar para a cama, mas ouviu um barulho na sala. Sempre tivera muito medo de assaltos, e logo hoje que ela estava irritada, tinha que acontecer um? Pegou a varinha, e foi silenciosamente até o cômodo. Viu a luz acesa "Que tipo de bandido acende a luz?" pensou já abaixando a varinha. Ao chegar na sala viu que não era bandido nenhum.

Draco?!? O que está fazendo aqui? – disse, com a voz divertida, nem ela sabia por que – E o que são todas estas malas? Bom, você não recebeu a carta de Hogwarts? Temos um baile para ir, imaginei que já estivesse pronta! Temos que ir agora! Bem, não temos que ir agora. Eu tinha planejado ir amanha cedo. Achei que não íamos ir juntos... Como assim? Isso não é totalmente obvio? É, é sim... – falou, radiante – Eu é que tinha feito alguns pensamentos bobos na minha cabeça... Mas, e você Não deveria estar em um encontro com a Miss Perfeição, hoje à noite? Com ciúmes Gininhazinhazinha? – disse como se estivesse falando com um bebê de três anos – Tudo isso podia ter sido seu, mas você não quis... – agora ele tinha a voz convencida de sempre Não, não estou – surpreendentemente, até para ela, a sua voz saiu um tanto contrariada, e o seu rosto ficou muito vermelho Caham... – pigarreou Draco, ele tinha ficado desconfortável com a situação, Gina sabia, pois se balançava na planta dos pés – É, bem, eu devia sim, mas é que a Miss Perfeição, é muito, ouça, muito chata! Ela só sabe falar de como o cabelo dela "acordou" bonito hoje, e que foi por isso que ela não tinha alisado, mas que normalmente ele estaria liso. E de como as unhas dela estão muito mais fortes ultimamente, graças a um feitiço feito por uma bruxa muito velha, que era sua vizinha. Não agüentei! E a gota d'água foi quando ela foi lá em casa depois, mas só para tomar um chá, e começou a me agarrar, como uma louca! Fala sério! Mandei ela embora, e logo depois a coruja entrou, eu li, e lembrei de você! Satisfeita?

Ela o olhou por alguns momentos meio em choque, para só então dizer:

Então... – e sorriu – Quem é você, e o que fez com o Draco? O que? Como assim? – disse ele meio (ta bom, muito) confuso Bom, você, recusando uma mulher? Quer dizer, fala sério... Você nunca foi destas coisas, e hoje convidou uma para tomar chá? Chá, Draco? Bem, vai ver eu mudei um pouquinho... – disse um pouco corado, e já que isto era raro, Gina não deixou de falar. Ah, que fofo você fica vermelhinho! – ele mostrou para ela "aquele" dedo, e ela se fez de braba – Tudo bem então, eu não brinco mais com você... Ah vai dizer que você ficou realmente brava? Eu não quis... Ai é claro que não, seu bobo! Eu nunca iria ficar braba por uma coisa dessas – ele disse "ufa!" – Mas, continuando, que bom que você mudou este seu lado! Você tem realmente que achar alguém que você gosta, que você respeite, que te respeite! Você tem que amar! Eu tenho que aprender a amar, e isto é bem difícil, sabia dessa? – comentou sentando no sofá, pois parecia notar que a conversa ia ir longe, ela foi sentar-se ao seu lado Não tanto! Eu, sinceramente, nunca amei. – ele ia dizer alguma coisa e ela – O Potter não foi amor, depois de um tempo, eu descobri que era apenas admiração, por ele ser bonito e um grande bruxo. Eu já tinha te dito isso! Ah, é... – disse coçando a nuca Tudo bem, mas continuando, eu sinceramente nunca amei, e eu acho que deva ser bem complicado e doloroso... Nossa, obrigada, você ajuda um monte assim... Mas é a verdade! Mas, já me disseram, quando você ama, você simplesmente ama, e deu! Não é assim, eu tenho que aprender para depois por em prática, no amor, a coisa acontece naturalmente, entende? É, eu acho que sim... Mas veja bem: e se eu me apaixonar por alguém, eu não vou saber o que dizer, por que eu nunca me apaixonei. Então, a não ser que eu vá lá totalmente desorientado, e conte para a mulher de um jeito todo errado que eu gosto dela, ela nunca vai ficar sabendo! E o que é pior, ela vai me dar um pé na bunda! Por que eu sou péssimo com as palavras. Não vai ser. Você vai saber o que dizer! Não deve ser assim tão difícil! Você diz isso, por que é mulher e não precisa ir lá e se declarar, você só fica esperando alguém se apaixonar. Não que seja difícil alguém se apaixonar por você. Ah não seja ridículo! Só duas pessoas se apaixonaram por mim na minha vida inteira! Você é que está acostumado a ter as mulheres aos seus pés. Ah, sério? Então vamos ver se você vai cair aos meus pés... – disse chegando mais perto dela Draco o que você...

