Disclaimer: não possuo Saint Seiya, infelizmente. Quem me dera. Kamus e Miro morariam juntos caso eles fossem meus. Seiya não existiria e definitivamente a Saori não seria a Athena.

Sumário do capítulo: a aposta foi feita. É véspera do rodízio de treinamento. Alguns cavaleiros resolvem tomar atitudes. Aproximações ou distanciamentos, algo sempre se solidifica depois de uma boa conversa.


Era véspera do início dos treinamentos em rodízio e a normalidade havia voltado. Os cavaleiros que antes haviam dado um gelo em Shura resolveram passar por cima de tudo, incluindo Shaka. Era bem verdade que ele ainda mantinha Helena dentro de seu templo, mas Mu e Afrodite, freqüentadores assíduos da casa de Virgem naqueles dias, diziam que a vontade era da garota e não de seu mestre.

Falando em Shura, ele ainda passeava pelo Santuário, esperando que Ikki e Máscara da Morte cumprissem suas partes na aposta. Até aquele momento, ninguém havia feito nenhum movimento mais brusco. Máscara da Morte havia avisado que tinha uma estratégia, para "livrar-se logo daquele problema". Ikki não falara nada, mas andava meio estranho com todo mundo.

Helena estava sentada, lendo um romance emprestado por Afrodite, em uma das enormes almofadas confortáveis na sala da casa de Virgem quando viu uma chave ser balançada à sua frente.

"O que significa isso?", ela perguntou, olhando para Shaka, que apenas sorria.

"Vai sair hoje. Amanhã os treinos começam e serão mais pesados do que você imagina."

Ela olhava desconfiada para o mestre. Não era típico de Shaka manda-la sair do templo, especialmente depois do que ocorrera no dia da boate. Pensou se aquilo não seria obra de Mu, que mostrava-se às vezes muito mais companheiro dela do que Afrodite, se é que aquilo seria possível.

"Quem devo levar comigo?"

"Ninguém, Helena. Por Buda, acha mesmo que vou te prender aqui dentro? E por falar nisso, você precisa se divertir."

"Eu me divirto, Shaka. O Santuário é ótimo."

"Quis dizer divertir-se fora do templo de Virgem. Eu admito que aqui não é o melhor lugar para passar o tempo. Quantas vezes foi até a casa de Afrodite? Você adorava ir até lá e conversar com ele."

"Ele sempre vem aqui, por que deveria subir todas aquelas escadas?"

"Não minta para mim, sabe muito bem que não pode. Precisa parar de fugir do Shura. Ele não vai fazer mais nada contra você."

"Como tem tanta certeza?"

"Algo me diz que ele já encontrou algo que o interessa mais que você. Mas ande logo, a proposta ainda está de pé. Só cuide bem do carro do Kamus. Prometi que você iria traze-lo por inteiro.", Shaka disse em tom animado, puxando Helena pelo braço. Ela apenas deixou-se ser abraçada por seu mestre, concordando com o que ele havia falado.

Não demorou muito e ela saía de seu quarto, vestindo uma leve saia estampada que ia até os joelhos e uma blusa vermelha, no mesmo tom dos sapatos em estilo boneca. Shaka sorriu ao ver que ela não estava usando o véu.

"Fica tão mais bonita assim...", ele disse tocando os cabelos dela.

"Ah, mas eu não acabei, mestre. Posso usar o espelho do seu quarto? É bem maior...", ela disse, tirando um véu marfim de dentro da bolsa que carregava. Ela fingiu não perceber a expressão de desânimo de Shaka.

Saiu logo em seguida, descendo as escadarias correndo. À frente do templo de Áries, Mu, Aldebaran, Shun, Hyoga e Aioria conversavam animadamente, sentados em mesinhas e bebendo cerveja. Sorriu. Aquilo deveria ser idéia de Aldebaran, com seus costumes brasileiríssimos.

"Está muito bonita hoje, Helena.", Mu disse, observando-a atentamente.

"Obrigada, Mu. Estou vendo que a diversão está boa, hein?"

"Não quer juntar-se à nós?", Hyoga perguntou.

"Não. Hoje vou passear um pouco pela cidade. E de carro, olhem que privilégio!", ela disse, balançando as chaves do carro para que eles pudessem ver.

"Ih, essa não é a chave do carro do Kamus?", Aldebaran perguntou.

"É sim, o mestre Shaka que me emprestou."

"Toma cuidado, se não quiser ganhar uma esquife de presente, hein?", Aioria disse, brincando. Helena apenas sorriu.

"Helena, tem algum plano específico?"

"Não, Shun, por que? Alguma dica?"

