Meu melhor amigo ...

Por: Sofy-chan

Cap1 .:Quando o amor "late" a nossa porta:.

O nascer do sol parecia tão esplêndido ao seu ver.

Aquela coloração rubra misturada com o púrpuro da noite dava uma beleza cativante no ambiente ao redor. As nuvens, antes escassas, tornavam-se abundantes no céu, tomando seus lugares para o grande espetáculo que era o surgimento desse novo dia.

Logo, raios de tonalidades douradas ornamentavam a cena, completando aquele palco para a estréia do grande astro rei, que surgia lentamente através das cortinas de nuvens.  

Ele suspirou, após presenciar mais uma vez tamanha beleza.

Uma das vantagens de ser o que era se devia ao fato de poder assistir cenas como esta de "camarote".

- "Nada mal, nada mal..." –Pensou enquanto ajeitava seu corpo, preguiçosamente,  entre as macias formas daquela nuvem.

Oh sim! Ele também possuía aquele privilegio. A permissão para poder repousar em nuvens, apesar de sua constituição gasosa.

 Afinal, isso era a principal característica que imaginavam ser de sua gente, não? 

- "Anjos...Nuvens..." – Associou com deboche, desviando seu olhar para baixo, distinguindo entre o mar de vapor os grandes e variados arranha-céus, que dominavam a metrópole abaixo.

Foi tomando por mais um suspiro ao perceber a grande movimentação que arrebatava a cidade, mesmo tão cedo.

Entretanto, essa era a natureza humana. Por alguma razão eles possuíam a necessidade de praticar aquilo que chamavam de trabalho para ganhar um pedaço de papel denominado dinheiro para assim poderem ser felizes.  

Isso o intrigava.

- "Como um pedaço de papel ,com múltiplas cores, poderia trazer a felicidade?" –Indagou, moldando seu queixo com uma mão em uma clássica pose de ponderação.

Lembrou-se também daquela freqüente frase dita por aqueles mortais: "Dinheiro não traz a felicidade".

Mas se a questão era essa, então por que eles fazem tanta questão em dar duro por tal item?

-O ser humano é um bicho esquisito que está sempre se contradizendo...-Concluiu por fim, parando com tais reflexões e procurando através daquele ninho de gente seu tão almejado alvo.

Após alguns segundos, pôde avistá-lo em meio há uma pequena multidão.

Sorriu ao reconhecer a bela jovem de cabelos e olhos castanhos que no momento mantinha-se parada entre mais pessoas na espera de uma grande caixa metálica considerada transporte naquele mundo.   

- "Umbu (não, isso é uma fruta), bunicu, ônibus... Alguma coisa do tipo..." –Tentava se decidir enquanto reparava nas roupas que a mulher usava, notando como aquelas curtas vestes valorizavam suas curvas.

O nome da jovem era Sango. Ele a havia conhecido graças a Sra Kaede.

"Quem é a Sra Kaede?" vocês se perguntam. Ela era a pessoa que ele , supostamente, deveria estar protegendo. Porque aquele era seu trabalho e aquela senhora, sua responsabilidade como seu anjo.

Bem...Talvez algum dia ele se tornasse um...Por enquanto era apenas um anjo em treinamento, ou em outras palavras, um estagiário.

Observou quando o tal "cônicus" parou em frente ao grupo de pessoas, levando em seguida a jovem Sango consigo.

Abriu suas asas, preparando-se para tomar impulso e segui-la, quando...

-Aonde pensa que está indo, Miroku?-Alguém se fez presente, fazendo-no estremecer com tamanha frieza vinda daquela voz.

Virou-se devagar, encontrando aquele com quem menos queria topar em sua vida, ou no caso, pós-vida.

Seu superior estava bem ali, parado atrás de si, usando suas vestes brancas de detalhes em dourados, impecavelmente limpas e sem nenhum amassado. Os cabelos prateados estavam presos em um folgado, mas nem por isso desleixado, rabo de cavalo de forma que caiam entre suas longas asas de penas alvas e bem cuidadas.

