Era mais um dia calmo e sem maiores preocupações para Gina. Já faziam cinco dias que ela não falava com Draco, e, embora às vezes a saudade batesse forte, ela achava que este tempo estava fazendo bem para si mesma. Tinha tirado umas "férias" do trabalho, na verdade, ela só não tinha que ir ao Jornal. Fazia as matérias em casa, e mandava para seu editor. Muito mais prático e menos cansativo.
Mas, por mais que tentasse se enganar, sentia falta de Draco. Muita. Demais. Era quase insuportável. Mesmo tendo consciência de que fora ela quem deixou a carta e pediu uns dias, não achava que seria tanto tempo! "Uns dias... Quando eu disse 'uns dias' eu imaginava dois ou três... Não cinco! E nem uma coruja! Umazinha!" ela tinha este tipo de pensamento agradabilíssimo enquanto tomava um sorvete passeando pelo shopping, coisa que ela andava fazendo muito. Aliás, ela andava comendo muito "Se eu não parar de comer assim, vou acabar engordando mais..." ela pensava. Mas, mesmo assim, continuou tomando o sorvete.
- Gina! - a ruiva virou, e deu de cara com Cindy
- Cindy! Que surpresa, eu não esperava te ver por aqui!
- Pois é... Escuta, você? Sem seu guarda costas alto e loiro? - as duas riram - Brincadeira... Mas, sério, cadê o Malfoy?
- Nós não nos vemos fazem cinco dias... Eu não vou poder te dizer o por que aqui, se você quiser, pode ir jantar lá em casa hoje...
- Mas é claro! Isso seria maravilhoso, já que nós prometemos manter contato, mas acabamos nem nos falando mais!
- Verdade... E eu tirei uns tempos de folga do Jornal, e agora meu "super divertimento" é vir fazer compras...
- Eu notei... - disse, olhando para as três sacolas de sapato que Gina carregava - Eu só vim aqui hoje porque amanhã é aniversário do David... Eu comprei uma camisa linda, olha... - tirou da sacola uma camisa grafite muito bonita
- Nossa! É muito bonita... Você sempre teve bom gosto...
- Não é mesmo? Bom, eu tenho que ir indo... Nos vemos hoje às oito horas?
- Pra mim está ótimo! Tchau! - disse virando
Continuou andando pelo shopping por mais uns vinte minutos, comprou mais uma blusa, e foi para casa.
Chegando ao apartamento, largou sua bolsa em cima da cadeira da cozinha e foi para seu quarto. Colocou as sacolas de qualquer jeito em cima da cama e foi correndo para o banho, pois já eram sete horas. Ficou vinte minutos embaixo do chuveiro, saiu e foi escolher uma roupa.
- Esta blusa azul é ótima para dias de verão, nunca vou me arrepender de ter comprado ela... - falava consigo mesma, e quando notou que fazia isso se deitou na cama e fechou os olhos. Não fazia isso desde os catorze anos, quando tinha começado a ser amiga de Cindy. Antes disso era muito sozinha, e falar consigo mesmo é uma das características das pessoas solitárias.
- Deixe pra lá, eu ando solitária mesmo... - ao notar que resmungava com si mesma novamente, riu sozinha
Foi para a cozinha preparar o jantar. Resolveu fazer macarrão, que era fácil e gostoso. Enquanto cortava os tomates para fazer o molho, Cindy aparatou na cozinha:
- Oh, você está fazendo a comida! Desculpe...
- Imagine, se você não se importa de esperar...
- Mas é claro que, então me conte... Por que estava sem sua sombra?
- Cindy, ele não é minha sombra... - a outra virou os olhos - Tá legal, a gente andava meio grudados - Cindy olhou para Gina com uma expressão que dizia claramente "fala sério..." - Está bem, está bem... Nós andávamos muito grudados, mas não estamos mais...
- Por que não? - Cindy estranhou a sombra de tristeza que passou pelos olhos de Gina
- Bom, foi assim... - Gina contou toda a história, desde que entrou na casa de Draco, até a hora que saiu - Até agora eu não acredito que fizemos aquilo!
