Os Oito Dragões - A Terra dos Vales
Capítulo 8 - A Garota Invisível de Hogwarts
Dois dias já haviam se passado. As investigações estavam concluídas, Pansy já era procurada pelo Ministério como uma assassina impiedosa. Aquela era a noite do velório de Fred. Jorge estava bem triste, mas parecia mais conformado depois de dizer ter encontrado com Fred entre duas dimensões, a dos vivos e a dos mortos. Mas mesmo assim, era possível ver que ele não era a mesma pessoa. Estava muito mais sério, havia amadurecido do dia pra noite. Ele já estava se preparando para um concurso com emprego no Ministério da Magia, que até mesmo estava um pouco favorecido por ele ser membro da família Weasley.
Agora Jorge tinha a mão sobre o negro caixão do irmão, lágrimas muito discretas caíam, mas tinha um sorriso também de discrição. Falava algumas coisas, Rony, Hermione, Gina, Luna e Harry só observavam. Seja o que ele falasse, parecia ser algo de muita sinceridade. Ele saiu de perto do caixão, foi sentar-se ao lado da mãe, em uma cadeira. Os quatro Dragões do Paraíso também estavam sentados ao lado dela, só que do outro lado.
-O que você tanto falava com seu irmão? - ela perguntou curiosa.
-Estava desejando que ele seja feliz do outro lado, porque ele merece, afinal, apesar de termos aprontado muito, ele foi uma boa pessoa. - Jorge sorriu e abraçou a mãe.
Artur que conversava com uns colegas do ministério e Dumbledore, foi para junto de sua família.
-Acho que já está na hora de o enterrar. - ele disse para a família.
-Espere Sirius e Lisa se despedirem dele. - pediu Molly.
Harry olhou para o caixão, podia ver Lisa, ao lado dela um homem louro com um óculos escuro parecia muito triste.
-Bom disfarce. - Luna disse sorrindo, olhando para os dois.
-É bom que ele fique bem disfarçado mesmo. - Harry disse emburrado - Ela também devia ter vindo disfarçada, assim não precisava olhar para sua cara de nojenta.
-Ai, credo Harry! - Luna disse brava - Você devia perdoá-los.
-Sirius não tem culpa, eu não tenho raiva dele. - Harry respondeu sério - Lisa que me causa náuseas, ela é muito falsa.
-Realmente, ela pisou na bola com você, Harry. - Rony se intrometeu.
-Eu sempre soube que ela era uma falsa. - Hermione disse com orgulho - Sempre soube que ela escondia algo de nós.
-Mas você deve perdoá-la. - Luna disse a Harry.
Depois disso aquela frase ecoou inúmeras vezes na cabeça dele.
Todos estavam n'A Toca agora. Molly ia promover um jantar, um velório era sempre maçante, queria que todos se animassem um pouco. Os colegas de trabalho de Artur não haviam ficado para o jantar, ainda bem, assim Sirius não precisava usar aquela peruca loura que mais parecia uma vassoura toda arrepiada, muito menos aqueles óculos ridículos. Dumbledore também não ficara, precisava voltar para a escola, porém deu uma Chave de Portal para Luna, para que ela pudesse voltar para Hogwarts. Haviam ficado para o jantar, de fora da família, apenas Harry, Luna, Hermione, Lisa e Sirius. Durante o jantar Lisa e Sirius pediram a atenção de todos.
-Por favor, atenção! - Lisa disse sorridente.
-Estamos todos te olhando agora! - Harry respondeu impaciente.
Lisa pareceu sem graça com a resposta de Harry. Hermione abafou uma risada com a mão, mas todos perceberam. Lisa agora parecia estar um pouco magoada, mas era algo que já não a afetava tanto.
-Ela gostaria de dar uma notícia importante, mas parece que vocês não dão muita importância. - Sirius estava bravo de verdade agora, olhou para Harry e Hermione, dessa vez eles quem ficaram sem graça.
-Eu gostaria de anuncia algo muito importante. - ela disse sorrindo dessa vez.
-Como ela enrola. - Hermione cochichou para Harry.
-E como vocês são chatos. - Luna cochichou para os dois.
-Não sei se vocês repararam ainda. - ela recomeçou - Mas eu e Sirius estamos usando anéis iguais. São alianças.
Por essa Harry não esperava.
-Alianças que demonstram nosso amor. - Sirius disse dando um selinho em Lisa e abraçando-a pela cintura, na cadeira ao lado.
-Vamos nos casar assim que a situação de Sirius estiver regularizada. - ela sorria de orelha a orelha.
-Mas que boa notícia! - Artur exclamou contente.
-Acho que vou vomitar. - Harry cochichou para Hermione.
-Ela vai casar...? - Rony pareceu decepcionado - Ai! - exclamou ao levar um chute de Hermione na canela.
-Vamos bater palmas a eles. - Molly disse sorrindo.
Todos bateram palmas, exceto Harry, que nem fingiu contentamento, como Hermione fez. Ele levantou da mesa e correu para cima, no seu quarto.
-Parece que ele não está muito contente. - Lisa disse desapontada.
-Ele pisou na bola. - Luna cochichou para si mesma.
Depois de todos comerem Sirius e Lisa resolveram ir lá em cima falar com Harry. Ele já estava bem crescidinho, teria que aceitar aquilo de qualquer modo. Bateram na porta e já foram um tanto mal recepcionados.
