Disclamer: CCS não me pertence, etc. Essa é uma história em universo alternativo, e portanto, não levem em consideração as personalidades, até porque alguns personagens estão totalmente OOC...

PS: Só quero agradecer, se é que tem alguém lendo isso, a todos que tem a paciência de acompanhar essa coisa tosca que saiu da minha cabeça... E mandar uma beijo pra Sakura Li e pra Cris-chan.. minhas betas... Além de agradecer á Lilith.. minha amigona que tá me dando a maior força com essa fic...

Sobre a música, dessa vez eu escolhi Crawling.. acho que essa fic deveria se chamar: Um Jardim de Sentimento - Linkin Park!

Legenda:

» « narrador(ou seja, euzinha... ^_~)

o personagem fala;

| | o personagem pensa;

_ ação do personagem;

() eu me metendo na história.. ^_^#

Capitulo Três

Queda de Braço

Tomoyo - Você está no meu lugar.... _ falei, lentamente, para o mais novo mauricinho da turma.

Eriol - Não me alertaram que os lugares aqui são marcados, me desculpe. _ eu continuei sentado, apenas sorrindo

Tomoyo - E não são, mas este lugar é meu... _ tentei ser o mais rude possível, terminando o assunto por ali.

Eriol - Se é assim... _ sorri mais uma vez para aqueles olhos tristes e me mudei para o lugar imediatamente à sua direita.

Tomoyo - Vai ficar aí?

Eriol - Acho que sim, gostei da vista, e pelo visto você também, pois se senta ao meu lado.

Tomoyo - Você é um bocado inconveniente... _ tive que me sentar, para não deixar mais olhares caírem sobre aquela cena ridícula.

Professor - Bom vamos começar o semestre tratando de Shakespeare... o grande escritor de Romeu e Julieta.

Eriol - Sim, muito. Você nem imagina o quanto...

Professor - William Shakespeare era uma escritor inglês de peças...

Tomoyo - Vai continuar falando? Não era para me responder...

Eriol - Isso te afetou tanto? Pois se isso vai fazer com que pelo menos você discuta comigo eu me darei ao trabalho de continuar falando, até porque não tenho a mínima necessidade de estudar essa matéria... _ me forçava a olhar para frente, mas a curiosidade de ver a expressão dela era maior, olhei com o canto do olho.

Tomoyo - Pois saiba que não me afeta nem um pouco. E por qual motivo gostaria de me forçar a falar? _ não me contive, olhei para ele descaradamente. Dei de encontro com os olhos mais cativantes que já havia visto, o sorriso mais sincero e minha respiração falhou.

Eriol - Para ouvir a sua voz. Ela é linda sabia? _ |ela está sorrindo?|_ consegui um milagre?

Tomoyo - ... como?

Eriol - O milagre de te fazer sorrir?

Tomoyo - Não é um milagre... _ |droga eu estou sorrindo outra vez.|_ eu adoro sorrir _ |que mentira deslavada, nem Sakura costuma me ver sorrindo!|

Eriol - Pois se é assim, por que me tratou tão mal?

Tomoyo - Porque você estava no meu lugar. _ enfim consegui retirar meus olhos daquele cara. |Mas que olhos, ele é absolutamente lindo.|

Eriol - Mas isso não me impede de continuar sentando ao seu lado, não é?

Tomoyo - Só se você se importar muito com a opinião de toda turma...

Eriol - Como assim?

Tomoyo - Olhe em volta... estão te dissecando como uma rato de laboratório e mesmo com a matéria no quadro eles não vão parar de olhar o cara que teve a coragem de sentar ao lado da esquisita.

Eriol - Esquisita, onde? _ |que lindo o sorriso dela... Ela está rindo!|

Professor - Senhores, gostariam de dar aula no meu lugar?(meus professores sempre fazem isso pra deixar a gente sem graça.. mas daí vem a vingança)

Eriol - Com todo prazer...

Tomoyo - _ |Ele está se levantando? O que ele pensa que vai fazer?|

Professor - A senhorita também, Daidouji... Que decepção... minha melhor aluna!

