DISCLAIMER: Não... eu não possuo nada. A única coisa que eu possuo é minha
cabecinha afetada, meus livros de Harry Potter, minhas coleções de mangás e
meu material de desenho. E algumas outras coisinhas supérfluas.
N/A: Existia computador no tempo dos Marotos? O.o" Se não... desculpem meu pequeno deslize. Eu só não consegui resistir em pôr essa referência.
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Para Laís: Eu demorei bastante pra atualizar, não foi? ^^" É que eu tinha planos pra escrever a minha outra fic, aí... eu me distanciei dessa. Mas agora, enquanto eu espero pra ver se o povo gosta da outra, eu escrevo essa daqui! E Harry/Gina vai começar aos pouquinhos. Tenha paciência, please! ^_^
Para Karol: Ah, eu também acho ele tão bunitin... mas ele é simplesmente perfeito pra ser minha vítima! XD Você não sabe como eu me divirto zoando com ele.
Para Helena-Black: Pode ficar sossegada, que o Sirius ainda vai ter bom uso em minhas mãos. *risada diabólica*
Para Patty E.: É claro que o Tiago era um magricela metido. *se desvia dos tomates que são lançados em sua direção* Hehehe... eu também tô ansiosa pra fazer o Snape fazer maldades com eles! Eu sou tão cruel quando eu quero... *suspiro* Acho que eu sou meio sádica com meus personagens.
Para Hermione Potter: Nossa... sua vida é uma confusão, hein? Acho que o Rony não vai te perdoar tão fácil. ^^ Acho que o Rony que eu tô fazendo aqui tá meio tolo... mas eu sempre o vi como um tolo, mesmo que eu goste tanto dele. Você tem certeza que quer se casar com um tolo?
Para Tathi: Não sei se o Hagrid faria uma coisa dessas... isso tá mais pro Rony ou pro Neville. Mas não sei. E Remo/Mione já está na minha cabeça. Mas o que é Movimento CVTAN?! Agora eu fiquei curiosa!
Para Karen13: Eu planejo fazer um final meio triste, sim... mas eu vou tentar não deixar muito meloso nem pesado demais, tá bom? ^^ Senão até eu choro enquanto escrevo. Eu tô sendo influenciada por um monte de fics de drama e romance que eu tenho lido por aí... resta saber se isso é bom ou não... ¬¬*
Para Diana Wiccan: Não, não foi sua impressão XD Não sei nem de onde saiu aquilo, só sei que eu achei tão divertida a situação que acabou saindo desse jeito. A musiquinha da Manu (minha amiga) fez sucesso mesmo! ^_^ Eu sabia que não ia ser só eu a gostar. E romance... *assobia enquanto olha pro teto*
Para Juliana: Você não encheu, não... eu adoro reviews! Ah, e sim, ele tá abatido... mas você acha que ele vai deixar transparecer?! Aquele cabeça- dura?... E... *toda contente* Eu converti mais uma inocente à seita do 'Odeie Chang, Ela Merece'?? Que tudo! XD Mais tudo ainda é 3 reviews seus no mesmo cap.! Agora pode se acalmar, porque eu atualizei! Vamos todos nos dar as mãos e rezar em glória! ^^" (Que ridículo... controle-se, Júlia...)
Para Deby Padfoot: Não quero que você dê com a cara no chão! O_o" Só que eu não conseguia continuar, eu tava com a outra fic na cabeça e saía sempre uma droga quando eu tentava fazer essa daqui. Mas agora eu tô normal de novo ^^ Tão normal quanto eu posso ser...
Para A.S.N.S.H: Eu pretendo muitas coisas pro Remo! Mas se eu contar, não vai ter graça ^_~ E a Cho não serve pra ninguém... muito menos pro Sirius- kun, ele é MEU! *outra risada diabólica*
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***TIAGO***
Era uma simples questão de lógica, que ele aprendera com Lílian: se um computador trava, desligue e ligue de novo que ele volta ao normal. Não que ele soubesse o que era um computador, mas de qualquer forma... ele esperava que aquela teoria funcionasse com Sirius também. Tiago não entendeu por que todos o olharam tão assustados.
- Cara... você tem algum problema, não é possível – disse Harry, olhando para Tiago com os olhos arregalados, desviando-os depois para Sirius estatelado no chão, meio preocupado.
- Ah, meu Deus! Sirius, você tá bem?? – perguntou Hagrid erguendo Sirius (desmaiado de vez) pelo braço. Ele parecia algum tipo de boneco de cera de mau gosto. – Responda!!
- Tratamento de choque, ora – disse Tiago, simplesmente, recolocando o bule em cima da enorme mesa. – Quando ele acordar, vai estar normal de novo.
- Isso se ele não sofreu nenhuma fratura no crânio – disse Remo, cuidadosamente.
- Não, ele não sofreu nada, senão a essas horas um daqueles filetes sinistros de sangue já estariam escorrendo pela testa dele – disse Tiago, balançando os ombros. Como num daqueles filmes esquisitos da tevelisão. Ou era telivesão? Tevile... ah, não interessa. Isso era o que dava fazer Estudos dos Trouxas, a pessoa ficava meio que com pensamento fixo.
- Como vocês são horríveis! – exclamou Hermione, assustada. – Vocês são sempre tão solidários assim?!
- Não, não... eu disse, foi tratamento de choque.
- Bom, morrer ele não morreu – disse Hagrid balançando a cabeça e erguendo um Sirius boneco-de-pano pelos ombros. – Saiam daí, vocês dois – ele disse a Harry e Remo, que se apressaram a levantar da cama, e Hagrid o colocou ali.
- Claro, ele não poderia ter morrido tão cedo assim – murmurou Harry, com um tom de voz esquisito. Ninguém pareceu ter ouvido, mas Tiago, estando mais perto dele, acabou escutando. Olhou o garoto de esguelha, cautelosamente; tinha alguma coisa errada ali.
- Hagrid, será que Dumbledore já avisou o pessoal da Ordem? – perguntou Rony, em voz baixa. Remo e Tiago olharam para ele bruscamente. Nenhum dos dois disse nada, querendo ouvir o que eles tinham a dizer.
- Não sei – disse Hagrid, esfregando os olhos. – Ele não me disse nada... talvez esteja tentando descobrir um jeito de fazer vocês voltarem ao seu tempo...
- Ele disse que ia contatar o Ministério – disse Hermione, balançando a cabeça afirmativamente. – Mas não sei no que aquele tolo do Fudge pode ajudar. Ele não parece enxergar o óbvio, mesmo que esteja debaixo do nariz dele, vocês sabem...
- Tem um pessoal da Ordem no Ministério, Mione – fungou Hagrid. O gigante pegou um lenço grande de dentro das vestes e assou com força nele, guardando-o de novo, para o profundo nojo dos outros. – Ele pode ter pedido ajuda a alguém ligado ao Departamento de Mistérios...
