Os Oito Dragões - A Terra dos Vales

N.A: Oi gente que saudade! Primeiramente queria pedir desculpas por ter demorado tanto a atualizar. Lá embaixo explico por quê, ok? ;) Agora aproveitem! Boa leitura (e reviews)!

Capítulo 4 - Luna, a Contempladora de Sonhos

-Hum... Não me sinto ameaçada por suas palavras. - Pansy disse apontando a espada contra Hermione e pulando em sua direção - Vai ser tão fácil acabar com você como acabei com Rony.

-Não se esqueça que você não acabou completamente com Rony. - Hermione disse se defendendo com sua espada - Você apenas o deixou inconsciente e de tão burra que é deve ter achado que ele estava realmente morto.

-Eu achei que ele estivesse morto mesmo. - Pansy concordou - Me enganei, mas pode ter certeza que com você não me engano.

-Claro que você não se engana. - Hermione disse levantando a mão contra Pansy e formando uma bola de magia verde.

Pansy foi rapidamente atingida pela bola, caindo no chão com sua espada. Ela pareceu sem forças e Hermione aproveitou a situação.

-Vai levar mais uma para aprender a não mexer com as pessoas que amo. - Hermione juntou mais energia em uma bola de magia ainda mais forte e lançou novamente contra Pansy.

Ela deu um grande grito de dor, depois apoiou a mão no chão e levantou sua cabeça, olhando raivosamente para Hermione, que tinha um risinho irônico, igual ela adorava dar aos outros para tentar fazê-los sentir-se por baixo, mas quem se sentia por baixo agora por levar esse sorriso irônico era ela. Hermione percebeu que Pansy sentiu-se mal pelo sorriso, então resolveu falar algumas coisas para deixá-la ainda mais por baixo.

-Quem está acabando com quem aqui? - Hermione perguntou em tom irônico - Você não disse que ia ser mole acabar comigo?

-Vai ser! - Pansy juntou as mãos e uma bola de luz marrom se formou, mas ela era muito fraca e nem chegou a fazer cócegas ao atingir Hermione.

-Rá, rá! Você não tem forças, vou acabar com você rapidinho... - Hermione debochou.

-É o que pensa. - com muito sacrifício Pansy levantou-se.

Quando já estava em pé ela avançou contra Hermione, que rapidamente deu um salto para trás e escapou do golpe. Mas Pansy avançou novamente contra ela, que dessa vez desviou para o lado, depois golpeou o braço de Pansy, fazendo um corte longo e profundo, que atingia quase todo o ante-braço dela.

-Sua... vaca... - Pansy murmurou sem forças.

Por incrível que pareça Pansy juntou forças para avançar contra Hermione novamente. Ela foi fraca, e Hermione como único recurso de defesa que teve, rapidamente empurrou Pansy, que novamente foi derrubada no chão, dessa vez algo mais grave aconteceu.

-Ai meu Deus... - Hermione murmurou - Acho que acabei... matando... - lágrimas surgiram em seus olhos, por mais que odiasse Pansy não tinha pretensão de tirar a vida de qualquer pessoa que fosse.

A espada de Pansy havia desviado de sua mão, rodado no ar e acabou caindo em nas próprias costas, fazendo-a dar um grande grito de dor.

Enquanto Hermione sentia-se desolada e arrependida, ela não viu um movimento discreto com o braço de Pansy, que tirou a varinha do bolso e apontou para Cho.

-Ennevarte! - ela murmurou sem forças.

No mesmo instante Cho acordou, e a primeira coisa que viu foi Pansy com uma espada cravada nas costas. Depois olhou para o outro lado e viu Hermione, tinha a espada derrubada no chão e uma expressão horrorizada, com algumas lágrimas brotando nos olhos. Cho se levantou.

-O que fez com ela? - perguntou preocupada e com raiva na voz.

-Eu não queria... - Hermione murmurou triste - Por mais que ela mereça.

Cho caminhou até Pansy.