- Por quê? Está mais do que na cara que vocês dois se amam, o que mais falta para ficarem juntos?
- Eu não amo ele, acontece que ele é muito bonito, a gente fica muito tempo juntos, eu confundi tudo... - Gina colocou o molho na massa - Está pronto!
- Eu não acho que você tenha se confundido... Eu acho que você ama ele! E ele te ama!
- Não seja uma romântica apaixonada, Cindy! A vida não funciona assim. Eu não estou amando ele, e nem ele me ama... Imagine, eu e o Draco!
- É... - disse Candy com ar malicioso - Mas seus olhos bem que brilharam quando você estava me contando sobra a noite de vocês...
- Bom... - Gina ficou vermelha - É que, você sabe, não foi ruim...
- Sei, sei...
As duas ficaram conversando o jantar inteiro, e quando o relógio marcou meia-noite, Cindy disse que realmente tinha de ir para casa, pois seus pais iam tirar-lhe a pele. Gina riu, e disse que tudo bem, e que era pra ela aparecer ali no outro dia, à tarde. Cindy prometeu que iria, e aparatou.
Na manhã seguinte Gina acordou bem disposta, coisa que não andava acontecendo muito. Resolveu ficar em casa e ajeitar a bagunça que ela e Cindy tinham feito no outro dia. Rindo, colocou uma música para tocar e saiu dançando e apontando a varinha para tudo que estava sujo. Não estava nem um pouco a fim de fazer limpeza ao modo trouxa, agora. Enquanto cantava uma música usando a varinha como microfone, uma coruja entrou pela janela. Reconheceu o pássaro na hora. Era Artemis, a coruja preta de Draco.
Sorriu ao ver que ele lembrava dela. Depois de tanto tempo sem notícias, já estava achando que ele nem lembrava mais dela. Pegou a carta e soltou a coruja. Serviu um pouco de suco em um copo e sentou-se à mesa da cozinha, para ler a extensa carta.
[i]"Gina
O que posso te dizer... Bom, posso te falar que passei estes últimos 5 dias trancado em casa, na frente da lareira, pensando. Posso te dizer que nem Goubi tinha coragem de chegar perto de mim, de tão irritado que eu estava. Posso te dizer que considereri realmente a hipótese de te dizer iso ao vivo, mas não conseguiria. Posso te falar que eu não te tirei da cabeça nenhum minuto nestas 120h em que estivemos separados.
A verdade é que eu simplesmente não estou me reconhecendo mais. O que você fez comigo? Devolva minha sanidade, por favor, devolva minha sanidade! Você sabe o que é mão conseguir parar de pensar em uma pessoa? Você sabe?
Eu só sei que não posso continuar com isso. Você me pediu uns dias, mas eu sinceramente preciso de meses. De três meses, para ser exato. Vou passar três meses com meu primo, na América. Lá eu vou conhecer gente nova, que vai me ajudar a desviar os meus pensamentos disso que virou minha vida.
Por favor, não me mande cartas. Te mandarei uma quando eu estiver para chegar. Estou indo de avião, pois meu primo é trouxa, e embora ninguém da minha família gostasse dele, e achassem que ele é uma escória, eu acho que ele é um dos meus poucos amigos. Quando eu estiver pra chegar, te mando uma carta, e você vai até o aeroporto, vai ser melhor assim.
De uma pessoa muito confusa
Draco"[/i]
Gina tinha os olhos paralisados, desfocados na parede. Lágrimas silenciosas escorriam por suas bochechas. Três meses. Três meses sem Draco. Três meses sem suas ironias e piadas sem graça. Três meses sem ouvir a voz dele. Três meses sem sentir a boca dele enquanto ele sussurava besteiras na sua orelha, Três meses sem sentir a mão dele contra sua pele quando ele insistia em lhe fazer cócegas. Três meses.
