DISCLAIMER: Eu não possuo Harry Potter. Se ele quiser ser meu, aí eu não
discuto, mas por enquanto ele não quer.
Nota da Autora: Consegui fazer um capítulo maior, agora ^^ Bom, foram sete páginas do Word... Acho que é o suficiente, não é?
Para Andoresa: Sua coisa... eu sei, você só leu até o cap 3, não foi? É, você não me engana não... acho que só quem gosta do que eu escrevo é quem não me conhece... mas tudo bem, de qualquer jeito, não vou ser ingrata. Valeuz, e também por aquele negocinho do Draco que você me deu (huahuahua) ^.~
Para Karol: Acho que o Sirius tem uma legião de fãs atrás dele ^^ E não é pra ter? mesmo que ele seja só um personagem de livro, ele parece tão real... ah, obrigada, e eu tô escrevendo a todo vapor! ^^
Para Mariana: Será que tá tão bom assim? ^^' Quer dizer, eu também sou viciada em uma porção de fics, e na maioria eles são maravilhosos... será que eu chego perto deles? Hehe.
Para Danna Malfoy: Um treco? Nem tanto... eu não tô com a intenção de fazê- lo ter um treco =) Tomara que você goste desse também, pelo menos foi o que eu mais gostei até agora!
Para Yuuko: Eu tento fazer maiores, mas é difícil ^^ e eu acho que fica ruim encher lingüiça e não falar nada, né? XD E esse é o último capítulo pronto... portanto, os próximos vão demorar um pouquinho mais. E ainda mais que o computador resolveu dar problema logo agora...
Para Tathiana: É, você me deu uma idéia, mas eu não tenho certeza se vou usar... e, segundo meus planos, ainda vão ter muuuitos caps pela frente! Isso é bom? ^^' E eu nunca gostei muito do Remo muito certinho, pra falar a verdade. Sempre pensei nele sendo inteligente, mas sem ser santo (hehe).
Para Lain Lang: Acho que agora vai ficar mais devagar ^^ Ué, mas agora você vai saber o que acontece! Nesse até que eu não fiquei muito preocupada... tava mais confiante, graças a vocês ^^
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Pirraça gritava que nem um doido no corredor, e Sibila e Trelawney tinham certeza de que ele ia chamar a atenção da Torre Norte inteira. Ia demorar - aquela parte da Torre era meio afastada - mas era inevitável. Apesar disso, as duas simplesmente se entreolhavam, sorrindo, com os dedos nos ouvidos para não ficarem surdas por causa do Poltergeist, que já saíra da armadura e zunia pelo corredor.
- PROFESSORA SEM-VERGONHA, MAL RECUPEROU O EMPREGO, MAS ELA É UMA PAMONHA, VAI LEVAR CHUTE NO R...! - berrava ele.
- EU EXIJO QUE VOCÊ ME RESPEITE! - berrou a professora de volta, o rosto tomando um leve tom rosado.
- ELA É PROFESSORA, PIRRAÇA! - gritou Sibila.
Mas Pirraça não deu a mínima atenção a elas. Ao contrário, continuou a recitar seus versos grotescos, que iam ficando cada vez piores - e todos eles tinham algo de ofensivo a dizer à professora, que ia ficando roxa de raiva - e logo um tropel e murmúrios anunciaram a chegada de alunos e professores no local. As duas foram cercadas por dezenas de cabeças que as olhavam curiosa e acusadoramente.
- SAI DA FRENTE, SAI DA FRENTE!!! ACHEI VOCÊ!! - gritava uma voz fanhosa no meio do burburinho.
Argo Filch, acotovelando e chutando para abrir passagem, chegou perto delas, os olhos saltados e o rosto lívido. Parecia pronto pra matar um, e tinha uma coisa azul-petróleo e meio peluda nas mãos. Ele ergueu a coisa na cara de Sibila; ela viu que era aquela gata horrorosa que ela vira sair saltitante atrás do Potter. Estava difícil de reconhecer, estando daquela cor. Mas a criatura estava muito rígida, como se...
- PETRIFICADA!!!!! - berrou Filch, quase enfiando a gata na cara de Sibila. Ela afastou o bicho com um "ai" enojado; quem sabia se aquela gata tomava banho?
- E daí, Argo? - perguntou Trelawney, mais etérea do que nunca. Era de admirar aquela capacidade dela de fingir.
