Capítulo 07 – Aulas e alunos
Na manhã seguinte receberam os horários das aulas durante o café da manhã. Quando Aline terminou de comer, foi se sentar com Cinthia e Luciana na mesa da Corvinal.
- Bom dia! O que você veio fazer aqui?
A, Cinthia, você sabe. Não consigo ficar muito tempo perto de companhias idiotas, chatas e toscas.
- Então os horários deveriam ter te animado um pouquinho – disse Luciana balançando o seu horário na frente da menina. – Temos aulas de Feitiços juntas. Além disso, tem outras pessoas na Grifinória além do Tosco. Por que não tenta se enturmar um pouco?
- Eu tentei, ontem, depois do jantar, mas as meninas do dormitório só falam de quadribol...Vocês esperam eu pegar o meu horário? É rapidinho!
Cinthia acompanhou Aline ir falar com a monitora-chefe da Grifinória e voltar com um papelzinho. Ela pediu o de Luciana emprestado e comparou os dois.
- É, as duas casas tem muitos horários em conjunto.
- Deixa eu ver o seu horário – disse Cinthia pegando o papel da mão da amiga sem esperar resposta. – Ahá! Eu sabia!
- O quê? – perguntou Luciana. Ele não sabia que Aline gostava de Giovanni.
Com um olhar significativo (que dizia "eu vou te matar"), Aline disse a Cinthia para não contar.
- Ah, nada de mais. Não é nada não – disse Cinthia tentando achar uma resposta convincente. – É só que... quando nós temos aulas junto com a Lufa-Lufa, a Grifinória tem com a Sonserina.
E precisa ficar tão feliz com essa mirabolante dedução? – Luciana ficou desconfiada, mas não podia esperar que as duas contassem todos os seus segredos a ela de uma hora pra outra, já que só tinham começado a se falar a pouco mais de uma semana. – De qualquer forma, é melhor irmos para a aula ou chegamos atrasadas.
Aline foi sozinha para a aula de Herbologia perguntando aonde eram as estufas para um monitor da sua casa. Cinthia e Luciana teriam transfiguração. Jonathan as acompanhou e mostrou onde era a sala, já que ele tinha se informado com um monitor pouco antes.
No almoço, Aline comeu rapidamente e foi falar com Cinthia e Luciana (de novo) na mesa da Corvinal. Antes que se afastasse muito da mesa, ainda pôde ouvir Douglas fazer um comentário mais para que ela ouvisse do que para os outros:
- Vejam só! A Srta. Sabichona não se encaixa na Grifinória. Vejamos se ela se dá melhor com companhias de outras casas já que ela se acha tão esperta.
Ela tentou ignorar os comentários, já estava acostumada, mas foi um tanto irritada que se sentou perto das amigas.
Giovanni, Douglas e Jonathan tinham se enturmado com os companheiros de dormitório, mas ainda se sentiam melhor quando estavam os três juntos, como na escola trouxa.
- Vocês não vão acreditar se eu contar – disse Aline. – Mas antes precisam saber de uma coisa.
- Não enrole tanto e fale mais – disse Cinthia.
- Tão vendo aquele homem ruivo, na mesa dos professores?
- Hum-rum – respondeu Luciana.
- Pois então, ele ensina Defesa Contra a Arte das Trevas. Sabem os gêmeos Weasley, que armaram uma confusão na seleção?
- Fred e Jorge, que foram pra Grifinória – lembrou Cinthia.
- Esses mesmo. Aquele professor é tio deles. Mas não façam essas caras espantadas ainda, tem mais. – Aline fez uma pausa dramática para aumentar o suspense. – Hoje, na aula, ele foi dar uma palavrinha com os dois, e eu estava sentada perto deles de modo que pude ouvir toda a conversa. Ele falou que não era bom os dois ficarem fazendo brincadeiras pela escola e tudo mais, mas depois ele deu os parabéns aos dois por algo tão criativo! Vê se pode! Um professor incentivando esse tipo de atitude!