De repente a ruiva desatou a chorar como nunca tinha chorado antes. Chorou tanto, deitou no sofá e esqueceu qualquer coisa que pudesse esstar fazendo. Só sentia cada parte do seu corpo se dilacerando. [i]"Não mande cartas"[/i]. Gina só pensava que se tirassem seu coração e colocassem na boca de um dragão faminto iria doer menos. Qualquer coisa iria doer menos do que aquilo. E por queê? Por quen isso estava acontecedo?
Ouviu a voz de Cindy na cozinha. Sentou no sofá e tentou desesperadamente limpar as lágrimas. Mas não deu...
- Gina? Merlin, o que houve? - a morena largou a bolsa no chão e correu ate a amiga, ajoelhando-se
- Nada não, Cindy... Caiu um cisco no meu... - mas não conseguiu terminar a frase por que caiu chorando no ombro da amiga
- Calma Gina, calma... Me diz direitinho o que aconteceu, por favor? - a ruiva estendeu a carta - O que é isso? - Cindy ia lendo e seus olhos iam ficando cada vez mais arregalados, ao terminar olhou para Gina com pena - O amiga, não fica assim não... Ele ainda vai perceber que te ama e...
- Eu não o amo, Cindy. Só estou confusa, e vou sentir saudades dele, sabe? A gente passava tempo demais juntos...
- E o que é que você vai ficar fazendo nestes três meses?
- O mesmo que eu andei fazendo até agora. Quem sabe aranjar um namorado... Não, acho que não... Ainda não estou pronta para um relacionamento.
- Se você quiser eu saio com você toda a tarde, pra não te deixar sozinha! - disse Cindy com voz de quem dá um grande idéia
- Obrigada Cindy, você é demais, mas eu não quero te atrapalhar não...
- Não é incomôdo e...
- É sim, não quero atrapalhar seu namoro com o David...
- Se é assim que você pensa...
- Vou te pedir pra ir embora Cindy eu... Eu não sei se quero sair hoje... Te mando uma coruja depois, certo?
- Tudo bem, até mais. - e desaparatou
Ao se ver sozinha de novo, Gina começou a chorar mais. Chorava e batia as mãos na parede, imaginando que estava parecendo uma louca. Mas era isso o que ela era. Uma louca. Louca, por ter se apaixonado por Draco Malfoy. Logo ele, que não ama ninguém.
Por isso ela resolveu que passaria estes três meses saindo o mínimo possível. Iria aproveitar a televisão que tinha em casa, e se trancar em seu apartamento vendo filmes melosos e sentimentais. Afinal, ela merecia. Estava passando por uma barra emocional, ou era isso que ela pensava.
Colocou o pijama e fechou as cortinas. Ligou a TV e estava passando, para a sorte dela, um daqueles filmes bem melosos. Pegou o pote de sorvete de chocolate que tinha no freezer e começou a comer. Não estava mais nem aí.
Ao desembarcar nos EUA, Draco logo se sentiu deslocado. Homens de 22 anos, como ele, usando bermudões e camisas floridas. Mulheres da idade de Gina usando saia muito curtas, isso para não falar das mais novas. Miami não era pra ele.
Pessoas se empurrando, cigarros jogados no chão... Tão diferente da sua amada Londres! Logo viu um homem corpulento e usando uma camisa florida, que parecia ser a última moda, com uma plaqueta em que se podia ver o nome [i]"Draco Malfoy"[/i].
- Douglas? - ele pediu, com seu sotaque muito em vista, no meio de tantos americanos
- Primo! - o homem logo veio abraça-lo e dar tapinhas em suas costas - O avião atrasou, foi? Notei, já estou aqui há meia hora...
- Desculpe...
- Oras! Não precisa pedir desculpa para tudo, isso não é a Europa! Deus, como vocês são estranhos... Você está usando preto! Está fazendo 40Cº lá fora!
- Eu não gosto muito de cores claras, ou vibrantes - Draco estava um pouco intimidado pelo jeito do primo
- Bom, faça o que quiser... Se não se importa, teremos que esperar aqui mais uns quinze minutos, até a prima da minha mulher chegar no Brasil. Ela é do sul, vai vir passar seis meses aqui... Eu não queria, pessoalmente, não gosto de brasileiras. Muito atiradas, acham que podem fazer o que querem... - soltou uma gargalhada, que fez Draco dar um pulo - Há! Quando disse isso para Jenny ela me disse para não falar besteira, que a Alícia só tinha catorze anos - baixou a voz - São as piores.