- E DAÍ??? - repetiu ele, a voz trêmula, abraçando a gata com os braços magrelos. - E DAÍ QUE ALGUM DOS AMIGOS IMBECIS DELA FEZ ISSO COM MADAME NOR- R-RA! EXIJO QUE SEJAM PUNIDOS!
Os gritos dele reboavam dolorosamente nas paredes do corredor, e muitos alunos tinham as mãos espalmadas contra os ouvidos, numa tentativa frustrada de proteger os tímpanos. Já tinham até se esquecido de Pirraça, que flutuava, divertido, sobre as cabeças deles, rindo da confusão que aprontara.
Alguns alunos abriram passagem no meio da multidão, e o pequeno professor Flitwick passou por ela. Era menor do que qualquer um dos alunos, e tinha a aparência de quem tinha sido pisoteado e levado algumas cotoveladas para chegar até ali.
- Ora, por favor, é só um feitiço de Petrificus, Argo - disse Flitwick, chegando perto deles. - Podemos consertar isso num segundo, deixe-me fazer isso...
Soluçando pateticamente, Filch ergueu a gata (que arregalou os olhos, aterrorizada) para o professor. O homenzinho arregaçou as mangas, agitou a varinha e murmurou alguma coisa. A gata imediatamente afrouxou nas mãos de Filch, que soltou um guincho de alívio e a abraçou - ou melhor, esmagou-a entre os braços.
Mas ela ainda estava azul. Flitwick pediu para Filch erguer Madame Nor-r-ra de novo. Franziu as sobrancelhas e agitou a varinha mais uma vez, recitando um feitiço, mas nada aconteceu. Tentou de novo. Dessa vez, a gata ficou verde, e Filch começou a gritar.
- Ué - disse Flitwick, coçando a cabeça com a varinha. - Não entendo...
Mas Filch gritava como um doido. Sibila e Trelawney se entreolharam e riram baixinho.
=================================================
Aos poucos, as caras de choque de Harry e Minerva foram virando cara de desgosto (de Harry) e de emoção (da professora). Hagrid se recompôs e finalmente conseguiu olhar para Tiago mais uma vez. Este não entendia o porquê do comportamento do gigante, mas não teve tempo para pensar nisso: Minerva parecia muito entusiasmada.
- Não pode ser... como pode... - murmurava ela, segurando o rosto de Tiago e virando-o de perfil, para cima e para baixo. O que, diga-se de passagem, irritava Tiago profundamente. - É você mesmo, menino?
- Da última vê que me olhei no espelho, era - retrucou Tiago, se soltando de Minerva antes que perdesse a calma.
- Então é você mesmo - disse Harry, e a voz dele tinha algo de desprezo. - O que está fazendo aqui?
- Eu estudo aqui - disse Tiago, notando o tom de voz dele. - Que que é? Vai encarar? Você não pode falar assim comigo, não!
- Esnobe como sempre! - exclamou Harry, os olhos brilhando de raiva. - Ainda não cresceu, não, é?!
- Vamos, parem com isso! - disse Hagrid, segurando Harry pelos ombros, enquanto Minerva fazia o mesmo com Tiago. - Logo com quem você vai arrumar briga, Harry? - acrescentou ele para Harry, que se soltou das mãos dele, rudemente.
- Não me interessa, ele é um imbecil! - retrucou Harry, e Tiago sentiu uma onda gelada de raiva subindo-lhe à garganta. - Ainda não me esqueci do que ele fez no quinto ano, mesmo um ano depois daquilo ele ainda não virou gente! É um idiota filho da---
Tiago não sabia do que ele estava falando, mas também não se importou. Harry terminou de falar, porque Tiago, já de saco cheio daquele moleque, se desvencilhou de Minerva e deu-lhe um soco no nariz. Tão forte, por causa da raiva, que o garoto foi jogado contra a parede do corredor. Por pouco os óculos dele não se partiram.
Mas Harry, apesar de ter sido pego de surpresa, parecia preparado para aquela reação. Sacou a varinha e a apontou para os pés de Tiago.
- Tarantallegra!
Aquilo era um feitiço muito simples, Tiago aprendera aquilo no primeiro ano. Mas era muito eficiente, infelizmente; as pernas dele começaram a dançar descontroladas, ora sapateado, ora xote, ora aquela dança russa em que a pessoa fica chutando o ar.
- CHEGA! - exclamou Minerva, irritada. - Pare de dançar, rapaz! - acrescentou a Tiago.
- Eu... você... sabe que eu... não consigo! - gaguejava Tiago, tentando alcançar a varinha no bolso das vestes, mas agora ele começara a rodopiar no que parecia balé clássico.