- Só podia ser tio daqueles dois.
- Deve ser de família.
Tá. Mas, mudando de assunto – interrompeu Aline -, vocês tiveram Herbologia, certo?
- É – respondeu Cinthia. – Em conjunto com a Sonserina.
- Eee...
- Nada de mais. Quer saber, foi chato e irritante. A aula tava morna e a turma da Sonserina claramente debochava de nós duas e do Big por sermos brasileiros. Mesmo com o Véio nos dizendo que depois que se fala com eles não parecem tão ruins assim, eu é que mão vou querer passar uma tarde rodeada de sonserinos.
- Aline – interrompeu Luciana -, você também teve Herbologia hoje! Pra mim você anda é bastante interessada na turma da Sonserina. Ou eu deveria dizer em alguém da Sonserina?
- Shhh! – Aline olhou em volta e viu aliviada que Jonathan não estava prestando atenção na conversa delas. – Tá bom, eu digo. Você tá certa, é em alguém da Sonserina que eu estou interessada sim, Mas não espere que eu te diga quem é.
- E nem precisa. Tá na cara que é o Vé...
- É! Mas não fica espalhando isso por aí, tá legal?
- Tudo bem. Por mim ninguém vai ficar sabendo. Mas ele não vale a pena...
Aline deu uma última consultada nos horários e disse:
- Transfiguração e mais Defesa Contra a Arte das Trevas. O que vocês fizeram em Transfiguração?
- Tivemos que transformar um clipes de ferro em um botão de madeira.
- E não pense que é fácil – disse Luciana. – Eu só consegui deixar o meu clipes com cor de madeira, mas ainda era de metal.
- E o meu continuou do mesmo jeito que estava no começo da aula. Sem uma mínima diferença.
- Pena que vocês não tem Defesa Contra a Arte das Trevas hoje, é muuuito legal! Claro, no primeiro ano só vamos estudar na teoria, mas lá pro final vamos ter aulas práticas.
Cinthia, Luciana e Jonathan foram para a aula de história da Magia depois que ele voltou da mesa da Sonserina. Giovanni teria aulas de Feitiços em conjunto com a Lufa-Lufa e Transfiguração.
Os alunos levaram um susto quando viram que História da Magia era ensinada por um fantasma, mas logo se acostumara. Como a aula estava muito chata, Cinthia e Luciana não paravam de cochichar. E só Jonathan entendia o que elas falavam quando elevavam o tom de voz, já que conversavam em português. Teriam o resto da tarde livre, isso é, se conseguissem ficar acordadas até lá.
Aline estava se dando bem em Transfiguração, e foi a única que conseguiu transformar o clipes com perfeição até o final da aula. Ficou muito contente ao ver que Douglas só conseguiu mudar a textura do clipes. Os que conseguiram um pouco mais de sucesso além de Aline foram os gêmeos Weasley. Mas eles faziam tantas brincadeiras e piadas entre uma transfiguração e outra que poderiam ter conseguido um resultado melhor sem a bagunça.
O dia seguinte seria um pouco mais divertido (se não considerar a chatíssima aula de História da Magia que Cinthia e Luciana teriam depois de uma aula de Astronomia que foi até meia-noite no dia anterior. Cinthia acabou dormindo enquanto o Prof° Binns explicava com grande empolgação o início da história da magia). Logo depois disso eles teriam...
- Feitiços! Nossa primeira aula conjunta! – disse Aline ao encontrar Cinthia no corredor. Luciana já estava mais à frente porque não teve que acordar antes de se levantar.
- O Prof° Flitwick é diretor da minha casa. Perguntei a ele ontem o que teríamos que fazer e treinei um pouco, mas sem um resultado muito bom.
- Acho que na aula vai ser melhor.
Foram as últimas a chegar, mas o professor ainda não estava em sala. Sentaram-se ao lado de Luciana e, Aline reparou, na frente de Douglas e Jonathan.