- As brasileiras podem ser um pouco estranhas as vezes, mas eu conheço muitas que são ótimas pessoas.
- É claro que podem ser! Mas a verdade é que se vestem pouco demais...
- Aqui vocês parecem estar acostumados com isso...
- O que você disse? Desculpe, eu não ouvi. - disse o outro, um sorriso amigável no rosto
- Nada, pensando alto. Vocês sempre falam alto assim?
- Ah, mas é claro! Por quê? Na Inglaterra costumavam falar muito baixo?
- Sim...
- Você se acostuma. Vai ficar os três meses aqui em Miami?
- Semana que vem quero ir para Nova York, passar umas duas semanas. Visitar um conhecido. Estou com saudades da minha afilhada, que é filha dele.
- Tudo bem, mas depois você volta?
- É claro, pegar uma praia... Isso é provaelmente a única coisa que eu gosto no calor...
- Pois é, veja que... Alícia!
Uma menina com um vestido até o joelho, sandálias altas de plástico, olhos azuis e cabelos extremamente lisos e pretos,veio vindo até eles, sustentando no rosto a expressão mais nojenta possível. Olhou para Douglas e soltou um suspiro, ao olhar para Draco, deixou o queixo cair e disse, em um péssimo inglês:
- Você não é meu parente, é?
- Não... - disse Draco, desconfiado
- Oh, Graças a Deus, minhas férias não foram perdidas.... Agora vamos, "tio" - ela fez sinal de aspas com as mãos - Douglas... Pegue minhas malas, sim?
Douglar levantou as sobracelhas para Draco, que o olhou aterrorizado. O americano balançou os ombros e os dois se dirigiram ao portão de saída. Ao chegarem lá fora, Alícia estava visivelmente emocionada. Olhava para tudo admirada.
- Douglas... - disse Draco - Nós não vamos precisar ficar com essa pirralha metida a gente o tempo todo, não é?
- Com certeza que não... Nós hospedamos algumas pessoas lá em casa, e uma delas tem a idade dessa coisa... Elas que andem juntas! Agora, do meu filho Philipe vocês vai gostar. Um garotão, se você quer saber - Douglas disse, com seu melhor tom de pai orgulhoso
- Ah, verdade? Quantos anos ele tem? - Draco estava interessado. Adorava crianças
- Sete... Bom, seis... Mas vai completar sete mês que vem. Está todo orgulhoso.
Dentro do carro Alícia mascava chicle fazendo barulho e escutava seu discman em alto volume, o que estava irritando Draco muito. E para piorar ela ficava jogando olhares "sexys" pra ele o tempo todo. "Americanas nojentas!" pensava. Douglas falava, falava mas o loiro não escutava nada. Para falar a verdade os seus pensamentos ainda estavam na Inglaterra com uma certa ruiva... Aliás, era nela que ele estava pensando quando o carro parou. Olhou pela janela e viu uma grande casa com aparência aconchegante e antiga. O primo morava na área mais calma, perto de uma das praias menos movimentadas. Draco sorriu. Era isso que ele queria. Um bom lugar para pensar.
Nem bem saíram do carro, uma mulher bonita e sorridente correu até eles.
- Jenny! - Douglas saudou a esposa
- Douglas! - ela o beijou levemente - Que bom que chegaram. Philipe dormiu a pouco, mas perguntava de minuto em minuto por você. Aconteceu alguma coisa?
- Não, foi só que os dois vôos atrasaram... Ah, falando nisso - o americano bateu a mão na testa espalhafatosamente - Este é o Draco, meu primo inglês.
- Muito pra... - Draco já ia cumprimenta-la educadamente, como era costume na Inglaterra, mas a mulher já o tinha abraçado
- É ótimo te-lo conosco. Seu quarto vai ter que ser no sotão, tudo bem para você?
- Quanto mais silêncioso, melhor.