Ele via Harry às gargalhadas, e sabia que devia estar muito ridículo. Mas não admitia que ninguém risse dele (a não ser que ele tivesse contado uma piada, mas esse não era o caso), na maioria das vezes era ele que ria dos outros. E não era um pivete daquele que ia ser a exceção.
Aproveitou que começara a dançar mais devagar, e pegou a varinha no bolso, apontando-a direto para o meio dos olhos de Harry - que parou de rir na mesma hora.
=================================================
- Vinte e tantos anos? - repetiu Sirius. - Tá doido, Olho-Tonto?!
- Não, garoto, estou tão são como sempre estive.
"Doido de pedra, então", pensou Sirius, mas não ousou falar isso.
- É, mas não foram "vinte e tantos anos". Eu te vi no verão passado, lá na casa do Tiago, lembra?
Moody fez uma cara de quem buscava algo muito remoto no fundo da cabeça. Sirius não se lembrava de o auror ter uma memória tão fraca. Finalmente, Moody estalou os dedos em triunfo.
- Ah, é claro! - exclamou ele. - Lembrei, sim, é mesmo. Faz tanto tempo que já tinha me esquecido. - Sirius revirou os olhos. Aquele cara não tinha salvação, mesmo. - Mas olhe aqui, Black...
Ele parou de falar, seu olho mágico fixando-se na porta da sala de aula de que saíra há pouco. A porta abriu devagarinho, e a cabeça de uma garota ruiva apareceu pela fresta.
- Ahn... professor, tá tudo bem? - perguntou ela. - É porque a aula está parada e...
- Segure a turma, Weasley - disse Moody. Sirius olhou para a menina de novo; Como ela podia ser Weasley? Não havia Weasleys na escola. - A aula já está quase acabando de qualquer forma. Olhe só quem resolveu nos visitar.
A menina encarou Sirius e abriu a boca, espantada. Saiu pela porta de uma vez, fechando-a atrás de si, sem tirar os olhos dele. Sirius retribuiu-lhe o olhar, firme, mas receoso ao mesmo tempo. Será que ela ia sair gritando também, igual àquela Chang? Estava começando a achar que tinha feito algo de muito errado, e de que não se lembrava, para as pessoas terem aquele tipo de reação ao vê-lo.
- Parece o Sirius - disse a menina, agora virando para Moody. Sirius suspirou, aliviado. Pelo jeito ela não tinha medo dele. -, é igual àquela foto que você mostrou pra gente.
- Oi, muito prazer. Sirius Black - disse Sirius, estendendo a mão para ela e sorrindo.
Ela arregalou os olhos, cobrindo a boca com uma das mãos e, com a outra, apertando a dele. Moody abrira a porta e gritava lá pra dentro:
- NÃO SAIAM! LEIAM O LIVRO DA PÁGINA 148 EM DIANTE ATÉ O FIM DA AULA!
- Você sabe quem eu sou? - perguntou Sirius à moça. - Acho que eu não te conheço.
- Ah, eu sou Gina Weasley - disse ela, se engasgando. - É você mesmo, Sirius?
- Acho que sim - disse Sirius, distraído.
- Então a Cho tava falando sério - murmurava ela. - Mas eu ainda não tinha te visto... como você conseguiu...
- Acho que é melhor irmos conversar com o Dumbledore - rosnou Moody, batendo a porta da sala. - Vamos, Black.
Ele começou a andar pelo corredor. Sirius ia acompanhá-lo, mas se virou para Gina, que parecia meio desnorteada. Ela olhava para a porta da sala e para Moody, depois para Sirius, suplicante.
- Eu... - começou ela.
- Ei, Olho-Tonto - chamou Sirius. - E ela?
- Venha também, Weasley - mandou Moody, sem virar a cabeça. - Você sabe demais.
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- Vocês se separaram? - perguntou Dumbledore.
Remo correu os dedos pelos cabelos, nervoso. Depois quase riu de si mesmo. Devia estar passando tempo demais com Tiago.
- Sim - respondeu ele. - Quando o Filch nos achou lá no meio do Salão Principal, ele mandou aquele gato... aquela gata... ele mandou aquela coisa atrás da gente, aí cada um correu pra um canto. Mas a Sibila Trelawney ficou parada e o Filch deve ter pegado ela, eu não cheguei a ver.
- Entendo - disse Dumbledore.