Ele tinha os braços cruzados sobre o peito e seus olhos da cor do âmbar, brilhavam perigosamente. Seu pé direito batia constantemente no chão de nuvens, em um claro sinal de aborrecimento, que contrastava com a expressão serena em seu rosto.

-Bom dia, Sesshoumaru-sama...-Miroku saudou com um sorriso trêmulo.

Sesshoumaru estreitou seus olhos para o patético aluno que estava sob sua responsabilidade.

Era impossível manter a paciência com aquele rapaz de curtos cabelos negros e olhos de um azul chegando ao cobalto.

-Onde você pensou que ia, Houshi?!-Perguntou novamente, sentindo uma pequena veia pulsar em sua têmpora com a demora do estagiário em responder.

-Eu...Estava apenas seguindo minha protegida...-Miroku respondeu com um sorriso amarelo, torcendo para que Kaede estivesse realmente naquele ônibus.  

-Sua protegida não está naquela direção, Houshi...-Esclareceu o arcanjo de olhos dourados.

-Oh! Não está?!-O rapaz tomou uma fingida expressão de espanto, fazendo com que Sesshoumaru erguesse uma de suas sobrancelhas.-Então vou procurar por ela agora mesmo e...-

Foi impedido quando Sesshoumaru segurou-o por uma de suas asas, puxando-o com força e jogando-o contra a nuvem onde estavam, fazendo com que Miroku afundasse por entre as camadas de vapor.

-Não adianta procurar, porque não vai encontrá-la nas ruas e muito menos nos locais onde ela costuma freqüentar...-Sibilou para o seu aluno, que mantinha dificuldades de se levantar devido à constituição macia da nuvem.

-E por que não?...-Indagou, desistindo de tentar se erguer e encarando temeroso seu superior. 

Sesshoumaru encarou-o em silêncio por mais alguns segundos antes de responder. Seus olhos demonstravam tanta frieza, que foram capazes de fazer os pêlos da nuca de Miroku eriçarem.

O rapaz engoliu em seco. Desconfiava de que não receberia boas notícias.

-Porque a sua "protegida" está no hospital, Houshi...E sabe por que?-Fez uma pausa, recebendo um sinal negativo do estagiário.-Porque ela foi atropelada por um ônibus enquanto seu GUARDIÃO distraia-se com um rabo de saia qualquer ao invés de PROTEGÊ-LA!!!-Terminou com rispidez, tirando um "Gulp" do assustado Miroku.

-De-desculpe...- 

-Desculpas não vão desfazer o que você fez, Houshi, e muito menos amenizar sua punição...-Terminou a frase com um brilho maníaco nos orbes dourados, fazendo com que Miroku soltasse mais dois "Gulp". 

-Por favor, Sesshoumaru-sama, não!!!-Implorou, agarrando-se as vestes de seu superior, que recuou, enojado.

-Afaste-se, Houshi, ou amassará minhas vestes!-Ordenou Sesshoumaru, empurrando o anjo estagiário que insistia em se manter agarrado nas barras de sua túnica.  

-Por favor, Sesshoumaru-sama! Mais uma chance, por favor!!!-

Sesshoumaru suspirou ao perceber que por mais que empurrasse aquele projeto de anjo nunca o largaria.

-Ok, Houshi, ok...Darei-lhe mais uma chance...-Disse a contra gosto, provocando um sorriso de alívio no outro.

-Obrigado, Sesshoumaru-sama!!!-Agradeceu o Houshi, ajeitando as vestes do arcanjo.-Prometo que não vou decepcioná-lo mais!-

-Espero mesmo, Houshi, porque você sabe quais serão as conseqüências se falhar novamente...-

Miroku sentiu seu sangue congelar nas veias. Sabia muito bem qual era a punição oferecida para aqueles que não conseguiam cumprir seus deveres.

O inferno.

