Capítulo 5 - Paciência
Ele continuou beijando a sua nuca até que a sentiu relaxar e soltar os braços ao lado do corpo. Foi então que ele colocou suas mãos sobre as dela e as guiou por uma missão de reconhecimento sobre o corpo de Hermione, começando pelo pescoço, deslizando vagarosamente pelo colo até chegar aos seios. E ele a fez sentir os próprios seios rígidos sob a blusa.
Severo a virou lentamente e ela abriu os olhos encarando-o. Olhos negros contra castanhos em um pequeno duelo.
- Por que? – perguntou ela.
- Porque eu posso – foi a resposta dele enquanto colocava as mãos atrás da cabeça da garota e a puxava para si, cobrindo a boca jovem com seus lábios experientes.
Um beijo era uma experiência pessoal para a qual Hermione não estava preparada. Ela imaginara que o professor estaria tão ansioso quanto ela para acabar de uma vez com aquele encontro. Mas parecia que ela se enganara. Ela manteve a boca fechada, sentindo a pressão dos lábios dele mas não permitindo que a língua a penetrasse.
Severo se afastou um pouco ante a recusa e olhou para aquele rosto inflexível. Pura obstinação Grifinória pedindo para ser vencida. A senhorita-sabe-tudo precisava aprender algumas coisas sobre perder o controle.
Ele sorriu para ela, colocou o dedo indicador na própria boca e o umedeceu. Em seguida passou o dedo sobre os lábios de Hermione, desenhando o contorno de sua boca, e continuou nessa operação até que ela entreabriu os lábios e ele a beijou. Lentamente a princípio, fazendo com que sua língua seguisse o mesmo percursso percorrido pelo indicador até que sentiu lábios quentes e prontos sob os seus. E foi com cuidado que ele permitiu que sua língua encontrasse a dela, esperando até que ela tomasse a iniciativa de continuar. Não demorou muito para que ele sentisse as mãos dela sobre as suas costas e foi nesse momento que ele a carregou e levou para a cama.
Deitada, de costas, sobre travesseiros macios, Hermione sentia uma urgência crescente dentro dela. Ela viu no rosto de Snape um sorriso zombeiro de triunfo e tentou recuperar um pouco sua dignidade com palavras:
- Molly deve estar preocupada com a minha demora.
Então ela ainda queria se livrar dele o quanto antes, pensou Severo. "Bem, senhorita-sabe-tudo, você terá de me implorar", prometeu ele a si mesmo, apesar de se sentir cada vez mais excitado.
- Paciência, Granger. Tenho uma reputação a zelar. Só resolveremos o seu problema quanto eu tiver certeza que a senhorita está pronta – respondeu o professor descalçando os sapatos de Hermione.
Severo olhou o corpo recostado na cama e precisou de muito controle para não avançar sobre ele. Mas pretendia fazê-la arder de desejo antes de qualquer avanço definitivo. Ela tinha muito o que aprender. E a primeira coisa era a respeitá-lo.
O professor retirou a veste, mantendo a calça e a camisa. Deitou-se, afastado de Hermione, colocou as mãos atrás da cabeça e fechou os olhos como se estivesse se preparando para dormir. Hermione não podia acreditar.
- O que aconteceu? – perguntou a bruxa.
- Eu estou um pouco cansado. Se você quiser continuar com isso terá de me despir – exigiu Snape mantendo a mesma posição confortável em que havia se colocado.
- Isso é ridículo! – exclamou Hermione.
- Bem, a decisão é sua – retrucou ele sem mudar a expressão impassível do rosto. Hermione olhou para o homem estendido na cama. O corpo dele se insinuando através das roupas. E com determinação seguiu para ele e desabotoou toda a camisa. Ele a ajudou a retirar os braços das mangas. O torso nu revelava músculos insuspeitos no mestre de poções. Ela colocou as mãos sobre os botões da calça, mas ao sentir o membro intumescido dentro dela se afastou.
