- O que você está fazendo, Sibila?? - gritou a professora Fugni.
Toda a sala de Adivinhação se virou, apreensiva, para a raquítica adolescente de dezesseis anos no fundo da sala. Não sabiam ainda o que ela tinha feito, mas ela constantemente fazia coisas estranhas que acabavam, quase sempre, em desastre.
Uma vez, na aula de poções, ela teimara em ler o futuro nas entranhas de um camaleão morto que eles deveriam estar picotando para jogar no caldeirão - ninguém sabia como, mas de repente o cadáver do bicho se erguera como uma marionete e começara a sapatear, dera um salto de trapezista e aterrissara bem na cabeça do irritadiço professor Boomguns. A Lufa-Lufa (a Casa de Sibila Trelawney) perdera cinqüenta pontos de uma só vez naquele dia.
A aula de Adivinhação era junto com os alunos da Grifinória. Era para eles estarem estudando cartomancia; em vez disso, Sibila, aproveitando seu cantinho escondido no fundo da sala, estava armando alguma coisa.
Tiago Potter, Sirius Black e Remo Lupin olharam amedrontados para a garota. Por que eles tinham que ter chegado tarde na aula?! Agora eles tinham que ficar sentados perto da lunática, os únicos lugares que estavam sobrando quando eles haviam chegado. Pensaram invejosos em Pedro, que não havia escolhido aquela maldita aula de Adivinhação e a essa hora devia estar cuidando de pufosos na Aula de Trato das Criaturas Mágicas.
Sibila olhou inocentemente para a professora.
- Eu? Não estou fazendo nada, querida mestra.
- Mostre o que você tem aí! - mandou a professora Fugni. Era uma mulher muito medrosa e sua voz tremeu um pouco ao falar com a aluna.
Sibila, relutante, tirou uma coisa de baixo da carteira. Numa correntinha de ouro, tinha um penduricalho que parecia uma ampulheta. Era uma ampulheta. A professora se esganiçou toda e levou a mão à boca. Ninguém na sala entendeu o ataque dela.
- Um... um Vira-Tempo!!
- É! - confirmou Sibila, radiante. - Eu ganhei da minha avó. Não é o máximo??
- Entregue-me isso! - guinchou Fugni, tentando tomar a coisa da mão da aluna.
- Não!! - retorquiu Sibila, tirando o Vira-Tempo do alcance dela. - É meu! Agora se afaste!
A professora recuou instintivamente, assim como os três Marotos e todos os outros na sala, quando a doida da Trelawney deixou Vira-Tempo escorregar de sua mão e cair no chão. A professora gritou "Afastem-se!" quando uma nuvem de pó dourado se ergueu do chão, alcançando Sibila, Tiago, Remo e Sirius - que estavam perto demais e não se afastaram a tempo.
- Sua menina tola, o que você... - guinchava Fugni tremendo convulsivamente, enquanto ela e os outros alunos corriam para o outro extremo da sala grande. Mas ela perdeu a voz.
A cortina de pó estava se dissipando, deixando o chão naquele canto com um tapete dourado. Os estilhaços do belo Vira-Tempo estavam por todo lado. Mas não havia nem sinal dos quatro adolescentes.
A professora levou uma mão dramática à testa, virou os olhos e desmaiou.
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++
- O QUE VOCÊ FEZ?!? - gritava Sirius.
- SUA LOUCA!!! - gritava Remo.
- VOCÊ TEM TRIPAS DE CAMALEÃO NA CABEÇA, MESMO! - gritava Tiago.
Eles haviam aparecido no meio do Salão Principal. Sibila parecia bastante calma, mas os Marotos estavam gritando com todas as forças na cara dela. Estavam ainda cobertos de pó brilhante, que Sibila espanava cuidadosamente das vestes. Ela ajeitou o chapéu cônico e olhou para eles com um ar superior.
- Ah, leigos. Ficarem tão irritadinhos só porque fizemos uma viagenzinha no tempo. Por engano, claro, é muito perigoso, mas é tão fascinante... - os olhos dela começaram a brilhar de entusiasmo, um brilho meio demente.
Os Marotos pararam de gritar na hora.