-Morri! - Harry respondeu do outro lado da porta.
Mas Sirius a abriu, Harry estava jogado de bruços na cama, com a cabeça enfiada no travesseiro.
-Você precisa nos ouvir, Harry. - Sirius disse em tom de desaprovação - Você está agindo como quando tinha quinze anos. Mês que vem acho que você já vai fazer dezenove, não é?
-Que seja. - Harry respondeu em um tom abafado, com a cara enfiada no travesseiro.
-Vai ser. - respondeu Sirius - Já está na hora de entender o que foi certo e errado, o que é certo e errado.
Harry tirou a cara do travesseiro e olhou furiosamente para Sirius e Lisa, ela até pareceu se assustar com o olhar fulminante dele.
-Olha Sirius, eu não sinto raiva nenhuma de você. - disse Harry - Mas não venha me pedir para perdoar essa Lisa. Se você quer casar com ela o problema é seu, mas não venha pedir meu consentimento. Vou descer só para não deixar Molly magoada, não tem nada a ver com vocês.
Harry saiu do quarto abandonando um Sirius muito indignado e uma Lisa inconformada e magoada.
Melissa voltava para seu dormitório em um corredor vazio e escuro. Naquela que era sua imensa Hogwarts. Naquela que era sua imensa solidão.
Não sabia bem porque, mas morria de medo de andar sozinha por aqueles corredores. Sentia-se observada por todos cantos, eram tão escuros e sombrios tanto de dia quanto de noite. Porém, após o anoitecer tudo era bem pior. Assustou-se ao ter impressão de ver uma sombra tremeluzindo na parede, através da luz de uma tocha, que num piscar de olhos desapareceu. Sentia muito medo depois daquilo, além do mais com a presença de alguém a observando. Assustadoramente alguém a segurou por trás, um braço prendendo seus braços, uma mão tapando a sua boca.
-Não grite. - a voz ordenou.
Ela conhecia aquela voz. A pessoa soltou sua boca, ela não gritou, assim como ordenado, pois ela desconfiava de quem fosse aquela pessoa. Virou para trás, ficou assustada, mas ao mesmo tempo ficou feliz. Os olhos azuis a fitavam, amedrontados e culpados, ao mesmo tempo.
-Mark... - ela sussurrou.
-Mel. - ele parecia sentir culpa.
Melissa lembrava-se bem. Um grande amigo do passado.
Mas a amizade não durou, ela gostava dele e não contou. Ele nunca percebeu, então ela acabou se afastando dele, que se sentiu magoado com esse afastamento sem sentido. Nunca mais se falaram. Desde então Melissa se tornou a garota mais solitária e invisível da escola. Mesmo assim preferia ficar sozinha na escola, do que ficar em casa com sua mãe louca.
Sua mãe era uma mulher muito cruel, Melissa sempre apanhou dela, sempre fez todos os trabalhos domésticos e cuidou da casa, agüentando as suas bebedeiras frustradas. O pai que era trouxa, morreu quando ela tinha dois anos, sua mãe não aceitava e descontava na filha. Melissa carregava consigo uma foto dele.
Quando Melissa recebeu a carta de Hogwarts, sua mãe não quis nem saber, fez ela esquecer isso. Mas Melissa quis ir a qualquer custo para a escola. Pois bem, fez sua mala e partiu para King's Cross, mas ela não tinha a passagem para entrar no trem. Hagrid, o bruxo que recebia as passagens ao ouvir sua história ficou emocionado. A deixou ir para a escola, contou tudo a Dumbledore que concedeu uma bolsa para ela, depois convenceu sua mãe a deixá-la ficar na escola.
Desde o primeiro ano ela e Mark eram amigos. No quarto ano ela já o amava tanto que se afastou. Os sentimentos se confundiam, ela era amiga, não podia gostar do amigo, se ela contasse a ele e ele não quisesse ficar com ela, a amizade não ia ser mais a mesma coisa. Então ficou sem amigos até o último ano, quando ela e Luna começaram a se falar. Ela ficou verdadeiramente triste com o destino de Mark, ele se tornara uma pessoa má demais. Era uma coisa triste.
-Eu voltei aqui por sua causa, você é muito especial para mim. - Mark disse dando um esquisito sorriso e um olhar frio.
-Eu também te considerava muito especial. - Melissa disse sorrindo - Eu gostava de você, Mark, e agora que você voltou, parece que o sentimento voltou junto.
-Eu também gosto de você. - Mark segurou os pulsos da garota, a encostando na parede.
Depois aproximou seus lábios ao dela.
Ela sentia algo inexplicável. Sentia-se feliz, Mark finalmente estava consentindo com os sentimentos dela. Quando os lábios dele se aproximavam aos dela, fechou os olhos e deixaria acontecer. Mas ao invés de beijá-la Mark sussurrou algo, fazendo cada pêlo dela arrepiar-se.
-Eu gosto de você. - ele sorriu - E todos os Dragões da Terra, você vai ser muito especial para nossos planos.
Mark segurou o punho dela com mais força. Ela arregalou os olhos e deu um grito assustado. Como havia sido tonta em acreditar nele? Ele era um Dragão da Terra, ele era naturalmente mau. Pelo menos depois de libertar seu Dragão, ele se tornou. Havia matado Gregory, seu ex-melhor amigo. Não seria nada difícil que ele a matasse também.