O professor chegou e toda a sala abafou risinhos quando ele teve que subir em uma pilha de livros para ficar visível atrás de sua mesa. Explicou q prática simples da levitação e fez todos ensaiarem os movimentos necessários com a varinha. Depois deu uma pena a cada aluno e todos praticaram.
Aline foi a primeira a conseguir levitar a pena. Mas alguns alunos conseguiram logo depois, e os gêmeos Weasley faziam as duas penas flutuarem de um para o outro. Cinthia estava perdendo a paciência, afina, já tinha praticado aquilo antes.
- Vingardium leviosa! Vingardium leviosa! VINGARDIUM LEVIOSA...
E finalmente a sua pena saiu flutuando. Era a primeira mágica que ela fazia certo! Cinthia mal podia acreditar que havia conseguido enquanto via sua pena ir lentamente até o teto.
- Nossa! – exclamou Aline. – Tá indo mais altas que a minha!
Mas enquanto as duas observavam a pena, ninguém notou que Douglas resolvera treinar com outra coisa. E que um tinteiro flutuava a poucos centímetros da cabeça de Aline.
Splosh!
Aline se virou lentamente para trás e viu a varinha de Douglas apontada na sua direção e um sorriso na cara dele. Todos olhavam a cena, e alguns davam risada.
- Professor! – chamou Aline.
- Sr. Berttapeli! – disse Flitwick quase caindo da pilha de livros. – Detenção e 6 pontos a menos para a grifinória! - Ele murmurou mais alguma coisa e a tinta desapareceu da cabeça de Aline.
"Isso é bom demais!" pensou Aline. "Detenção no segundo dia de aula! Tô adorando Hogwarts!"
Quando saíram para o almoço, Douglas continuou na sala de aula para marcar a detenção com o professor.
Desta vez foi Cinthia que ficou na mesa da Grifinória. Luciana estava conversando com Tanta, a colega de quarto delas, mas Cinthia não havia sentido muita afinidade com a garota.
As aulas foram um melhores que antes, ainda mais agora que Cinthia melhorara um pouco em Transfiguração. Mas o que a preocupou foi a última aula do dia: Quadribol. Estava curiosa para saber mais daquele esporte bruxo, mas a idéia de montar em uma vassoura era um tanto ridícula. Jonathan já sabia voar e até jogava um pouco de quadribol, e foi explicando a Cinthia e Luciana algumas regras e macetes do jogo. Definitivamente, ele era uma pessoa legal depois que se conhecia melhor, mesmo andando com companhias como Douglas.
A profª Wooch já estava esperando os alunos. Quando todos chegaram ela disse que na primeira aula iriam apenas aprender a voar, e explicou o que deveriam fazer. Ficara do lado esquerdo das velhas vassouras da escola e tentaram fazer com que elas se levantassem até suas mãos. Quando todos conseguiram, Madame Wooch mandou que montassem e dessem pequenos impulsos para permanecer no ar. Mas o problema foi quando ela deu permissão para darem vôos baixos. A vassoura de Cinthia não se mexia. Ela ficou ali, parada a um metro do chão, balançando os pés furiosamente tentando fazer a vassoura se mexer.
- Mexe! Para frente! – "Será que tem que dizer alguma palavra mágica pra funcionar?" pensou. – Voe! Para o alto e avante! Shazan! Porcaria!
- Problemas com a vassoura?
Cinthia olhou meio embaraçada para o menino, porque o sorriso dele indicava que ele havia ouvido ela dizer "shazan" para a vassoura.
- Dá pra notar, é? – com uma olhada melhor ela acabou reconhecendo o menino. – O seu nome é Cedrico, certo? Cedrico Diggory? Eu te vi sair da Olivaras, lá no Beco Diagonal.
- E você deve ser uma das brasileiras que tava entrando.
- Sou. Cinthia Christino. Mas então, como é que se voa nessa coisa?
- Você só precisa se inclinar de leve e dar um empurrãozinho para frente com o corpo.
Cinthia tentou e conseguiu. Ficou feliz, mas não sorriu porque ainda tinha um problema.
