DISCLAIMER: Eu não possuo Harry Potter, quem o possui é a nossa querida, idolatrada e salve-salve Joanne K. Rowling. Sortuda, é o que ela é.

Nota da Autora: AAAAAAAHHHHHHHHHHH! *histérica* Vocês não sabem o sofrimento que é ter um monte de idéias zunindo dentro da cabeça e não poder passá-las pro Word por UMA SEMANA porque a droga do seu computador tá com defeito! Mas agora estamos de volta. Aliás... não liguem pros nomes.

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(IMPORTANTE!!)

Eu li o fim de Ordem da Fênix mais uma vez um dia desses. Da outra vez, eu estava tão horrorizada e indignada com a morte do Sirius, que alguns trechos depois disso passaram meio despercebidos por mim.

O negócio é o seguinte: eu acabei de me tocar que o Harry NÃO gosta mais da Cho. Na verdade ele nem liga mais pra ela. Só que, como eu já comecei, agora eu vou terminar. Em outras palavras: NA MINHA FIC O HARRY AINDA GOSTA UM POUQUINHO DA CHO. Ponto final. Notem que a palavra-chave nessa frase é "ainda".

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Para Lain Lang: Sabe... eu também acho que Gina/Sirius ia ficar muito legal, XD mas eu ainda sou fã de Gina/Harry. Acho que você não vai gostar tanto dos próximos capítulos... ^^' Principalmente se você, como eu, não gostar da Cho. Bem, mas vamos às boas notícias! Pode deixar que, se depender de mim, o Rony e a Mione não ficam separados, porque esses dois foram feitos um para o outro -^_^-

Para Mariana: Hahaha, provavelmente vai ter muitos capítulos, mas 358 ainda é um pouquinho demais! ^__^ Será que uns cinqüenta tá bom? Hehe, brincadeirinha, eu não tenho noção da quantidade não, não me cobrem! ^^'

Para Karol: Quando você disse "os cumprimentos", você tava falando do final? Bom, essa foi uma parte que eu pensei bem antes de fazer. Porque eu queria que eles "ficassem de bem", mas eu me recusava a fazer uma cena melosa! Aí eu fui e fiz o melhor que eu pude ^^

Para -----------------: Exatamente isso, eu não saberia. Eu simplesmente agradeceria a quem quer que fosse ^^ Olha... você quer que eu atualize com mais freqüência? ^^' Nossa, eu posto o mais cedo que eu consigo, se eu demoro é porque eu tenho que viver minha vida também, hehehe.

Para Dayzinha: Hu... eu tenho muitos rolos em mente... ¬_¬* Algo me diz que a maioria das pessoas que lêem não vai gostar nem um pouquinho do que eu vou fazer (eu me sinto meio estraga-prazeres ultimamente), mas vou tentar fazer do jeito que o povo pede ^^ Pode deixar... a Sibila não tem a menor chance! ^___^ E VIVA A TELEPATIA! (o que é... apovoris?)

Para Laís: *esconde o rosto com uma almofada* Aiiiiiii... nunca mais eu quero escrever um jogo de quadribol na minha vida... ^^' Ih, infelizmente eu não posso colocar Cenas do Próximo Capítulo ou qualquer coisa assim, simplesmente porque só quando eu posto um capítulo é que eu começo a escrever o outro!... Ah, o Messenger. Pois então. Foi por isso mesmo que eu mudei minha Bio -_-' é que eu não entro muito com meu e-mail da Queen Julia... eu entro com meu nome de verdade, aí eu meio que esqueço de entrar com o outro ^^' Mas eu falei com você outro dia, não foi? Uma das raras vezes em que eu entro lá.

Para Tathi: ^___________^ Gostei! Principalmente dos Marotos competindo com a Mione... huhuhu... ia ser interessante... tô até imaginando os diálogos... ah! E olha, eu também já tinha pensado nisso, e com certeza, se eu sobreviver a esse aqui, eu vou fazer uma continuação! ^^

Para Angelina Granger: Oi! ^^ Quando eu comecei a ler o seu review, eu fiquei em dúvida se você era do Rio Grande do Sul ou de Portugal (vocês falam mais ou menos do mesmo jeito)... bem... eu também gosto bastante de Sirius+Gina (o que não vai acontecer, infelizmente), mas Harry+Hermione, desculpa, mas não "desce". Eu acho que eles não combinam... mas sei lá... é minha opinião ^^ Eu vou continuar com certeza! ^_^ Obrigada pelos elogios! (e... o que é FIXE? Eu não entendi ^^''')

Para Sett, a aprendiz: Demorou, não foi? Sorry... mas a culpa é do idiota do meu computador. Então... sabe que eu não tinha pensado nisso? *imaginando Sibila/Sirius e tremendo só de pensar* Sei lá, talvez, se me der a louca um dia, eu faço algo assim. Vocês tão meio que divididos entre os partidários de S/G e os não-partidários, não é? Hehe...