Sim, porque assim como no mundo dos humanos, o céu também possuía suas regras e esquemas para a eficiência em seu trabalho.

 O paraíso era cercado de vários setores que visavam o controle e manutenção das vidas habitantes de sua jurisdição. Esses setores eram divididos em várias áreas especializadas em algum tipo de serviço, como o departamento para o controle de catástrofes ambientais ou o departamento para manutenção de vidas humanas.

Todo anjo ao chegar no céu começa do princípio, assim como ele, sendo um estagiário que tem como missão assegurar a preservação de uma única pessoa que lhe é indicada.

Após um certo período de experiência, um anjo pode ser promovido para setores mais importantes e que exigem mais de suas capacidades. Ser promovido significa garantir certos itens necessários para uma boa pós-vida como asas, aureolas e a tão cobiçada "Harpa".

Entretanto, Miroku ainda não havia chegado a tal estágio. Ele possuía apenas suas pequenas e mirradas asas, contudo, elas eram as únicas coisas que ainda lhe garantiam sua permanência no paraíso.

Se ele falhasse, como em tantas outras vezes, ganharia uma passagem de ida ao abrasador érebo, sem direito a reclamações ou retorno.

Estremeceu com tal hipótese. Desta vez a situação era séria e não poderia se dar ao luxo de fracassar.

-Está tudo bem, Sesshoumaru-sama...Eu aceito as conseqüências, pode me dar qualquer missão!-Declarou com convicção, perdendo todo seu ânimo ao perceber um sorriso se alargar na face de seu instrutor.

-Muito bem! Você tem 5 meses para encontrar algum infeliz e realizar-lhe seu maior e mais forte desejo!-

-Háh! Moleza!-Exclamou Miroku. 

-Não é tão fácil assim, Houshi!-Esclareceu Sesshoumaru, balançando seu indicador numa negativa.-Esse "privilegiado" terá de possuir tanto o coração quanto seu desejo igualmente puro!-

-Certo...Não tão fácil, mas ainda assim não impossível!-Disse com otimismo, fazendo Sesshoumaru revirar seus olhos.-É só isso? Então eu já vou!-Completou, dando um "tchauzinho" e caminhando até o final da nuvem.

Estava pronto para partir em vôo de encontro a Terra quando, pela segunda vez naquela manhã, sentiu suas asas serem seguradas com força e uma voz fria falar as suas costas.

-Esqueci de avisar, Houshi...Você não tem mais permissão de usar suas asas...-Após dizer isso, Sesshoumaru arrancou-as das costas do estagiário que lançou um olhar espantado em sua direção ao perceber o que ele pretendia.-

-Você não pretende...Pretende, Sesshoumaru-sama?...-

Sesshoumaru apenas alargou mais seu sorriso, apreciando a expressão de pânico de Miroku antes de chutar seu traseiro e mandá-lo de cara em encontro a Terra, literalmente...

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Kagome suspirou ao notar os olhos inchados e vermelhos que se refletiam do pequeno espelho que ornamentava seu banheiro.

Estivera chorando durantes horas, mas parecia que finalmente seu estoque de lágrimas havia se esgotado.

Avaliou um pouco mais sua aparência antes de abrir a torneira do lavatório e enxaguar seu rosto para eliminar os últimos vestígios do líquido salgado. Não iria mais deixar que suas tristezas transparecerem em sua face, não iria permitir que elas tomassem algo mais do que seu coração. 

InuYasha latiu ao seu lado, fazendo com que se virasse para encarar seu tão estimado amigo.

Por um instante, ela teve a leve impressão de encontra preocupação nos orbes âmbares do canídeo, mas aquilo era meio improvável...

Mesmo sendo seres vivos, os animais não possuíam a mesma capacidade humana para emoções, certo?!  

-Estou bem, Inu-chan.-Sorriu para o cão, que pareceu diminuir a intensidade de seu olhar.

Kagome voltou a se encara no espelho, imaginando se o desânimo não estava afetando seu cérebro também. Tudo bem que sempre tivera seu animal de estimação em alta estima, mas desde que ele havia lhe "consolado" naquela manhã  ela o tratava com mais...Humanidade...