-Está viva? - perguntou preocupada.

-Hum... - Pansy gemeu do chão.

-Então é melhor que eu faça isso! - ela segurou a espada nas costas de Pansy.

-Não faça isso! - Hermione gritou pensando que Cho fosse afundar mais a espada.

-Fique quieta, garota! - Cho disse olhando feio para Hermione antes de puxar a espada e ouvir um grande grito de dor vindo de Pansy.

-Sua burra, agora o corte vai sangrar mais! - bronqueou Hermione.

-Mas eu não ia poder carregá-la com aquela espada! - Cho respondeu estupidamente.

Rapidamente ela pegou Pansy no colo e com uma das cartas de magia aparatou, suas espadas e a Esfera da Terra que estavam no chão foram junto.

Hermione sentia-se muito mal pelo que tinha feito... Será que Pansy morreria? Essa não era a principal preocupação de Hermione, por ela Pansy realmente deveria morrer, mas não queria que ela morresse por suas mãos. Não queria sujar as mãos com o sangue de outra pessoa. Mais lágrimas começaram a brotar dos olhos de Hermione, que precisava urgentemente de alguém para abraçá-la, pena que esse alguém estivesse desmaiado. Ela caminhou até Rony, a espada que o havia feito desmaiar caída do seu lado e um terrível galo em sua testa.

Acabou parando de chorar e soltando um breve risinho. Por que ele tinha que ser tão trapalhão? Acabou atingido por sua própria espada e desmaiando. Mas ela precisava ver se ele estava realmente bem, então resolveu ir e acordá-lo, ou pelo menos tentar fazê-lo. Chacoalhar não adiantou nada, ele continuava inconsciente. Ela teve uma idéia melhor, empurrou Rony para um pouco mais perto do rio e passou a mão nas águas, depois atirou um pouco dela no rosto dele.

-Argh!!! - ele exclamou antes de sentar e abrir os olhos - Água? - ele olhou para o lado e viu Hermione com uma risadinha - Está rindo do quê?

-Você fez uma careta engraçada! - Hermione respondeu tentando parar de rir.

-Rá, rá! Quando vai se acostumar com minhas caretas? - perguntou mal-humorado - Aliás, cadê aqueles malditos Dragões da Terra? E por que minha testa dói tanto?

-Sua testa dói porque quando você convocou sua espada ela acabou batendo o punho na sua cabeça.

-Como sou inútil. - ele resmungou - Às vezes dá raiva de mim mesmo.

-Depois você desmaiou. - ela completou - Mas não se sinta inútil, muito menos tenha raiva de si.

-Não dá para eu não ter raiva de minha inutilidade. - Rony disse abaixando a cabeça e fazendo uma careta - Mas você é muito útil, ao contrário de mim. No mínimo deu uma lição nos três.

-Não foi bem assim. - corrigiu Hermione - Mark foi embora porque sentiu sua Esfera.

-Então Harry tem uma pedra no sapato. - Rony disse preocupado.

-E Cho levou Pansy embora, porque eu acabei fazendo com que ela tivesse a própria espada cravada nas costas...

-Quem? A Pansy? - perguntou Rony.

-Ela mesma. - concordou Hermione.

-Bem feito! - resmungou Rony.

-Bem feito nada, ela pode estar morta agora, ficou muito mal. - Hermione disse preocupada.

-Mas você viu o que ela fez comigo? - Rony perguntou indignado com Hermione - Ela merece estar morta.

-Por mais que mereça, nunca tive a intenção de matar ninguém. - Hermione começou a chorar novamente - Se ela morrer, não irei me perdoar por ter morrido pelas minhas mãos. Sem dizer que na Terra eu poderei ir para Azkaban, já imaginou?

-Se ela morrer você não vai ser presa por ter sido em sua defesa. - Rony disse sério, passando as mãos no cabelo dela - Sem dizer que ela se feriu com a própria espada, sua espada está aí ainda.