- Eu me lembro de uma sala com um monte de Vira-Tempos – disse Harry, pensativo. – Talvez tenha algum segredo naquela sala... sei lá... instruções.
- Escuta... e essa Ordem de que vocês estão falando? – perguntou Tiago, já impaciente (eles não chegavam ao ponto que ele queria). – É a... Ordem da Fênix, não é?
- É – disse Rony, de sobrancelhas erguidas. – Vocês conhecem?
- Já ouvi falar nela – disse Tiago, interessado. – Meu pai faz parte dela... tanto que o Olho-Tonto vivia lá em casa nos últimos tempos. Só que, aparentemente – acrescentou ele, em tom amargo – nós somos "muito novos pra fazer parte da Ordem".
- Já ouvi essa conversa – riu Hermione.
- Mas a Ordem da Fênix só é convocada em tempos de crise, como o nosso – disse Remo, desconfiado. – Vai me dizer que, depois de tanto tempo, o Voldemort ainda não... o que foi??
Ele parou de falar ao ver Rony e Hagrid estremecerem violentamente. Pareciam até que alguém tinha acabado de gritar em seus ouvidos. Hermione lançou-lhes um olhar impaciente.
- Francamente, vocês já deviam ter se acostumado! – disse ela, com as mãos na cintura. – Não é como se vocês não ouvissem o nome dele o tempo todo!
- É só um nome, não é como se o próprio Voldemort – Rony e Hagrid estremeceram de novo, mas Harry não lhes deu atenção e continuou – fosse se materializar aqui no meio da sala quando a gente diz o nome dele.
- É fácil falar quando você cresceu sem contato com magia, sem ouvir falar do Você-Sabe-Quem, e não cercado de bruxos que te encheram de medo dele – retrucou Rony, aos atropelos, sem-graça. Harry e Hermione arregalaram os olhos.
- Rony, fica quieto – murmurou Hermione, nervosa. Rony imediatamente calou a boca com a própria mão e olhou constrangido para Harry.
- Mas como você pode ter crescido sem contato com magia? – perguntou Tiago, confuso, a Harry, que de repente parecia fascinado com as galinhas mortas penduradas no teto. Hagrid e Hermione olhavam feio para Rony.
- O Rony não se expressou direito, foi isso – disse Hermione, rapidamente. Tiago fez um barulhinho de descrença.
- Eu não sou tão idiota quanto vocês possam pensar – disse Tiago. Ele viu Harry olhar para ele com um pequeno sorriso escarninho, e revirou os olhos. – Esquece o que eu disse. Eu não sou idiota como vocês pensam, melhorou? Uma desculpa esfarrapada dessas não me engana, Hermione. Desembuchem.
- Do que a gente tava falando, mesmo? – perguntou Harry, inocentemente, mas desistiu ao ver o olhar que Tiago lhe lançava. – Escuta, minha mãe era... quer dizer, É trouxa, então... isso responde sua pergunta?
- Ah, eu acho que não – retorquiu Tiago, decidido a arrancar uma resposta dele, estranhando quando ele dissera "minha mãe era", mas depois ele tentava entender isso. – Sua mãe... seja lá quem for, pode ser trouxa o quanto quiser, mas EU sou de família bruxa, será que você nunca teve contato com esse lado da família?!
- Alguém mais está se sentindo um intruso no ninho além de mim? – Tiago ouviu Remo perguntar aos outros, em voz baixa, e um murmúrio de afirmativa, e revirou os olhos. É pra isso que servem os amigos, pra fazer esse tipo de comentário.
- Eu... hã... bem... – dizia Harry, desconcertado, uma mão correndo pelos cabelos (que ele logo baixou ao perceber o que estava fazendo). – Eu... eu não posso dizer.
- Como "não pode dizer"? É claro que pode – disse Tiago, já meio irritado.
- Não, eu não posso – teimou Harry, cruzando os braços, decidido. – Dumbledore disse pra gente não revelar nada além do necessário a vocês. E isso NÃO é necessário – acrescentou ele, quando Tiago abriu a boca pra protestar.
- Nossas memórias vão ser alteradas, garoto! – exclamou Tiago. – Não vai fazer diferença nenhuma se você contar ou não.
- Exatamente – concluiu Harry, com um sorriso vitorioso. Tiago estreitou os olhos. Ele não gostava de perder uma discussão. – E além do mais, Dumbledore é mais sábio do que você, eu prefiro confiar nele.
- Ah, faça como quiser – resmungou Tiago. Aquele moleque devia ter puxado a mãe. Porque Tiago sabia que ele NÃO era tão teimoso e irritante, de jeito nenhum.
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***SIRIUS***
Espirais, ziguezagues, ondinhas. Definitivamente, Sirius preferia as estrelinhas. Onde será que elas tinham ido? Depois daquela dor na testa, elas tinham sumido de repente. Vai ver elas não apareciam no escuro... logo, duas vozes altas entraram em sua cabeça, afugentando até mesmo as espirais. Pareciam estar discutindo.
Ele não entendeu exatamente o que elas estavam dizendo, mas foi o suficiente para fazê-lo abrir os olhos... e fechá-los de novo, sua cabeça latejando com a luz do sol que entrava pela janelinha.
- Ih, olha, ele acordou – disse a voz de Hermione, e Sirius arriscou abrir outro olho. O direito, que estava mais longe da janela.
- Você tá bem, Sirius?! – perguntou Hagrid, preocupado, levantando da cadeira.
- Claro, por que não estaria? – disse Sirius, se sentando na cama. O quarto começou a girar e ele fechou os olhos com força.
- Porque "alguém" te acertou um bule de chá na cabeça – disse a voz de Rony.
Sirius abriu os olhos de novo, querendo saber do que ele estava falando. Todos olhavam acusadoramente para Tiago, que tinha as sobrancelhas erguidas e as mãos nos bolsos das vestes, quase inocente. Mas Sirius o conhecia há tempo demais pra ser enganado.
- Obrigado, Doutor Pontas – murmurou Sirius, sarcasticamente, erguendo uma mão à testa pra ver se tinha algum machucado ou sei lá o quê. Nah, nem um arranhão. – Não quero ser seu inimigo nunca.
- Ora, funcionou, não foi?! – defendeu-se Tiago, erguendo as mãos na altura da cabeça e olhando para o resto do povo dentro da cabana de Hagrid. – Pelo menos, agora ele tá lúcido, não agindo que nem um bêbado como ele tava naquela hora!
- Falou tudo, tô me sentindo como se estivesse de ressaca – disse Sirius, fechando os olhos de novo e deitando outra vez na cama.
- Eu ainda acho que foi uma grande imprudência! – disse Hermione, com as mãos na cintura, e, pela primeira vez, Sirius concordava com ela. – A gente devia levar ele até a Madame Pomfrey, pra ela ver se tá tudo bem.
- Não, não, pode parar, eu não preciso disso – protestou Sirius, se sentando de supetão, a cabeça latejando de novo. – Ai!