-Quietinha! - ele disse jogando uma carta de magia verde-água para o alto e sumindo com ela de lá.
Luna havia decidido passar a noite n'A Toca, dormindo junto com Gina, estava cansada de dormir olhando para as velhas paredes de seu dormitório na escola, sem dizer que sentia falta de sua velha amiga de escola.
-E os seus estudos? - perguntou Luna, ela deitava-se numa cama reserva que havia no quarto de Gina, que ficava ao lado, só que no oposto do não tão largo cômodo.
-Pretendia voltar para a escola nesse início de ano letivo. - Gina olhou assustada para Luna, parecia querer contar algo que na verdade não queria.
-Por que 'pretendia'? - Luna já conhecia Gina o suficiente para saber que ela escondia algo.
-Por quê? - Gina parecia realmente não querer contar.
-Responde. - Luna estava ficando impaciente.
-Então venha cá. - Gina se descobriu e ajoelhou.
Luna correu até a cama dela, se ajoelhando em frente a amiga e segurando a mão dela. Gina parecia aflita.
-Sabe, aconteceram algumas coisas na Terra dos Vales que eu não contei para ninguém. Eu fiz uma besteira. - Gina parecia aflita - Harry te contou tudo o que aconteceu lá, não é?
-Já sei. - Luna parecia ler os pensamentos de Gina - Com certeza o que você vai me contar tem relação com a parte que você e Hermione trocaram de lugar.
-Como você sabe? - Gina perguntou.
-Porque toda besteira que você faz tem relação a Draco Malfoy. - Luna respondeu simplesmente.
-Ai... que raiva! - gemeu Gina - Você me irrita!
-O que eu posso fazer se Draco é a maior besteira da sua vida? - Luna perguntou dando uma risadinha.
-Shiii!!! - fez Gina - Você quer que alguém ouça?
-Desculpa. - Luna respondeu em um sussurro, depois voltou a falar em um tom relativamente baixo - Você ficou sozinha com Draco?
-Sim. - Gina respondeu - Para falar a verdade eu menti.
-Mentiu?
-Sim, Draco me acertou em cheio com a espada. - Gina levantou sua blusa e mostrou uma larga cicatriz, bem em seu estômago.
-Ai, credo! - Luna exclamou fazendo uma careta.
-Ele é um Mestre dos Ventos, portanto tem o mesmo poder de cura que a Hermione. - Gina explicava - Ele me curou, queria matar a Mione com sua espada e acabou me acertando. Quando acordei ele estava ao meu lado, não resistimos, nos beijamos, depois...
-Depois?... - Luna perguntou, querendo que a amiga terminasse de uma vez por todas de contar sobre aquilo.
-Bom, tudo acabou com que eu ficasse grávida. - Gina fez uma careta de reprovação a si mesma - Eu não tenho certeza, mas acho que estou. Só fazem três dias, mas eu estava em época fértil, e...
-Três dias só? - perguntou Luna - Como você vai saber que está grávida em três dias?
-As bruxas da minha família sempre tiveram o dom de saber que estão grávidas. Eu sinto que estou. - Gina disse tristonha.
-Se você estiver grávida você não poderá realmente voltar a estudar. - Luna disse fazendo uma careta preocupada - Você estará se metendo em uma teia de aranha, viu?
-Nem me diga. - Gina abraçou a amiga - Imagine só como Rony, Harry, e também toda minha família vão se revoltar? Eles nem podiam saber que eu tive um caso com Draco, mas se eu estiver grávida...
-Ele além de ser um Malfoy, família que todos sabem ser inimiga da sua, é um Dragão da Terra cruel. - Luna disse preocupada - Ele não é um homem recomendado para ser um pai de família.
-Mas ele não é tão mau assim.
-Ele é mau sim. - Luna fez logo uma cara emburrada em resposta a frase de Gina - Ele atirou Mark sem piedade de cima da torre e tentou matar a Mione. Com certeza ele tem relação com a morte de Fred.
-Isso não. - Gina respondeu de imediato - Foi uma coisa só da Pansy.
-Espero que tenha sido. - Luna disse aflita - Mas se Deus quiser você não estará grávida. Tomara que seja coisa da sua cabeça.
Luna se levantou da cama, voltando para a sua.
-Espero que eu não esteja grávida mesmo. - Gina se jogou para trás, ajeitando a coberta em cima de si e deitando na cama - Vamos ver o que o destino vai armar.
-Mais uma do destino. - Luna deitou e se cobriu também.
Na manhã seguinte, após um animado café n'A Toca, pelo menos pela parte dos jovens que tentavam animar a casa para ela não ficar com uma carga negativa, Luna e Harry foram para Hogwarts um pouco num corredor.
-A senhora Weasley está se conformando. - Luna disse séria - Mas está louca para que a Parkinson ridícula seja pega.
-Não vai adiantar. - Harry disse dando de ombros - Pansy não será levada para a prisão, ela é poderosa demais, acho que não conseguiriam a prender, sendo um Dragão da Terra.
-Desgraçada... - sussurrou Luna - Será que se você vencer a guerra, ter todas as Esferas, conseguirá anular os Espíritos Dragões?
-Tem tantas perguntas dentro de mim que estou atrás de uma resposta. - Harry disse desanimado.