Eles ficaram quietos por alguns minutos, e Remo tinha a sensação de que os quadros dos antigos professores de Hogwarts, ao invés de dormirem como sempre, olhavam para ele. Mas quando ele se virava para verificar, eles permaneciam de olhos fechados. Só aquele outro, com que Rony falara ao entrarem, não se preocupava em dormir, e Remo reconheceu-o como um dos retratos da casa de Sirius. Depois desistiu de tentar surpreendê-los e tornou a olhar para Dumbledore.
- Você já percebeu que este não é o seu tempo, não é? - perguntou Dumbledore, quebrando o silêncio e ajeitando os oclinhos.
Remo ia levando a mão aos cabelos de novo, mas se conteve. Achava ridículo quando Tiago fazia aquilo, mas agora entendia o lado do amigo, era automático. Olhou apreensivo para o diretor; era verdade, já estava desconfiando daquilo há algum tempo, mas se recusava a acreditar. Confirmou com a cabeça, hesitante.
- Mas eu nunca vi ninguém conseguir viajar anos no tempo, professor, o Vira- Tempo só funciona com horas, não é?! - perguntou ele, ansioso.
- Mas ninguém sabia o que aconteceria se um Vira-Tempo quebrasse - disse Dumbledore. Rony e Hermione não abriam a boca. - Sempre se tomou todo o cuidado com os poucos Vira-Tempos produzidos. Ninguém queria saber os efeitos colaterais que um descuido poderia causar...
De repente, ouviu-se um "puft" dentro da sala. Todos viraram a cabeça para a origem do barulho; Fawkes havia voltado, e subia em seu poleiro. A ave continuava exuberante como sempre fora, a plumagem vermelha e dourada faiscando com a luz do sol que entrava pela janela do escritório. Ele piou- lhes suavemente, e ficou observando-os. Dumbledore sorriu.
- Professor - disse Hermione, depois de um tempo, já que ninguém falava nada. - Será que não devíamos ir procurar aqueles dois...
- Ah, sim - disse Dumbledore, parecendo ter se esquecido completamente. Olhou para Fawkes. - Você chegou em boa hora. Por favor, vá procurar Tiago Potter, Sirius Black e Sibila Trelawney, eles estão soltos pela escola.
A fênix pendeu a cabeça para o lado, parecendo não ter entendido.
- Isso mesmo - continuou Dumbledore. - Tiago, Sibila e Sirius. Você se lembra deles aos 16 anos? Pois é, eles devem estar assim. Por favor, procure-os, é urgente.
Fawkes agitou as asas e desapareceu de novo com um "puft".
- É estranho estar no futuro, sabe - comentou Remo. - Vocês parecem saber tudo de mim... e... será que eu posso saber como eu sou nesse tempo? - acrescentou, curioso.
- Sinto muito, mas é muito perigoso - disse Dumbledore. Remo sentiu uma um tantinho de desapontamento. - Vocês não podem saber do futuro de vocês, seria bagunçar toda a história. Já é um risco deixar Tiago e Sirius por aí, eles podem acabar descobrindo coisas que poderiam mudar nosso tempo...
- Mas, se esse é o futuro do presente deles, então nada que eles fizerem vai fazer diferença, porque já aconteceu de qualquer jeito - disse Rony, raciocinando. - E o nosso presente é resultado do que eles souberem aqui, não é?
Todos olharam para Rony, Remo e Hermione surpresos com a lógica dele e Dumbledore sorrindo. As orelhas do garoto começaram a ficar vermelhas, e Hermione pôs uma mão na testa dele.
- Você está bem, Rony? - perguntou ela. - Você não tá com febre.
- Ah, não seja boba, Mione - retrucou ele, corando e afastando a mão dela.
- Está certo, é verdade - disse Dumbledore. - Mas se tomarmos precauções, o nosso futuro vai continuar sendo resultado do que eles souberem aqui. Cuidado nunca é demais. Vocês sabem do que estou falando, já passaram por isso.
Hermione e Rony concordaram com a cabeça. Remo, apesar de extremamente curioso sobre seu eu do futuro - e de nunca ter passado por aquilo - não teve como não concordar. Depois uma coisa passou pela sua cabeça, algo tão óbvio que ela não sabia como tinha se esquecido de perguntar.
- Em que ano estamos? - perguntou ele.