-Sim, ela foi atingida pela própria espada. - Hermione concordou - Ela ia me atacar, eu a empurrei, ela caiu no chão com sua espada em suas costas.

-Então, meu amor, você não teve culpa de nada. Mas o que importa é que estamos bem agora e estou aqui com você.

-É, isso o que realmente importa para mim. - Hermione o abraçou novamente, ajeitando sua cabeça no ombro dele e o molhando um pouco.

O que mais confortava o amor dos dois era a amizade que tinham um pelo outro, isso completava muito. Agora sentiam-se completos juntos, um confortando as mágoas e os medos do outro. Passar pelo que passavam agora era muito difícil, o que mais queriam era encontrar Gina logo e ir embora da Terra dos Vales, mas antes teriam que esperar Harry voltar.

Luna dessa vez nem caminhava por uma velha e escura casa de madeira, nem andava pelas ruínas de Londres. Estava no meio do nada, no meio da escuridão, a única coisa que via brilhando lá era ela mesma, sentia-se aflita, corria para todo lado, gritava, queria sair de lá... Mas de nada adiantava, sentia-se presa às trevas que estava a sua volta. Quando cansou, sentou-se no chão ajeitou a cabeça nos joelhos e começou a chorar, era horrível estar naquele lugar.

"Olha, a senhora fraca está chorando..." - uma voz fria e masculina começou a ecoar a sua volta. "Aquela garota de sempre, que era animada, feliz, determinada, agora sente-se mais solitária do que já era, se tornou triste e nem sabe o que fazer."

-Quem é você?! - Luna levantou e olhou a sua volta.

"Sou a voz do seu inconsciente." - a misteriosa voz respondeu. "Apenas disse algumas verdades que andam incomodando seu inconsciente."

-Mas eu não consigo mais ser como antes. - Luna se justificou com seu tom triste de voz - Aconteceram muitas coisas comigo.

"Sim... tudo começou quando você era uma criança ainda... Perdeu sua mãe, a viu morrer... Depois você supera isso, quando chega na escola todos os alunos se distanciam de você só porque age um pouco diferente deles. Mas com o tempo consegue amizade de Gina Weasley, que também se distancia um pouco dos outros por causa do trauma que teve com Voldemort, e vocês se tornam amigas. Você se aproxima de Harry através dela, acaba se apaixonando, mesmo que inconscientemente. Voldemort a coloca numa cruz, Harry te salva. Mas alguns sonhos que você tinha desde pequena acabam se tornando constantes quando você vai crescendo, e quando fica junto de Harry se tornam mais rotina. Eles vão aumentando, você começa a pressentir uma morte, à partir daí muda mais ainda, e torna uma pessoa triste, achando que o morto seria Harry. Mas quem acaba morrendo é Gregory, Mark muda de lado, e você se torna mais triste. Harry parte para a Terra dos Vales e a distância dele a torna mais triste ainda. Realmente, Luna, você é uma pessoa de dar dó."

-Não quero que tenha dó de mim! - Luna quase gritou - Não quero mais te ouvir!

À partir desse momento Luna não ouviu mais nada vindo de seu inconsciente. Mas daquelas trevas uma luz acinzentada surgiu e uma mulher saiu de dentro dela, uma mulher de cabelos até o ombro, negros com luzes avermelhadas, olhos azuis muito profundos e com uma certa dose de maldade nessa profundidade.

-Quem é você? Era você que estava dizendo tudo aquilo para mim? Mas era uma voz masculina. - Luna perguntou assustada e com raiva ao mesmo tempo.

-Seja o que estava acontecendo em seu sonho, eu cheguei aqui agora. - ela respondeu calmamente, tinha uma voz fina e irritante - Sou uma Contempladora de Sonhos, assim como você.

-Eu, Contempladora de Sonhos? - Luna perguntou surpresa.

-Sim, você é. - ela respondeu estupidamente - Por que acha que tem visões em seus sonhos? Tudo o que vê, um dia se tornará realidade.