-Falando em perguntas, afinal, por que você veio para a escola comigo?
-Tenho uns assuntos a tratar com Dumbledore, preciso saber algumas coisas. - ele respondeu dando um selinho em Luna - Respostas para perguntas como essas, que estou atrás. - Harry disse aéreo.
-Você está tão distante. - ela disse olhando Harry de uma maneira que parecia o analisar - Não está comigo aqui agora, só em presença física, sua mente vagueia por outros lugares.
-O mundo está em minhas mãos e eu não sei o que fazer. - Harry a abraçou - Minha mente está tão confusa com questões que me fazem ir parar em outras dimensões até. Me perco nestas questões...
-Não se preocupe, tudo vai acabar bem. - Luna segurou os ombros de Harry e se distanciou um pouco - Pode ter certeza.
Nem ela tinha tanta certeza assim, seus sonhos indicavam exatamente o contrário. Ela deu um falso sorriso a Harry, na verdade se esgoelava por dentro de tanta dor. Nos sonhos ela via que no final ia dar tudo errado, ela nem tinha esperanças de que o contrário ocorresse.
-Agora vamos deixar desse assunto. - Harry disse sorrindo - Quando tudo acabar bem com nosso planeta, vamos nos casar e ser felizes.
-Tchau, Harry! - Luna disse sorrindo mais falsamente ainda, queria correr de lá o mais rápido possível, quase não conseguia esconder seu descontentamento - Me encontre na hora do almoço.
-Tudo bem. - Harry concordou, depois deu um ardente, porém, curto beijo nela.
Luna estava atrasada, após o beijo correu para se trocar e ir a aula. Harry tentaria a encontrar na hora do almoço. Havia enviado uma carta avisando que iria para Hogwarts, Dumbledore já o esperava em frente a sua sala. Harry logo se dirigiu para lá e viu aquele velho que sentia vontade de chamar de caquético, de tanta raiva que sentia dele. Ele deu um sorriso a Harry, que rangeu os dentes de raiva.
-Vim aqui porque quero saber algumas coisas a respeito de como vencer a Guerra dos Dragões. - Harry disse abruptamente, antes que Dumbledore viesse com boas-vindas - Sem uma Esfera é impossível? - perguntou.
-Sim. - respondeu Dumbledore - Vamos conversar em minha sala.
Harry e Dumbledore subiram pelas escadas da velha águia de pedra. Harry não queria estar conversando com ele, mas era necessário, afinal ele era tão 'sabe-tudo'...
-Você e os outros Dragões precisam urgentemente conversar com Claire, ela pediu para os convocar. - Dumbledore disse pegando algo em uma gaveta de sua mesa - Na verdade o trouxe aqui em cima para lhe entregar algo. Eu acho que Claire pode lhe informar melhor algumas coisas.
-Não quero nada vindo do senhor. - Harry disse com raiva.
-Você está precisando meditar. - disse Dumbledore - Faz bem, além do mais para enfrentar o estresse do dia-dia.
-Rá, rá! - Harry fez irritado.
-Bom, você nem sabia o que eu ia entregar e logo criticou. Na verdade é algo de muita importância para você, uma honra que dei a poucos até hoje. - Dumbledore pegou uma bolinha quase do tamanho de uma de tênis, que era revestida por um pano negro - Essa é uma Chave de Portal Toca-Hogwarts.
-Ãnh? - Harry perguntou confuso - Como assim?
-Atire-a pro alto e...
A bolinha chupou o pano preto que a cobria para dentro, revelando ser branca e ter dois botões, um do lado esquerdo e outro do direito. O botão do lado esquerdo era vermelho, o do direito era azul, a bolinha girou no ar e voltou lentamente para as mãos de Dumbledore, que sorriu levemente. Era uma espécie de magia.
-...e ela volta para a sua mão te dando a oportunidade de ir para dois lugares. Aperte o botão vermelho e vá para o conforto d'A Toca, aperte o azul e vá para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
-Hum... - Harry disse parecendo não muito animado com a bolinha.
Mas ele havia ficado muito contente com o presente, poderia ver Luna sempre que quisesse. De jeito nenhum ele mostraria esse contentamento a Dumbledore, senão como ficaria seu orgulho de pessoa ferida por mais uma mentira? O velho jogou a bolinha para o alto novamente, o pano saiu rapidamente de dentro para fora, fazendo com que parecesse uma bolinha comum, depois caminhou até a parte da frente da mesa, entregando a bolinha para Harry, que a pegou emburrado.
-Obrigado... - ele disse realmente todo emburrado, mostrando que falava aquilo só por obrigação - Posso almoçar aqui? Luna me convidou.
-Claro, Harry. Sempre que quiser. - Dumbledore sorriu largamente - Hogwarts é seu segundo lar.
-Não vá achando que vou te perdoar não. - Harry disse estupidamente - Vou vim para almoçar com Luna.
-Tudo bem. - Dumbledore disse sorrindo - Mas ainda falta tempo para o almoço, aproveite e reúna os Dragões do Paraíso para conversar com Claire. Ah, espere.
Dumbledore caminhou novamente até a gaveta de sua mesa, tirando de lá três bolinhas iguais a de Harry. Ele pegou uma pequena sacola de pano, guardando ali dentro as outras três bolinhas, depois entregou a Harry.