- Você... o quê??!
Toda a sala de Adivinhação se virou, apreensiva, para a raquítica adolescente de dezesseis anos no fundo da sala. Não sabiam ainda o que ela tinha feito, mas ela constantemente fazia coisas estranhas que acabavam, quase sempre, em desastre.
Uma vez, na aula de poções, ela teimara em ler o futuro nas entranhas de um camaleão morto que eles deveriam estar picotando para jogar no caldeirão - ninguém sabia como, mas de repente o cadáver do bicho se erguera como uma marionete e começara a sapatear, dera um salto de trapezista e aterrissara bem na cabeça do irritadiço professor Boomguns. A Lufa-Lufa (a Casa de Sibila Trelawney) perdera cinqüenta pontos de uma só vez naquele dia.
A aula de Adivinhação era junto com os alunos da Grifinória. Era para eles estarem estudando cartomancia; em vez disso, Sibila, aproveitando seu cantinho escondido no fundo da sala, estava armando alguma coisa.
Tiago Potter, Sirius Black e Remo Lupin olharam amedrontados para a garota. Por que eles tinham que ter chegado tarde na aula?! Agora eles tinham que ficar sentados perto da lunática, os únicos lugares que estavam sobrando quando eles haviam chegado. Pensaram invejosos em Pedro, que não havia escolhido aquela maldita aula de Adivinhação e a essa hora devia estar cuidando de pufosos na Aula de Trato das Criaturas Mágicas.
Sibila olhou inocentemente para a professora.
- Eu? Não estou fazendo nada, querida mestra.
- Mostre o que você tem aí! - mandou a professora Fugni. Era uma mulher muito medrosa e sua voz tremeu um pouco ao falar com a aluna.
Sibila, relutante, tirou uma coisa de baixo da carteira. Numa correntinha de ouro, tinha um penduricalho que parecia uma ampulheta. Era uma ampulheta. A professora se esganiçou toda e levou a mão à boca. Ninguém na sala entendeu o ataque dela.
- Um... um Vira-Tempo!!
- É! - confirmou Sibila, radiante. - Eu ganhei da minha avó. Não é o máximo??
- Entregue-me isso! - guinchou Fugni, tentando tomar a coisa da mão da aluna.
- Não!! - retorquiu Sibila, tirando o Vira-Tempo do alcance dela. - É meu! Agora se afaste!
A professora recuou instintivamente, assim como os três Marotos e todos os outros na sala, quando a doida da Trelawney deixou Vira-Tempo escorregar de sua mão e cair no chão. A professora gritou "Afastem-se!" quando uma nuvem de pó dourado se ergueu do chão, alcançando Sibila, Tiago, Remo e Sirius - que estavam perto demais e não se afastaram a tempo.
- Sua menina tola, o que você... - guinchava Fugni tremendo convulsivamente, enquanto ela e os outros alunos corriam para o outro extremo da sala grande. Mas ela perdeu a voz.
A cortina de pó estava se dissipando, deixando o chão naquele canto com um tapete dourado. Os estilhaços do belo Vira-Tempo estavam por todo lado. Mas não havia nem sinal dos quatro adolescentes.
A professora levou uma mão dramática à testa, virou os olhos e desmaiou.
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- O QUE VOCÊ FEZ?!? - gritava Sirius.
- SUA LOUCA!!! - gritava Remo.
- VOCÊ TEM TRIPAS DE CAMALEÃO NA CABEÇA, MESMO! - gritava Tiago.
Eles haviam aparecido no meio do Salão Principal. Sibila parecia bastante calma, mas os Marotos estavam gritando com todas as forças na cara dela. Estavam ainda cobertos de pó brilhante, que Sibila espanava cuidadosamente das vestes. Ela ajeitou o chapéu cônico e olhou para eles com um ar superior.
- Ah, leigos. Ficarem tão irritadinhos só porque fizemos uma viagenzinha no tempo. Por engano, claro, é muito perigoso, mas é tão fascinante... - os olhos dela começaram a brilhar de entusiasmo, um brilho meio demente.
Os Marotos pararam de gritar na hora.
- Você... o quê??!