Tomoyo - _ mordi o lábio e me levantei, mesmo a contra gosto... era aquilo ou agüentar aquele mauricinho me enchendo a semana inteira... parece que ele acha que vai ser fácil.. me escolheu para implicar.

»Quando Tomoyo alcançou a frente da turma, risinhos escárnios ecoaram na sala ampla e ela fechou a cara. Definitivamente aquele ato ia ter vingança.. e das boas... ela ia aprontar com ele... Olhou novamente pra ele que continuou dando a aula que o professor havia começado. «

(Agora o discurso vai ser direto e narrado! ^_^)

_ Onde já se viu? Me fazer tomar o lugar do professor, eu não poderia ter feito coisa pior, isso vai pra minha ficha sabia? Eu detesto essas coisas... Será que poderia parar de sorrir? Ai que raiva!

Tomoyo jogou as mãos, que antes dançavam pelo ar, ao lado do corpo. Se virou bruscamente e saiu com passos largos e o rosto avermelhado.

Eriol continuou sorrindo para ela. Pelo que havia visto naquele olhar obstinado, ele teria que enfrentar uma fera durante aquele semestre. Suspirou calmamente e tomou seu caminho até em casa.

Durante o resto da semana ela não aprecia dar sinais de uma vingança. Mal sabia ele que ela estava articulando algo realmente engendrado. Tomoyo parecia a mais santa das criaturas e a única coisa que ele parecia não estar gostando, era o fato de ela ter parado de falar com ele completamente. Mesmo sentando um ao lado do outro, ela não abria a boca. Passava o dia todo sem esboçar qualquer emoção e não dava uma palavra sequer. Até os professores acharam aquilo realmente estranho.

_ Tomoyo! Por favor, venha até aqui... _ chamava a professora de Álgebra, Srta Huriko_ O que está havendo, os professores têm comentado que você está quieta por demais. Se foi por causa da aula de Literatura no primeiro dia, eu gostaria de dizer que você e o senhor Hiiragizawa terão pontos a mais pela boa aula que deram. O professor Terada me pediu que lhe dissesse isso. Nós queríamos a nossa antiga Tomoyo de volta...

A professora sorriu e Tomoyo se resumiu a esboçar um pequeno sorriso e olhar a sua volta.

_ É, por justamente o senhor Hiiragizawa, que eu estou fazendo isso... Ele me fez o centro das atenções naquele dia, e eu lhe prometi vingança... e é isso que ele vai ter... me desculpe senhorita Huriko, mas agora eu preciso ir.

No meio da semana seguinte, Eriol não mais pôde agüentar e no fim do intervalo ele deixou um bilhete no meio dos livros de Tomoyo.

Ao pegar os livros um pequeno pedaço de papel azul escuro caiu e ela pode ver uma letra caprichada e em perfeito Japonês(Sinto falta da sua voz). Ela não pode evitar de sorrir, mas logo fechou o bilhete e se sentou, guardando aquele pedaço de papel dentro de um livro intitulado "A Megera Domada".

Ele estava enlouquecendo. Era a única coisa que sua irmã poderia falar de Eriol. Nakuru(Eu num podia deixar ela de lado! ^_^) via seu irmão mais novo se retorcendo pelos cantos da casa e se praguejando alto. Coisa que ele nunca fazia.

_ Eriol... _ ela começou com voz macia, tentando não levar um fora.

_ Que foi Nak?_ disse ele enquanto dava mais uma "olhada" na revista de carros que havia comprado(na verdade ele estava quase rasgando a revista com tamanha força que usava para virar as folhas)

_ O que aconteceu pra você estar tão nervoso?

_ Eu nervoso? Estou extremamente calmo...

_ Bom, se isso é calma, não quero ver quando ficar nervoso... Vou indo, quer alguma coisa?_ Nakuru se levantou rapidamente da poltrona em que estava sentada

_ Ela não fala comigo há um mês! Eu vou enlouquecer! _ ele fechou a revista com tanta força, que esta foi parar no chão.