Para Helena: Chegou! Brigada por tantos elogios! ^^ A Lílian? Ah, ela só vai aparecer bem no final... ela não faz parte dessa fic. E se eu fizer uma "seqüela" da história, com certeza ela tá lá ^^ Idem pra Bellatrix!

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***REMO***

Apesar de ser mesmo muito engraçado ver Tiago e Harry se fuzilando com os olhos, Remo tinha que admitir que era mais agradável viver em paz. Eles estavam voltando para o castelo, conversando alegremente, Sirius, Tiago, Harry e Rony discutindo sobre quadribol.

- O Puddlemere United é o melhor time de todos os tempos - dizia Tiago. - Aposto que nenhum timinho de agora consegue derrotá-lo. Nem os Tornados.

- Puddlemere? - Rony riu. - Vocês torcem pra isso? Os Chudley Cannons estão na frente no campeonato desse ano, se você quer saber o Puddlemere está em vigésimo primeiro.

- O time deve estar fora de forma - disse Sirius com um gesto displicente da mão.

Nisso, Gina falava com Hermione de algo que Remo não conseguiu identificar, porque o assunto parecia mudar a todo minuto. De vez em quando Gina fitava Harry demoradamente, e logo depois voltava a tagarelar como se nada tivesse acontecido. Sibila estava calada até agora, ainda com uma aura sinistra ao redor de si, parecendo estar planejando algo muito maligno em sua cabeça. Remo decidiu ignorá-la por enquanto, já que ela ainda não fizera nenhuma loucura.

Remo não era o maior fã de quadribol do mundo, por isso não sentia muita vontade de entrar na conversa dos garotos. Em vez disso, apenas os seguiu sem prestar muita atenção no caminho, olhando para o céu e pensando (quando ele fazia isso, se desligava completamente do resto do mundo. Por que vocês acham que o chamavam de Aluado?)...

O que será que estava acontecendo em seu tempo, enquanto eles jogavam quadribol? Será que o resto da escola já percebera que três grifinórios do sexto ano tinham desaparecido misteriosamente? Sim, porque já se passara pelo menos uma hora e meia desde que eles haviam aparecido no meio do Salão Principal, cobertos de areia dourada. Isso era tempo mais do que suficiente para um boato se espalhar pelo castelo. Era como um rastilho de pólvora.

O que será que andavam dizendo? Remo começou a imaginar os absurdos que poderiam estar inventando. Provavelmente algo sobre uma dimensão paralela ou o mundo dos mortos. Talvez algum delírio sobre eles terem virado bonequinhos de Vodu também. Mas ele achava que ninguém nunca pensaria que eles tinham viajado para o futuro e encontrado o filho do Tiago; os bonequinhos conseguiam ser mais aceitáveis.

E o coitado do Rabicho devia estar quase desfalecendo a essa altura. Ele parecia que ia morrer toda vez que não estava com seus três amigos por perto (como ele conseguia ir para a aula de Trato das Criaturas Mágicas sem eles era um mistério para Remo), como daquela vez em que ele havia tomado detenção por ter quebrado um dos vidros de coisas nojentas e viscosas da sala do professor Boomguns, de Poções. A detenção era "simplesmente" limpar o chão do corujal, sem magia.

Bem, nada que Tiago, Sirius e Remo não tivessem tirado de letra, mas Rabicho era outra história, ele morria de medo de corujas. Remo nunca dissera isso a ele, mas aquele garoto era patético - ele tinha medo de corujas mas não de um lobisomem! Talvez fosse só porque ele estava em companhia dos amigos nessas horas.

E então, o Rabicho tinha implorado pra que o professor deixasse-o fazer outro tipo de detenção, como escrever cem vezes "Eu vou tomar cuidado com as coisas viscosas e nojentas nos vidros da sala do professor, e procurar ficar o mais longe possível delas", mas o Boomguns disse que não. Era quase como se ele estivesse se divertindo com o pavor de Rabicho. (Remo tinha a leve impressão de que Boomguns era o ídolo de Snape. Isso era mau sinal.)

De qualquer forma, ele voltara para o dormitório, naquela noite, tremendo, gelado e de olhos arregalados. E fora só uma noite. Imagina agora que ele ia ficar sozinho por uma semana? Remo não se surpreenderia se quando voltassem, eles o encontrassem internado na Ala Hospitalar.