- Então tudo bem. Alícia! - a mulher abraçou a prima - Como você cresceu! Da última vez que eu fui para lá, você era muito pequena!
- Er... - aparentemente a menina não tinha entendido nada. Draco ria por dentro
- Bom, vamos todos para dentro. Eu preparei umas pizzas para vocês. Sabem, foi improviso... Não tive muito tempo hoje.
O jantar estava bom, mas Draco não estava acostumado com a comida americana. Durante a refeição, foram a presentados a Yoko Hiroshama, um jovem de dezessete anos, japonês, que estava passando seis meses nos EUA. Também conheceram Hellen Arent, uma alemã muito bonita, de quinze anos. Essa era a menina que Douglas havia falado.
Logo depois que eles terminaram de comer, Draco disse que estava cansado e que iria dormir. Ainda era uma hora da tarde, mas ele não tinha conseguido dormir nada no avião. Subiu até o sotão, que mais parecia uma sala de estar, com ar condicionado, geladeira, televisão, poltrona e uma cama grande, na qual ele deitou e dormiu imediatamente.
Acordou novamente às cinco horas. Tomou banho e deu de cara com uma grande discussão na cozinha. Alícia gritava, usando seu péssimo inglês, que não queria dormir com Hellen, a outra não parecia entender o que tinha feito de tão ruim, e só ficava sentada na mesa. Jenny discava para a mãe de Alícia enquanto gritava que a prima era uma menina mimada e sem educação.
Draco pegou uma maçã, sentou a mesa e disse:
- Ei, Hellen, o que é que houve?
- Bom, era para essa coisinha dormir no meu quarto. Só que ela disse que quqeria um quarto só para ela, que não ia aturar dividir um quarto com uma "alemãzinha". A Juddy ficou furiosa, Disse que eu estava aqui há mais tempo, e que ela não tinha o direito de exigir nada. Parece que agora ela vai voltar para casa.
- Não é que eu vá ficar realmente frustrado...
- Pois é, nem eu... De que parte da Inglaterra você é?
- Londres. Ah, já estou com saudades. Isto aqui é tudo muito expontâneo, muito berulhento para mim...
- Eu já estou aqui a dois meses. Quando eo vim também me senti assim, mas depois acostuma... Quanto tempo vai passar aqui?
- Três meses. Mas semana que vem vou para Nova York, visitar um conhecido, e minha afilhada.
- É pouco tempo, eu vou passar um ano...
- Eu acho tempo demais... - o loiro acrescentou com um olhar nostálgico
- Você deixou alguém lá, não foi?
- O que disse?
- É, uma namorada. Não se preocupe, ela está pensando em você também...
- Como você pode ter tanta certeza? E ela não era minha namorada!
- Mas vocês gosta dela. Ah, eu tenho meus meios...
Draco achou aquilo tudo muito estranho.
Alícia embarcou para o Brasil no outro dia, com a promessa de receber um grande castigo ao chegar a seu país de origem. Na outra semana, Draco embarcou para Nova York. Tinha falado com o Potter, via flú (Douglas sabia da existência dos bruxos). Eles iriam se encontrar no aeroporto.
Hellen acabou virando uma grande amiga. Ela e Yoko eram namorados, ou como eles gostavam de dizer, curtiam juntos. Draco achava isso legal, mas quando ela disse que tinha muitas amigas que dariam tudo para "curtir" com ele, o loiro logo recusou. Definitivamente sentia falta de Gina. Em uma segunda feira Hellen passou por ele e comentou que Gina estava com um resfriado, e que tudo o que a ruiva mais queria era a companhia de Draco. O loiro prensou a alemã na parede e ela confessou ser bruxa, e possuir a Clarividência. Na verdade ela podia ouvir os pensamentos de pessoas que estavam muito longe, ou muito perto. Ela estudava em Beuxbatons, mas tinha tirado um ano de folga.
Draco descobriu que preferia Nova York do que Miami. As pessoas eram mais parecidas com as inglesas, ao menos no modo em que se vestiam e falavam. Bom, algumas. Outras eram mais mal educadas do que Alícia. Draco olhava a hora pela décima vez. Potter estava atrasado vinte minutos.