-Então tenho previsões mesmo. Por isso sabia que alguém muito próximo iria morrer. - Luna tinha um olhar surpreso e assustado.

-Sim. - a mulher respondeu - Mas vim aqui lhe contar outra coisa.

-Por que veio aqui me contar coisas? O que quer afinal?

-Quero lhe ver por baixo. - a mulher disse sorrindo ironicamente - Fiquei sabendo que outra pessoa muito próxima de você irá morrer.

-É mentira! - gritou Luna.

-Não adianta gritar para a verdade. - a mulher disse dando um leve risinho.

-Pare de falar besteiras para mim! Vá embora!

Mas do outro lado de Luna surgiu uma outra luz, e dela saiu uma mulher de cabelos brancos, do porte de uma criança, que tinha a íris dos olhos vermelhas. Ela era muito bonita e passava tranqüilidade.

-Deixe a garota em paz! - ela disse olhando feio para a mulher que perturbava Luna.

-Olha, Claire surge da luz! - a mulher disse irônica.

-Vá embora daqui, Suzane! - ela gritou brava.

-Suzane? Seu nome é Suzane? - Luna parecia confusa.

-Susane Khane Marty. - ela respondeu.

-Khane? - Claire arregalou os olhos - Por acaso...?

-Sim, sou sua parente. - ela disse olhando desprezívelmente para Claire - Por mais que preferisse nem ser.

-Eu achava que... minhas únicas parentes vivas fossem Melina e Helena. - Claire disse com a voz fraca.

-Não, eu pelo menos salvo a descendência da família, tenho poderes de Yumemi. Sou de outra parte da família, e sou a única viva, meus pais já morreram.

-Não acredito que uma parente minha está trabalhando para os Malfoys. - Claire disse indignada.

-E com muito orgulho, o que mais quero é que aconteça a Purificação. - ela disse sorrindo para Claire.

-Oras, não te considero uma parente minha. - Claire disse brava - Vá embora!

-Estou indo. - Suzane respondeu - Mas antes de ir, não se esqueça Luna, de que alguém muito próximo vai morrer, novamente.

-Vá logo e pare de perturbá-la. - Claire quase gritou.

-Estou indo. - Suzane respondeu - Bye, bye! - na mesma luz acinzentada que ela chegou, ela se foi.

Claire olhou para Luna, seus olhos estavam um pouco molhados, devia estar preocupada com o que Suzane disse.

-Não fique assim, pequena criança. - Claire se aproximou e confortou Luna em um abraço.

-Você é Claire, a Yumemi que contou coisas ao Harry, não é?

-Sou. - Claire respondeu.

-Eu não queria ser como você, não queria ser uma Contempladora dos Sonhos... - Luna disse triste - Prevejo coisas em meus sonhos, se ela se tornarem realidade nem sei o que vai ser de minha vida.

-Não fique assim... - Claire disse a confortando - Eu me espelho em você, sofri muito na sua idade.

-Sofreu? - Luna perguntou olhando para ela.

-Muito. - ela assentiu - Mas agora tenho que ir.

Claire envolveu-se numa luz branca.

-Tchau... - murmurou Luna antes dela desaparecer na luz.

"Luna... Luna..." - a voz de uma garota parecia vir de bem longe.

-Luna! - Melissa quase gritou chacoalhando a garota - Vai se atrasar para a aula, vá, acorde!

-Hum... - Luna murmurou sentando-se.

Ao ver Melissa lágrimas brotaram nos olhos de Luna, que abraçou a garota que cada dia mais se tornava uma grande amiga sua.

-Já está chorando logo cedo, Luna? - Melissa perguntou preocupada - Você estava muito agitada essa noite enquanto dormia, teve um pesadelo?

-Não quero perder mais ninguém... - Luna disse enquanto abraçava a amiga - E quatro das pessoas mais queridas que conheço estão correndo risco naquele lugar... A Terra dos Vales.