Mas ela nem pode dizer mais nada, por que quando ela viu, ele já estava com ela, rolando no chão! E ela? Ela estava morrendo de... Cócegas (já pensaram outra coisa né?). Os dois começaram um jogo muito engraçado. Não se sabia quem sentia mais cócegas, se era Gina, ou se era Draco. Os dois se cutucava, e ele já estava encima dela quando eles notaram que seus narizes estavam a três centímetros de distância. Gina desviou os olhos dos de Draco, e levantou-se de um pulo. Ele levantou também e falou.

Gina desculpa... Eu não... Deixa disso Draco, não aconteceu nada... – falou com a mão direita mexendo no cabelo Você quer ir amanha de manha não é? Posso vir te pegar às oito? Não vamos mais cedo por que já é uma e meia da manha e... Não, tudo bem, pode ser. Eu vou estar pronta. Já tenho o vestido mesmo... Então... Desculpa mais uma vez ta bem? Já disse que tudo bem. Até amanha Draco... Até amanha Gina.

E aparatou de novo para casa. Gina andou lentamente até a sua cama, onde poderia finalmente deitar e dormir. Mas ela deitou. E rolou para um lado. E rolou para o outro lado. E ficou de barriga para cima, e depois de barriga para baixo, e rolou para o lado de novo e nada de dormir. A verdade é que não estava tudo bem. Não devia estar tudo bem. A verdade era que a lembrança daqueles olhos azuis acinzentados não queria deixar a sua mente. E não deixaram, até ela dormir.

No outro dia, Gina acordou as sete, e já sem sono nenhum. Tomou banho, aprontou as malas, ajeitou bem o vestido de festa que ia usar e foi para a sala ver o jornal dos bruxos, na TV. De repente, bateu nela uma fominha e ela foi até a cozinha e preparou torradas. Qual foi a sua surpresa ao chegar na sala e deparar-se com o Draco sentado em seu sofá, vendo TV.

Oi – disse, já estava mais animada e menos envergonhada pelo dia anterior, na verdade noite – Torradas? Não, obrigado. Já comi. Você está ciente de que vamos passar ao menos uma noite na estrada, certo? Oh, sim, não se preocupe comigo. A única coisa ruim, é que está chovendo, e só temos previsão para que pare com esta aguaceira daqui a três dias! Tudo bem, a chuva é boa... Dormiu bem? Sim, não sonhei. Isso é bom. Eu durmo melhor quando não sonho – disse começando a comer uma torrada com mel Na diga, sério? Eu sou totalmente o contrário. Quantos mais sonhos melhor! Quer dizer, depende do sonho, não é? Bom, é verdade. Eu até gosto quando sonho que sou uma princesa encantada, mas odeio quando sonho que sou comida por uma quimera enorme e faminta! – disse irônica – Não adianta, eu nunca sonho coisas boas, nem com encantamentos... Por que de tudo isso? A sua vida foi tão infeliz assim, por acaso? Eu sempre sonho com a briga que eu tive com a minha família, e o motivo. Foi triste, e você já estava presente, ao menos do seu modo, na vida dos Potter. Você sabe o que foi, mas precisa ser esclarecido. Um dia eu vou te contar, mas só quando você me contar o seu segredo. Humm... Então provavelmente vai demorar...

Os dois riram, e ficaram em silêncio depois. Até que ele, que sempre se cansava antes, do silêncio, estralou os dedos e falou:

E então, vamos? Vamos, vamos sim... Você leva as minhas malas até o carro, por favor? – disse fazendo carinha de anjinho Está bem, mas só por que é para você...