E além disso ele...

- "A vida dá muitas voltas..." –Refletiu enquanto voltava a enxaguar seu rosto, dissipando aqueles primeiros pensamentos com o contato da água fria.- "Quando você acha que nada pode destruir sua felicidade...Ela se despedaça em suas mãos como uma frágil porcelana..." –

Logo, novas lágrimas inundaram seus olhos, formando trilhas sobre seu rosto distorcido pelo sofrimento. Relembrou com saudade de seus almejos e sonhos que tanto contribuíam para a sua felicidade e que agora pesavam em seus ombros como um fardo.

Desde criança, Kagome aprendera que por mais escuro e sujo que o mundo pudesse se revelar, ela deveria enxergá-lo com bons olhos. Sua mãe lhe dizia que muitas vezes o problema não era criado pelos outros e sim por nós mesmos, de forma que se você passasse a acreditar que o mundo era um lugar ruim, isso certamente passaria a ser a sua realidade.

Talvez tenha sido por estas palavras que ela optara por fazer arte...Ou talvez fosse sua criatividade ou espírito forte e determinado que fizeram-na aceitar tal escolha...

Mas por qualquer que tenha sido seu motivo isso já não lhe importava, pois sabia que mesmo se tivesse decidido trilhar em caminhos diferentes, todos seguiriam para uma mesma meta:  Mostrar ao mundo sua visão de que, por mais escuras que as coisas pareçam ser, é possível olhar para elas e ver uma cálida luz.

Sua chance apareceu quando foi empregada em uma galeria de arte da cidade. Além de ter a chance de exercer sua profissão como artista plástica e, assim, conquistar seus objetivos, ainda podia admirar os trabalhos de outras pessoas com o mesmo talento e talvez objetivos.

Porém, Kagome não esperava que Kouga entrasse em sua vida.

Kouga era o dono da galeria onde trabalhava. Sempre gentil e charmoso, fez com que a jovem nutrisse esperanças em realizar o mais antigo de seus sonhos... Encontrar alguém para amar e com ele ter uma família.

Um soluço escapou de sua garganta com a lembrança dos vários momentos que ambos compartilharam.

Tantos sonhos...

Tantos desejos...

E todos terminados...

A imagem do que ocorrera naquela manhã rodeavam sua mente como em um redemoinho de dor, lembrando-a do quê não teve e nunca terá...

FlashBack

Kagome conservava um largo sorriso em seus lábios desde que deixara a pequena galeria de artes onde trabalhava com Kouga, seu namorado e patrão.

Ela nunca estivera tão feliz como naquela manhã.

Kouga havia acabado de presenteá-la com uma proposta para expor seus quadros em sua galeria, dando-lhe assim a chance de ter seu trabalho reconhecido e seu maior almejo realizado.

Sorriu para o namorado que mantinha sua atenção voltada para o trânsito.

Ela devia muito aquele homem. Ele havia lhe dado um emprego, uma chance para mostrar seu valor e principalmente, ele havia lhe dado seu coração e uma oportunidade para amar.

Sim, amava-o com todo seu âmago e agora possuía a certeza de que ele era o homem certo para compartilhar o resto de sua vida.

-Você está muito feliz , Kagome...-Comentou Kouga ao volante.

-E por que não estaria? Tenho uma vida ótima, um emprego bom e um namorado maravilhoso!O que mais eu poderia desejar?-Indagou com a voz saturada de alegria, tirando um sorriso de seu companheiro.

Passaram-se alguns minutos antes que Kouga diminuísse a velocidade do carro e estacionasse em frente ao prédio de Kagome.

-Obrigada!-A garota agradeceu, depositando um leve beijo nos lábios do namorado.

-Espere...-Kouga murmurou, estreitando Kagome em seus braços e aprofundando aquele beijo, separando-se após alguns segundos por falta de ar.-Que tal irmos para meu apartamento e comemorarmos seu sucesso, hn?...-Sugeriu com um sorriso malicioso.

