#5ª Fase – quarto ano

Capítulo 22 – Mini Minerva e promoções

Estavam todos no trem de ida a Hogwarts para começarem o quarto ano na escola, e Aline estava saltitante de felicidade. Cinthia mudou novamente o visual, mas foi para voltar ao cabelo liso de sempre. Também vale a pena avisar que neste ano ela não esqueceu a autorização para Hogsmeade, mas só por milagre mesmo.

- Tenho uma ótima novidade para contar pra vocês! – disse Aline tirando um distintivo do bolso. – Tã-rãn!

- Monitora! – disseram os quatro em conjunto, mas de maneiras muito diferentes.

- Finalmente você conseguiu! – parabenizou Cinthia.

- Brigada.

- O nosso irmão recebeu um desses no ano passado – disse Fred.

- Depois disso foi uma decepção atrás da outra – afirmou Jorge.

- Seguia todas as regras...

- ...era certinho nos mínimos detalhes...

- ...não deixava os outros se divertirem...

- ...especialmente nós!

- Ah, eu não vou ficar tão chata quanto o Percy, não se preocupem. O que você tá olhando, Tosco?

- Se você não quiser ficar que nem o Percy, então vai ter que voltar no tempo. Pior que ele você já está!

- Pode dizer o que quiser, que hoje nada estraga o meu humor!

- Quando eles te avisaram que você era monitora? – perguntou Cinthia.

- Veio junto com a lista dos materiais. Mas eu tive que desistir de uma das cinco novas matérias. A McGonagall escreveu que as minhas novas responsabilidades poderiam prejudicar os estudos e vice-versa. Então, ou eu deixava o cargo de monitora de lado, ou diminuía o número de matérias, para não sobrecarregar. Não vou mais fazer Adivinhação.

- Por que? – perguntou Cinthia, que achava Adivinhação um tanto peculiar (já que "interessante" seria uma palavra muito forte para se usar).

- E você ainda pergunta?! Oras bolas, porque é uma matéria sem pé nem cabeça! Aquela professora não sabe distinguir uma mentira catastrófica de uma previsão verdadeira.

- Você só diz isso porque não vai tão bem nessa matéria quanto nas outras – disse Douglas.

- Por acaso alguém pediu a tua opinião, Tosco?

- Não precisava pedir, eu sei quando sou requisitado – disse ele cheio de si.

- Ai, meu Santinho do Butiatuvinha! Que foi que eu fiz pra merecer essa companhia tosca!?

- Não sei você, mas eu devo ter feito algo muito grave na outra vida.

- Pode parar! Agora você está falando com uma monitora, e alunos inferiores devem demonstrar respeito por pessoas superiores. Ou seja, EU!

Fred, Jorge e até Cinthia começaram a rir descontroladamente. Aline não entendeu nada, o que só aumentou o ataque de riso dos três. Quando conseguiram parar de rir, ela estava com um ar ofendido.

- Posso saber o motivo da risada?

- E você acha que respeitamos o nosso irmão só porque ele é monitor? – disse Fred.

- Muito pelo contrário! Achamos que ele ficou ainda mais babaca do que já era – completou Jorge.

- Ninguém respeita os monitores, Aline. Você devia saber disso – disse Cinthia.

- Quer dizer que nenhum os meus amigos acham que ter aceitado o cargo foi uma boa idéia?

- Nããão – disse Cinthia. – Foi uma ótima idéia. Não vai fazer a mínima diferença para os alunos, mas agora você conquistou o cargo que queridinha de todos os professores.

- Não acho que isso se aplique ao Snape.

- Aquela cobra de nariz torto não conta – disse Jorge. – Ele nem ao menos é gente.

- Ainda não descobrimos como Dumbledore deixa uma criatura daquelas pisar dentro da escola – completou Fred.

- Falando nisso, vocês sabem qual vai ser o nosso novo professor de Defesa Contra Arte das Trevas? – disse Aline entusiasmada.

- Suponho que isso seja informação privilegiada dos monitores – disse Douglas.

- Exatamente!

- Deve ser uma mulher, e bem boba – disse Fred.

- Quem mais nos mandaria comprar todos os livros do Lockhart? – disse Jorge.

- O próprio Gilderoy Lockhart! – disse Aline.

- O quê?!?! – disseram Fred, Jorge e Douglas juntos.

- Isso mesmo.

- Finalmente um professor ao nível, hein, Aline! – disse Cinthia sorrindo, mas ao ver a cara dos gêmeos acrescentou: - Não que o tio de vocês ensinasse mal, mas é que o Lockhart é o Lockhart, entendem?

- Melhor não entenderem – disse Aline depressa.

- Lockhart...

- ...Lockhart...

- ...Lockhart!

- Foi só o que ouvimos durante as férias – disse Fred.

- Mamãe e Gina não paravam de falar nele.

- E quando eu fui comprar material só ouvia isso pelas rodinhas de meninas que eu passava – disse Douglas.

- Porque ele é um bom professor – defendeu Aline.

- É – apoiou Cinthia. – Ele sabe o que faz. Já teve bastante experiência lutando com lobisomens, vampiros, dragões e outras criaturas.

- Vocês são garotas – disse Douglas. – Não é só nos estudos que vocês estão preocupadas.

- E se não for, você tem algum problema com isso? – disse Aline meio irritada.

- Façam da vida de vocês o que bem entenderem. Se não quiserem nos ouvir, não venha se chorar depois. – disse Douglas com ar de quem sabe das coisas.

- Você adoraria receber nem que a metade da atenção que o Lockhart recebe, não é não? – Aline estava irritada.

- Se eu tivesse que agir que nem ele, ia preferir metade da atenção de um camelo.