- 1996 - disse Rony.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
P.S.: Acho que o ano em que eles fazem a sexta série é 1996, não é? O segundo ano, dizem que foi em 1992... então, foi isso que eu pensei. Se estiver errado, me avisem que eu corrijo ^^
Nota da Autora: Consegui fazer um capítulo maior, agora ^^ Bom, foram sete páginas do Word... Acho que é o suficiente, não é?
Para Andoresa: Sua coisa... eu sei, você só leu até o cap 3, não foi? É, você não me engana não... acho que só quem gosta do que eu escrevo é quem não me conhece... mas tudo bem, de qualquer jeito, não vou ser ingrata. Valeuz, e também por aquele negocinho do Draco que você me deu (huahuahua) ^.~
Para Karol: Acho que o Sirius tem uma legião de fãs atrás dele ^^ E não é pra ter? mesmo que ele seja só um personagem de livro, ele parece tão real... ah, obrigada, e eu tô escrevendo a todo vapor! ^^
Para Mariana: Será que tá tão bom assim? ^^' Quer dizer, eu também sou viciada em uma porção de fics, e na maioria eles são maravilhosos... será que eu chego perto deles? Hehe.
Para Danna Malfoy: Um treco? Nem tanto... eu não tô com a intenção de fazê- lo ter um treco =) Tomara que você goste desse também, pelo menos foi o que eu mais gostei até agora!
Para Yuuko: Eu tento fazer maiores, mas é difícil ^^ e eu acho que fica ruim encher lingüiça e não falar nada, né? XD E esse é o último capítulo pronto... portanto, os próximos vão demorar um pouquinho mais. E ainda mais que o computador resolveu dar problema logo agora...
Para Tathiana: É, você me deu uma idéia, mas eu não tenho certeza se vou usar... e, segundo meus planos, ainda vão ter muuuitos caps pela frente! Isso é bom? ^^' E eu nunca gostei muito do Remo muito certinho, pra falar a verdade. Sempre pensei nele sendo inteligente, mas sem ser santo (hehe).
Para Lain Lang: Acho que agora vai ficar mais devagar ^^ Ué, mas agora você vai saber o que acontece! Nesse até que eu não fiquei muito preocupada... tava mais confiante, graças a vocês ^^
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Pirraça gritava que nem um doido no corredor, e Sibila e Trelawney tinham certeza de que ele ia chamar a atenção da Torre Norte inteira. Ia demorar - aquela parte da Torre era meio afastada - mas era inevitável. Apesar disso, as duas simplesmente se entreolhavam, sorrindo, com os dedos nos ouvidos para não ficarem surdas por causa do Poltergeist, que já saíra da armadura e zunia pelo corredor.
- PROFESSORA SEM-VERGONHA, MAL RECUPEROU O EMPREGO, MAS ELA É UMA PAMONHA, VAI LEVAR CHUTE NO R...! - berrava ele.
- EU EXIJO QUE VOCÊ ME RESPEITE! - berrou a professora de volta, o rosto tomando um leve tom rosado.
- ELA É PROFESSORA, PIRRAÇA! - gritou Sibila.
Mas Pirraça não deu a mínima atenção a elas. Ao contrário, continuou a recitar seus versos grotescos, que iam ficando cada vez piores - e todos eles tinham algo de ofensivo a dizer à professora, que ia ficando roxa de raiva - e logo um tropel e murmúrios anunciaram a chegada de alunos e professores no local. As duas foram cercadas por dezenas de cabeças que as olhavam curiosa e acusadoramente.
- SAI DA FRENTE, SAI DA FRENTE!!! ACHEI VOCÊ!! - gritava uma voz fanhosa no meio do burburinho.
Argo Filch, acotovelando e chutando para abrir passagem, chegou perto delas, os olhos saltados e o rosto lívido. Parecia pronto pra matar um, e tinha uma coisa azul-petróleo e meio peluda nas mãos. Ele ergueu a coisa na cara de Sibila; ela viu que era aquela gata horrorosa que ela vira sair saltitante atrás do Potter. Estava difícil de reconhecer, estando daquela cor. Mas a criatura estava muito rígida, como se...
- PETRIFICADA!!!!! - berrou Filch, quase enfiando a gata na cara de Sibila. Ela afastou o bicho com um "ai" enojado; quem sabia se aquela gata tomava banho?
- E daí, Argo? - perguntou Trelawney, mais etérea do que nunca. Era de admirar aquela capacidade dela de fingir.
- E DAÍ??? - repetiu ele, a voz trêmula, abraçando a gata com os braços magrelos. - E DAÍ QUE ALGUM DOS AMIGOS IMBECIS DELA FEZ ISSO COM MADAME NOR- R-RA! EXIJO QUE SEJAM PUNIDOS!