De tão distraído que estava, nem percebeu quando eles pararam na frente da porta do Salão Principal - ou melhor, os outros pararam, de modo que ele continuou andando, colidiu com as costas de Sirius e quase caiu pra trás.

- EI! Qual é Almofadinhas, por que você parou? - ele perguntou.

Sirius quase caíra para a frente também, mas não parecia ter ligado pra isso. Na verdade, ele, assim como os outros, estavam olhando cautelosos para dentro do Salão. Remo olhou também. É, as aulas deviam ter acabado de acabar. Estava cheio de gente.

- É melhor fazermos isso de uma vez - suspirou Hermione. - Eles vão ver vocês de qualquer jeito.

Ela, Rony, Harry e Gina entraram primeiro, tentando ser tão casuais quanto possível. Logo atrás, Remo, Tiago e Sirius vinham puxando uma Sibila histérica pelos braços.

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***SIBILA***

Sibila estava no meio de um plano maligno para matar aquela sujeita de cabelo vermelho, que incluía óleo fervente, essência de beladona e uma faca afiada, quando percebeu que eles iam entrar no Salão Principal. O lugar estava cheio de gente vulgar e escandalosa. Imediatamente ela ergueu a cabeça e deu meia-volta, a fim de voltar para o Salão Comunal da Grifinória ou qualquer coisa assim, mas aqueles três pestes a seguraram pelos pulsos.

- Aonde a senhorita pensa que vai? - perguntou Tiago com a voz falsamente doce.

- Não interessa! - retrucou Sibila, tentando se soltar. - Me larguem ou eu faço um escândalo!

- Nada a que já não estejamos acostumados - disse Remo, e com um puxão, eles começaram a arrastá-la para dentro do Salão.

- AAAH, ME SOLTEM!!! EU NÃO QUERO ME JUNTAR A ESSA ESCÓRIA DA HUMANIDADE!!! - gritava ela, mas mesmo assim muito pouca gente percebeu isso, porque o Salão conseguia ser ainda mais barulhento. - ME LARGUEM! AAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!

- Quer calar a boca, Trelawney?! - sibilou Sirius. - Dumbledore nos disse pra ficarmos todos juntos! Será que sua mente deformada entende o significado disso?!

Sibila desviou-se daqueles olhos azuis, para não correr o risco de querer chorar de novo. Como ela sentia raiva daquele cara! Quem ele achava que era pra falar assim com ela? Ela também tinha sentimentos e tal! Mas mesmo assim, ela não se rendeu.

- TIREM ESSAS MÃOS NOJENTAS DE CIMA DE MIM AGORA MESMOOOOO!!!!!!! - ela berrou com toda a força que tinha, o que foi o suficiente para TODOS no Salão perceberem sua presença. Modéstia à parte, ela tinha uma voz bem aguda.

Os Marotos se entreolharam e rapidamente a soltaram (fazendo-a se esborrachar no chão), virando-se para o resto do Salão com caras nem um pouco convincentes de inocência. Mais à frente, Gina, Harry, Rony e Hermione escondiam os rostos nas mãos, em sinal de desistência.

Ninguém deu um pio por um minuto, mas depois disso o lugar ficou cheio do ruídos de cochichos e sussurros. Lá na mesa dos professores, Dumbledore se ergueu, assim como Sibila.

- Arram - pigarreou ele, e as mesas ficaram novamente em silêncio. Ele olhou para os quatro desordeiros por cima dos óculos. - Ora, o que vejo. Pensei que não fossem querer chamar tanta atenção assim.

- Desculpe, professor Dumbledore - disse Tiago tomando a palavra, sua voz ecoando no silêncio. - Mas nossa amiga aqui teimava em não querer entrar, e como o senhor disse pra ficarmos---

- Sim, Gary, eu já sei - interrompeu Dumbledore.

Tiago pareceu extremamente surpreso com isso, assim como Sirius e Remo. Por um instante Sibila olhou perplexa para Dumbledore, pensando que era estava caducando - afinal, que história era essa de Gary - mas logo caiu a ficha. Claro, Dumbledore não era tão estúpido como parecia.

Sibila empurrou Tiago para o lado e colocou as mãos na cintura, suas dezenas de pulseiras tilintando ameaçadoramente.

- Professor Dumbledore - disse ela com voz firme. - Thompson, Windham e Mussel estavam tentando me obrigar a entrar, quando eu não estou me sentindo muito disposta hoje à noite. Seria de se esperar que cavalheiros entendessem a situação e me deixassem em paz, mas pelo que vejo esses daqui NÃO são cavalheiros!