-Não fique preocupada com isso. - Melissa disse se separando da amiga e dando um sorriso sincero para ela.

-Da última vez que soube que um amigo iria morrer, Gregory se foi. - Luna disse ainda muito triste - Quem será dessa vez?

-Não se preocupe, já disse. - Melissa estava preocupada - Não deve-se acreditar em tudo que se sonha.

-Não quando você é uma Yumemi. - Luna disse séria.

-Yumemi? O que é isso? - Melissa perguntou curiosa.

-Contempladora dos Sonhos, ou seja, ter poder de prever coisas, ver o futuro, essas coisas, através dos sonhos. E se todos os meus sonhos forem previsões, nem sei o que vai ser de minha vida.

-Não fique assim, amiga. Sua tristeza agora é a minha, deve ser muito triste ter esses sonhos.

-E é. - concordou Luna.

-Agora vamos levantar nosso ânimos e ir para a aula, estamos em cima da hora, não vai dar tempo de comer.

-Não estou com fome mesmo. - Luna deu de ombros.

-Vai, se troque! - Melissa passou a mão no cabelo de Luna e levantou da cama.

-Não agüento mais, estou morta de saudades de Harry. - Luna murmurou.

-Ele também deve estar com muitas saudades suas. - Melissa abriu um sorriso mais largo - Agora vamos nos animar, temos uma vida inteira pela frente.

-Tomara... - Luna disse imediatamente.

-Ai, credo! Disse para nos animarmos, não para você ficar mais negativa.

-Tá legal... Vou me trocar e vamos nos animar.

Gina acordou de uma noite de sono reconfortante. Não sabia porque acordou sentindo-se mais bem do que o normal naquela manhã.Um bocejo, se espreguiçou, esfregou os olhos depois os abriu... Olhou para um lado e viu o sol entrando pelas paredes da gruta. Olhou para o outro lado e viu que Draco Malfoy dormia ao lado dela... "Draco Malfoy? Ai meu Deus... O que fui fazer?" - ela perguntou a si mesma arrependida.

-Acorda! Acorda! - ela disse o chacoalhando.

-Hum... Bom dia... - ele disse sentando e esfregando os olhos.

-Bom dia para você, que abusou da minha fraqueza! - ela estava verdadeiramente brava - Você não vê o que acabamos fazendo?

-Foi muito bom. - ele respondeu.

-Está louco? Foi a maior loucura, nunca deveria... - Gina se remoia.

-O que adianta ficar arrependida de algo? - Draco começava a ficar irritado - Se aconteceu, foi porque você permitiu.

-Você abusou de uma fraqueza minha! - ela começou a dar soquinhos de raiva em Draco.

-Pare de ter chilique! - Draco brigou com ela.

-Nós somos inimigos. Inimigos mortais! - ela puxou os cabelos e abaixou a cabeça - Ai, que raiva!

-Pare com isso... - Draco disse segurando o braço dela - Se aconteceu algo foi porque nos amamos.

-Eu não te amo! - Gina disse secamente - Não posso te amar, somos inimigos mortais...

-Me ama sim! - Draco gritou bravo - Não tente escapar disso. E nós não somos inimigos mortais, se fossemos você estaria morta agora, nunca a teria curado com meus poderes. Se eu fiz isso foi porque te amo.

-Mas não me importa, estou indo embora. - Gina levantou-se.

Ela tentou caminhar, mas ainda estava meio fraca e acabou caindo nos braços dele novamente. Ele a segurou de sua queda, ainda bem que ela caiu ainda quando ele estava perto dela. Ela levantou a cabeça e olhou para ele, que sorriu para ela, os dois aproximaram seus rostos novamente, resultando em mais um beijo que não deveria acontecer. Mas rapidamente Gina empurrou ele de perto dela, que ainda segurava os seus braços.

-Gina, pode ter certeza que se você ficar comigo eu irei cuidar muito bem de você, seremos muito felizes juntos. - Draco sorria para ela - Mas com uma condição.