_ Vai não.. já está... Quem é ela? _ Nakuru se sentou ao lado do irmão no sofá de dois lugares, em frente à lareira acesa(lembrem-se, é inicio da primavera, 'inda tá um frio dos inferno!)

_ Tomoyo Daidouji... Ela é linda! Parece um anjo e tem a voz mais pura que eu já ouvi... Brinquei com ela no primeiro dia de aula, o professor nos fez dar aula no lugar dele e agora ela está se vingando de mim...

_ Mas só não falando com você?

_ É que eu disse a ela que a voz dela era linda e que faria o que pudesse pra ouvir ela falar...

Eriol estava cada vez mais vermelho e Nakuru estava com a risada contida. Ficaram um tempo parados e sem falar nada. Um gatinho preto veio até eles e pulou no colo de Eriol, olhando para Nakuru como se mostrasse que o colo era só dele e depois ronronou.

_ JÁ SEI! _ Nakuro, que nem havia reparado na presença do gato, deu um pulo no sofá, quase fazendo com que o pobre Eriol quase tivesse um ataque cardíaco.

_ Ai Nakuru! Quase me mata desse jeito... Sabe o que? Calma Spinel... _ O gatinho estava com os olhos arregalados e os pelos eriçados.

_ Ela gosta de você...

_ Claro que não.. eu sim, gosto dela...

_ Nossa... quando você descobriu isso? _ Nakuru tentava não rir com a declaração descarada de seu irmão e ao mesmo tempo fazia a voz mais irônica que podia naquele momento.

_ Desde a primeira vez que eu a vi.

_ Ai que lindo!!! Você precisa conquistar essa menina! Se quiser eu te ajudo...

_ Não.. não precisa.. eu é que preciso falar com ela.. desse jeito eu vou ficar louco!

Depois daquela conversa, Eriol se sentia mais decidido e convencido a falar com Tomoyo. Chegou quinze minutos antes da primeira aula e se sentou no lugar de costume, ao lado de seu anjo negro. Esperou o que parecia um eternidade e, tamborilando os dedos na tampa da carteira, ele ficou olhando os alunos chegarem. Assim que ela adentrou a sala de aula, sua respiração faltou. Alguma coisa travou sua garganta e as palavras que ele havia ensaiado durante a madrugada(isso mesmo, ele não dormiu) haviam sumido completamente da cabeça dele e tudo que ele conseguia ver era ela...

Tomoyo chegou atrasada de propósito, havia tido um sonho onde Eriol conseguia fazer com que ela falasse. Ela sabia que tinha fundamento, ele vinha agindo muito estranho nos últimos dias e ela sabia que era por causa do "gelo" que ela vinha dando nele... Não podia se deixar levar por aqueles olhos azuis e não o faria. Entrou mais uma vez sorrindo para sua irmã e foi se sentar no mesmo lugar, sendo que não conseguia olhar para o lado e não ter vontade de sorrir. Ele estava num estado de dar dó. A vontade que sentia de rir e falar que aquilo era maldade, estava crescendo, mas ela era teimosa... Sabia que havia feito ele cair nas suas graças e ela faria pior do que deixar de falar com ele. Já havia arquitetado tudo com Touya. Quem saberia que ele era meio irmão dela? Eles não se pareciam e Touya quase não voltava pra casa.

Na segunda aula de literatura, nem Eriol nem Tomoyo deram uma palavra e Terada não mais estranhou o fato. Mas o que Eriol estranhou, foi o fato de Tomoyo estar escrevendo em um papel rasgado, um bilhete para Sakura.

"Não esquece de avisar o Li de que a gente vai sair hoje, tá? Eu não quero ir sozinha no encontro com o Touya..." E o mais estranho foi ela ter escrito em japonês, talvez para que, se o professor pegasse, não conseguisse ler. Mas ele havia lido e era a um encontro que ela se referia... Seu coração parou por um segundo e voltou bater tão rápido que ele pensou que fosse desmaiar. Mas se ela pensava que ele ia deixar aquilo acontecer, estava muito enganada...