Dumbledore deu um pequeno sorriso, o que deixou Sibila muito satisfeita consigo mesma. Sua habilidade criativa era ilimitada! Ela nem sabia de onde haviam vindo aqueles três sobrenomes, mas mesmo sendo improviso, ela gostou muito do resultado final de sua fala. E, finalmente, os três Marotos pareciam ter entendido qual era o esquema.

- Muito bem Kathie, você pode retornar à Torre da Grifinória se assim desejar - disse Dumbledore.

Sibila concordou com um aceno de cabeça vigoroso, deu maia-volta e saiu dali. Marchou até o buraco do retrato, disse "Cavalo de Tróia" a uma Mulher Gorda encharcada e muitíssimo irritada (Violeta não estava à vista - provavelmente tinha sido enxotada aos berros), e se jogou numa das cadeiras acolchoadas perto da lareira.

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***TIAGO***

Todos estavam olhando sem piscar para eles, mas no momento Tiago nem notou. Quer dizer que agora seu nome era Gary. Será que Dumbledore não tinha um nome mais legal, não?! Sei lá, qualquer um, Andrew ou qualquer coisa assim. Gary lhe trazia péssimas recordações. Sirius estava se controlando para não rir; vendo isso, Tiago jogou-lhe um olhar maligno.

- Vamos, vocês três, sentem-se - disse Dumbledore indicando a mesa da Grifinória com um aceno.

Tiago piscou, e, percebendo o que Dumbledore dissera, se sentou do lado esquerdo de Hermione. Logo foi acompanhado por Sirius e Remo, e os dois, assim como ele, fingiam não ver os olhares extremamente curiosos de todos no Salão. Dumbledore falou de novo, e os olhos que estavam grudados neles se viraram para o diretor.

- Muito bem, vocês já perceberam que temos quatro hóspedes no castelo. Eu esperava apresentá-los de um modo menos escandaloso, mas pelo que vejo, eles não resistiram à chance de causar boa impressão - disse Dumbledore, os olhos cintilando. Vários alunos riram, inclusive a mesa da Grifinória inteira. - Eles são alunos temporários em nossa escola; vieram da estimadíssima Escola de Magia Goosebumps, nos Estados Unidos, e para lá voltarão na semana que vem.

Por alguns instantes, o Salão ficou cheio de sussurros e murmúrios: a maioria deles era de "Goosebumps?! Não é possível!". Até onde Tiago sabia sobre Goosebumps, ela era uma das escolas mais tradicionais e importantes da América; ser admitido dentro dela significava que você era muito bom MESMO. Provavelmente aquele povo ia pensar que eles eram alunos-prodígio ou qualquer coisa assim. O que não era nada mal; um pouco mais de publicidade era sempre bem-vindo.

- Vocês devem estar se perguntando que raios eles vieram fazer em Hogwarts só por uma semana - continuou Dumbledore quando o zumbido cessou. - Digamos que é um rápido intercâmbio. O diretor de Goosebumps, meu caro Gon Lurricane, me pediu para que deixasse alguns alunos seus passarem alguns dias aqui... na verdade ele parecia muitíssimo interessado em restabelecer a paz em sua escola...

Dessa vez nem Tiago pôde deixar de rir. Dumbledore estava tomando todas as providências para que todos na escola estivessem de sobreaviso em relação a eles. Realmente, era melhor que eles soubessem com quem estavam lidando; não queriam causar nenhum infarto nos professores ou ataques histéricos nos alunos.

Mas mesmo assim, não conseguiu resistir. Olhou os alunos em sua mesa por cima dos óculos e sorriu, maléfico; Sirius deu uma risada baixa e sinistra. Remo simplesmente ergueu as sobrancelhas, "inocentemente", conseguindo parecer mais ameaçador que os dois. Vários alunos se entreolharam de olhos arregalados.

- Muito bem, garotos, agora se levantem por um momento - disse Dumbledore, fingindo que não vira a cena e fazendo um gesto para que eles se erguessem.

Tiago, Remo e Sirius se levantaram na hora, mas o resto da escola pareceu achar que Dumbledore falava com todo mundo. Dumbledore piscou, divertido, uma sobrancelha branca erguida enquanto via os outros de pé encarando-o.

- Oh, não, não - riu ele, acenando com a mão. - Só nossos hóspedes, o resto de vocês pode permanecer sentado, por favor.

Os alunos se entreolharam e se sentaram de novo, alguns encolhendo os ombros, outros com sorrisos amarelos. Hermione, uma das únicas que não se erguera (obviamente tinha entendido o que Dumbledore quisera dizer), escondia o rosto na mão e sacudia a cabeça.

