O Salão Comunal sonserino nunca tinha parecido tão acolhedor. Draco sentou-se em uma das confortáveis poltronas pretas e deixou-se respirar um pouco, sem pensar em nada. Mas não tinha ficado nem dois minutos deste jeito quando ouvir a voz esganiçada de Pansy Parkinson chamando-o.

- Draquinho! Finalmente chegou! Como foi a reunião?

- Ah - disse entediado, abrindo os olhos - Oi Parkinson. Ah, foi tolerável... - a voz arrastada, cada vez mais entediada - Ficamos sabendo qual será a primeira tarefa, e eu achei que ela é muito fácil. Ridículamente fácil, se quer saber.

- Ah, mas é porque você é muito corajoso Draquinho... - a sonserina olhava para o loiro com admiração

- Não é nada que exija muito coisa, garota. Onde é que estão o Crabbe e o Goyle?

- Dormindo. Comeram até agora, chegaram aqui e foram dormir. Eu fiquei te esperando.

- Notei. Enfim. Eu preciso dormir também. Até amanhã, Parkinson - Draco deu uma piscadinha

- Ai ai... Até Draquinho. - a garota saiu, valsando, e se dirigiu ao dormitório feminino.

Draco ficou olhando a morena subir as escadas e, depois, fez uma cara de nojo e sentou-se novamente, com uma careta estampada no rosto. Passaram-se dez minutos e ele resolveu levantar e ir dormir mesmo.

Entrou no dormitório masculino e se dirigiu à grande cama, com suas cortinas verde musgo fechadas e a madeira preta reluzindo à luz do luar. Colocou o pijama e deitou na cama, as mãos atrás da nuca, os olhos vidrados, e uma cara amedrontada.

Pra falar a verdade, ele tinha achado a tarefa extremamente difícil. Se tinha uma coisa de que ele corria, eram compromissos. Não coisas como o time de quadribol, ou a escola. Compromissos com garotas. Ficar acorrentado era a mesma coisa. Ficar preso. Ele já podia se sentir sufocando.

Mas não daria margens a suspeitas. A Weasley não podia saber de nada. Afinal, ele era Draco Malfoy. Tinha uma reputação a manter. Sem contar que a ruivinha já tinha despertado seu interesse. Ela era desejada pelos garotos. E quem era desejada tinha de ser dele. Ele era Draco Malfoy, lembrou a si mesmo novamente. Podia ter qualquer uma, Teria qualquer uma. Tinha quem queria, e iria tê-la também. Uma semana acorrentada a ele deveria fazer a diferença...

- Draquinho! Draquinho! Afixaram no mural, baile! Baile, na sexta-feira! E já é terça! Você vai me levar, não é?

O loiro virou os olhos. Nem na mesa do café ele poderia ter sossego dessa menina que corria atrás dele dia e noite!

- Não Pansy, eu não vou levar você. Vou levar a Weasley.

- Mas... Mas... É uma Weasley!

- Eu sei, mas é um baile de abertura das olimpíadas, como você pode ver. Então, eu tenho que ir com o par.

- Ah, mas que coisa chata, Draquinho. - ela parecia escandalizada - Você está bem com tudo isso?

- Eu só vou ter que dançar com ela, Parkinson. Não casar. E nem ter filhos. Por isso, sim, estou bem com tudo isso.

- Bom - ela tinha um rosto desolado - Terei de arranjar outro par, então.

- É, isso...

- Draco, posso pegar esse bolinho? Ou você vai comer?

- Pega Goyle, pode pegar. Eu não tenho mais fome. Vou ir para a sala de aula. Não esqueçam: Transfiguração, não Adivinhação!

- Ahn... Tá.

Draco saiu, em direção à sala de Transfiguração. No meio do caminho viu Gina encostada em uma janela, olhando para fora. Sem nem pensar duas vezes foi falar com ela, amigávelmente...

- Ora, ora, ora. Se não é a Weasley.

- Malfoy, por favor. Ainda são oito e meia da manhã, e eu não estou a fim de brigar agora.