"Ah....tem um cinema bem reservado não muito longe daqui, onde passam clássicos do cinema. Parece que hoje é Casablanca. Lembrei que você disse gostar desses filmes antigos..."

"Nossa, Shun! Você lembrou, eu adoro mesmo! Acho que vai ser essa a pedida, muito obrigada...", ela disse, despedindo-se deles e caminhando até o carro.

Depois que o carro desapareceu, em alta velocidade, Hyoga olhou para Shun, pensativo. Os outros perceberam a mudança de humor e também o olhavam.

"Por que eu tenho a ligeira impressão de que você falou aquilo de caso pensado?", Hyoga perguntou, por fim. Shun apenas sorriu ligeiramente e beijou o namorado no rosto.


"O que eu disse, caso você entrasse aqui na minha casa desse jeito?", Shaka perguntou, rapidamente ajeitando as vestes, que caíam de seu ombro.

"Humm...deixa eu pensar....algo a ver com minha armadura virar tripé?", Ikki perguntou, sorrindo, debochado como sempre.

"O que você quer aqui, Fênix?"

"Conversar."

Shaka virou em sua direção, desconfiado. Tinha vontade de abrir os olhos e fitá-lo mas achou melhor não fazê-lo. Continuou mirando apenas naquela direção.

"Olha só, não tenho tempo para seus papos, Fênix. Por que não vai conversar com o Máscara da Morte ou com o Shura? Eles te entenderiam muito melhor."

"Ah, mas nós temos assuntos a resolver."

"Hein?", agora Shaka estava MUITO tentado a abrir os olhos.

"Você me trouxe de volta dos mortos, junto com você. Nunca me disse o porquê."

"Isso já faz muito tempo, Fênix. E eu lhe disse naquela ocasião. Você me fez hesitar, isso nunca havia acontecido."

"Conversa fiada, Shaka. Deve ter algum motivo oculto.", ele disse aproximando-se do loiro, que estava impassível, ouvindo toda aquela história.

"Aonde você quer chegar com isso tudo?"

"Entender você e porque me odeia tanto.", ele parecia triste ao falar aquilo.

Shaka franziu a testa, assumindo uma postura mais calma. Aproximou-se de Ikki, passando por ele lentamente. Apontou para a sala, onde sentou-se confortavelmente. O cavaleiro de bronze sorriu quando Shaka deu-lhe as costas, talvez cumprir sua parte na aposta fosse mais fácil que ele pensava.

"Primeiramente....", Shaka começou, a voz firme, assustando Ikki, que logo começou a prestar atenção no loiro mais atentamente. "...eu não odeio você. É apenas difícil aceitar ter sido derrotado por alguém inferior..."

"Eu não sou inferior à você, Shaka!", Ikki gritou, assumindo uma postura agressiva. Shaka apenas sorriu.

"Sempre apressado, Fênix. Deixe-me terminar. Alguém inferior e que eu não tinha conhecimento desde então. Fui treinado e sou o homem mais próximo de Deus. Sou um cavaleiro de ouro. Deveria ter o discernimento quando alguém me conta a verdade. Mas fui fraco e por isso fui vencido. Se estivesse em meu lugar sentiria-se do mesmo jeito. Ou estou mentindo?"

Ikki baixou os olhos, dando-se por vencido. Quando pensou em conversar com Shaka, não esperava realmente que o outro fosse aceitar aquilo. Queria forçar uma aproximação para apenas cumprir sua parte na aposta. Mas agora que estavam ali, sentados, numa distância perigosa, ele percebia o quanto era difícil controlar-se perto do outro cavaleiro. Não era apenas pelo fato de ele ser o mais próximo de Deus, mas a aura que emanava dele era ao mesmo tempo agressiva e reconfortante. E isso tudo aliado às lembranças que havia acabado de desenterrar estavam mexendo com ele de uma maneira que ele não queria.

"Acho melhor eu ir embora.", ele disse, levantando-se de sopetão.

"Espera, Fênix.", Shaka disse, segurando-o pelo pulso. Soltou-o rapidamente, e pele dele queimava, como as asas da ave mitológica. Ou ele estava apenas imaginando coisas?

"Não, Shaka. A gente se fala depois. Você tinha razão. Não deveria ter vindo.", Ikki murmurou, as mãos dentro da calça jeans surrada, olhando para os próprios pés.

Shaka deixou-o ir. Aquele era um Ikki diferente do que ele estava acostumado a enfrentar. Um Ikki acuado e arrependido, curioso e preocupado não era bom. Não saberia como lidar com aquele tipo de cavaleiro. Preferia o Ikki de antigamente, grosseiro, petulante, chato, provocador, insuportável. Ou não?