Depois de o sinal bater, Tomoyo foi ao encontro de sua irmã e sinalizou algumas coisas, era ainda intervalo de aulas e ela precisavam combinar mais alguns detalhes. Se esconderam no banheiro feminino e riram baixinho, fingindo estar ajeitando o cabelo. Não que Tomoyo fizesse isso, mas era uma forma de elas conversarem por olhares. Elas faziam isso, além de conversarem por linguagem de surdo-mudo(linguagem universal) que haviam aprendido para que os pais não se metessem na conversa...(eu faço isso! ^_^') Algumas patricinhas ainda retocavam o batom e o lápis de olho(francamente, acho isso ridículo, mas...) e aproveitavam para tentar entender o que aquelas duas tanto riam.

Já era tarde e o sinal do término das aulas gritava. Era uma sexta feira de sol e o céu estava tão limpo, o ar tão perfumado que era inteiramente agradável apenas ficar parado ouvindo o vento e os pássaros cantarem. Tomoyo e Sakura trocavam olhares cúmplices enquanto Shaoran se mantinha neutro na situação, ainda achando que aquilo era besteira... Por que Tomoyo não dizia logo pro tal do Hiiragizawa que tava a fim dele? Bom, isso não era assunto dele... Se a Tomoyo estivesse bem, ele estaria e isso era importante.

Chegaram a um lugar conhecido, o grande Shopping de Tulsa. Entraram e se dirigiram para a praça de alimentação, onde também haviam os cinemas e puderam avistar Touya, o grande alicerce daquele plano. Ele sorria abertamente, como se estivesse achando muita graça naquilo tudo, mas olhava Tomoyo com muito carinho.

Tomoyo se sentia estranha desde que saíra da escola. Parecia estar sendo observada o tempo todo. Ela sempre teve uma certa vidência, mas dessa vez ela sabia que não era um espírito, mas sim um rapazinho que havia caído nos seus planos como um rato numa ratoeira. Sorria, nervosa, esperando que Touya não tivesse mudado de planos e que estivesse lá, à sua espera. Assim que entraram no shopping, ela olhou em volta, aturdida pela multidão, a procura daquele rapaz alto de olhar sincero. Esperava que Touya fosse bom ator, pois ela daria o melhor de si.

Eriol escutou os passos sumirem naquela esquina e correu para alcançar o grupo que, com toda certeza, estava indo em direção ao shopping. A todo momento vigiava se Tomoyo havia percebido sua presença, e aproveitava para devanear sobre aqueles olhos e o motivo de sua tristeza. Quando a multidão do shopping o englobou, ele continuou, cada vez mais atento ao grupo, mas um pouco menos preocupado em se esconder.

Subiu para a praça de alimentação e observou o grupo avançar em direção aos cinemas... Tomoyo sorria firmemente em direção a um rapaz alto de, mais ou menos, vinte cinco anos, de jaqueta de couro pretas, calças jeans surradas e uma corrente pendurada. Ele parecia um tanto rebelde.. como seu anjo. Era para ele que ela sorria? Era ele a quem ela havia acabado de abraçar.

Tudo parecia muito claro naquele momento. Ela nunca sairia com alguém que não fosse como ela... Ele era apenas um malricinho. Uma pontada atingiu a garganta de Eriol e ele sentiu as lágrimas tentando despencar de seus olhos. Como ele havia deixado chegar àquele ponto? Ele havia se apaixonado por alguém que, além dele nem ao menos conhecer, havia apunhalado seu coração, brincado com sua alma...

Continua...

---------------------------------------------------------------------------- ------------------------------ Comentários: Ufa! Quase que eu ultrapasso o meu auto-limite.. hihihi Desculpem a demora gente, mas deu tanto problema esse tempo... eu prometo que não demoro mais... Okay? Bom, no próximo capítulo(isso tá parecendo novela!) teremos a reação, nada mais que explosiva do nosso amado e nada calmo, inglês... Fora a declaração de Shaoran pra Sakura depois de uma briga!(Eu tinha que colocar um momento deles... ) E também o inicio de uma amizade... Será?

Bjão

Tomoyo Hiiragizawa