- Tá vendo?!
- Eu tô bem, eu tô legal – disse Sirius, erguendo a mão na frente dele, como se mandando ela calar a boca. Bem ele estava, mas nem por isso ele deixava de estar meio mal. Era meio confuso, mas ele não conseguia pensar direito naquele momento.
- Ah, claro, a gente tá vendo – disse Remo, sorrindo.
- Do que é que a gente tava falando, antes? – perguntou Rony. Todos olharam para ele e olharam para cima, alguns com o dedo no queixo, mas Sirius só olhou para eles, sem se interessar muito.
- Ah, sim! Da Ordem – disse Harry, e todos concordaram com a cabeça. Sirius subitamente se interessou.
- A Ordem da Fênix? – disse Sirius, de olhos bem abertos, agora.
- É, aparentemente, eles têm a Ordem nesse tempo, também – disse Tiago, se recostando na parede.
- E a gente acha que eles é que vão descobrir um jeito de levar vocês de volta pro tempo de vocês – disse Harry, olhando para o lado, como se pensando em alguma coisa. – Será que não existe um Vira-Tempo pra se viajar entre décadas?
- Eu só conheço o de horas – disse Hermione. – E eu pesquisei sobre Vira- Tempos quando eu usei aquele no terceiro ano... parece que o máximo que se pode viajar, até agora, são dias ou semanas.
- E viajar vinte anos contando em semanas não vai ser muito fácil – disse Remo, olhando para fora da janela.
- E a gente ainda teria que chegar no horário certo – disse Sirius, raciocinando também. – Dumbledore disse que a gente chegou uma semana depois, naquele tempo. Por que eles não nos mandaram de volta na hora exata que a gente veio pra cá? Não ia ser menos complicado?
Os outros só deram de ombros, nenhum deles sabendo o que fazer. Hagrid assou o nariz longamente num lenço do tamanho de uma toalha de mesa, e todos fizeram caretas.
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***SIBILA***
Ah... Sibila tinha que admitir: sentar na beira do lago, com os pés dentro da água, era muito refrescante. Ela nunca fizera isso, por achar meio ridículo, mas depois que Gina a arrastara para fora do castelo e a obrigara e fazer aquilo, ela não tinha mais objeção alguma. Só esperava que a lula gigante estivesse dormindo... e por que aquelas amigas tagarelas da Gina tinham que vir também?!
- Gina, essa Kathie é mesmo bem estranha, não é? – disse uma baixinha de cabelos encaracolados, uma tal de Lilibeth. Sibila achava que ela tinha o nariz um tanto parecido com uma cenoura, e não se importava nem um pouco com a opinião dela.
- Só um pouco – disse Gina, displicente, jogando uma pedrinha da água. – Depois que a gente se acostuma, ela não é tão ruim.
- É, mas ela é meio maluca – disse uma outra, de rabo de cavalo, e com a cara de um. Feuza, se Sibila não estava enganada. Belo nome pra uma *linda* garota. – Ela só fica cantando... parece que tá no mundo da lua.
- ... eu pego as criancinhas pra fazer mingau, hoje estou contente, vai haver festança, tenho um bom motivo pra... – Sibila continuou a cantar, sem ligar pro comentário.
- Antes ela calma e cantando do que ela possuída – murmurou Gina, numa voz letal. As duas meninas arregalaram os olhos, e até Sibila olhou para ela, sem parar de cantar. Gina sorriu ameaçadoramente, falando com voz doce. – Não sabiam? De vez em quando, ela começa a falar com uma voz toda grossa – Gina engrossou a voz teatralmente. – E os olhos dela ficam vermelhos, ela tira um punhal manchado de sangue de dentro do bolso... nessas horas é melhor correr por nossas vidas, pois ela está possuída pelo DEMÔNIO!!
- AAAAAAAAIIIIIIIIII!!! – Lilibeth e Feuza se abraçaram, gritando histericamente, à beira do ridículo. Gina começou a rir, mas Sibila só revirou os olhos.
- ... dois, três indiozinhos, quatro, cinco, seis indiozinhos, sete, oito, nove indiozi... AI!! – Sibila parou de cantar, abruptamente, a cabeça indo para a frente quando alguma coisa dura acertou sua nuca com velocidade. Ela se virou, furiosa. – Mas o que foi isso?!
- Pichitinho! – exclamou Gina, entusiasmada, tirando os pés da água e levantando para pegar a corujinha nas mãos em pleno ar. Sibila lançou um olhar mortífero ao emplumado, vendo que fora ele que a acertara, e o bicho piou alegremente. – Você já trouxe a resposta?... ÓTIMO!!
Gina tirou o bilhete da pata da corujinha (que saiu voando loucamente, de novo), e já ia desdobrando, quando viu que suas duas amigas a espiavam por cima de seus ombros, e guardou o pergaminho nas vestes, apressada.
- Sinto muito, meninas, isso não é pro bico de vocês – disse Gina, gentilmente, puxando Sibila pelo braço e fazendo-a se levantar. As duas meninas já iam protestar, quando Pichitinho passou zunindo diante de seus olhos, e elas guincharam.
- E aí, o que diz? – perguntou Sibila, se escondendo atrás de uma árvore com Gina.
- Vamos ver...
"Querida irmãzinha,
Ficamos mais do que honrados com o seu pedido. Nada nos alegraria mais do que ajudá-la e virar uma rebelde sem causa, e continuar nossa linhagem nos terrenos de Hogwarts. Afinal, precisamos de discípulos. Ah... a doce recompensa de anos de trabalho árduo para tirá-la de debaixo da saia da mamãe.
Como nos pediu, estamos separando alguns artigos de luxo para o seu arsenal, como a maquiagem-armadilha, o perfume-titillandus, os brincos-da- agonia e outras coisinhas que você vai ver quando vier aqui amanhã. E, uma surpresa pra nossa irmã: estivemos desenvolvendo um artigo totalmente novo, que ainda está em fase de testes. Se funcionar, bem, se não funcionar... amém. Melhor ainda, não acha? Os efeitos colaterais podem ser assombrosos, nenhum de nós dois teve coragem ainda de experimentá-lo. Imagine só, a glória da Chang... ela vai ser a primeira a testar!
Queremos que se divirta e apronte horrores na escola, na nossa ausência. Você é nossa discípula mais querida, jovem Virgínia; portanto, faça jus ao nome dos Weasley!
Jred e Forge Weasley"
Gina ostentava um sorriso mais do que maligno ao terminar de ler a carta, e Sibila não pôde deixar de imitá-la. A família Weasley era bem endiabrada! Ah, a Chang não perdia por esperar... mwahaha.
- Ah, finalmente achamos vocês! – exclamou Feuza, aparecendo junto de Lilibeth ao lado de Gina. As duas garotas tinham os cabelos meio despenteados, e Pichitinho não estava por perto.