-Desculpe, Kouga...-Pediu Kagome, soltando-se dos braços do homem.-Eu preciso separar mais alguns quadros para a exposição, além do mais não posso deixar Inu-chan sozinho por mais tempo.-

Kouga tomou um semblante sério ao escutar o apelido carinhoso de InuYasha.

-Oras, ele pode se virar, não?! É apenas por está noite...-Voltou a pedir em um sussurro, envolvendo novamente a cintura da namorada.

-Não posso, Kouga, desculpe...-Declarou por fim, desvencilhando dos braços de Kouga que bufou irritado.

-Você prefere esse cachorro a mim!-Ele sibilou com raiva.-Você deveria se livrar desse animal estúpido!!-

-Não chame InuYasha assim, Kouga!-Kagome avisou, começando a ficar irritada com o namorado.

-E por que não?! Ele é mesmo estúpido!-

-Chega!!! Não vou ficar aqui escutando você falar besteiras por causa de um ciúme idiota que tem do meu cachorro!-Exaltou Kagome, abrindo a porta do carro, mas sendo impedida de sair por Kouga.-Solte-me, Kouga, eu quero ir!-

-Não, Kagome! Quero que você se livre de InuYasha!-Ordenou, apertando mais os braços de Kagome, que gemeu com dor.

-Eu não vou me livrar dele porque você quer! SOLTE-ME, KOUGA!-Gritou, soltando um de seus braços e desferindo um tapa no rosto do outro.

Um momento de tensão se desenvolveu dentro daquele automóvel.

Kagome encarava, incrédula, a marca vermelha que deixara no rosto daquele que há pouco decidira em dividir toda a sua vida.

-Não me bata nunca mais, Kagome, ou farei você sofrer as conseqüências.– Kouga rosnou.

Kagome sentiu seu corpo tremer de medo. Kouga nunca a ameaçara antes e agora a encarava com raiva profunda.

Aquele era o homem por quem havia se apaixonado?

Saiu do carro quando ele ameaçou agarrá-la novamente, mas Kouga a alcançou facilmente, segurando seu braço com força e tirando-lhe outro gemido de dor.

-Pare Kouga! Está me machucando! - Ela reclamou.

Entretanto, Kouga ignorava seus protestos, continuando a apertar seu braço e sorrir cínico para suas débeis tentativas de se desvencilhar.

-Ou sou eu, ou aquele maldito cachorro, Kagome...Decida!!! –Exigiu, fazendo Kagome encará-lo descrente.

-Eu não vou dar o Inu-chan para alguém só porque você tem ciúmes, Kouga! Isso é um absurdo! É de um cachorro que estamos falando! - Ela gritou como resposta.

-Ah, é assim? Pois fique com seu cachorro e com seus quadros idiotas também! A minha galeria não precisa deles! - Kouga retrucou, soltando-a e caminhando em direção ao seu carro. Kagome congelou.

-O... Que quer dizer com isso? - Sussurrou, com medo da resposta.

-Significa que acabou, Kagome! Nós não estamos mais namorando e você está despedida! – Kouga respondeu, entrando no carro e partindo.

Kagome acompanhou com os olhos o carro se afastar ao longo de sua rua, até que ao fazer uma curva, este não pode ser mais visto.

No instante seguinte, a jovem sentiu seus joelhos fraquejarem e uma onda de pânico e tristeza dominarem seus sentidos, fazendo-a cair ajoelhada na calçada enquanto seus olhos eram tomados por lágrimas quentes e salgadas...

Fim do Flashback

O som do telefone tocando constantemente na sala despertou-a de suas lembranças para o seu redor.

Até o momento, não havia percebido que seu corpo escorregara para o chão até que ficasse de joelhos sobre o azulejo frio do banheiro. Seus olhos ardiam mais que em outra hora e seu rosto se encontrava quente, provavelmente vermelho pelas constantes lágrimas que desciam por sua pele.