Andaram até o carro de Draco, onde colocaram as malas no porta malas, entraram no carro, e iniciaram a sua viagem. Ficaram em silêncio de novo, até que ela disse:

Você sabe que nós vamos ter que ficar em um hotelzinho barato, de beira de estrada e trouxa, certo? É – disse meio contrariado – Eu sei. Mas eles tem realmente bons motivos para fazer tudo isso com Hogwarts sabe? Eu estive falando com o Dumbledore, e ele me disse que os trouxas não viram as crianças, os professores, e nem o colégio. Mas que como as crianças podiam vê-los, foi um problema. Verdade? O que aconteceu? Bem, algumas crianças gritaram e saíram correndo, e passaram por cima dos trouxas!! Eram duas mulheres, o Dumbledore disse que elas eram muito velhas, e caíram no chão. Foi terrível. Estive no Ministério no dia seguinte a confusão, e eles me disseram que tiveram que alterar a memória das vítimas, pois elas acabaram vendo coisas que não deviam, afinal o feitiço acaba quando um bruxo toca um trouxa, você sabe... Sim, mas só quando eles se encontram dentro de Hogwarts, certo? Sim...

Seguiu-se mais um tempo de silêncio enquanto Draco dirigia calmamente, cantarolando a música que tocava no rádio, Gina penteava os cabelos e olhava para ele. Até que ele notou e disse:

O que ouve? Está com fome, quer parar... Não, imagine... É só que... Você está diferente! Não, eu sou o mesmo dês de que começamos a nos falar, você é que está muito diferente. Vamos encerrar por aqui, antes que briguemos... – disse irritada Tudo bem... – falou tão irritado como ela, mas respirou fundo e disse – Ontem eu estava pensando em uma coisa... No que? – disse calma até demais Bom, você sabe que vai encontrar os Potter, a Mione e o seu irmão nesta festa, não é? Oh meu Merlin! – disse com uma voz cheia de pânico e batendo a mão na testa – Eu tinha esquecido disso! Para! Volta com este carro, eu não vou mais, eu não quero ser totalmente humilhada e... Gina – disse ele preocupado e parando o carro. Começou a passar a mão na cabeça dela – Eu vou estar lá! Você não precisa se preocupar. Eles não vão te fazer nada enquanto eu estiver por perto. Você não confia em mim? Confio. – disse com algumas lágrimas ainda saindo dos seus olhos Então! Limpe estas lágrimas, pois elas me fazem mal também. E me prometa que você não vai mais chorar por eles. Confie em mim. Tudo bem. Vamos continuar a viagem. – disse secando as lágrimas Certo! – disse mais animado e voltando ao volante, mas antes que pudesse "chegar"... Draco? – ele virou – Obrigada.

Ele deu um sorriso, um que dizia mais do que tudo. Seguiram a viagem falando muito pouco, pararam para almoçar, Gina se ofereceu para dirigir um pouco, mas Draco disse que ninguém mais dirigia o seu carro, só ele. Quando deu sete horas da noite, eles estavam um pouco cansados. Pararam em um hotel até que bem limpinho e confortável. Foram até o balcão:

Olá – disse Draco com um sorriso jovial que fez a recepcionista quase cair – Nós queríamos dois quartos, por favor. Um do lado do outro, se possível. Olá. – a recepcionista, que por sinal era bem bonitinha e se chamava Libby, não tirava os olhos de Draco – Temos sim, dois quartos vagos. 812 e 820. Eles são no mesmo corredor, mas não temos um do lado do outro. Ah... – Draco olhou para Gina que fez que sim com a cabeça – Tudo bem então, eu não me importo. Registre os dois em nome de Draco Malfoy, por favor. Sim... – disse digitando algo no computador – Aqui estão às chaves, e o Jorge pode levar as suas malas. Vão jantar? Eu não estou com fome, só se você quiser... – disse Draco para Gina Não, não... Estou sem fome, comemos muito biscoito vindo para cá! É – disse o outro rindo, e a recepcionista pareceu ter ficado com ciúmes – Tem razão... Bom então está bem... Libby.

Os dois subiram rindo da cara que a recepcionista tinha feito. Despediram-se em frente ao quarto de Gina, mas Draco estava totalmente sem sono, foi para o seu quarto e ficou lá deitado sem fazer nada, esperando o sono vir. Mas ele não vinha, e tampouco para Gina, que decidiu sair e ir até o quarto de Draco conversar. Mas aí ela se olhou no espelho e viu que estava com a sua menor camisola, e que dava até para ver as suas calcinhas. Então conjurou um roupão e saiu. Andou até o quarto dele e bateu na porta. Ela esperou cinco minutos, e vendo que ele não saia, concluiu que ele estava dormindo e se dirigiu ao seu quarto.

Draco "acordou" de seus pensamentos com alguém batendo na porta. Imaginando que fosse alguém do serviço de quarto, ou algum chato mesmo, não foi abrir. Ficou ali deitado. Por um segundo pensou que poderia ser a Gina, mas aí lembrou que ela parecia cansada, e deveria estar dormindo. Mas, ele ouviu alguns gritos desesperados no corredor. Gritos de medo. Gritos de mulher. Gritando por ele. Era a Gina!