- É, já lemos a carta, vamos voltar pra beira do lago – disse Gina, agora com um sorriso mais humano, escondendo a carta no bolso.
- A Dona Aranha subiu pela parede, veio a chuva forte e a derrubou, já passou a chuva... – cantarolava Sibila, recebendo olhares esquisitos da menina do nariz de cenoura.
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***REMO***
- NÃÃÃÃOOOOOOO!!!
Alguns alunos ao redor do Salão Comunal ergueram a cabeça, de olhos arregalados, com o grito de Remo; outros só levantaram os olhos, abaixando- os logo depois, ao ver que era só um ataque histérico.
- Xeque-mate – disse Rony, com superioridade, rindo da cara que Remo fazia. No tabuleiro de xadrez no meio deles, as peças brancas de Rony comemoravam vitória.
- Mas não pode! – disse o garoto, inconformado, quase arrancando os cabelos. – Como você pode ter vencido tão fácil de mim?!
- Admita, Aluado, você perdeu. Aliás, já estava na hora de isso acontecer – disse Sirius, calmamente. Remo lançou-lhe um olhar raivoso, e Sirius recuou contra a cadeira. – Sempre tem uma primeira vez!
- Ninguém vence de Rony Weasley – disse Rony, passando os dedos pelos cabelos, se achando.
- Quanto mais alto você está, maior é a queda, Ronald – retrucou Remo, se jogando na cadeira, cruzando os braços (Rony estremeceu ligeiramente com o nome). Estava inconformado. Ele nunca se gabara disso, mas era realmente difícil vencer dele no xadrez. E agora o Foguinho vinha e vencia tão facilmente! Imperdoável.
- Claro, você acabou de cair, não foi? – comentou Gina. Pela cara dela, estava achando tudo muito divertido. Remo preferiu não responder.
Ficou ainda algum tempo soltando fogo pelas ventas, prometendo a si mesmo que ia treinar mais do que nunca pra NUNCA MAIS perder um jogo de xadrez. Normalmente ele não era tão mau perdedor, mas perder sua invencibilidade de anos não era tão fácil assim.
- Eu não sei quanto a vocês, mas eu tô entediado – disse Tiago, jogando a cabeça para trás no sofá em que estava estendido (sempre folgado). Remo ergueu os olhos para ele. – Desde que a gente chegou aqui, não colocamos em prática nenhum dos nossos planos pra semana.
- Planos? – repetiu Harry, desconfiado. Sirius abriu um sorriso malévolo, e Remo se sentiu fazendo o mesmo, mesmo sem querer. – Que tipo de planos?
- Ah, você sabe... precisamos manter nossa fama – disse Tiago, se sentando direito e empurrando os óculos para cima.
- Como o plano "Snape Cabeça-de-Bagre" – explicou Sirius, rindo. Segundo Remo se lembrava... tinha algo a ver com a Lula Gigante. Ele e Tiago riram também. – E "Bafo de Bellatrix". Mas esse é meio cruel com os outros alunos.
Harry e Rony se inclinaram para a frente, interessados. Até Gina pareceu curiosa. Só quem não parecia interessada era Hermione, e mesmo Sibila, que lia alguma coisa num livro carmim. Mas Hermione estava positivamente irritada.
- Vocês não deviam ficar falando essas coisas por aqui – sibilou ela, lançando olhares furtivos aos outros grifinórios espalhados pela sala.
- Ah, Hermione, relaxa – disse Rony, fazendo um gesto impaciente com as mãos.
- É, ninguém tá nem aí pra gente – concordou Harry, sorrindo de um jeito muito parecido com o de Tiago. Algo, digamos, maroto.
- É, mas... – ela já ia dizendo de novo, mas Tiago a interrompeu. Remo sorriu pra ela, achando graça na indignação dela.
- Acho que fazer alguma coisa com o Seboso, agora que ele é nosso "professor" – disse Tiago, com cara de desgosto, fazendo aspas com os dedos – não vai ser muito prudente. Mas prudência nunca foi um dos nossos dez mandamentos, então...
- Podemos fazer uma coisa mais discreta, como... – Remo teve uma súbita e diabólica idéia. – A Macarena!!
Um curto silêncio seguiu suas palavras, enquanto os outros as absorviam e Sirius e Tiago abriam sorrisos idênticos ao seu. Provavelmente eles estavam pensando a mesma coisa que ele. Harry e Rony se entreolharam, intrigados, mas Rony parecia ainda mais do que Harry.
- Vocês vão dançar a Macarena? – perguntou Harry, hesitante, um tom de riso em sua voz.
- O que é Macarena? – perguntaram Rony e Gina ao mesmo tempo. Todos os outros riram, até mesmo Hermione, que não conseguiu manter sua pose, depois daquela.
- É uma... uma música – disse ela, se engasgando com o próprio riso. Ela ficava mesmo muito mais bonita quando ria. Normalmente ela era tão certinha... – E a dança dela é bem engraçada... Acho que a letra é assim... "dale a tu cuerpo alegría, macarena, que tu cuerpo es pa' darle alegría e cosa buena..."
- "Dale a tu cuerpo alegría, Macarena, eeeeeh, Macarena!" – emendaram os Marotos e Harry.
Todos caíram na gargalhada logo depois, atraindo a atenção dos outros alunos (que logo se voltaram para suas próprias vidas, já acostumados com as doideiras daquele grupo). Rony e Gina boquiabriram-se ligeiramente, não vendo o que era tão engraçado. Mas eles viam... e estavam com lágrimas nos olhos de tanto rir.
- Mas... o que vocês vão... – dizia Harry, entre risos. – O que vocês vão fazer com isso?
- Você vai ver – disse Sirius, maligno. – O Seboso não nos mete medo na nossa idade... e não vai nos meter medo sendo um coroa.
- Quase sinto pena do Seboso – disse Tiago, rindo. – O melhor vai ser que a gente pode testar isso aqui, e, se der certo, a gente usa quando voltar pro nosso tempo.
- Mas vocês não vão se lembrar – disse Harry. Remo achou que tinha visto uma certa decepção nos olhos do garoto, mas provavelmente fora engano, pois logo depois ele voltara ao normal.
- Detalhes – retrucou Tiago, um pouco menos entusiasmado. – Mas vocês vão! E vão poder contar pra gente, nessa época, assim a gente fica sabendo, cedo ou tarde.
- É... – murmuraram Harry, Rony e Hermione, de repente meio desanimados. Mas o que estava acontecendo, afinal? Por que aquela cara de enterro?
- Mas vamos, expliquem pra gente como vai ser o plano – disse Gina, alegremente, parecendo querer levantar o astral da turma. Atpé que funcionou, porque Harry sorriu levemente e eles voltaram a atenção para os Marotos.
- Bem... o negócio é o seguinte... – começou Sirius, para a platéia atenta, com cuidado para ninguém mais ouvir.