Uma sensação macia e úmida abrangeu seus sentidos, fazendo-a encarar InuYasha que lambia sua palma para chamar sua atenção.

Os orbes dourados se fixaram aos seus, transmitindo-lhe novamente aquela impressão de preocupação vinda do cão.

- "Estou louca..." –Pensou ao secar seus olhos.

Apesar de ter sido por causa de InuYasha  que aquela discussão tenha ocorrido, não conseguia ter raiva do amigo.

Ele parecia realmente preocupado consigo. Prova disso era o fato dele não haver saído de seu lado desde que chegara em casa aos prantos.

-Estou bem agora...Sério, Inu-chan.-Riu quando o cão soltou uma baforada indignada com o apelido carinhoso.-

InuYasha movimentou suas orelhas daquele jeitinho fofo que sempre fazia ao escutar suas risadas, induzindo-a a levantar suas mãos e acariciá-las. 

O pastor branco fechou os olhos em agrado, balançando levemente sua cauda e provocando um sorriso em sua dona. 

-Pelo menos alguém nessa casa tem de parecer satisfeito...-Comentou Kagome, rindo mais uma vez quando InuYasha latiu em resposta.

O som insistente do telefone tocando na sala tirou-os daquele momento ameno.

InuYasha observou quando Kagome levantou-se irritada, bufando em seguida  enquanto se retirava para atender ao telefone.

Desta vez ele não a seguiu, preferindo permanecer naquela mesma posição e , assim, apreciar as agradáveis sensações que permaneciam em seu corpo pelos afagos de Kagome.

O cheiro de lágrimas predominava no ar a sua volta, fazendo-o lembrar de instantes atrás quando sua dona transmitia uma profunda expressão de desespero.  

- "Como aquele lobo fedido pôde ser tão idiota?" –Indagava-se enquanto um fraco rosnado emitia de sua garganta.- "Como ele pôde ter a coragem de fazer Kagome sofrer?" –

Contudo, o que ele poderia fazer? Sentia-se tão impotente em relação aquilo tudo que não conseguia pensar em uma maneira de confortá-la.

Ele era apenas um cachorro, um bichinho de estimação para os humanos...

Então o que ele poderia fazer...?

- "Se pelo menos...Eu também fosse humano..." –Sacudiu sua cabeça para afastar tais pensamentos.

Não adiantava desejar o impossível.

Ele nascera um cachorro e como um cachorro morreria, por mais melancólico que aquilo soasse ou por mais penoso que fosse.

-Claro que sim, Sango! -A voz animada de Kagome chamou sua atenção para a sala onde ela estava.

Encontrou-a com a lateral de seu corpo esguio encostado na parede, ficando de lado ao móvel que continha o telefone. Seus dedos se enrolavam pelo fio do aparelho em uma típica mania feminina.

 - "Mulheres..." -Bufou.- "Em um instante elas estão chorando e no outro riem ao telefone..." -

Pelo menos eram fáceis de se agradar...

-Está certo, Sango! Vou apenas tomar um banho e encontro com você. Certo! Até mais!-Despediu-se Kagome, botando o telefone no gancho em seguida.

- "Escutei bem? Banho?" –Indagou InuYasha, animado. 

Kagome se espreguiçou antes de perceber que seu cachorro encarava-a , balançando sua cauda freneticamente.

Sorriu. Já imaginava o porquê de toda aquela alegria.

-Venha, Inu-chan! Você também precisa de um banho!- Chamou. O cão prontamente dirigiu-se para o banheiro, provocando algumas risadas na jovem.-Sabe, acho que você é o único cachorro no mundo que gosta de um banho...-

InuYasha teve de concordar mentalmente com sua dona, enquanto a assistia retirar , uma por uma, suas peças de roupa.

Entretanto, por que se preocuparia com um banho, como todo cão normal, quando ele poderia simplesmente admirar a bela visão de Kagome nua e se banhando? Somente isso já deixava seu sangue quente e completamente impérvio contra a água fria.