-Uma para Ronald, para Hermione e para Gina. - o velho sorriu contente - Mas nunca percam essas bolinhas, pois em mãos erradas elas podem ser uma arma.
Harry assentiu com a cabeça. Em seguida ele atirou sua bolinha para o alto, fazendo com que ela tivesse o pano puxado para dentro e revelasse sua face branca e com os botões coloridos. Ele apertou o botão vermelho para A Toca.
Harry, Rony, Hermione e Gina, os Dragões do Paraíso, entravam por aquela sala de madeira, novamente. Harry havia rapidamente ido para A Toca e os levado para lá. Claire estava sentada em seu grande tatami, seus olhos fechados. Melina e Helena olharam para eles, levantando, estavam sentadas ao lado da princesa.
-Oh, olá! - Helena fez uma reverência - Faz muito tempo que vocês não aparecem por aqui. - ela disse bem simpática.
-Realmente. - Gina sorriu para ela.
-Olá para todos vocês. - Melina não pareceu tão simpática quanto a irmã, mas não tinha jeito, ela não era.
Todos fizeram uma reverência de volta e deram um sorriso.
"Que bom que vocês chegaram." - ela ecoou na mente dos quatro. Depois ela disse particularmente a Harry. "Eu não fui a favor deles esconderem o estado de Sirius de você, mas eu não podia fazer nada. Não achei certo, eles me disseram que eu não deveria contar, que essa seria a vontade de Sirius se ele estivesse vivo. Eu tentei dizer que você não era mais uma criança, mas..."
"Eu entendo você." - Harry respondeu. "Mas é o que eles acham, e..."
"O que a senhora quer de nós?" - Rony perguntou interrompendo a conversa de Harry e Claire, sem nem saber, pois não era capaz de ouvir a conversa particular entre os dois.
"Oh, sim. Chamei vocês aqui para conversarmos." - ela parecia preocupada. "Vocês e as Esferas estão correndo grande perigo."
"Como assim?" - Hermione perguntou preocupada.
"Descobri algo que não está escrito em minhas profecias." - ela dizia em seu tom preocupado. "Descobri que há uma Criança dos Céus, uma pessoa que tem o poder de manejar as Esferas como bem entender. Ela pode escolher entregar as Esferas para o lado que ela bem entender, tanto dos Dragões do Paraíso quanto dos Dragões da Terra. O lado que ela escolher sairá vencedor."
"Você sabe quem ela é?" - perguntou Harry. "Precisamos saber, urgentemente."
"Não sei, fiquei sabendo de sua existência em um sonho que uma mulher estranha, que não faço idéia de quem seja, veio e me contou isso." - ela parecia intrigada. "Ela me deu apenas uma dica de quem fosse."
"Que dica?" - perguntou Gina.
"Me disse que essa pessoa está mais próxima a Harry do que eu imagino." - Claire abriu os olhos vermelhos, uma expressão de tristeza profunda. "Procuro essa mulher nos sonhos novamente, mas nunca mais a vi."
"Nossa..." - exclamou Gina.
"Em todos meus sonhos, todo o tempo, me pergunto: quem será a Criança Predestinada?" - Claire ecoou na mente de todos que estavam na sala.
E mais aquela pergunta começou a ecoar na cabeça de Harry: 'Quem será a Criança Predestinada?'...
"Tenho uma pergunta a você. Se nós vencermos, conseguirmos reunir as quatro Esferas, o que acontecerá?" - Harry perguntava sério.
"As quatro Esferas se unirão, ao invés de materializar o Deus Dragão, elas vão implodir. Depois disso o Deus Dragão estará banido para sempre, não havendo como chamá-lo e fazer a Purificação. Todos se livrarão de seus Espíritos Dragão também."
Harry sentiu-se animado e com um belo incentivo para vencer aquela guerra agora. Além de salvar o mundo salvaria ele e seus amigos de seus Espíritos Dragões.
Mas estava quase na hora do almoço em Hogwarts, após terminar toda a conversa com Claire aparataria para a escola.
As duas primeiras aulas haviam se passado. Uma aula de Poções com a Lisa, depois uma de Transfiguração com McGonagall. Em nenhuma das duas Melissa havia aparecido. Luna estava muito preocupada, pois Melissa também não estava no dormitório quando foi lá se trocar para ir assistir aula. O que haveria acontecido?
Luna teve uma idéia besta de perguntar se alguém havia visto sua amiga, mas ninguém nunca notava a garota, que era tão bonita, mas estranhamente, tão apagada. Antes do almoço ela foi a procura de uma foto no seu dormitório, que ela e Harry haviam tirado n'A Toca com a câmera de Luna. Quando Luna voltava, passando pela Sala Comunal da Corvinal, sentada em uma poltrona via os longos cabelos de Melissa, que ali não estavam enquanto ia buscar a foto.
Ela caminhou até a garota, aquela história toda estava muito estranha. O que teria acontecido para ela desaparecer por tanto tempo e aparecer tão de repente? Luna achou muito esquisito quando se aproximou mais e viu que Melissa dormia profundamente. Seus olhos pareciam pesar, ela tinha olheiras debaixo deles. Parecia não ter dormido por nenhum instante até então.
-Mel?... - Luna deu uma chacoalhada de leve no ombro dela.