- Como é que eu paro?! – ela perguntou antes que se afastasse demais do garoto. Ele a seguiu e explicou:
- Você só precisa votar o corpo para trás. Mas antes, não quer aprender a virar?
- Fale antes que eu bata em alguma coisa, por favor!
- Puxe a vassoura para o lado com as mãos, mas também se incline um pouco junto.
Cinthia fez exatamente o que ele disse e deu a volta no menino, parando ao lado dele.
- Até que não é tão difícil. Obrigada, Cedrico! – disse ela dando o primeiro sorriso desde que começara a aula.
- Não foi nada.
Cinthia se afastou e procurou Luciana no meio dos alunos. As duas ficaram apostando pequenas corridas até a aula acabar, o que infelizmente não demorou muito.
Voltando ao castelo, Aline insistiu para que fossem fazer a lição de Feitiços, mesmo não sendo para o dia seguinte. De alguma forma, Luciana conseguiu sumir enquanto iam para a biblioteca, e Cinthia teve que ficar até terminar.
Na quarta-feira descobriram que nem todos os professores eram legais. Quase ninguém tinha ido com a cara da profª Minerva (Aline a considerava um bom exemplo), mas era só um pouquinho rígida, se comparada com o professor de Poções. Severo Snape. Nem o nome indicava boa vontade, e muitos se perguntavam por quê uma pessoa assim estaria dando aulas ao invés de assustando dragões.
Cinthia, Luciana e Jonathan ainda tiveram sorte: tinham apenas um tempo de Poções antes do almoço, quando poderiam se recuperar do sufoco da aula. Já Aline e Douglas tinham as duas últimas aulas com aquele professor insuportável.
E, como um milagre, Aline não prestou muita atenção no começo da aula. Para ela, ter duas aulas seguidas com Giovanni era uma sorte tremenda. Pena que ele estava sentado ao lado de Douglas, que estragava a "paisagem".
À medida que a aula avançava, Aline conseguiu se concentrar um pouco mais no que o professor dizia. Teve chances de responder às perguntas de Snape, mas depois da terceira que acertava ficou com a impressão de que ele não gostava disso. Assim que levantou a mão para responder a sexta pergunta foi ignorada, e era a única que sabia.
- Será que todos vocês tem as cabeças tão ocas que não sabem aonde se pode encontrar bezoar?
- Professor – disse Aline se levantando. – O bezoar é uma pedra encontrada no estômago da cabra e pode ser usada para...
- Eu não perguntei a você, Srta. Quadros. – Aline se calou de imediato. – O que você acha de deixar o resto da sala participar da aula e nos poupar da sua atitude sabe-tudo? – Ela se sentou um tanto magoada por ser tratada assim por um professor. Para piorar, ele acrescentou: - E menos 10 pontos para a Grifinória por ter uma aluna tão petulante. Então, alguém sabe a utilidade de um bezoar, como a Srta. Quadros estava prestes a nos falar?
Aline viu que Douglas se sacudia segurando o riso por vê-la naquela situação. Mas ele logo parou, porque Giovanni havia levantado a mão e Snape olhava na direção deles. Aline reparou que o professor não gostou nada de ver um sonserino perto de um grifinório, mas escutou a resposta de Giovanni. Estava certa. Apesar disso Snape não deu pontos a ele como fez com os outros sonserinos, e Aline teve certeza que era por causa de Douglas.
Nas duas aulas de Defesa Contra a Arte das Trevas, Cinthia e Luciana perceberam porque Aline gostara tanto da matéria. Era o professor mais legal que elas tinham visto e o assunto era extremamente interessante.
O professor, Mark Weasley, era muito divertido e sempre fazia perguntas fáceis para os alunos responderem certo e ganharem o maior número de pontos possível. Mesmo Cinthia, que só respondia às perguntas do professor se fosse forçada, conseguiu 15 pontos para a Corvinal acertando três perguntas.