Os gritos dele reboavam dolorosamente nas paredes do corredor, e muitos alunos tinham as mãos espalmadas contra os ouvidos, numa tentativa frustrada de proteger os tímpanos. Já tinham até se esquecido de Pirraça, que flutuava, divertido, sobre as cabeças deles, rindo da confusão que aprontara.
Alguns alunos abriram passagem no meio da multidão, e o pequeno professor Flitwick passou por ela. Era menor do que qualquer um dos alunos, e tinha a aparência de quem tinha sido pisoteado e levado algumas cotoveladas para chegar até ali.
- Ora, por favor, é só um feitiço de Petrificus, Argo - disse Flitwick, chegando perto deles. - Podemos consertar isso num segundo, deixe-me fazer isso...
Soluçando pateticamente, Filch ergueu a gata (que arregalou os olhos, aterrorizada) para o professor. O homenzinho arregaçou as mangas, agitou a varinha e murmurou alguma coisa. A gata imediatamente afrouxou nas mãos de Filch, que soltou um guincho de alívio e a abraçou - ou melhor, esmagou-a entre os braços.
Mas ela ainda estava azul. Flitwick pediu para Filch erguer Madame Nor-r-ra de novo. Franziu as sobrancelhas e agitou a varinha mais uma vez, recitando um feitiço, mas nada aconteceu. Tentou de novo. Dessa vez, a gata ficou verde, e Filch começou a gritar.
- Ué - disse Flitwick, coçando a cabeça com a varinha. - Não entendo...
Mas Filch gritava como um doido. Sibila e Trelawney se entreolharam e riram baixinho.
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Aos poucos, as caras de choque de Harry e Minerva foram virando cara de desgosto (de Harry) e de emoção (da professora). Hagrid se recompôs e finalmente conseguiu olhar para Tiago mais uma vez. Este não entendia o porquê do comportamento do gigante, mas não teve tempo para pensar nisso: Minerva parecia muito entusiasmada.
- Não pode ser... como pode... - murmurava ela, segurando o rosto de Tiago e virando-o de perfil, para cima e para baixo. O que, diga-se de passagem, irritava Tiago profundamente. - É você mesmo, menino?
- Da última vê que me olhei no espelho, era - retrucou Tiago, se soltando de Minerva antes que perdesse a calma.
- Então é você mesmo - disse Harry, e a voz dele tinha algo de desprezo. - O que está fazendo aqui?
- Eu estudo aqui - disse Tiago, notando o tom de voz dele. - Que que é? Vai encarar? Você não pode falar assim comigo, não!
- Esnobe como sempre! - exclamou Harry, os olhos brilhando de raiva. - Ainda não cresceu, não, é?!
- Vamos, parem com isso! - disse Hagrid, segurando Harry pelos ombros, enquanto Minerva fazia o mesmo com Tiago. - Logo com quem você vai arrumar briga, Harry? - acrescentou ele para Harry, que se soltou das mãos dele, rudemente.
- Não me interessa, ele é um imbecil! - retrucou Harry, e Tiago sentiu uma onda gelada de raiva subindo-lhe à garganta. - Ainda não me esqueci do que ele fez no quinto ano, mesmo um ano depois daquilo ele ainda não virou gente! É um idiota filho da---
Tiago não sabia do que ele estava falando, mas também não se importou. Harry terminou de falar, porque Tiago, já de saco cheio daquele moleque, se desvencilhou de Minerva e deu-lhe um soco no nariz. Tão forte, por causa da raiva, que o garoto foi jogado contra a parede do corredor. Por pouco os óculos dele não se partiram.
Mas Harry, apesar de ter sido pego de surpresa, parecia preparado para aquela reação. Sacou a varinha e a apontou para os pés de Tiago.
- Tarantallegra!
Aquilo era um feitiço muito simples, Tiago aprendera aquilo no primeiro ano. Mas era muito eficiente, infelizmente; as pernas dele começaram a dançar descontroladas, ora sapateado, ora xote, ora aquela dança russa em que a pessoa fica chutando o ar.
- CHEGA! - exclamou Minerva, irritada. - Pare de dançar, rapaz! - acrescentou a Tiago.
- Eu... você... sabe que eu... não consigo! - gaguejava Tiago, tentando alcançar a varinha no bolso das vestes, mas agora ele começara a rodopiar no que parecia balé clássico.