Resolveu não pensar naquilo e voltar para sua meditação. Sentia que estava tudo em paz no Santuário, os cosmos estavam controlados, à exceção de um, que ele tinha a exata noção de quem seria. Mas, novamente, não iria pensar naquilo.


"Ah...deve ser ali. Pelo menos é o que parece..." Helena murmurou, finalmente encontrando o cinema indicado por Shun.

Realmente era bem pequeno e tranqüilo. Reservado e todo de pedras, tinha uma vista privilegiada do Parthenon ao longe. As cadeiras eram antigas, a tela não muito grande como nos cinemas modernos, mas só o fato de ser ao ar livre, ganhava um ar charmoso, bem típico da Grécia.

Resolveu comprar pipoca na lojinha ali ao lado, juntamente com o ingresso. Estava na fila para entrar, não acreditava que um filme tão antigo como Casablanca poderia reunir tanta gente para assisti-lo.

"Não sabia que Shaka permitia que você saísse sozinha, depois do que aprontou na boate.", uma voz conhecida falou, atrás dela. Contou mentalmente até cem para não virar-se, enfiando a mão na cara dele.

"Se estivesse lá saberia que não fiz nada de mais. Mas o que diabos você está fazendo aqui, Shiryu de Dragão?"

"Obviamente o mesmo que você.", ele comentou, ficando de frente para ela.

"Não sabia que brutamontes gostavam de filmes de romance.", Helena disse, desdenhando do cavaleiro. Não poderia deixar aquela oportunidade passar.

"É um clássico...não poderia deixar de vê-lo.", ele disse, justificando-se, para surpresa dela, que esperava um comentário mais sarcástico que o dela.

Ficaram se olhando por longos minutos, só interrompidos quando pediram os ingressos para o filme. Sentaram a uma cadeira de distância e se a lotação não estivesse esgotada, assim permaneceriam. Porém, quando um senhor perguntou se havia alguém sentado na cadeira entre os dois, Shiryu apenas pulou para a cadeira ao lado de Helena, deixando que o senhor sentasse em seu lugar.

No meio da exibição, Shiryu olhou de esgueira para Helena, que tinha os braços cruzados, a pele visivelmente arrepiada. Ele balançou a cabeça por alguns momentos, tirando a jaqueta que usava e colocando em volta dos ombros dela, surpreendendo-a por um segundo.

Pareciam confortáveis com a presença do outro e Helena sorriu diante daquilo. Talvez estivesse enganada a respeito daquele belo cavaleiro e Aldebaran tinha razão ao dizer que ele era muito correto e sábio e que não era impulsivo como os outros cavaleiros de bronze.

Quando a sessão terminou, ela ainda estava secando as lágrimas, Casablanca era triste, todos deveriam admitir, quando deu por falta do cavaleiro. Ele havia saído do cinema e nem ao menos despedira-se dela. "Nem tudo são flores...", ela pensou.

Caminhou até o carro, dando a partida logo em seguida. Ainda estava com a jaqueta de Shiryu, que exalava um suave aroma cítrico, que ela não conseguia definir, mas gostava. Ficou com a jaqueta nas mãos, pensando não sabia em quê, só tinha certeza de que não queria voltar para o Santuário naquele momento. Mas curtir a cidade sozinha também não tinha muita graça. Optou por voltar pra casa, os treinamentos iriam começar dali a poucas horas, e seriam pesados, como Shaka mesmo lhe disse. E o primeiro cavaleiro que iria treiná-la era nada mais nada menos que Miro. Conhecendo bem o escorpião, ele iria acabar com ela e não seria de uma forma prazerosa. Ela sorriu diante daquele último pensamento, dando a partida no carro.

Virou duas ruas depois do cinema e dirigia lentamente, ao ritmo da música agradável que tocava no rádio quando cruzou com uma figura estranhamente familiar. Parou o carro, sorrindo, nem ela sabia o porquê de tamanha felicidade. Deu a ré.

"Quer uma carona, Shiryu?", ela perguntou, abrindo o vidro, encarando-o com um sorriso, oculto pelo véu.


"Vi você saindo da casa de Virgem. Já colocou o plano em prática?"

"Não enche, Shura. Toma conta da tua vida."

"Uhhh, ficou nervosinho? Shaka te deixou nervoso?", Shura perguntou, malicioso.

Ikki olhou-o, perigoso. No instante seguinte, Shura era pressionado contra uma das colunas externas do templo de Libra, seguro pela gola da camisa cinza que usava.