- Muito bem - disse Dumbledore, ainda com uma sugestão de riso na voz. - Apresentem-se, meninos, por favor.

Harry e Gina se entreolharam com as sobrancelhas levantadas, e Rony lançou- lhes um sorrisinho malvado, como se dissesse "Quero só ver como vocês saem dessa."

- Bom - disse Tiago, pensando furiosamente e tentando falar num sotaque americano ao mesmo tempo. - Vocês sabem quem eu sou, meu nome é Gary... eh... - ele tentou se lembrar de um daqueles sobrenomes. - Windham. É isso.

- Daniel Thompson. - disse Remo prontamente, sentando-se em seguida. Tiago o imitou.

- Ah, sim... meu nome é... Paul Mussel - improvisou Sirius com um grande sorriso; todos os olhos no Salão estavam fixos nele. Ele correu os olhos pela mesa da Grifinória, e quando umas três garotas começaram a dar risadinhas, Tiago não conseguiu se controlar e revirou os olhos. Mas Sirius com certeza gostara daquilo. - Muito prazer a todos os meus colegas da Grifinória, e claro, das outras Casas também.

Tiago e Remo trocaram olhares significativos. Sirius conseguia ser tão extremamente metido quando ele queria; conseguia ser até mais que Tiago. Ele gostava de deixar tantas garotas quanto conseguia babando por ele, mas nunca dava bola pra nenhuma. Provavelmente uma escola inteira de alunas desconhecidas era a idéia que ele fazia de diversão.

- Isso mesmo - disse Dumbledore, por fim. - Como Paul já disse, eles vão ficar na Torre da Grifinória, de acordo com um sorteio que fizemos. Creio que isso é tudo; podem voltar a jantar. - e se sentou.

- Sirius, não sabia que você era tão Don Juan - Tiago ouviu Gina dizer a ele em voz baixa, em meio a risos, quando ele se sentou também. Ela não parecia ter sido afetada pelo "charme" de Sirius; com certeza estava achando muita graça naquilo.

Pouco a pouco o Salão preencheu-se novamente com o som de conversas e risadas, e os três suspiraram aliviados. Por pouco tempo, claro. Eles estavam cercados por grifinórios curiosos.

- Ei, Harry, são seus amigos? - perguntou um garoto aparentemente mais novo, de cabelos louro-acinzentados.

- É... são, sim, Colin - disse Harry. - Mais ou menos, a gente se conheceu hoje.

- Oi, eu sou Parvati! - disse uma garota de cabelos longos e negros, olhando Tiago cheia de interesse. - Você e o Harry são parentes ou coisa assim? Quero dizer, vocês são tão parecidos!

- Coincidência - disse Tiago calmamente. - Nunca ouviu falar em sósias? Tem pessoas que não têm nenhuma ligação entre si e mesmo assim são parecidas.

- Hm... sei - disse ela, não parecendo muito convencida. - Tá bom.

- E aquela outra, hein? - perguntou uma menina ao lado de Parvati. Ela fora uma das que deram risinhos. - Kathie? Aquela escandalosa?

- Ah, bem, ela não é nossa amiga realmente, Lilá - disse Hermione franzindo a testa. - Mas nós temos que suportá-la, então...

- E você - disse Lilá sorrindo para Sirius. - Seu nome é Paul, não é isso?

- É - disse Sirius se fazendo de sonso. Gina levantou uma sobrancelha, divertida. - Muito prazer, Lilá. Gostei do seu nome.

Lilá corou de leve e abriu um largo sorriso. Essa era a primeira reação de todas elas; depois dessa etapa, não tinha retorno. Remo fez um muxoxo ao lado de Tiago, mas Sirius não parecia muito interessado na menina e, lançando-lhe um sorriso, começou a se servir de um empadão de qualquer- coisa.

- Eu ouvi dizer que Goosebumps é mesmo incrível - disse um garoto de rosto redondo, de olhos arregalados. - Lá tem xícaras e bules e armários que andam e falam, não é?! Deve ser demais estudar lá!

- Ah, é mesmo um lugar fascinante - disse Remo no tom mais natural possível. - Mas é tão estupidamente difícil que algumas vezes a gente se pergunta se não gostaria de mudar de escola.

- E por que o Dumbledore disse que o diretor da sua escola, o Gon-sei-lá-do- quê - disse Colin, entusiasmado. - queria "restabelecer a paz na escola"? O que vocês faziam lá?

- Vocês não VÃO querer saber - disse Rony num sussurro letal.

- Ah, não mesmo - continuou Harry, no mesmo tom. - Vocês iam ficar escandalizados com o que eles podem fazer.

- Digamos que Snape está em um grande perigo - acrescentou Gina.