No final das aulas, foi com espanto que Cinthia e Luciana encontraram Aline tão chateada. Depois de ouvirem o que aconteceu na aula de Poções, as duas não reclamaram quando Aline sugeriu que fossem fazer as lições.
- Primeira aula do dia? Quadribol.
- Dessa você vai gostar!
Cinthia tinha ido até a mesa da Grifinória falar com Aline no café da manhã. Luciana conversava com Tanya, e o papo delas não era muito interessante para Cinthia. (As últimas novidades na Madame Malkin que saíram no Profeta Diário.)
- É claro que eu vou gostar! Olha com quem a aula é conjunta!
- Sonserina... sinceramente, eu não entendo essa paixonite que você tem pelo Véio.
- Ah, vai dizer que você não gosta de nenhum garoto?
- Vou sim. E me sinto ótima, livre! Eu acho que é bobagem ficar de olho num piá tão cedo. É perda de tempo.
- Sem graça.
Aline terminou o café e foi para o campo de quadribol, não sem antes espichar o olho para a mesa da Sonserina. É, Giovanni já estava lá no campo.
Madame Wooch chegou logo depois dela e já foi dando instruções para montarem nas vassouras. Como Aline logo viu, não só montar e sair voando. Era preciso fazer a vassoura se levantar magicamente sem usar a varinha para que ela flutuasse. Giovanni foi um dos primeiros a conseguir que a vassoura pulasse para a mão, e foi com raiva que Aline viu Douglas fazer o mesmo logo em seguida.
- De pé! DE PÉ!
As suas tentativas não davam mais resultados que fazer a vassoura rolar no chão. Quando finalmente a vassoura se levantou, Aline esticou a mão para pegá-la, mas a vassoura não parou. Continuou subindo e subindo, com Aline se segurando nela com apenas uma mão, indo cada vez mais alto.
- Vassoura estúpida! Idiota! Volta pro chão! Coisa burra!
Enquanto ela praguejava (nunca passou pela cabeça dela pedir socorro), Aline sentiu a vassoura desacelerar como se tivesse algum peso nela, indo parar a uns vinte metros do chão. Olhou para trás e viu uma garota agarrada à cauda de sua vassoura, mas ainda firmemente montada na própria. Ela era magra, usava óculos e tinha longos cabelos castanhos lisos que usava soltos. Aline não retribuiu o sorriso da garota porque ela tinha o brasão da Sonserina nas vestes. Estava quase terminando Hogwarts, uma história e sentia pena de Giovanni por ter ido para aquela casa.
- Você está bem? – Ela tinha uma voz fininha, mas não tinha nenhuma nota de zombaria, e Aline lembrou-se que para tudo existiam exceções.
- Estou. Só descobri do pior jeito que não gosto de vassouras.
- E pelo jeito essa aí não foi muito com a sua cara. Aliás, me chamo Amanda Darkcat.
Aline Quadros. Tem como eu descer sem partir o pescoço?
- Segure com as duas mãos na vassoura que eu te puxo até lá embaixo.
Quando chegaram ao chão, madame Wooch correu na direção de Aline, perguntando se queria ir à enfermaria e dando alguns conselhos para voar com mais segurança. Aline não ouviu metade do que ela dizia, mas olhava para os alunos que estavam atrás da professora. O pessoal da Sonserina (menos Amanda) riam-se dela, assim como todos os garotos da Grifinória. Mas o que realmente a chateou foi ver Giovanni rindo ao lado de Douglas, os dois se dobrando de dar risada.
Disse qualquer coisa a Madame Wooch e a aula voltou ao normal. Quando a maioria conseguia fazer vôos curtos, Aline ainda estava magoada com a atitude de Giovanni. Mas a raiva que sentia por Douglas por ter tirado sarro dela era mais forte, e ela tentava atrapalhá-lo ao máximo. Quando ele tentava acelerar um pouco, Aline cortava na sua frente, fazendo-o desviar para o lado, e uma vez ele quase foi para o chão.
Ao final da aula nenhum dos dois progrediu muito, mas Aline se sentia um pouco melhor.