Logo viu o bruxo vir até ele com cara de "só vim porque a Luna pediu" o que Draco sabia ser verdade. Naty tinha ficado muito animada quando soube que Draco estava nos EUA, e queria mostrar a ele seu novo irmãozinho, George.
- Malfoy - Potter estendeu a mão
- Ora Potter, faça-me o favor. Não quero trocar mais palavras do que o necessário com você. Eu não esqueci do baile.
- Para mim é melhor.
Potter morava em uma grande casa na área menos movimentada de Nova York. Na verdade era um bairro quaso totalmente bruxo. Ao entrar na casa Draco só sentiu Natália pulando em cima dele.
- Tio Draco! Tio Draco! Você veio!! - a menina estava pulando ao redor dele agora
- Mas é claro que eu vim. Você recebeu todos os doces que eu te mande, Naty?
- Recebi sim, tio Draco. Tio Draco, você tem que conhecer o George. A vovó Molly diz que ele é muito parecido comigo. Isso que dizer que eu pareço um menino? E o titio George disse que ele é muito bonitinho, mas tinha um nome lindo demais pra ele... Por que ele falou isso tio Draco? E por que ele tem o cabelo preto e eu não? Por quê? - a garotinha tinha pego Draco pela mão e o "carregava" até um quarto azul bebê. Draco sorria atrás dela. Estava sentindo falta dela falando
Ao entrarem no quarto Draco viu Luna. Muito mais magra do que da última vez que tinham se visto, e muito bonita. Quem sabe a felicidade realmente deixasse as pessoas mais felizes. Ela estava debruçada sobre o berço do pequeno bebê, colocando o menino para dormir. Ao ouvir gente entrando leantou a cabeça:
- Malfoy! - andou até eles - Já chegou? É realmente bom termos você aqui conosco. Já não aguentava mais essa baixinha falando de você.
- Eu não sou baixinha... - disse a loirinha fazendo bico. Draco pegou ela no colo
- Mas é claro que não! Você cresceu muito! Já esta quase do meu tamanho!
- Verdade?
- Mas é claro! Agora, o que você acha de me mostrar seu maninho?
- É ali '' seu bobo... No berço!
- Mas é claro, que cabeça a minha. Vamos!
Luna os acompanhou sorrindo. O bebê aparentemente tinha acordado com o barulho que a irmã tinha feito, pois estava com os grandes olhos verdes, como os de Naty, abertos, e sorria. Os cabelos pretos prometiam ser tão bagunçados quanto os de Potter. Aparentemente o pequenino ia ser igual ao pai. "Coitado..." pensou Draco, venenoso.
- É uma linda criança, Lovegood. Parecida com o pai, não?
- Pois é...
- Naty! Vamos bricar?
- Êêêêêêê!!
Passou duas semanas em Nova York, depois voltou para Miami, e foi muito à praia. Mesmo se divertindo, ainda pensava muito em Gina, e ela nele, segundo Hellen. Foram três meses movimentados e diferentes, com muita coisa para pensar e fazer. Passou rápido para Draco. Até que em um dia ele resolveu escrever uma carta para Gina. Estava na hora de voltar.
Um dia pela manhã, Gina acordou com uma coruja bicando sua orelha. Já eram onze horas, mas ela ainda dormia profundamente. Ela e Cindy tinham ficado conversando até tarde no outro dia. Mas o que, por Merlin, a coruja queria!
Ao ver que coruja era, todos os pensamentos ruins saíram da sua cabeça. Penas pretas! Artemis! A coruja de Draco. "Será que..." Gina mordeu os lábios "Melhor nem pensar".
- Olá Artemis! Quer comida? Tem frutas em cima da mesa, pode ir ali comer.
Retirou a carta de dentro do envelope e pôde ver que ela era curta, mas tinha o melhor conteúdo de todos para Gina.
[i]Gina!
Estou voltando! Amanhã, no aeroporto, às nove horas da noite. Esteja lá.