Tiago quase cuspiu o suco de abóbora que acabara de colocar na boca. Sirius se engasgou violentamente com o empadão de qualquer-coisa e Remo deixou o garfo cair com estrépito em cima de seu prato.

- O SEBOSO ESTÁ AQUI??! - berraram os três em uníssono, quando se recuperaram, na direção de Gina (que quase caiu da cadeira), tão de repente que metade do Salão se calou de novo. Mas eles nem perceberam.

- Aquele belzebu! - gritou Sirius batendo os punhos na mesa.

- Como ele pode estar na escola?? - exclamou Tiago. - Ele deve ter se formado com a gen---

Ele não conseguiu terminar a frase porque Harry e Hermione imediatamente pularam em cima dele e tamparam a boca dele com as mãos (quase o matando sufocado), e ele foi jogado pra trás em sua cadeira.

- Cala essa boca, Gary! - sibilou Harry. - Você perdeu o juízo?!

- Preste atenção no que fala, seu louco - sussurrou Hermione.

Tiago recuperou-se da surpresa e empurrou-os pra longe. Todos à sua volta o olhavam. Ele passou os dedos pelos cabelos, arrepiando-os, mais pra descarregar a raiva do que por reflexo.

- Não foi nada - disse ele em voz alta. - Podem piscar agora.

Todos se voltaram para seus pratos tão imediatamente que Tiago se surpreendeu. Sirius e Remo ainda olhavam raivosos para Gina.

- Você disse que ele está aqui - disse Remo em voz baixa. - Onde ele está?

- Escuta aqui, por que esse escândalo? - retrucou ela, ignorando a pergunta. - Vocês conhecem o Snape, por acaso?!

- Por acaso, sim - disse Sirius. - Cadê ele?!

- Na mesa dos professores, claro - disse ela apontando por cima do ombro.

Os três olharam para onde ela apontava. Não foi preciso procurar muito; aquela cortina de cabelos oleosos era inconfundível. Sirius se mexeu ameaçadoramente ao seu lado. Snape os fitava com um olhar maligno e fixo, e com um quê de superioridade que os irritou - e muito.

- Você não QUER dizer que ele é professor - disse Remo, num tom incrédulo. - Por mais que ele seja inteligente... Dumbledore não seria louco a esse ponto, todos sabem que o Snape é partidário do Voldemort...

Praticamente todos dentro do alcance da voz de Remo soltaram gritinhos.

- Não diga o nome dele!! - guinchou Parvati.

- E por que não? - perguntou Remo, surpreso. - O nome não vai machucar ninguém.

- Só evite dizer esse nome - disse Harry em voz baixa, com um suspiro cansado. - Tá bom?

- Tudo bem - disse Sirius, exasperado. - Mas voltando ao assunto do Seboso...!

- A gente fala nisso depois - disse Rony. - Aqui qualquer um pode ouvir.

- Ah, tá legal. Mas - Tiago baixou a voz - será que a gente não pode jogar uma azaração nele, não?

- Não mesmo - disse Harry, franzindo a testa. - Mesmo que a gente queira fazer isso, ele é nosso professor. Aposto como vocês não iam suportar que ele os colocasse em detenção, não é?

- Ele não se atreveria! - disse Sirius, balançando a cabeça.

- Infelizmente, ele se atreveria sim - disse Rony, com cara de desgosto. - Ele pode.

Tiago suspirou e resolveu ocupar a mente com a travessa de macarrão à sua frente.

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***SIRIUS***

Uma meia hora depois, todos já haviam jantado e se levantavam para voltar às salas comunais, e Sirius se controlava pra não atravessar aquele Salão e quebrar a cara do Seboso versão 4.0 (que parecia achar-se muuuuuito superior a eles, a julgar pela expressão nojenta dele). Ele se ergueu devagarinho para seguir os outros, quando sentiu uma mão em seu ombro.

- Oi - disse a dona da mão. Ele se virou e prendeu a respiração.

- Ah, é... é você - ele disse, completamente surpreso.

Ele esperava que Cho ainda estivesse apavorada com a idéia de chegar perto dele, mas ali estava ela, com um sorriso tímido e as duas mãos alisando uma mecha de cabelo negro, mordendo o lábio inferior. Sirius não conseguia tirar os olhos dela, mas ouviu claramente a conversa entre Remo, Harry e Hermione parar, e eles pararem de andar para ouvir.

- Bom... eu, eu vim aqui... - ela começou, agora torcendo a mecha de cabelo entre os dedos. Por que ele estivera tão bravo, mesmo? Ah, é, McGonnagall. Não, espera aí... não interessa. Cho continuou. - porque... por causa daquela confusão mais cedo. Você sabe - ela corou ligeiramente. - Eu queria pedir desculpas.