-Qual? - Gina perguntou desconfiada.

-Venha para o lado dos Dragões da Terra.

Harry agia como uma grande fera selvagem, corria com um instinto fora do normal ao lado da margem, e quanto mais força sentia aproximando-se de si, mais rápido corria, a presença de sua Esfera por perto o deixava mais e mais eufórico.

-Eu sinto o seu poder... - ele resmungou em um grunhido.

Deu um grande salto e foi parar ao lado de uma cachoeira que desembainhava de uma montanha em sua frente, deu mais um salto e estava em uma pedra encima do rio, que era bem escorregadia, mas que se ele caísse de cima dela não aconteceria nada grave por aquela parte do rio ser rasa. Deu saltos para mais duas pedras, em sua frente a cachoeira. Todo instinto quase que animal que o guiava sumiu, sentiu-se ele mesmo novamente, mas algo dizia que a Esfera estava em sua frente.

-Mas como? - ele murmurou.

Olhou melhor ao seu redor. Em sua frente um precipício bem alto do qual descia a água do rio por aquela cachoeira, ao lado muitas árvores que formavam um belo bosque... Aonde será que estava aquela Esfera então? Ele sentia que ela não estava no topo do precipício, sentiu novamente aquele instinto quase animal, um salto o levou a atravessar as águas da cachoeira. Passou tão rápido pela água que nem se molhou, mas logo sua consciência voltou a normalidade, estava do outro lado da cachoeira!

Era um lugar realmente incrível, indescritível, Harry não sabia precisar tudo o que via. Pequenas pedras azuis brilhavam em todo canto das paredes de pedra daquela gruta, dando uma iluminação surreal, Harry via sua pele toda azul com aquela iluminação; o chão do lugar era liso, parecia ter sido lixado, mas também tinha um acabamento, desenhos de peixes em baixo-relevo o enfeitava por todo lugar, mais para o centro havia um lago redondo, quando Harry foi se aproximando pode ver que na verdade não era o lago que estava ali, mas sim um vidro que mostrava o lago por debaixo dele, peixes das mais diversas cores nadavam fazendo uma bela combinação. No centro do lago havia mais uma parte de chão redondo, bem larga, mas não havia nada em seu centro.

Harry pulou para o centro do laguinho, uma grande luz veio do teto, ele olhou para cima e viu que aquela forte luz azulada que acabara de surgir, vinha de um grande diamante que aparecera de repente, sentiu o chão tremer e de sua frente uma pilastra começou a subir, em cima dela ficava uma grande redoma transparente, e no seu centro havia uma bola... ou melhor dizendo, uma esfera, que era azul também, mas completamente opaca. Harry retirou a redoma transparente, mas quando ia tocar a Esfera, uma voz bem conhecida o interrompeu.

-Harry! - a voz exclamou docemente.

Ele olhou para trás, não tinha palavras sua voz mal saía de sua boca, era inacreditável, ela estava lá!

-Luna... - disse fracamente.

A garota usava o uniforme de Hogwarts, tinha um belo sorriso, um sorriso que Harry nunca havia visto em seu rosto.

-Belo lugar esse. - ela disse sem graça.

-É... - Harry concordou, ainda não tinha palavras para tanta felicidade, nem conseguia perguntar como ela havia chegado até lá.

-Pena que seja o último lugar que você vá ver em sua vida! - ela disse seca e repentinamente, surpreendendo Harry com uma grande concentração de magia azul em suas mãos e atirando contra ele.

O garoto arregalou os olhos, a magia acertou seus estômago, fazendo-o cair contorcido, segurando seu estômago. Ele olhou para baixo e viu um olhar estranho na falsa Luna, um olhar frio.

-Você não é a minha Luna... - agora ele tinha menos força ainda para falar qualquer coisa.

-E você ter acreditado que sou só te tornou ainda mais tolo. - 'ela' disse - Vamos ver se você adivinha quem sou.