Ele via Harry às gargalhadas, e sabia que devia estar muito ridículo. Mas não admitia que ninguém risse dele (a não ser que ele tivesse contado uma piada, mas esse não era o caso), na maioria das vezes era ele que ria dos outros. E não era um pivete daquele que ia ser a exceção.
Aproveitou que começara a dançar mais devagar, e pegou a varinha no bolso, apontando-a direto para o meio dos olhos de Harry - que parou de rir na mesma hora.
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- Vinte e tantos anos? - repetiu Sirius. - Tá doido, Olho-Tonto?!
- Não, garoto, estou tão são como sempre estive.
"Doido de pedra, então", pensou Sirius, mas não ousou falar isso.
- É, mas não foram "vinte e tantos anos". Eu te vi no verão passado, lá na casa do Tiago, lembra?
Moody fez uma cara de quem buscava algo muito remoto no fundo da cabeça. Sirius não se lembrava de o auror ter uma memória tão fraca. Finalmente, Moody estalou os dedos em triunfo.
- Ah, é claro! - exclamou ele. - Lembrei, sim, é mesmo. Faz tanto tempo que já tinha me esquecido. - Sirius revirou os olhos. Aquele cara não tinha salvação, mesmo. - Mas olhe aqui, Black...
Ele parou de falar, seu olho mágico fixando-se na porta da sala de aula de que saíra há pouco. A porta abriu devagarinho, e a cabeça de uma garota ruiva apareceu pela fresta.
- Ahn... professor, tá tudo bem? - perguntou ela. - É porque a aula está parada e...
- Segure a turma, Weasley - disse Moody. Sirius olhou para a menina de novo; Como ela podia ser Weasley? Não havia Weasleys na escola. - A aula já está quase acabando de qualquer forma. Olhe só quem resolveu nos visitar.
A menina encarou Sirius e abriu a boca, espantada. Saiu pela porta de uma vez, fechando-a atrás de si, sem tirar os olhos dele. Sirius retribuiu-lhe o olhar, firme, mas receoso ao mesmo tempo. Será que ela ia sair gritando também, igual àquela Chang? Estava começando a achar que tinha feito algo de muito errado, e de que não se lembrava, para as pessoas terem aquele tipo de reação ao vê-lo.
- Parece o Sirius - disse a menina, agora virando para Moody. Sirius suspirou, aliviado. Pelo jeito ela não tinha medo dele. -, é igual àquela foto que você mostrou pra gente.
- Oi, muito prazer. Sirius Black - disse Sirius, estendendo a mão para ela e sorrindo.
Ela arregalou os olhos, cobrindo a boca com uma das mãos e, com a outra, apertando a dele. Moody abrira a porta e gritava lá pra dentro:
- NÃO SAIAM! LEIAM O LIVRO DA PÁGINA 148 EM DIANTE ATÉ O FIM DA AULA!
- Você sabe quem eu sou? - perguntou Sirius à moça. - Acho que eu não te conheço.
- Ah, eu sou Gina Weasley - disse ela, se engasgando. - É você mesmo, Sirius?
- Acho que sim - disse Sirius, distraído.
- Então a Cho tava falando sério - murmurava ela. - Mas eu ainda não tinha te visto... como você conseguiu...
- Acho que é melhor irmos conversar com o Dumbledore - rosnou Moody, batendo a porta da sala. - Vamos, Black.
Ele começou a andar pelo corredor. Sirius ia acompanhá-lo, mas se virou para Gina, que parecia meio desnorteada. Ela olhava para a porta da sala e para Moody, depois para Sirius, suplicante.
- Eu... - começou ela.
- Ei, Olho-Tonto - chamou Sirius. - E ela?
- Venha também, Weasley - mandou Moody, sem virar a cabeça. - Você sabe demais.
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- Vocês se separaram? - perguntou Dumbledore.
Remo correu os dedos pelos cabelos, nervoso. Depois quase riu de si mesmo. Devia estar passando tempo demais com Tiago.
- Sim - respondeu ele. - Quando o Filch nos achou lá no meio do Salão Principal, ele mandou aquele gato... aquela gata... ele mandou aquela coisa atrás da gente, aí cada um correu pra um canto. Mas a Sibila Trelawney ficou parada e o Filch deve ter pegado ela, eu não cheguei a ver.
- Entendo - disse Dumbledore.