- Desculpas? - ele repetiu, piscando. - Por q... ah, aquilo, não, não se preocupe.

- É que você tinha dito que seu nome era Sirius Black... eu me assustei - ela desviou os olhos por um momento na direção de Harry, mas quase imediatamente voltou-se para Sirius. Sirius se perguntou por que raios as pessoas ali tinham tanto medo dele.

- Ah, bem, você sabe - disse a voz fria de Gina se intrometendo, a mais fria que ela já usara até então. - Sirius Black é um bruxo adulto. Seria de se esperar que pessoas sãs raciocinassem sobre isso.

Sirius virou-se para olhar para Gina com as sobrancelhas tão levantadas que quase sumiram em sua franja. Ela não estava mais com aquela aparência amigável e alegre, nem com aquele brilho simpático nos olhos que Sirius havia visto até então; na verdade, ela estava um tanto ameaçadora com as mãos na cintura e aquele olhar de serial killer.

- Gina... - disse Rony em voz baixa, mas Gina não fez menção alguma de tê- lo escutado; ainda olhava para Cho com olhos gelados.

- Acontece, Weasley, que ele poderia muito bem ter se disfarçado ou qualquer coisa assim, quem poderia saber? - retrucou Cho, numa voz tão perigosa quanto a dela, mas ao mesmo tempo doce. - Ou será que você é tão novinha que ainda não estudou a poção Polissuco?

- Escuta aqui--- - ia dizendo Gina, na verdade quase gritando, batendo o pé no chão, mas Sirius e Harry se levantaram e se puseram entre elas. Harry a segurou pelos braços.

- Pára com isso, Gina! - Sirius o ouviu dizer. Gina soltou um rosnado mas parou de se debater, apesar de continuar resmungando coisas como "Vaca, galinha, piranha" e outras coisas animalescas piores na direção de Cho.

- Querem parar com isso? - disse Sirius em voz baixa; que bom que quase todo mundo já tinha ido embora. - Olha, Chang, Sirius Black é só apelido. Sabe, a gente vem dos Estados Unidos, lá a gente não tem tanto medo dele como vocês têm aqui. Depois eu falo com você, tá legal?

- Tudo bem, Mussel - disse ela, apesar de ainda olhar para Gina com um olhar assassino. Finalmente, ela sorriu, ficando mais parecida com um anjo do que antes. - Então a gente se vê. Tchau.

Ela virou as costas para acompanhar as amigas, seus longos cabelos brilhando com a luz das velas, e Sirius deixou escapar um suspiro. Gina se soltou de Harry com violência e se pôs na frente de Sirius, pisando forte.

- Se você estiver gostando daquela filha de uma p... - sibilou Gina. Hermione exclamou "Gina, não fale como seus irmãos!", mas ela não lhe deu atenção - eu juro que vou te desprezar pra sempre!!

- Por quê?! - perguntou ele, completamente surpreso. - Você pode me explicar por que você não gosta dela?

- PORQUE ELA É UMA FALSA!!! - gritou Gina. - E se você cair no joguinho dela significa que você não é tão diferente quanto eu pensava!!

- Gina, pára! - disse Hermione, segurando-a pela mão, e olhando irritada para Rony. - Quer vir me ajudar?!

Rony piscou várias vezes, murmurou "Tá" e tentou segurar a outra mão da irmã, mas Gina simplesmente ergueu o punho fechado e mirou bem no nariz de Rony. No segundo seguinte ele estava caído no chão.

- Não chega perto de mim, Rony - disse ela sinistramente. Ela lançou um olhar ameaçador para Hermione (que soltou a mão dela rapidinho), girou nos calcanhares e correu para fora do Salão, fazendo barulho.

- Ai - gemeu Rony, levantando do chão com uma mão sobre o nariz. - Se ela quisesse ela tinha quebrado meu nariz. Ainda bem que foi de leve.

- Aquilo foi de leve? - espantou-se Remo. - O que ela é, lutadora peso-pena ou o quê?

- Sua irmã tem um temperamento e tanto, Rony - comentou Sirius, ainda assustado com o que vira.

- Ela é bem perigosa quando quer - disse Harry quando eles começaram a andar bem devagar para fora do Salão.

- Não sei, ela me lembra alguém - comentou Tiago, olhando pro alto.

- Quem será? - perguntaram Sirius e Remo, sarcásticos.

Sirius viu que Tiago - finalmente... - se dera conta QUEM aquela ruivinha temperamental o lembrava, corando ligeiramente. Sirius e Remo se entreolharam, rindo.