Harry já tinha idéia de quem fosse. Idéia não, tinha certeza, mas estava completamente sem forças para falar qualquer coisa.

Mais alguns dias haviam se passado na Terra enquanto haviam passado algumas horas na Terra dos Vales. A verdadeira Luna e Melissa caminham enquanto voltavam de uma cansativa aula dupla de Poções com a professora Lisa. As poções que estudavam naquele último ano em Hogwarts eram muito cansativas e difíceis de serem feitas.

-Ai, Lú... Estou tão cansada... - Melissa resmungou.

-Pode ir para os dormitórios descansar um pouco para o jantar, eu vou até a biblioteca e pego o livro de que precisamos para fazer o trabalho de Snape.

-Tudo bem. - Melissa concordou.

-Então vou até lá e pego o livro, depois vamos conversar mais um pouco. Vai me contar melhor dessa sua briga com seu namorado.

-Tá legal! - Melissa disse virando para o seu caminho - Até mais, Luna.

-Até mais! - Luna disse voltando para o mesmo caminho que estava seguindo com Melissa.

Com a intenção de ir para a biblioteca, ela nem notou que estava indo pelo mesmo caminho de que estava voltando da aula de Poções, que já não era mais em uma sala nas masmorras, sim em uma outra sala encontrada no segundo andar da escola. Só ao ouvir a voz de Lisa, notou que estava no caminho errado.

-Ai como eu sou distraída. - Luna disse a si mesma, batendo a mão na testa.

Mas a ouvir algo como "nem sei como Harry vai receber essa notícia", vindo da voz da professora de dentro da sala, aquilo chamou sua atenção. O que poderia estar falando de Harry? E com quem estava falando, sozinha?

-Espero que ele receba bem. - agora era uma voz masculina quem falava - Lembro que ele andava muito rebelde.

-E com causa, né? - Lisa completou.

"Com quem será que ela está conversando? Não reconheço essa voz.". Luna pensava curiosa. Ela caminhou lentamente, na ponta dos pés, até a porta, abrindo lenta e discretamente uma brecha para que pudesse espiar lá dentro.

Ela via Lisa sentada em sua poltrona em frente a uma lareira acesa. Provavelmente Lisa conversava com alguém pela lareira, mas ela não conseguia ver quem era por Lisa estar na frente do fogo.

-Muitas causas. - o homem continuou a falar - Mas agora parece que ele está em situação mais difícil, está carregando o mundo sobre os ombros praticamente.

-Praticamente não, ele está. - corrigiu Lisa - Caso ele não consiga vencer a guerra o mundo vai mudar completamente de curso, e ele vai morrer por causa da Purificação.

-Esse Deus Dragão não pode de jeito nenhum ser acordado. - a voz masculina disse preocupada - Estou muito cansado, agora vou dormir um pouco.

-Se prepare que acho que logo ele estará de volta e teremos que dar a notícia. - Lisa disse preocupada.

-Realmente teremos que nos preparar.

-Mande referências a Claire, Melina e Helena, e avise a princesa que breve estarei a visitando para saber de novidades. - Lisa disse séria.

-Tudo bem. - ele assentiu.

-Atchim! - Luna não agüentou, estava resfriada e acabou espirrando.

-Quem foi? - Lisa perguntou preocupada, olhando em sua volta.

-Tem alguém nos espiando, vi daqui um grande olho em uma brecha da porta em cima de sua cabeça. - o homem disse preocupado, fazendo com que Lisa levantasse imediatamente da poltrona.

"Ai, eu e o meu grande olho!" - Luna disse a si mesma. "E agora, como vou escapar dessa?"

Ela olhou para os dois lados, os outros dois corredores que poderiam fazer com que ela escapasse de Lisa, estavam longe o bastante para ela pegar Luna ainda no caminho. Ela não poderia ser pega por Lisa, ouvir atrás das portas era algo muito feio, e vai saber se ela não estava quebrado alguma regra fazendo isso? Sua salvação estava bem atrás de si, uma janela. Só podia pensar em pulá-la, nada além disso, assim Lisa não teria tempo de pegá-la.