Eles ficaram quietos por alguns minutos, e Remo tinha a sensação de que os quadros dos antigos professores de Hogwarts, ao invés de dormirem como sempre, olhavam para ele. Mas quando ele se virava para verificar, eles permaneciam de olhos fechados. Só aquele outro, com que Rony falara ao entrarem, não se preocupava em dormir, e Remo reconheceu-o como um dos retratos da casa de Sirius. Depois desistiu de tentar surpreendê-los e tornou a olhar para Dumbledore.
- Você já percebeu que este não é o seu tempo, não é? - perguntou Dumbledore, quebrando o silêncio e ajeitando os oclinhos.
Remo ia levando a mão aos cabelos de novo, mas se conteve. Achava ridículo quando Tiago fazia aquilo, mas agora entendia o lado do amigo, era automático. Olhou apreensivo para o diretor; era verdade, já estava desconfiando daquilo há algum tempo, mas se recusava a acreditar. Confirmou com a cabeça, hesitante.
- Mas eu nunca vi ninguém conseguir viajar anos no tempo, professor, o Vira- Tempo só funciona com horas, não é?! - perguntou ele, ansioso.
- Mas ninguém sabia o que aconteceria se um Vira-Tempo quebrasse - disse Dumbledore. Rony e Hermione não abriam a boca. - Sempre se tomou todo o cuidado com os poucos Vira-Tempos produzidos. Ninguém queria saber os efeitos colaterais que um descuido poderia causar...
De repente, ouviu-se um "puft" dentro da sala. Todos viraram a cabeça para a origem do barulho; Fawkes havia voltado, e subia em seu poleiro. A ave continuava exuberante como sempre fora, a plumagem vermelha e dourada faiscando com a luz do sol que entrava pela janela do escritório. Ele piou- lhes suavemente, e ficou observando-os. Dumbledore sorriu.
- Professor - disse Hermione, depois de um tempo, já que ninguém falava nada. - Será que não devíamos ir procurar aqueles dois...
- Ah, sim - disse Dumbledore, parecendo ter se esquecido completamente. Olhou para Fawkes. - Você chegou em boa hora. Por favor, vá procurar Tiago Potter, Sirius Black e Sibila Trelawney, eles estão soltos pela escola.
A fênix pendeu a cabeça para o lado, parecendo não ter entendido.
- Isso mesmo - continuou Dumbledore. - Tiago, Sibila e Sirius. Você se lembra deles aos 16 anos? Pois é, eles devem estar assim. Por favor, procure-os, é urgente.
Fawkes agitou as asas e desapareceu de novo com um "puft".
- É estranho estar no futuro, sabe - comentou Remo. - Vocês parecem saber tudo de mim... e... será que eu posso saber como eu sou nesse tempo? - acrescentou, curioso.
- Sinto muito, mas é muito perigoso - disse Dumbledore. Remo sentiu uma um tantinho de desapontamento. - Vocês não podem saber do futuro de vocês, seria bagunçar toda a história. Já é um risco deixar Tiago e Sirius por aí, eles podem acabar descobrindo coisas que poderiam mudar nosso tempo...
- Mas, se esse é o futuro do presente deles, então nada que eles fizerem vai fazer diferença, porque já aconteceu de qualquer jeito - disse Rony, raciocinando. - E o nosso presente é resultado do que eles souberem aqui, não é?
Todos olharam para Rony, Remo e Hermione surpresos com a lógica dele e Dumbledore sorrindo. As orelhas do garoto começaram a ficar vermelhas, e Hermione pôs uma mão na testa dele.
- Você está bem, Rony? - perguntou ela. - Você não tá com febre.
- Ah, não seja boba, Mione - retrucou ele, corando e afastando a mão dela.
- Está certo, é verdade - disse Dumbledore. - Mas se tomarmos precauções, o nosso futuro vai continuar sendo resultado do que eles souberem aqui. Cuidado nunca é demais. Vocês sabem do que estou falando, já passaram por isso.
Hermione e Rony concordaram com a cabeça. Remo, apesar de extremamente curioso sobre seu eu do futuro - e de nunca ter passado por aquilo - não teve como não concordar. Depois uma coisa passou pela sua cabeça, algo tão óbvio que ela não sabia como tinha se esquecido de perguntar.
- Em que ano estamos? - perguntou ele.
- 1996 - disse Rony.
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P.S.: Acho que o ano em que eles fazem a sexta série é 1996, não é? O segundo ano, dizem que foi em 1992... então, foi isso que eu pensei. Se estiver errado, me avisem que eu corrijo ^^