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N/A: XD Vocês não sabem o quanto eu me diverti escrevendo esse capítulo! A Macarena sempre me pareceu tão engraçada! E a letra da música, eu peguei na internet. Se estiver errada, me avisem e eu conserto!
N/A: Existia computador no tempo dos Marotos? O.o" Se não... desculpem meu pequeno deslize. Eu só não consegui resistir em pôr essa referência.
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Para Laís: Eu demorei bastante pra atualizar, não foi? ^^" É que eu tinha planos pra escrever a minha outra fic, aí... eu me distanciei dessa. Mas agora, enquanto eu espero pra ver se o povo gosta da outra, eu escrevo essa daqui! E Harry/Gina vai começar aos pouquinhos. Tenha paciência, please! ^_^
Para Karol: Ah, eu também acho ele tão bunitin... mas ele é simplesmente perfeito pra ser minha vítima! XD Você não sabe como eu me divirto zoando com ele.
Para Helena-Black: Pode ficar sossegada, que o Sirius ainda vai ter bom uso em minhas mãos. *risada diabólica*
Para Patty E.: É claro que o Tiago era um magricela metido. *se desvia dos tomates que são lançados em sua direção* Hehehe... eu também tô ansiosa pra fazer o Snape fazer maldades com eles! Eu sou tão cruel quando eu quero... *suspiro* Acho que eu sou meio sádica com meus personagens.
Para Hermione Potter: Nossa... sua vida é uma confusão, hein? Acho que o Rony não vai te perdoar tão fácil. ^^ Acho que o Rony que eu tô fazendo aqui tá meio tolo... mas eu sempre o vi como um tolo, mesmo que eu goste tanto dele. Você tem certeza que quer se casar com um tolo?
Para Tathi: Não sei se o Hagrid faria uma coisa dessas... isso tá mais pro Rony ou pro Neville. Mas não sei. E Remo/Mione já está na minha cabeça. Mas o que é Movimento CVTAN?! Agora eu fiquei curiosa!
Para Karen13: Eu planejo fazer um final meio triste, sim... mas eu vou tentar não deixar muito meloso nem pesado demais, tá bom? ^^ Senão até eu choro enquanto escrevo. Eu tô sendo influenciada por um monte de fics de drama e romance que eu tenho lido por aí... resta saber se isso é bom ou não... ¬¬*
Para Diana Wiccan: Não, não foi sua impressão XD Não sei nem de onde saiu aquilo, só sei que eu achei tão divertida a situação que acabou saindo desse jeito. A musiquinha da Manu (minha amiga) fez sucesso mesmo! ^_^ Eu sabia que não ia ser só eu a gostar. E romance... *assobia enquanto olha pro teto*
Para Juliana: Você não encheu, não... eu adoro reviews! Ah, e sim, ele tá abatido... mas você acha que ele vai deixar transparecer?! Aquele cabeça- dura?... E... *toda contente* Eu converti mais uma inocente à seita do 'Odeie Chang, Ela Merece'?? Que tudo! XD Mais tudo ainda é 3 reviews seus no mesmo cap.! Agora pode se acalmar, porque eu atualizei! Vamos todos nos dar as mãos e rezar em glória! ^^" (Que ridículo... controle-se, Júlia...)
Para Deby Padfoot: Não quero que você dê com a cara no chão! O_o" Só que eu não conseguia continuar, eu tava com a outra fic na cabeça e saía sempre uma droga quando eu tentava fazer essa daqui. Mas agora eu tô normal de novo ^^ Tão normal quanto eu posso ser...
Para A.S.N.S.H: Eu pretendo muitas coisas pro Remo! Mas se eu contar, não vai ter graça ^_~ E a Cho não serve pra ninguém... muito menos pro Sirius- kun, ele é MEU! *outra risada diabólica*
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***TIAGO***
Era uma simples questão de lógica, que ele aprendera com Lílian: se um computador trava, desligue e ligue de novo que ele volta ao normal. Não que ele soubesse o que era um computador, mas de qualquer forma... ele esperava que aquela teoria funcionasse com Sirius também. Tiago não entendeu por que todos o olharam tão assustados.
- Cara... você tem algum problema, não é possível – disse Harry, olhando para Tiago com os olhos arregalados, desviando-os depois para Sirius estatelado no chão, meio preocupado.
- Ah, meu Deus! Sirius, você tá bem?? – perguntou Hagrid erguendo Sirius (desmaiado de vez) pelo braço. Ele parecia algum tipo de boneco de cera de mau gosto. – Responda!!
- Tratamento de choque, ora – disse Tiago, simplesmente, recolocando o bule em cima da enorme mesa. – Quando ele acordar, vai estar normal de novo.
- Isso se ele não sofreu nenhuma fratura no crânio – disse Remo, cuidadosamente.
- Não, ele não sofreu nada, senão a essas horas um daqueles filetes sinistros de sangue já estariam escorrendo pela testa dele – disse Tiago, balançando os ombros. Como num daqueles filmes esquisitos da tevelisão. Ou era telivesão? Tevile... ah, não interessa. Isso era o que dava fazer Estudos dos Trouxas, a pessoa ficava meio que com pensamento fixo.
- Como vocês são horríveis! – exclamou Hermione, assustada. – Vocês são sempre tão solidários assim?!
- Não, não... eu disse, foi tratamento de choque.
- Bom, morrer ele não morreu – disse Hagrid balançando a cabeça e erguendo um Sirius boneco-de-pano pelos ombros. – Saiam daí, vocês dois – ele disse a Harry e Remo, que se apressaram a levantar da cama, e Hagrid o colocou ali.
- Claro, ele não poderia ter morrido tão cedo assim – murmurou Harry, com um tom de voz esquisito. Ninguém pareceu ter ouvido, mas Tiago, estando mais perto dele, acabou escutando. Olhou o garoto de esguelha, cautelosamente; tinha alguma coisa errada ali.
- Hagrid, será que Dumbledore já avisou o pessoal da Ordem? – perguntou Rony, em voz baixa. Remo e Tiago olharam para ele bruscamente. Nenhum dos dois disse nada, querendo ouvir o que eles tinham a dizer.
- Não sei – disse Hagrid, esfregando os olhos. – Ele não me disse nada... talvez esteja tentando descobrir um jeito de fazer vocês voltarem ao seu tempo...
- Ele disse que ia contatar o Ministério – disse Hermione, balançando a cabeça afirmativamente. – Mas não sei no que aquele tolo do Fudge pode ajudar. Ele não parece enxergar o óbvio, mesmo que esteja debaixo do nariz dele, vocês sabem...
- Tem um pessoal da Ordem no Ministério, Mione – fungou Hagrid. O gigante pegou um lenço grande de dentro das vestes e assou com força nele, guardando-o de novo, para o profundo nojo dos outros. – Ele pode ter pedido ajuda a alguém ligado ao Departamento de Mistérios...
- Eu me lembro de uma sala com um monte de Vira-Tempos – disse Harry, pensativo. – Talvez tenha algum segredo naquela sala... sei lá... instruções.