Sem nem pensar ele saiu com a cueca samba canção que usava para dormir mesmo. Chegou no corredor e viu uma cena que fez ele sentir tanta raiva, que ele poderia matar quem quer que fosse. Um cara enorme estava em cima da Gina, e como ele viu o roupão da garota do lado ligou logo os fatos. Ele estava a agarrando. Quando ela o viu ficou tão aliviada que sorriu.

Draco não quis nem saber se o cara era praticamente três vezes o seu tamanho (sim, exagerando...) e muito mais forte. Foi até ele, o levantou e meteu um soco bem no meio da cara. Ele tentou revidar, mas pelo jeito alguém tinha acordado com a confusão e chamado o guarda do hotel. Draco explicou muito calmamente o que tinha acontecido e ele levou o cara preso.

Gina não chorava, não falava e não se mexia. Ela estava com uma camisola muito pequena, e Draco em circunstâncias normais teria feito com certeza um comentário malicioso, mas em vez disso pegou o roupão, colocou ao redor dela e a levou até o seu quarto. Entrou, a deitou em sua cama, e ela não falava nada. Mas quando ele foi se levantar, ela se levantou do nada e abraçou ele.

Eu tive tanto medo que você não viesse! – disse como num desabafo, e ele surpreendeu-se por ela não estar chorando, só respirando muito rápido Por que achou isso? Eu ouvi seus gritos e sai correndo.

Finalmente as lágrimas da loira vieram, não desesperadas, não abundantes, poucas e silenciosas. Ele a afastou um pouco e disse:

Você está bem? – preocupado Não – ela não conseguia dizer mais nada. Não conseguia pensar em nada. Estava totalmente hipnotizada pelos olhos de Draco.

Ele foi chegando mais perto e ela, desta vez, não fez nada. Simplesmente por que não conseguia. Mas, quando ele fechou os olhos, pareceu-lhe que o "encanto" tinha sido quebrado e ela se levantou. Ele abriu os olhos e olhou sério para ela. Na verdade com uma expressão de dúvida. Ela começou a esfregar as têmporas e depois disse:

Por que? Por que o que? Por que sempre acabamos quase nos beijando? Por que sempre que ficamos sozinhos acabamos nesta situação constrangedora? – disse irritada E você acha que eu nunca me pergunto isso? Merda Gina, eu não sei o que está acontecendo comigo! Você não precisa gritar, eu não estou gritando Malfoy! Então eu vou para o meu quarto, bebezinho Weasley!

Quando ele saiu, ela ficou ali. E depois de um tempo, deitou a cabeça no travesseiro e chorou. Chorou muito. Chorou até ficar cansada, e não ter mais forças para chorar. Mas o pior, é que uma voz dentro da sua cabeça gritava "Você não consegue mais viver sem ele. Você ama a voz dele. Os abraços dele. O jeito que ele passa a mão no seu cabelo." E, normalmente ela teria um outro lado na sua cabeça que gritava uma coisa ao contrário do que o outro, mas desta vez não. Desta vez o seu outro lado gritava "Você o ama!". E era por isso que ela chorava.

No outro dia de manha ela colocou uma roupa simples e desceu preparada para Draco não estar mais lá. Durante a noite se convenceu que ainda amava seu ex-noivo e estava confundido tudo com Draco, que ele era só um amigo. Também tinha decidido que se ele estivesse ali, ela iria pedir desculpas.

Mas qual foi sua surpresa ao chegar ao restaurante do hotel, que Draco veio em sua direção com rosas vermelhas na mão e disse:

Você me perdoa? – ela fingiu pensar Mas é claro! - e se jogou nos braços dele, e o abraçou apertado – Desculpa, eu fui ridícula! Não foi não! Eu prometo tentar fazer aquelas situações não acontecerem mais, se você tentar também... – disse sorrindo maroto Tudo bem! Vamos tomar café? Eu estou com muita fome.

Os dois foram tomar café e o loiro quase nem comeu. A verdade é que tinha que pedir desculpas a Gina. Simplesmente tinha! Não havia como ficar sem falar com ela, sem ver ela. Sua vida tinha mudado completamente. E ele também.

N/A: eae? Gostaram? Espero que sim!!! Mandem reviews, ok? Eu amo comentários… e dêem opiniões, por que eu já estou meio sem idéias... o próximo vem em breve!!!