- "É nessas horas que não é nada mal ser um cão..." –

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Oyahoo, gente!!! o/

Este foi o primeiro cap de minha nova fic! (não ficou lá uma maravilha, mas...)

Vi pelas review's que pouca gente percebeu que na fic o InuYasha é REALMENTE um cachorro...Kagome não o chamou de "bichinho de estimação" por brincadeira, ele na fic é um pastor alemão branco e , por coincidência ou não, o cão de estimação de Kagome!

Espero que agora vocês tenham tirado suas dúvidas...

Agradeço a Narul por corrigir minha fic (sem você eu seria acusada de assassinar o português... XP) e a Bella-chan por me ajudar nos diálogos! Menina, você é boa com discussão entre Kouga e Kagome, heim!?

Beijos especiais a Artis que está sempre me apoiando e ajudando, não importando se está de cuca quente por trabalhar em um estado cheio de "trouxas".  XD

Porém, vamos as review's:

Narul: Ae, Naru-jabu...Naru... i.i´´´ Você foi a primeira a me mandar uma review! To feliz. porque foi à primeira vez que você manda...Você nem chego perto de minhas outras fic's... ù.u

Megawinsone: Ae Mega, amiga fofuxa!! o/  Você foi à segunda! Muito obrigada por ler e comentar minha humilde fic!!!

Bella-chan: Vlw, Bella!!! Você sabe, formamos uma bela dupla! Obrigada pela sua review!

JennyCi: Obrigada pelo apoio e a review maravilhosa! Você foi uma das poucas a entenderem minha fic! Espero continuar te agradando!

Aya-chan: Aya, menina dos meus olhos!!! Quanto tempo eu não recebo uma review sua! É ótimo ver que tenha gostado desta fic, porque 'c sabe q eu dedico todas a você! Bjos, 'miga!

Kgome: Putz...Apenas no prólogo e já recebo ameaças de morte... Tudo bem, tudo bem, mas a questão é: se vc me matar não saberá se sua..."cahara" (?) vai ficar com o Inu. Verei o seu livro!

Yume Rinku: Hua, hua, hua! Você está sempre me impressionando com suas review's … Você e o "Inu-chan" são uma figura juntos! E nem tente roubar meu caderno de fic's, porque ele está altamente guardado em meu armário e protegido por meus 4 gatos! Cuidado que eles tem unhas, heim!

Gushi: Artis, minha querida!!! Obrigada pela review e pela ajuda! Sem você minhas fic's não rolam! (mas não deixe seu ego inflar naum, heim XD)

Dark-Asuka: Bem...Como eu comentei antes o Inu está no fundo do poço, mas isso porque a realidade esta ESTAMPADA na cara dele! Ele é um cão, afinal, por isso não pode ficar com Kagome! E se ela perceber que o amor estava sempre ao lado então pode se considerar uma daquelas mulheres que apreciam "romances" com animais... (e eu sei de minhas outras fic's, mas tudo depende do tempo que a Kiki-chan demora em revisar!)

Lady Mirza: Obrigada pelo elogio! Sei lá se tá original mesmo, mas foi de um de meus sonhos muito loucos que tenho após ler muito mangá de InuYasha... Até que essa idéia veio a acudir, não?!

Narak: " grande e poderoso Naraku! É uma honra receber um elogio seu! reverencia He, he! Oi, Giu! Não, não serei um obstáculo para seus planos de mudar o mundo! Tenho idéias, mas nenhuma se compara as suas! Quero ver a atualização de suas fic's, heim!? Ta demorando em "Trotes"!  ù.u

Bem, foram essas as review's e novamente agradeço a todos pelo apoio e comentários! reverencia

Desejos a todos um feliz dia dos namorados (apesar deu não ter nenhum XP)!

A-a-a-até a pro-pro-proxima, pe-pe-pessoal!

                                                    Namárië! (DarkSofy)