Correu até o outro lado do corredor, que era estreito, e subiu na janela, já jogando todo peso de seu corpo para o fora. Mas só depois de jogar seu corpo para lá foi ver que a altura, mesmo sendo do segundo andar apenas, era muito alta para ela não morrer ou quebrar vários ossos ao chegar lá embaixo. Não gritou senão Lisa ouviria o som vindo da janela, mas ficou pendurada com apenas uma mão.

-Não há ninguém aqui mais. - ouviu Lisa dizer e um barulho de porta se fechando.

Só de olhar para baixo Luna sentiu vertigens horríveis, se esqueceu de que morria de medo de altura quando pensou em pular a janela. Com sacrifício colocou a outra mão na janela, e não olhou para baixo novamente, tentaria subir.

-Luna! - ouviu gritarem lá de baixo - O que faz aí, sua louca?!

Ela olhou para baixo e viu Teresa, que parecia se divertir com a cena. Luna não estava em condições de responder, então Teresa viu que a garota estava desesperada e em problemas sérios.

-Espere um minuto! - Teresa gritou lá de baixo e tirou a varinha do bolso - Vingardium Leviosa! - disse apontando a varinha para Luna, que foi puxada.

Suas mãos saíram imediatamente do parapeito da janela e ela sentiu-se muito leve... tão leve... flutuando... Mas logo encontrava-se no chão em frente a Teresa, e só aí notou que havia sido levada por Vingardium Leviosa.

-Nossa, como você conseguiu me fazer flutuar? - Luna perguntou surpreendida.

-Você sabe que eu sou forte e poderosa. -Teresa respondeu naturalmente - Mas me diga, como você foi parar lá naquela janela?

-É uma longa história...- Luna disse caindo numa leve risadinha.

Era uma coisa bem "Louca" Lovegood.

No próximo capítulo...

Agora está tudo bem com Rony e Hermione, mas o que acontecerá com os outros? Qual será a resposta de Gina a proposta de Draco (da qual ele faz pela milésima vez :P)? Quem será a falsa Luna Lovegood? O que acontecerá a Harry e a Esfera? Não percam as sagas finais dentro da Terra dos Vales! Capítulo 5 - De Volta ao Lar

N.A: Olá p vocês novamente! gostaram do capítulo? Espero que sim! Mas vem mto mais pela frente, hein?! Ah, tô pintando a capa da fic Os Dragões do Paraíso, qdo tiver pronta vou publicar no Os 8 dragoes. cjb. net. Ah, agora vem explicação: estava sem net no pc aqui de casa... Para falar a verdade ainda estou! Quem mandou esse capítulo pra mim foi a Biba na facu... Por disquete... Ultimamente a gente tá atualizando até o Portal D/G por disquete =P

Lina!!!! Te amo mto! Amor fraternal claro... Fiquei super contente em ver q vc lembrou de Uma Viagem Inesperada no D/G Fic Awards =D =D =D (qdo voltar a net quero conversar no MSN c vc. Tenho um capítulo inédito de "O Segredo...", pra te mandar. Mas agora sei q vc é mosqueteira, espero q vc não esteja só dando atenção p suas compannheiras de luta¬¬...) Mas hj não está dando pra agradecer reviews p todos vcs... Mas no próximo cap vou tentar. Se o Cara lá de Cima permitir, esse fim de semana terei net. Mas sem mtas esperanças, hein?

Msm assim, valew!!!!! Valeu mto a quem mandou review e continuem sempre mandando! Olha, vou fazer uma proposta p vcs, se eu receber mais de 5 reviews, semana que vem eu anuncio p vcs o provável nome da terceira fase da fanfic. Querem saber qual é? 5 reviews em mão ou nada!

Até então!

Victor