Com muitas saudades
Draco[/i]
Gina mal cabia em si de felicidade. Amanhã, às nove horas da noite, ela veria Draco. Depois de três meses ela veria Draco. Mal podia esperar... Chamou Cindy na hora para resolverem juntas o que Gina devia usar. A ruiva tinha engordado, embora não comesse muito. A barriga estava inchada. Cindy disse que não tinha problema, mas Gina viu um quando sua calça jeans não fechou.
- Eu sempre usei trinta e oito! É impossível que eu tenha pulado para quarenta!
- Está tudo bem Gina. Você pode usar aquele vestido rosa lindo que você comprou semana passada.
- É mas... O que pode ter me feito engordar tanto? Eu não comi demais, comi até de menos!
- Não sei... Quem sabe possa ser uma doença, é melhor você ir ao médico...
- Tem razão... Bom, já são onze da noite. Amanhã você vem aqui para me ajudar a ficar pronta?
- Com certeza! Até amanhã! - e desaparatou
Nove horas e dez minutos. Gina andava de um lado para o outro, impaciente. O avião já estava atrasado. Aparentemente ela era a única que não estava acostumada com o atraso nos vôos, pois as outras pessoas liam suas revistar e ouviam sues ráadio muito calmas.
Um avião. Gina conferiu o número. Era esse. Dentro deste avião. Draco estava lá. Merlin, ele estava! A ruiva ficou em frente a porta, esperando. Quando ouviu o barulho dos passageiros conversando os olhos se encheram de lágrimas. A porta abriu.
Passou um home muito alto e bigodudo, uma mulher gorda e mau humorada. Uma família com quatro filhos. Uma jovem grávida. Todo o tipo de gente, menos o oiro. Gina já estava segurando as lágrimas. "De repente ele perdeu o vôo" pensava "Ou quem sabe, ele tenha decidido que não quer me ver..."
O corredor agora já estava praticamente vazio. Gina virou'se. Ele não estava ali... Mas ao longe...
- Gina!
A ruiva virou e lágrimas escorreram, um sorriso formou-se em seu rosto e ela sentiu tantas coisas juntas que achou que iria explodir. Draco.
- Draco!
Ela correu e pendurou-se no pescoço dele. Era ele. O mesmo cheiro, os mesmos cabelos. Era ele.
Draco não sabia o que dizer. Quando a viu ficou parado. Um pouco mais cheinha, mas ainda linda. Gina. A sua Gina. Quando ela virou para ir embora, ele praticamente entrou em desespero e berrou. Ao abraça-la sentiu tantas coisas que não poderia colocar em palavras. O cheiro, o jeito, as roupas. A voz dela sussurrando em seu ouvido que tinha sentido saudades. Só podia ser um sonho, porque era bom demais para ser real.
Os dois ficaram abraçados e falando baixinho por muito tempo. Não queriam mais se separar. Estavam novamente juntos e nada mais era importante. Nada.
N/A: EaE leitoreeeeees??? XD
Well, well... Não tentem me matar! Demorou, mas veio! E foi um capítulo bem feliz! Diris que um dis mais delizes de todos, sendo que está é uma fic melancólica (há!).
Hmmmmmmm...... Moooooooooooooooooooooooooooooooito obrigada por TODOS os comentários, eu diria que eles me motivaram a escrever. Comentem mais! E sempre! E recomendem sempre também! E dêem sugestões! Enfim...
Mas agora falando sério, peoples... Eu tô SEM TEMPO para escrever, Por isso eu demorei. E posso dizer para vocês que o capítulo 12 vai demorar muito mais, porque meu computador PUF! pifo de veizzzzz XD
Vai aí mais um apelo: MANDEM E-MAILS!!! E me coloquem no MSN de vocês!! kakazinhapotterhotmail.com
Sim, eu sei que eu tenho que trocar meu e-mail... Mas é que tanta gente tem ele, dá preguiça... u.u
O próximo capítulo demora, deixem comentários, mandem e-mails, adicionem no messager... Eras issoo ... Me vou agora, COMENTEEEEEEEEEEEM =