- Nós não precisamos brigar, sabe?

- Ah, sim. Precisamos. Você é um Malfoy, eu sou uma Weasley. Nós-nos-odiamos - disse pausadamente - Lembra?

- Sim, mas você me odiaria se eu fizesse isso?

O loiro puxou a ruiva para perto e a beijou, fortemente. Sentiu ela amolecer e, de repente, como se tivesse se dado conta do que estava fazendo, a ruiva pulou para trás, empurrando o loiro para bem longe.

- O que foi isso? - berrou a ruiva, ofegante

- Um beijo, conhece? - desdenhou Malfoy

- Bom, é claro que sim... Mas você não tinha o direito de me beijar... Isso é uma escolha minha, e eu nunca quis te beijar, você é nojento, eu te odeio, achei que tinha deixado isso bem claro e...

- Ah, cale a boca!

Beijou de novo, mas desta vez...

PLAFT!

- O que foi isso garota???

- Um tapa, conhece - arqueou as sobrancelha e saiu, calmamente, em direção à sala de Poções

- Não... - murmurou o loiro

Isso nunca tinha acontecido antes. Normalmente, depois que ele beijava a garota, era algo como rasgar a camisa, urrar e se jogar na cama, ou dentro de um armário de vassouras, esse tipo de coisa... Nunca um tapa. Nunca.

Aparentemente a menina Weasley seria mais difícil do que ele imaginava.

---"---

A quinta feira amanheceu ensolarada para o que parecia ser mais um dia feliz. Ao menos para a maioria das pessoas. Draco arranjou um motivo qualquer para não sair da cama, e matar Adivinhação. Era quase sexta feira. Quase o dia em que seria acorrentado.

Depois de passar meia hora deitado com o pensamento longe, sentou na cama e esfregou os olhos. Mexeu nos cabelos, e viu que já estava quase na hora da aula de Poções. Seria bom levantar. Ver o Potter ser humilhado era bom pro seu ânimo.

"Que poção patéticamente fácil! Até Crabbe e Goyle vão conseguir fazer sem errar... Poção para crescer cabelos... Veja bem..."

Draco olhava bem para o quadro, prestando atenção em cada linha da poção. Se havia uma matéria em que ele era realmente bom era essa... Fazia tudo com precisão, quase de uma maneira calculista. Além de tudo, era uma de suas matérias favoritas. O professor Snape odiava Potter tanto, ou mais, que ele. E ver o cicatriz ser humilhado em frente de todos era música para os ouvidos de Draco. Falando nisso...

- Potter, que cor está a sua Poção?

- Verde, professor.

- Que cor eu falei que a Poção tinha que atingir?

- Rosa avermelhado.

- E o senhor seria capaz de me responder o por que de sua Poção ter atingido esta cor?

- Não senhor.

- Quantas gotas de xarope de heléboro o senhor adicionou, sr. Potter?

- 15 professor.

- E quantas são necessárias?

- 20.

- O senhor só é capaz de contar até o número 15?

- Não professor.

- Então não comenta mais uma estupidez dessas. Pelo contrário, não irá precisar saber contar para entender sua nota. Evanesco. - o professor girou nos calcanhares, em direção à própria mesa. Ao passar por Draco disse, em voz bem audível - Parabéns sr. Malfoy. Muito bem. Aqueles que tiveram inteligência suficiente para entenderem quantas gotas era necessário adicionar, coloquem uma amostra de suas poções dentro de um frasco e tragam até a minha mesa. Estão dispensados. Saiam já.

- Ei, Potter. Você sabe quanto é dois mais dois, não é?

- Não ligue para ele, Harry.

- Isso Granger, proteja o amiguinho. Já que você faz tudo ridículamente certo, quem sabe você consiga ensinar ele a contar - explosão de risos dos sonserinos - Mas, eu estou com fome, e não tenho porque ficar me desgastando coms eres tão insignificantes. Bom baile, PotterBurro - mais risadas

Provocar risos era realmente muito bom. Mas ter que enxergar a mesma ruiva olhando pra ele com cara de desaprovação durante o amoço inteiro, não era. E ela ficava fazendo isso desde terça feira. No começo ele estava se gabando, mas agora já tinha enjoado disso tudo. Então resolveu encarar também. Ela sustentou o olhar, até que o irmão pediu o que ela estava olhando. Ela deu uma desculpa e saiu da mesa.