Melissa acordou. Levantou a cabeça lentamente, deu um olhar tão vazio que Luna achou estranho. Não havia emoção no olhar dela... Ele apenas batia em Luna como se nada estivesse ali...
-Aonde você estava? - perguntou Luna - Eu sei que você não dormiu aqui.
-Aonde... - Melissa disse distante.
-É. Aonde? - insistiu Luna.
-Aonde? - Melissa pareceu perguntar mais a si mesma.
-O que você tem? - Luna perguntou preocupada.
-O que tenho? - Melissa respondeu ainda distante, parecendo falar mais consigo mesma - Eu tenho que roubar.
-O quê? - Luna perguntou, havia ouvido sua amiga falando em roubar?
-Nada. - Melissa respondeu, Luna não entendia como ela podia estar tão distante.
-Eu, hein?! Você está é viajando na batatinha. - Luna exclamou assustada - Vamos almoçar, vou te apresentar o Harry, eu sei que você já o conhece de vista mas quero que saiba quem ele é.
-Tudo bem. - Melissa concordou dando um sorriso malicioso, dessa vez ela não parecia tão distante assim.
As duas caminhavam mudas pelo corredor. Estavam indo almoçar, Luna estava ansiosa para ver Harry. Ela tentou puxar assunto duas vezes com sua amiga, que era muito falante normalmente, mas ela não respondia nada a Luna, estava muito misteriosa depois daquele desaparecimento estranho. Aquele jeitão esquisito estava dando até medo dela em Luna.
Quando chegavam no Salão Principal, foi possível ver Harry as esperando ao lado da grande porta para entrar no salão. Pessoas passavam ao lado dele entrando para almoçar, Harry até que sentia falta daqueles momentos na escola, era bom estar de volta, nem que fosse só naquele almoço. Luna correu até ele e deu um beijo.
-Que bom que você chegou! - ela exclamou - Essa é minha amiga Melissa. - Luna apontou para ela que vinha lentamente em sua direção.
Melissa parou ao lado de Luna e olhou para Harry de um modo também vazio. Ela estava ao lado deles, mas não parecia. Estava bem distante, para falar a verdade. Harry sorriu para ela, para ver se ela ficava um pouco mais a vontade. Mas a garota continuava gelada e vazia.
-Esse é o Harry, Melissa. - Luna estava assustada com como sua amiga não parecia ser sua amiga.
-Eu sei... - ela disse em um tom leve, as palavras de sua boca pareciam ter sido arrastadas com o vento.
Ela pareceu pela primeira vez olhar profundamente em alguém. Olhos nos olhos de Harry, ele sentiu como se ela visse até o fundo de sua alma. Sentiu-se invadido por aquele olhar.
-Vamos almoçar? - Harry perguntou cortando o olhar, fitando Luna - Sua amiga é muito estranha. - Harry cochichou.
-Ela não é assim normalmente, aconteceram um monte de coisas estranhas. Para falar a verdade ela é uma dessas coisas estranhas. - Luna sussurrou para Harry - Mas até ontem ela era uma pessoa normal.
Os três foram almoçar. Harry pela primeira vez sentou-se na mesa de outra casa e fora muito bem aceito. Todos eram muito gratos por ele ter derrotado Você-Sabe-Quem, em um certo passado de uns dois anos e meio atrás. Mas ele não sentia-se a vontade sentando na mesa de outra casa, era tão grifinório...
Luna se sentia feliz por Harry estar almoçando ao lado dela, quanto mais perto dele mais feliz se sentia. Todos os problemas se desvaneciam, iam para tão longe, ficavam abandonados em sua cama, em seu dormitório. Sem dizer que ela não queria contar a Harry tudo que via da Purificação...
Por um momento Harry pegou Luna olhando vagamente para o teto da escola, estava viajando sabe-se lá em quê, como fazia sempre. Ele mal sabia que ela havia se lembrado de seus sonhos. Harry chacoalhou ela, que olhou para ele e sorriu, os dois deram um selinho. Melissa, que mal havia tocado na comida, repentinamente levantou e foi em direção da saída do Salão Principal.
-Mel?... - Luna fez sem obter nenhuma resposta - O que ela tem hoje? Estou ficando preocupada com toda essa estranheza.
-Você acredita que eu nunca tinha visto essa menina na escola? - perguntou Harry - Como isso será possível?
-Ela sempre foi muito tímida e anti-social. - Luna disse a ele - Ninguém nunca reparou nela realmente.
-Hum... - fez Harry - E tem certeza que ela não foi sempre esquisita assim?
-Isso não. - respondeu Luna - Hoje tudo foi muito estranho. Ela não estava no dormitório quando fui me trocar para ir assistir aula. Ela também não havia aparecido em nenhuma aula, somente agora, na hora do almoço a encontrei, fui buscar a foto que tirei de nós n'A Toca, ela surgiu na Sala Principal dormindo em uma poltrona. Tudo muito estranho...
-Nossa, essa história está estranha mesmo. - Harry ficou pensativo por um tempo - Mas cadê a foto?
-Ah, eu trouxe aqui, ó... - Luna começou a pegar algo no bolso.
Harry, Rony e Gina estavam sentados no sofá da sala d'A Toca. Molly nunca mais havia ido sentar na sala, nem Jorge. As lembranças que aquela sala traziam eram pesadas demais para eles. Já era noite, os três haviam parado para pensar em quem seria a Criança Predestinada, mas era tão difícil que toda hora mudavam de assunto.