- Abra você – pediu Hermione sem conseguir olhar para o professor.
- Perdeu a coragem, Granger? – provocou Severo.
- Droga! – exclamou a garota e partiu para os botões como se fosse uma tarefa hercúlea. Ao soltar o último botão Severo se livrou das calças e lançou Hermione de volta à cama.
- Bom, muito bom. Você aprende depressa – elogiou ele enquanto com dedos rápidos a despia. A visão do corpo nu o fez desejar ainda mais sentí-la por inteiro, mas ele refreou seu apetite, não querendo que ela percebesse seu impulso.
Hermione encontrava-se nua na cama, seu rosto, corado de constrangimento e excitação. Ao seu lado, ajoelhado, Severo Snape a observava com a boca entreaberta. Tudo nele era tremendamente sensual. Ela sentiu saudade dos beijos de antes e se deixando dominar por suas sensações esticou a mão e acariciou o peito do homem a sua frente.
O carinho inesperado o atingiu mais do que ele calculara, quase o afastando de seus propósitos. Severo virou Hermione de bruços e passou a traçar uma linha em suas costas tocando-a de leve com os dedos. Cada vez seus dedos desciam mais em direção as nádegas firmes de Hermione, mas sem se deter em nenhum lugar específico. Quando ele sentiu que a jovem respondia as suas investidas com movimentos rítmicos ele se concentrou na parte interna das coxas, roçando os dedos sobre elas delicadamente.
Hermione soltou um gemido abafado e Severo decidiu que era hora de mudar a estratégia. Não lhe sobrava força de vontade para adiar o clímax por muito mais tempo. Fez com que a jovem se recostasse novamente nos travesseiros e usou a língua para descrever círculos ao redor dos mamilos rosados até que eles ficassem rijos. Então começou a descer em direção ao ventre sem nunca afastar a boca da pele de Hermione.
De olhos fechados Hermione seguia as sensações que aquela boca produzia em seu corpo até sentir as mãos dele abrindo suas pernas, a boca quente procurando entre suas coxas, a língua encontrando o ponto preciso que estava buscando.
- Severo! – gritou Hermione se contorcendo em espasmos de prazer.
Antes que ela se recuperasse ele se colocou entre suas pernas e deu vazão a sua excitação, penetrando-a. Ela estava tão pronta para ele que se houve dor ela não percebeu. Ela só sentia o compasso ritmado dele se fundindo ao seu numa explosão de gozo. Após segundos intermináveis de deleite eles se afastaram ofegantes.
Sem retomar o fôlego ele olhou para ela esperando ver um traço de vergonha em seus olhos, mas o que encontrou foi uma mulher satisfeita que sorria para ele. Hermione levou a mão até a testa de Severo e afastou uma mecha de cabelos que lhe cobria o olho num gesto íntimo. Ele sabia como lidar com a rejeição mas não com o afeto que ela demonstrava.
Severo levantou em silêncio, foi até a mesinha onde estavam os copos e despejou o conteúdo do frasco lilás em um cálice.
- Beba – ordenou ele. – Molly está esperando por você.
Ela não precisou perguntar o que estava bebendo, sabia que era a poção reparadora que ele havia lhe administrado anteriormente sem sucesso. Assim que esvaziou o copo Hermione estendeu a mão até sua veste jogada próxima a cama e recuperou sua varinha.
- Accio vinho! – falou ela com certeza de que seus poderes haviam sido restaurados.
- Pensando bem, acho que Molly não deve estar assim tão preocupada – continuou Hermione despejando o vinho no cálice em suas mãos e oferecendo-o a Severo.
O professor aceitou o copo mas seu rosto expressava incompreensão.
- O senhor não pode negar que eu seja uma aluna aplicada, professor – a jovem começou a explicar. – Eu acho que preciso revisar a matéria.
E dizendo isso estendeu a mão para o homem a sua frente que a aceitou e se juntou novamente a ela na cama.
FIM