- Escuta... e essa Ordem de que vocês estão falando? – perguntou Tiago, já impaciente (eles não chegavam ao ponto que ele queria). – É a... Ordem da Fênix, não é?
- É – disse Rony, de sobrancelhas erguidas. – Vocês conhecem?
- Já ouvi falar nela – disse Tiago, interessado. – Meu pai faz parte dela... tanto que o Olho-Tonto vivia lá em casa nos últimos tempos. Só que, aparentemente – acrescentou ele, em tom amargo – nós somos "muito novos pra fazer parte da Ordem".
- Já ouvi essa conversa – riu Hermione.
- Mas a Ordem da Fênix só é convocada em tempos de crise, como o nosso – disse Remo, desconfiado. – Vai me dizer que, depois de tanto tempo, o Voldemort ainda não... o que foi??
Ele parou de falar ao ver Rony e Hagrid estremecerem violentamente. Pareciam até que alguém tinha acabado de gritar em seus ouvidos. Hermione lançou-lhes um olhar impaciente.
- Francamente, vocês já deviam ter se acostumado! – disse ela, com as mãos na cintura. – Não é como se vocês não ouvissem o nome dele o tempo todo!
- É só um nome, não é como se o próprio Voldemort – Rony e Hagrid estremeceram de novo, mas Harry não lhes deu atenção e continuou – fosse se materializar aqui no meio da sala quando a gente diz o nome dele.
- É fácil falar quando você cresceu sem contato com magia, sem ouvir falar do Você-Sabe-Quem, e não cercado de bruxos que te encheram de medo dele – retrucou Rony, aos atropelos, sem-graça. Harry e Hermione arregalaram os olhos.
- Rony, fica quieto – murmurou Hermione, nervosa. Rony imediatamente calou a boca com a própria mão e olhou constrangido para Harry.
- Mas como você pode ter crescido sem contato com magia? – perguntou Tiago, confuso, a Harry, que de repente parecia fascinado com as galinhas mortas penduradas no teto. Hagrid e Hermione olhavam feio para Rony.
- O Rony não se expressou direito, foi isso – disse Hermione, rapidamente. Tiago fez um barulhinho de descrença.
- Eu não sou tão idiota quanto vocês possam pensar – disse Tiago. Ele viu Harry olhar para ele com um pequeno sorriso escarninho, e revirou os olhos. – Esquece o que eu disse. Eu não sou idiota como vocês pensam, melhorou? Uma desculpa esfarrapada dessas não me engana, Hermione. Desembuchem.
- Do que a gente tava falando, mesmo? – perguntou Harry, inocentemente, mas desistiu ao ver o olhar que Tiago lhe lançava. – Escuta, minha mãe era... quer dizer, É trouxa, então... isso responde sua pergunta?
- Ah, eu acho que não – retorquiu Tiago, decidido a arrancar uma resposta dele, estranhando quando ele dissera "minha mãe era", mas depois ele tentava entender isso. – Sua mãe... seja lá quem for, pode ser trouxa o quanto quiser, mas EU sou de família bruxa, será que você nunca teve contato com esse lado da família?!
- Alguém mais está se sentindo um intruso no ninho além de mim? – Tiago ouviu Remo perguntar aos outros, em voz baixa, e um murmúrio de afirmativa, e revirou os olhos. É pra isso que servem os amigos, pra fazer esse tipo de comentário.
- Eu... hã... bem... – dizia Harry, desconcertado, uma mão correndo pelos cabelos (que ele logo baixou ao perceber o que estava fazendo). – Eu... eu não posso dizer.
- Como "não pode dizer"? É claro que pode – disse Tiago, já meio irritado.
- Não, eu não posso – teimou Harry, cruzando os braços, decidido. – Dumbledore disse pra gente não revelar nada além do necessário a vocês. E isso NÃO é necessário – acrescentou ele, quando Tiago abriu a boca pra protestar.
- Nossas memórias vão ser alteradas, garoto! – exclamou Tiago. – Não vai fazer diferença nenhuma se você contar ou não.
- Exatamente – concluiu Harry, com um sorriso vitorioso. Tiago estreitou os olhos. Ele não gostava de perder uma discussão. – E além do mais, Dumbledore é mais sábio do que você, eu prefiro confiar nele.
- Ah, faça como quiser – resmungou Tiago. Aquele moleque devia ter puxado a mãe. Porque Tiago sabia que ele NÃO era tão teimoso e irritante, de jeito nenhum.
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***SIRIUS***
Espirais, ziguezagues, ondinhas. Definitivamente, Sirius preferia as estrelinhas. Onde será que elas tinham ido? Depois daquela dor na testa, elas tinham sumido de repente. Vai ver elas não apareciam no escuro... logo, duas vozes altas entraram em sua cabeça, afugentando até mesmo as espirais. Pareciam estar discutindo.
Ele não entendeu exatamente o que elas estavam dizendo, mas foi o suficiente para fazê-lo abrir os olhos... e fechá-los de novo, sua cabeça latejando com a luz do sol que entrava pela janelinha.
- Ih, olha, ele acordou – disse a voz de Hermione, e Sirius arriscou abrir outro olho. O direito, que estava mais longe da janela.
- Você tá bem, Sirius?! – perguntou Hagrid, preocupado, levantando da cadeira.
- Claro, por que não estaria? – disse Sirius, se sentando na cama. O quarto começou a girar e ele fechou os olhos com força.
- Porque "alguém" te acertou um bule de chá na cabeça – disse a voz de Rony.
Sirius abriu os olhos de novo, querendo saber do que ele estava falando. Todos olhavam acusadoramente para Tiago, que tinha as sobrancelhas erguidas e as mãos nos bolsos das vestes, quase inocente. Mas Sirius o conhecia há tempo demais pra ser enganado.
- Obrigado, Doutor Pontas – murmurou Sirius, sarcasticamente, erguendo uma mão à testa pra ver se tinha algum machucado ou sei lá o quê. Nah, nem um arranhão. – Não quero ser seu inimigo nunca.
- Ora, funcionou, não foi?! – defendeu-se Tiago, erguendo as mãos na altura da cabeça e olhando para o resto do povo dentro da cabana de Hagrid. – Pelo menos, agora ele tá lúcido, não agindo que nem um bêbado como ele tava naquela hora!
- Falou tudo, tô me sentindo como se estivesse de ressaca – disse Sirius, fechando os olhos de novo e deitando outra vez na cama.
- Eu ainda acho que foi uma grande imprudência! – disse Hermione, com as mãos na cintura, e, pela primeira vez, Sirius concordava com ela. – A gente devia levar ele até a Madame Pomfrey, pra ela ver se tá tudo bem.
- Não, não, pode parar, eu não preciso disso – protestou Sirius, se sentando de supetão, a cabeça latejando de novo. – Ai!
- Tá vendo?!