-Nossa, que história estranha. - Rony disse preocupado - Mas eu não faço idéia de quem seja essa Melissa.
-Luna falou que ninguém nunca repara nela. - Harry disse sério.
-Vocês não acham que tudo que aconteceu com essa garota foi estranho demais não? - perguntou Gina - Sei lá, será que ela não é...
-Não pode ser. - disse Rony - Claire disse que é uma pessoa que está mais próxima a Harry do que imaginamos. Meu palpite seria a Luna.
-Claro que não. - brigou Harry - Se fosse a Luna será que ela não haveria percebido em seus próprios sonhos?
-Ah, eu não sei. - Gina disse duvidosa - Para mim qualquer pessoa que esteve ou está próxima a Harry pode ser essa criança.
-Então é a mamãe. - Rony disse fazendo um tom de nojento.
-Claro que não! - disse Gina - Criança Predestinada, significa que é um jovem. Ou seja, não é a mamãe, seu tonto!
-Então pode ser o Carlinhos-mini. - Rony fez uma careta de indiferença a Gina - Esse é criança mesmo.
-São tantas possibilidades. - Harry disse pensativo - Prefiro não palpitar.
Mas uma tela surgiu em frente aos Dragões do Paraíso, interrompendo a conversa. Na imagem dessa tela estavam focalizados os quatro Dragões da Terra. Da esquerda para a direita era possível ver Mark, com seu olhar gélido e irônico, Chang que tinha um olhar glorioso, Draco com seu sorrisinho sarcástico, e Pansy, que juntava a expressão de todos os outros juntos. Todos sentiram-se furiosos ao ver os quatro, principalmente Pansy, a assassina de Fred.
-O que vocês querem? - Gina perguntou furiosa com a invasão.
-Queremos marcar uma batalha. - Draco começou a dizer - Já que nenhum dos lados saíram vencedores, vamos marcar uma batalha para daqui a dois dias.
-Batalha? - perguntou Harry.
-Sim, uma batalha para ver com que lado as Esferas ficam. Vai ser na Rua das Cerejeiras, em frente ao prédio. Espero vocês lá.
-Ah, Gi querida! - disse Pansy - Esse seu pijaminha rosa está demais! Beijinhos! - ela mandou um selinho para todos.
A tela sumiu.
-Ele nem nos esperou topar nada. - reclamou Rony.
-Pansy... Atrevida! - Gina exclamou olhando para os outros e ficando séria - Acho que não devemos ir, deve ser uma emboscada.
-Mas nós vamos, não importa. - disse Harry - E vamos vencer esses Dragões da Terra folgados!
-Não vamos precisar. - disse Rony - Vamos descobrir antes quem é a Criança Predestinada, ela irá trazer minha Esfera para nós.
-Deus queira! - Gina exclamou levantando as mãos para o alto - Imagina só nos libertarmos de nossos Espíritos Dragões?
"Imagine só se Draco se livrar de seu Espírito Dragão?" - ela disse a si mesma.
Sirius e Lisa adentravam no velho salão de Claire. Ela estava a espera dos dois. Abriu os olhos e sorriu, por mais que não os visse ela sabia quem era quem apenas pela presença, assim como a maioria das pessoas cegas. Só que tudo era de uma maneira mais aflorada, pois acima de todas as coisas ela era uma poderosa bruxa Yumemi. Melina e Helena sorriram ao ver Sirius.
-Olá! - elas exclamaram juntas, fazendo uma reverência.
-Olá. - respondeu Sirius.
Depois viraram-se e olharam para Lisa, que deu um sorriso sincero para as duas. Melina virou a cara emburrada, foi possível ver também que Helena fez uma reverência contra vontade própria.
-Oi... - Lisa disse sem graça.
Por que as duas estavam com raiva dela agora? Ela estava sendo apedrejada por todos os lados. Era Harry com raiva dela ter omitido a sobrevivência de Sirius, era Hermione a tratando mal como sempre, era Melina que sempre a tratou mal também, mas agora estava pior, com Helena, que tentava disfarçar mas não estava agindo como sempre agia.
"Não trate-a assim!" - Claire disse apenas a Melina.
"Por que deveria?" - ela perguntou emburrada.
"Você fica confundindo seus sentimentos pessoais e trata mal os meus convidados! Veja só!" - Claire bronqueou brava. "Pode tratar ela bem agora, cumprimente-a!"
Melina reverenciou Lisa sem esconder a raiva, abaixando levemente bem entediada e desajeitada, com a cara bem amarrada.
-Olá, senhorita! - ela disse estupidamente.
"Melina!!! Vá já para dentro." - Claire disse bem brava. "Você também Helena! Suas ingratas! Ficam me fazendo passar vergonha..."
As duas foram para dentro, deixando apenas Claire, Lisa e Black na sala.
"Olá!" - Claire ecoou na cabeça dos dois. "Desculpem-me o mau jeito das minhas parentes."
"Não é nada." - mentiu Lisa. "Para falar a verdade já estou acostumada a ser tratada assim" - ela enxugou uma lágrima de mágoa que saía.
"Depois vou conversar com elas." - disse Claire.
"Não, esqueça isso." - disse Lisa. "Eu sei porque elas estão me tratando assim, não me importo."