"Não. Se. Meta. Na. Minha. Vida." –ele disse, pontuando cada palavra com um empurrão. Logo em seguida soltou-o, descendo as escadarias, voltando para a casa de Áries, onde passava as noites desde o início dos treinamentos.

"É...Shaka costuma causar esse impacto em algumas pessoas. Nunca esperava que você seria uma delas, Ikki...", ele disse, sorrindo. "Essa aposta vai ser muito interessante.", ele completou, descendo as escadarias. Estava atrasado pro encontro.


"Qual o propósito?"

"Ai meu Deus, será que você não consegue enxergar boa ação em lugar algum não? Tudo bem, sua jaqueta ainda está comigo e nós estamos indo para o mesmo lugar. Prefere mesmo ir a pé?"

"Você tem razão. Eu aceito a carona.", Shiryu disse, entrando no carro.

Helena deu a partida logo em seguida, tentando puxar papo com o cavaleiro, que havia reclinado o banco e parecia estar cochilando. Ela pensava em como alguém podia ser tão anti social àquele ponto.

"Ai, droga...", ela murmurou de repente, chamando a atenção de Shiryu.

Estavam diante de um enorme engarrafamento. Shiryu coçou a cabeça, não achava que aquilo seria possível na Grécia e logo naquele horário. Ele pensou por um momento se Helena não havia entrado em alguma rua errada.

"Droga de rua estreita. Aposto que foi algum turista que errou o caminho.", ela disse, ligando o som, esperando pelos carros à sua frente seguirem.

Shiryu estava voltando à sua posição original, quando Helena segurou-o pelo braço, puxando-o de volta. Ele assustou-se por um segundo e logo assumiu uma postura agressiva. Não sabia o que era, mas algo naquela garota despertava nele um sentimento de raiva nunca sentido.

"Ah, não...você não vai ficar dormindo, enquanto enfrento esse engarrafamento, ora bolas!"

"O que quer que eu faça? Vá até lá e tire todos os carros na marra?"

"Não, seu ignorante. Podíamos pelo menos conversar, não acha?"

"Não."

"Imbecil."

Shiryu riu do jeito furioso de Helena. Em alguns segundos, ela também ria daquela situação.

"Você quer mesmo conversar, não é?"

"Bom, não encontrei mais ninguém aqui no carro, só serve você mesmo."

Depois daqueles momentos de briga, eles engataram num bate papo que surpreendia até mesmo à eles. Conversavam amenidades e descobriam que tinham coisas em comum. Helena sentia-se estranhamente ligada à Shiryu e ele, mesmo com as restrições originais, descobria-se interessado nela.

Passados alguns minutos, Helena fez menção de soltar o véu. Estava muito à vontade com o outro, o que fez com que ela se esquecesse por um minuto que não estava à frente de Shaka ou Mu, os únicos cavaleiros a terem visto seu rosto sem véu.

Shiryu, percebendo o que ela ia fazer, virou o rosto no mesmo instante, num gesto de respeito. Deduziu que ela não tinha noção do que estava prestes a fazer.

"O que foi?", ela perguntou, ao perceber que ele fitava o vidro do carro, como se procurasse alguma coisa que passava na rua.

"Você. Ia tirar seu véu."

"Ia, qual o problema? Não queria admitir, mas eu confio em você. É estranho isso."

"Não precisa fazer isso, Helena.", ele disse, voltando a olhá-la, percebendo que ela sorriu por trás do véu, seus olhos verdes faiscando.

"Obrigada. Você é o primeiro que não parece curioso ao me ver sem o véu."

"Eu respeito a decisão das pessoas, é apenas isso."

Helena aproximou-se dele, tocando seu rosto de leve. Ela sorria ligeiramente. Olhou-o fundo nos olhos, de repente fixando-se nos lábios finos dele. Eram tentadores e ela viu-se impossibilitada por um momento de resistir a toca-los.

Shiryu estava na mesma situação. Por um momento sentiu-se um tolo por não tê-la deixado revelar seu rosto. O véu marfim deixava-a com uma aparência angelical e tentadora, podia ver seus lábios ligeiramente entreabertos, para tocar os seus, os olhos verdes impressionantemente vivos. Estava prestes a ceder a tentação quando um som estridente da buzina do carro que estava atrás deles fez, tirando-os daquele transe.

"O trânsito. Finalmente...", Shiryu falou, finalmente, apontando a estrada, que estava sendo liberada.

"É....finalmente...", ela respondeu, ligando o carro novamente.


"Então foi isso o que você aprontou....eu não acredito, Shun..."

"Não foi nada de mais, Hyoga. O que custa movimentar as coisas um pouco?"