- Eu tô bem, eu tô legal – disse Sirius, erguendo a mão na frente dele, como se mandando ela calar a boca. Bem ele estava, mas nem por isso ele deixava de estar meio mal. Era meio confuso, mas ele não conseguia pensar direito naquele momento.
- Ah, claro, a gente tá vendo – disse Remo, sorrindo.
- Do que é que a gente tava falando, antes? – perguntou Rony. Todos olharam para ele e olharam para cima, alguns com o dedo no queixo, mas Sirius só olhou para eles, sem se interessar muito.
- Ah, sim! Da Ordem – disse Harry, e todos concordaram com a cabeça. Sirius subitamente se interessou.
- A Ordem da Fênix? – disse Sirius, de olhos bem abertos, agora.
- É, aparentemente, eles têm a Ordem nesse tempo, também – disse Tiago, se recostando na parede.
- E a gente acha que eles é que vão descobrir um jeito de levar vocês de volta pro tempo de vocês – disse Harry, olhando para o lado, como se pensando em alguma coisa. – Será que não existe um Vira-Tempo pra se viajar entre décadas?
- Eu só conheço o de horas – disse Hermione. – E eu pesquisei sobre Vira- Tempos quando eu usei aquele no terceiro ano... parece que o máximo que se pode viajar, até agora, são dias ou semanas.
- E viajar vinte anos contando em semanas não vai ser muito fácil – disse Remo, olhando para fora da janela.
- E a gente ainda teria que chegar no horário certo – disse Sirius, raciocinando também. – Dumbledore disse que a gente chegou uma semana depois, naquele tempo. Por que eles não nos mandaram de volta na hora exata que a gente veio pra cá? Não ia ser menos complicado?
Os outros só deram de ombros, nenhum deles sabendo o que fazer. Hagrid assou o nariz longamente num lenço do tamanho de uma toalha de mesa, e todos fizeram caretas.
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***SIBILA***
Ah... Sibila tinha que admitir: sentar na beira do lago, com os pés dentro da água, era muito refrescante. Ela nunca fizera isso, por achar meio ridículo, mas depois que Gina a arrastara para fora do castelo e a obrigara e fazer aquilo, ela não tinha mais objeção alguma. Só esperava que a lula gigante estivesse dormindo... e por que aquelas amigas tagarelas da Gina tinham que vir também?!
- Gina, essa Kathie é mesmo bem estranha, não é? – disse uma baixinha de cabelos encaracolados, uma tal de Lilibeth. Sibila achava que ela tinha o nariz um tanto parecido com uma cenoura, e não se importava nem um pouco com a opinião dela.
- Só um pouco – disse Gina, displicente, jogando uma pedrinha da água. – Depois que a gente se acostuma, ela não é tão ruim.
- É, mas ela é meio maluca – disse uma outra, de rabo de cavalo, e com a cara de um. Feuza, se Sibila não estava enganada. Belo nome pra uma *linda* garota. – Ela só fica cantando... parece que tá no mundo da lua.
- ... eu pego as criancinhas pra fazer mingau, hoje estou contente, vai haver festança, tenho um bom motivo pra... – Sibila continuou a cantar, sem ligar pro comentário.
- Antes ela calma e cantando do que ela possuída – murmurou Gina, numa voz letal. As duas meninas arregalaram os olhos, e até Sibila olhou para ela, sem parar de cantar. Gina sorriu ameaçadoramente, falando com voz doce. – Não sabiam? De vez em quando, ela começa a falar com uma voz toda grossa – Gina engrossou a voz teatralmente. – E os olhos dela ficam vermelhos, ela tira um punhal manchado de sangue de dentro do bolso... nessas horas é melhor correr por nossas vidas, pois ela está possuída pelo DEMÔNIO!!
- AAAAAAAAIIIIIIIIII!!! – Lilibeth e Feuza se abraçaram, gritando histericamente, à beira do ridículo. Gina começou a rir, mas Sibila só revirou os olhos.
- ... dois, três indiozinhos, quatro, cinco, seis indiozinhos, sete, oito, nove indiozi... AI!! – Sibila parou de cantar, abruptamente, a cabeça indo para a frente quando alguma coisa dura acertou sua nuca com velocidade. Ela se virou, furiosa. – Mas o que foi isso?!
- Pichitinho! – exclamou Gina, entusiasmada, tirando os pés da água e levantando para pegar a corujinha nas mãos em pleno ar. Sibila lançou um olhar mortífero ao emplumado, vendo que fora ele que a acertara, e o bicho piou alegremente. – Você já trouxe a resposta?... ÓTIMO!!
Gina tirou o bilhete da pata da corujinha (que saiu voando loucamente, de novo), e já ia desdobrando, quando viu que suas duas amigas a espiavam por cima de seus ombros, e guardou o pergaminho nas vestes, apressada.
- Sinto muito, meninas, isso não é pro bico de vocês – disse Gina, gentilmente, puxando Sibila pelo braço e fazendo-a se levantar. As duas meninas já iam protestar, quando Pichitinho passou zunindo diante de seus olhos, e elas guincharam.
- E aí, o que diz? – perguntou Sibila, se escondendo atrás de uma árvore com Gina.
- Vamos ver...
"Querida irmãzinha,
Ficamos mais do que honrados com o seu pedido. Nada nos alegraria mais do que ajudá-la e virar uma rebelde sem causa, e continuar nossa linhagem nos terrenos de Hogwarts. Afinal, precisamos de discípulos. Ah... a doce recompensa de anos de trabalho árduo para tirá-la de debaixo da saia da mamãe.
Como nos pediu, estamos separando alguns artigos de luxo para o seu arsenal, como a maquiagem-armadilha, o perfume-titillandus, os brincos-da- agonia e outras coisinhas que você vai ver quando vier aqui amanhã. E, uma surpresa pra nossa irmã: estivemos desenvolvendo um artigo totalmente novo, que ainda está em fase de testes. Se funcionar, bem, se não funcionar... amém. Melhor ainda, não acha? Os efeitos colaterais podem ser assombrosos, nenhum de nós dois teve coragem ainda de experimentá-lo. Imagine só, a glória da Chang... ela vai ser a primeira a testar!
Queremos que se divirta e apronte horrores na escola, na nossa ausência. Você é nossa discípula mais querida, jovem Virgínia; portanto, faça jus ao nome dos Weasley!
Jred e Forge Weasley"
Gina ostentava um sorriso mais do que maligno ao terminar de ler a carta, e Sibila não pôde deixar de imitá-la. A família Weasley era bem endiabrada! Ah, a Chang não perdia por esperar... mwahaha.
- Ah, finalmente achamos vocês! – exclamou Feuza, aparecendo junto de Lilibeth ao lado de Gina. As duas garotas tinham os cabelos meio despenteados, e Pichitinho não estava por perto.
- É, já lemos a carta, vamos voltar pra beira do lago – disse Gina, agora com um sorriso mais humano, escondendo a carta no bolso.