- Acho que assim foi mais fácil - disse Harry depois de algum tempo, suspirando. - Eu não tive que explicar nada pra Cho. É mais seguro ela ficar sem saber de nada, mesmo.

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***SIBILA***

Sibila estivera observando um tabuleiro de xadrez, onde as pecinhas estavam muitíssimo irritadas com alguma coisa e os reis haviam organizado uma espécie de guerra, quando ouviu alguém entrar no Salão Comunal fazendo um barulho igual ao de um leão raivoso. Ela ergueu os olhos, sem erguer a cabeça, e viu que era aquela ruivinha idiota.

- O que está fazendo?! - perguntou Sibila em voz alta.

- Nada que te interesse! - gritou Gina em resposta, batendo os pés na direção das escadas. Sibila se espantou; ela estava completamente fora de si. Mas ela não podia perder aquela chance.

- Ô menina, eu quero ter uma conversinha com você! - gritou Sibila, ainda mais alto. Gina parou no meio do caminho e olhou pra ela com os olhos estreitos.

- Uma conversinha?! - disse Gina, andando para onde Sibila estava. - Eu não tenho nada que conversar com você!

- Acontece que EU quero falar com você! - disse Sibila, se levantando e colocando o dedo na cara de Gina. - Desde que eu cheguei aqui, você fica grudada nele...

- Grudada em quem, sua maluca?! - exclamou Gina.

- Não se faça de sonsa! Você sabe muito bem que eu estou falando do Black!

- O Sirius?! Eu não fico grudada nele!!

- Você é só uma pirralhinha que se acha grande o suficiente pra ficar com ele!! - berrou Sibila. - Acontece que eu não vou admitir isso!!

- Pirralhinha é a...! Espera - disse Gina, numa voz subitamente mais baixa, a fúria se esvaindo de seu rosto. - Do que você está falando?

- Você entendeu muito bem - disse Sibila. - Eu não vou permitir que você fique com o Black.

- Você... você gosta dele?! - sussurrou Gina, arregalando os olhos. - Você tá com ciúmes??

Sibila não respondeu; sentiu que seu rosto corava ligeiramente, mas continuou a olhar furiosa para Gina. Esta parecia completamente surpresa.

- Então a minha professora de adivinhação já gostou de Sirius Black? - disse Gina, em voz teatral. - Essa é ótima.

- Olha aqui...!!! - começou Sibila, irritada, mas Gina a interrompeu.

- Desculpa te decepcionar, mas o Sirius não gosta de mim. Sabe de quem ele gosta? - perguntou Gina, com cara de nojo. - Você saiu antes dela chegar... é uma aluna do sétimo ano da Corvinal, uma filha de uma égua chamada Cho Chang.

Levou alguns segundos pra Sibila digerir tal informação. Cho Chang? Agora tinha outra?! Eles haviam chegado ali naquela tarde e Sirius já se engraçara com uma sujeitinha qualquer? Não era possível.

- Você está mentindo - disse Sibila, com a voz trêmula de raiva. - Como você sabe disso?!

- Foi só ver a cara de bobo do Sirius na hora do jantar; era óbvio.

Sibila estreitou os olhos e os desviou para o fogo que crepitava alegremente na lareira. Se aquela menina estava falando a verdade... então seus planos maléficos de enfiar a cabeça da Weasley em pus de bobotúbera não-diluído não iam servir pra nada. Talvez pudesse usá-los contra essa tal de Cho Chang. Mas Sibila não fazia idéia de quem ela era. Então a ruivinha finalmente ia servir pra alguma coisa.

- Vamos fazer um pacto - disse Sibila subitamente, virando-se para Gina (que levou um pequeno susto). - Pelo que eu vi, você também não gosta dessa Chang nem um pouco, não é?

- Eu odeio ela - disse Gina simplesmente. - Ela engana todo mundo com aquele falso arzinho angelical. Já enganou o Harry e ele nem percebeu; o Sirius também caiu como um patinho.

- Ótimo. O negócio é o seguinte...

- O preço da vaca é cento e vinte - interrompeu Gina num murmúrio.

- Quê?!

- Nada.

- Não interessa - disse Sibila afastando o assunto com um gesto da mão. - Agora, eu quero fazer um acordo com você; já que você a odeia e ela está querendo fisgar o Black, o que nós temos que fazer é nos unir pra acabar com a raça dela.

- Por mim tudo bem - concordou Gina sem hesitar, um sorriso malvado aparecendo em seu rosto. - Meu sonho é ver aquela Chang desmoralizada.

- Fechado?

- Fechado - confirmou Gina, e as duas apertaram-se as mãos.