"Tudo bem." - respondeu Claire, que tinha certeza do porquê delas terem tratado Lisa daquele modo.
"Vamos ao que interessa?" - perguntou Sirius.
"Você teve algum sonho novo?" - perguntou Lisa.
"Estou ficando brava, cada noite sonho com uma coisa, tudo se confunde em minha cabeça... Ultimamente tenho sonhado mais com a Purificação. Aquele sonho de sempre, mas acontecem coisas novas."
"Que coisas novas?" - perguntou Sirius.
"Bom, após Hermione virar pó, junto dos Dragões da Terra é possível ver um homem de longos cabelos negros. Ele levanta a mão e evoca Dragões longos e escamosos, só que da espécie oriental dos Dragões, aquelas compridas." - continuou Claire.
"Sei." - disse Lisa.
"Depois é possível focalizar um casal, Lúcio Malfoy e Narcisa Malfoy."
"Mas Lúcio Malfoy está em Azkaban!" - exclamou Sirius.
"Mas ele está no sonho." - respondeu Claire. "Ele e Narcisa estão muito felizes. Voltando a olhar para o Dragões do Paraíso, Gina parece tirar algo do bolso, de repente ela desaparece, deixando apenas Harry e Rony. Bom, aí vem a pior parte do sonho..." - ela fez mistério.
"Qual?" - perguntou Sirius.
"Harry cai no chão, começa a desintegrar, fiquei desesperada." - Claire disse em tom triste "Ele não é sangue-puro, lembram-se? Então Luna Lovegood vem correndo, mas ela está em forma do sonho, ela tenta tocar Harry, mas o atravessa, ninguém além de mim a nota."
"Quando foi este sonho?" - perguntou Lisa.
"Agora, antes de vocês chegarem." - respondeu ela.
"Luna já está dormindo?" - perguntou Lisa.
"São onze horas da noite agora." - respondeu Sirius. "Normalmente na escola os estudantes podem ir para os dormitórios às nove horas, só se ela foi dormir cedo, e não foi na Sala Comunal bater papo ou estudar."
"Ela estava sonhando agora." - disse Claire. "Nós Yumemis não temos hora para sonhar, não existe estágio do sono para nós."
"Temos que descobrir quem é a Criança Predestinada." - disse Sirius. "Para jamais acontecer isso do sonho de verdade."
"Hoje durante o dia tive uma pista nova em um sonho." - disse Claire. "Aquela mulher que contou que minha profecia estava errada apareceu e deixou um pergaminho flutuando no ar. Nesse pergaminho dizia assim: A Criança Predestinada sempre esteve próxima a Harry Potter, mas apenas na presença, pois estava tão distante do olhar quanto do coração. Porém esteve e está muito próxima a pessoas ligadas a Harry, tanto na amizade que se torna ódio, quanto na amizade que se torna amor. Laços quase de sangue, pois são de consideração. Mas ela está e esteve muito distante de seu coração..."
"Você precisa contar dessas palavras a ele, ninguém além dele pode descobrir quem é essa pessoa." - disse Lisa.
"Realmente." - concordou Claire. "Amanhã convocarei os Dragões do Paraíso."
No dia seguinte, na hora do almoço, Harry e Luna foram aos jardins conversar um pouco. Ainda tinha um certo tempo restante até o início da próxima aula. Ela e Harry estavam em pé, ele apoiado em uma parede da escola, ela em sua frente.
-Amanhã vou partir para uma batalha contra os Dragões da Terra. - ele disse a Luna - Vou impedir a Purificação, já que está tão difícil descobrir quem é a Criança Predestinada e se aliar a ela.
-Amanhã? - perguntou Luna - Não vá! - ela o abraçou tristonha.
No sonho dessa noite a Purificação havia sido feita novamente, Harry virava pó, ela tentou o tocar mas não pode, era tudo um sonho... E se isso acontecesse no dia seguinte, nessa tal batalha? Ela sorriu falsamente, não queria que Harry soubesse de jeito nenhum desse sonho.
-O que você está me escondendo? - Harry perguntou desconfiado - Por que esse sorriso tão insosso.
-Nada. - ela respondeu - Apenas estou preocupa...
-Estupefaça!
Luna caiu desmaiada no chão.
Atrás dela Harry viu Melissa, a amiga de Luna que estava tão estranha nesses últimos dias. Ela segurava uma varinha, dando um sorriso irônico.
-Acho que você não vai precisar partir para batalha nenhuma amanhã... - ela disse entre uma risadinha.
No próximo capítulo...
O que estará acontecendo? Por que Melissa fez isso? Por que ela disse que Harry não precisará ir para batalha alguma? Não percam as próximas surpresas! Capítulo 9 - A Verdadeira Criança Predestinada
N.A: Oi gente! Tudo bem? Espero q sim. Hoje vcs deram sorte, tô com pressa e não posso ficar tagarelando mto.. Mas ainda posso dizer o clichê: o q acharam do capítulo? Gostaram? Dos últimos q escrevi, esse é o q ficou maior. No próx cap vão haver mais revelações, não percam!
Agora os agradecimentos: Luna-br, Poly Malfoy, Lina e Melissa Hogwarts. Valeu!!! Mas bem q vcs poderiam enviar mais reviews nesse capítulo, né? Por favor...
Estou indo embora! Bye!
Victor Ichijouji