- A Dona Aranha subiu pela parede, veio a chuva forte e a derrubou, já passou a chuva... – cantarolava Sibila, recebendo olhares esquisitos da menina do nariz de cenoura.
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***REMO***
- NÃÃÃÃOOOOOOO!!!
Alguns alunos ao redor do Salão Comunal ergueram a cabeça, de olhos arregalados, com o grito de Remo; outros só levantaram os olhos, abaixando- os logo depois, ao ver que era só um ataque histérico.
- Xeque-mate – disse Rony, com superioridade, rindo da cara que Remo fazia. No tabuleiro de xadrez no meio deles, as peças brancas de Rony comemoravam vitória.
- Mas não pode! – disse o garoto, inconformado, quase arrancando os cabelos. – Como você pode ter vencido tão fácil de mim?!
- Admita, Aluado, você perdeu. Aliás, já estava na hora de isso acontecer – disse Sirius, calmamente. Remo lançou-lhe um olhar raivoso, e Sirius recuou contra a cadeira. – Sempre tem uma primeira vez!
- Ninguém vence de Rony Weasley – disse Rony, passando os dedos pelos cabelos, se achando.
- Quanto mais alto você está, maior é a queda, Ronald – retrucou Remo, se jogando na cadeira, cruzando os braços (Rony estremeceu ligeiramente com o nome). Estava inconformado. Ele nunca se gabara disso, mas era realmente difícil vencer dele no xadrez. E agora o Foguinho vinha e vencia tão facilmente! Imperdoável.
- Claro, você acabou de cair, não foi? – comentou Gina. Pela cara dela, estava achando tudo muito divertido. Remo preferiu não responder.
Ficou ainda algum tempo soltando fogo pelas ventas, prometendo a si mesmo que ia treinar mais do que nunca pra NUNCA MAIS perder um jogo de xadrez. Normalmente ele não era tão mau perdedor, mas perder sua invencibilidade de anos não era tão fácil assim.
- Eu não sei quanto a vocês, mas eu tô entediado – disse Tiago, jogando a cabeça para trás no sofá em que estava estendido (sempre folgado). Remo ergueu os olhos para ele. – Desde que a gente chegou aqui, não colocamos em prática nenhum dos nossos planos pra semana.
- Planos? – repetiu Harry, desconfiado. Sirius abriu um sorriso malévolo, e Remo se sentiu fazendo o mesmo, mesmo sem querer. – Que tipo de planos?
- Ah, você sabe... precisamos manter nossa fama – disse Tiago, se sentando direito e empurrando os óculos para cima.
- Como o plano "Snape Cabeça-de-Bagre" – explicou Sirius, rindo. Segundo Remo se lembrava... tinha algo a ver com a Lula Gigante. Ele e Tiago riram também. – E "Bafo de Bellatrix". Mas esse é meio cruel com os outros alunos.
Harry e Rony se inclinaram para a frente, interessados. Até Gina pareceu curiosa. Só quem não parecia interessada era Hermione, e mesmo Sibila, que lia alguma coisa num livro carmim. Mas Hermione estava positivamente irritada.
- Vocês não deviam ficar falando essas coisas por aqui – sibilou ela, lançando olhares furtivos aos outros grifinórios espalhados pela sala.
- Ah, Hermione, relaxa – disse Rony, fazendo um gesto impaciente com as mãos.
- É, ninguém tá nem aí pra gente – concordou Harry, sorrindo de um jeito muito parecido com o de Tiago. Algo, digamos, maroto.
- É, mas... – ela já ia dizendo de novo, mas Tiago a interrompeu. Remo sorriu pra ela, achando graça na indignação dela.
- Acho que fazer alguma coisa com o Seboso, agora que ele é nosso "professor" – disse Tiago, com cara de desgosto, fazendo aspas com os dedos – não vai ser muito prudente. Mas prudência nunca foi um dos nossos dez mandamentos, então...
- Podemos fazer uma coisa mais discreta, como... – Remo teve uma súbita e diabólica idéia. – A Macarena!!
Um curto silêncio seguiu suas palavras, enquanto os outros as absorviam e Sirius e Tiago abriam sorrisos idênticos ao seu. Provavelmente eles estavam pensando a mesma coisa que ele. Harry e Rony se entreolharam, intrigados, mas Rony parecia ainda mais do que Harry.
- Vocês vão dançar a Macarena? – perguntou Harry, hesitante, um tom de riso em sua voz.
- O que é Macarena? – perguntaram Rony e Gina ao mesmo tempo. Todos os outros riram, até mesmo Hermione, que não conseguiu manter sua pose, depois daquela.
- É uma... uma música – disse ela, se engasgando com o próprio riso. Ela ficava mesmo muito mais bonita quando ria. Normalmente ela era tão certinha... – E a dança dela é bem engraçada... Acho que a letra é assim... "dale a tu cuerpo alegría, macarena, que tu cuerpo es pa' darle alegría e cosa buena..."
- "Dale a tu cuerpo alegría, Macarena, eeeeeh, Macarena!" – emendaram os Marotos e Harry.
Todos caíram na gargalhada logo depois, atraindo a atenção dos outros alunos (que logo se voltaram para suas próprias vidas, já acostumados com as doideiras daquele grupo). Rony e Gina boquiabriram-se ligeiramente, não vendo o que era tão engraçado. Mas eles viam... e estavam com lágrimas nos olhos de tanto rir.
- Mas... o que vocês vão... – dizia Harry, entre risos. – O que vocês vão fazer com isso?
- Você vai ver – disse Sirius, maligno. – O Seboso não nos mete medo na nossa idade... e não vai nos meter medo sendo um coroa.
- Quase sinto pena do Seboso – disse Tiago, rindo. – O melhor vai ser que a gente pode testar isso aqui, e, se der certo, a gente usa quando voltar pro nosso tempo.
- Mas vocês não vão se lembrar – disse Harry. Remo achou que tinha visto uma certa decepção nos olhos do garoto, mas provavelmente fora engano, pois logo depois ele voltara ao normal.
- Detalhes – retrucou Tiago, um pouco menos entusiasmado. – Mas vocês vão! E vão poder contar pra gente, nessa época, assim a gente fica sabendo, cedo ou tarde.
- É... – murmuraram Harry, Rony e Hermione, de repente meio desanimados. Mas o que estava acontecendo, afinal? Por que aquela cara de enterro?
- Mas vamos, expliquem pra gente como vai ser o plano – disse Gina, alegremente, parecendo querer levantar o astral da turma. Atpé que funcionou, porque Harry sorriu levemente e eles voltaram a atenção para os Marotos.
- Bem... o negócio é o seguinte... – começou Sirius, para a platéia atenta, com cuidado para ninguém mais ouvir.
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N/A: XD Vocês não sabem o quanto eu me diverti escrevendo esse capítulo! A Macarena sempre me pareceu tão engraçada! E a letra da música, eu peguei na internet. Se estiver errada, me avisem e eu conserto!