Draco, é claro, levantou também. Alacançou-a perto da sala de Transfiguração.

- E então, ruivinha?

- E então o quê, Malfoy? - a ruiva fechou os olhos, como que para se segurar, de um jeito que Draco achou muito sexy e provocante

- Pensando em mim ultimamente?

- Ora Malfoy, não seja pretencioso. Eu tenho mais coisas a fazer do que pensar em alguém como você... Francamente!

- Weasley, Weasley... Sua boca diz uma coisa, mas seus olhos durante o jantar, almoço e até café da manhã - o loiro chegou do lado do ouvido dela, e sussurrou - ...dizem outra.

- Malfoy, vamos ser pessoas sensatas. Você realmente acredita que eu gosto de você? Te adoro? Sinto vontade de ficar com você? Que eu dou pulinhos de alegria ao te ver? - olha cínico - Poupe-me...

- Menina, eu não entendo por que você faz isso comigo...

- Você me tratou muito mau, me humilhou, durante quatro anos da minha vida! Você me chamava de pobretona! Ofende minha família e amigos, até hoje! Faz todas as pessoas que eu gosto sofrerem! Eu te odeio, e odeio todos que gostam de você! Você e toda a sua família são insuportáveis!

- O que é que a minha família tem a ver com isso tudo?

- Seu pai colocou o diário de Tom Riddle na minha mochila, e me fez passar pelas piores coisas que alguém pode passar durante um ano inteiro! Você realmente acha iddo pouco?

- Calma garota! Eu...

- Gina, o que está acontecendo aqui?

- Nada Harry. Pode ir pra aula. O Malfoy só queria saber aonde nós vamos nos encontrar amanhã. No saguão de entrada Malfoy. Passar bem, e até amanhã. - deu um sorriso - Tchau Harry!

O loiro ficou olhando, pasmo, até sentir alguém olhar para ele. Virou, com sua melhor cara de entediado no rosto.

- O que foi, Potter?

- Malfoy. Entra nessa sala.

- Epa, epa, Potter! Eu gosto é de mulher, hein? - desdenhou Malfoy

- Cale a boca - Potter o empurrou para dentro - A gente têm que conversar.

- Ai, Slytherin. - o loiro sentou - O que você quer?

- Falar sobre a Gina.

- Gina? Ah, ah sim... A Weasley. Que é que tem ela?

- Ela é como uma irmã pra mim, Malfoy. E, sinceramente, você deveria agradecer ao fato de ser eu que estou aqui, e não o Rony. Você não sabe como ele é quando fica irritado...

- E o que é que tem ela?

- Não machuque ela. De nenhuma maneira. Não faça ela sofrer. Nunca. Se não, eu mesmo vou me encarregar de fazer você sofrer. Muito.

- Uuuuuuh Potter! Olhe, olhe como eu estou tremendo. Eu não quero nada com ela, Potter. Por um mero acaso do destino acamos ficando juntos nessa história toda...

- Está avisado.

"Era só o que me faltava!" pensou Draco

N/A: OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII pessoas, he³

Bom, eu não vou ficar naquele bla³ de sempre... Quero agradecer aos comentários, pedir a todos que comentem de novo, e, a quem não comenta, dizer que não custa nada.Hum, enfim... Eu amo comentários, eles me deixam muito feliz!

Vocês já sabem meu MSN, (eu sei, o "arroba" não sai...)... Mas peguem ele aí, e falem comigo! Adoooooooro sugestões!

Eu tô gostando de escrever essa fic, ela é bem mais prática do que a Quando Se Diz Eu Te Amo... Embora eu gostasse mais da outra i.i'

Bom, comentem aí peoples! Ahn... Sejam felizes! ueheueieoeoei