Estavam sentados nas escadarias entre os templos de Câncer e Leão, abraçados, como um bom casal de namorados. Hyoga pedira que Shun lhe contasse o que havia planejado desde que Helena saíra e finalmente o outro lhe contava.

"Acho que você se esqueceu de um pequeno detalhe, nessa brincadeira toda de cupido."

"O que?", Shun perguntou, afastando-se um pouco dos braços do namorado.

"Shunrei. Shiryu nunca largará dela, por mais que Helena mexa com ele."

"Você tem razão, meu amor....mas mesmo assim. Algo me diz que esse dois têm alguma coisa a resolver. E que não vai ter Shunrei alguma que possa atrapalhar."

"Ai...me prometa que não vai se meter nisso. Eles dois que resolvam tudo..."

"Não sei..."

"Shun..."

"Só se você me der beijinho...", ele disse, em tom malicioso, arrancando uma risada de Hyoga.

"Acho que isso pode ser providenciado...", Hyoga disse e no instante seguinte, pegava Shun no colo e o levava para o quarto que ocupava na casa de Leão.


"Está entregue...", Shiryu disse à porta da casa de Virgem, esperando que Helena pudesse entrar. Ele também teria que passar por ali, mas estava esperando pelo convite dela.

"Obrigada pela companhia no carro. Gostei muito da nossa conversa...", ela disse, olhando para ele com carinho. Depois do quase beijo, aquelas eram a primeiras palavras que trocavam.

"É...bom...eu também. Agora se me dá licença, eu preciso voltar pro templo do Kamus."

"Claro...pode entrar...", ela afastou-se um pouco. Shiryu ia entrando no templo quando Shura surpreendeu-os.

"Ora ora.....o casal bonitinho....", ele disse e podiam perceber que ele estava um pouco bêbado.

"Eu vou entrar, Shiryu. Obrigada mais uma vez.", Helena falou, rapidamente, entrando na casa de Virgem.

Shiryu ficou olhando para a porta, vendo Helena sumir de seu campo de visão, ligeiramente decepcionado. Olhou para Shura e lembrou-se do que ele havia feito à Helena há pouco tempo e teve vontade de soca-lo. Censurou-se por aquilo, era melhor ajuda-lo isso sim.

"Vamos, Shura. Vamos pela passagem externa. Não precisamos acordar os outros cavaleiros. Eu te ajudo."

"Sabe, Dragão. Você consegue domar aquela ferinha. Ela parece interessada em você."

Shiryu não disse nada, Shura estava bêbado e além do mais, ele não estava interessado nela. Esforçou-se e pensou em Shunrei, com seus cabelos longos negros, os olhos escuros. Shunrei que estava sempre ao seu lado, dedicando todo seu tempo à ele, amando-o mesmo quando ele a abandonara tantas vezes para lutar.

Mas por que a imagem de Helena sempre aparecia no lugar da de sua namorada, sem ele ao menos fazer um pingo de esforço? Essa era uma pergunta que ele não queria responder naquele momento.


Demorou mas saiu esse capítulo! Obrigada a todas que estão lendo, as reviews e tudo mais. Ah, claro..quem não deixa review também, obrigada!

Comentando um pouquinho das últimas que recebi:

Ju: querida, sabia que o seu apoio no AIM da vida, com críticas e sugestões têm sido ótimos. Como você já leu esse capítulo antes de todo mundo, não sei se vai deixar review, mas os comentários "ao vivo" já são válidos. Beijocas e até o próximo papo.

Ia-Chan: bom, primeiro obrigada pela review. Segundo, nem Ikki nem Máscara da Morte esperavam perder a aposta e se perdessem, com três opções, eles nem cogitariam sair a mais absurda mesmo. Concordo com você, azar deles e sorte nossa....agora será que é azar mesmo? Beijinhos!

Shining Light: gosto muito das suas reviews, moça! Sei que demorou esse capitulo, mas prometo que o próximo vem mais rápido, ok? Bom, o Afrodite sempre se mete em confusão porque ele sabe que o Máscara ou outro cavaleiro irá salva-lo. Ele não usa muito a força física, e ele não poderia fazê-lo, pelo motivo que a Helena mesmo falou. Sim...Ikki e Shaka, já tem uma preview do que vai acontecer com os dois. Acho que a ave Fênix vai acabar entrando pelo cano...lol. Beijos!

Perséfone-Sama: obrigada pela review! Tadinho do Ikki nada...ele vai ter que seduzir o homem mais próximo de Deus.....e o pior é que capaz de ele gostar....até o próximo capítulo, beijos!

Beijos em todos e até o próximo!

Celly M.