Capítulo 55 – A festa dos pombinhos

N/A: Nossa! Que mudança repentina de assunto! É, eu sou uma escritora picareta mesmo, não tem como negar...

Aviso da Emplumada no Profeta Diário: Depois do capítulo anterior, um furgão do St. Mungo foi encontrado além da fronteira, e os seus funcionários não paravam de gritar "Deus nos acuda!" e "É o apocalipse!" para o Grupo de Resgate de Pessoas Desaparecidas. Aparentemente eles tem uma rara doença mental que faz com que as pessoas acreditem em todas as desgraças que lêem, e ela foi adquirida nos poucos minutos que eles passaram lendo o capítulo anterior. Quem tiver alguma informação sobre essa doença, favor informar a Olívia Hornby que, além de dar aulas em Hogwarts, também faz uns bicos no Hospital Mágico Geral de Londres. (Sabe como é, salário de professora...)

Nota da Pelúcia, bruxa patética que não sai da frente do computador (mágico) nem para abrir a janela para o correio: Os carinhas do St. Mungo estavam me azucrinando! Disseram que eu havia me excedido, que não existia essa tal coisa de Você-Sabe-Quem estar voltando, tentaram arrancar o teclado das minhas mãos e gritaram por reforços para uma lareira de bolso. E eu disse o primeiro feitiço que me ocorreu: debilóidius totalis. Se alguém os vir, digam que eu sinto muito mesmo. É que eles saíram tão abalados daqui...

Voltando à história...

Os alunos acusados de praticarem magia negra foram submetidos a um interrogatório sob o veritasserum, e cinco deles confessaram que aqueles objetos lhes pertenciam. Burkes, Nelvous e Fawcett foram mandados para Kruston, um presídio bruxo nos arredores de Londres, mas Stebbins e Wellington foram enviados ao Reformatório Dukoh para Bruxos Delinqüentes por serem menor de idade. Amanda Darkcat foi inocentada, já que nem sob o veritasserum ela confessou que aqueles ingredientes eram dela. Os jurados acharam isso muito estranho, mas a soltaram por falta de evidências de que fosse culpada. Ela voltou para a aula três semanas depois para se recuperar do choque de ficar em uma sela guardada por dementadores enquanto aguardava o julgamento. Quase nenhum aluno falava com ela, desconfiados de que ela havia arranjado um meio de se safar da prisão.

Durante o julgamento dos outros cinco, nenhum revelou envolvimento com os Comensais da Morte, e nem revelaram outros nomes, dizendo que eles eram os únicos alunos a responder a mensagem. Cornélio Fudge concluiu que Hogwarts havia sido invadida por alguém que acreditava fazer isso a mando do Lord, e mandou os três para Kruston porque eles tiveram intenção de servir a Voldemort e também por causa das evidências clara de magia negra. Isso fez com que Dumbledore ficasse ainda mais desacreditado aos olhos do Ministro, como se as afirmações dele de que Voldemort havia voltado fossem o motivo que levou aqueles alunos a praticarem magia negra.

Mas Dumbledore não tentou convencer Fudge outra vez de que Voldemort estava tentando recrutar novos Comensais, não adiantaria de nada. Nada do que dissesse poderia convencer o Ministro, e tudo o que podia fazer era abrir os olhos dos bruxos não tão céticos, o que era uma tarefa difícil e demorada. Por sorte havia quem acreditasse nele, e estas pessoas estavam dispostas a lutar ao seu lado quando Voldemort se mostrasse para a comunidade bruxa de uma vez por todas.

As aulas continuaram normalmente em Hogwarts, mas o clima entre os alunos estava muito diferente. Apesar de todos acreditarem que aqueles eram os únicos praticantes de magia negra na escola, os alunos eram extremamente cautelosos ao falar um com o outro, evitando fazer amizades novas. Os alunos do primeiro ano eram os que mais sofriam com tudo aquilo, e também eram os que estavam mais assustados.

Apesar de tudo, não se pode viver olhando por cima do ombro a vida inteira, vinte e quatro horas por dia e sem pausa para o almoço. Em algumas semana os alunos já estavam rindo, se divertindo, voltando à vida de costume, se preocupando com coisas de sua idade. O Campeonato de quadribol continuou, e Grifinória estava indo muito bem, mesmo Douglas não sendo tão bom quanto Olívio como goleiro.

Agora, a dois meses dos exames de N.I.E.M.s, todos os alunos do sétimo ano podiam ser vistos na biblioteca ou estudando em qualquer canto que fosse por quase todo o dia. Aline era a mais abarrotada de tarefas, e sempre insistia para que os outros estudassem. Mas agora eles concordavam com ela sem fazer manha para deixar aquilo para mais tarde. Quer dizer, na maioria das vezes. Fred, Jorge e Douglas ainda fugiam em algumas tardes para tirarem as cabeças dos estudos, relaxar.

Em uma dessas tardes de sábado, Fred aproveitou para dar um passeio com Angelina perto do lago, pensando em se dar bem mais tarde. Qual não foi sua surpresa ao ver que outro Weasley já tinha tido a mesma idéia! Mas não era Jorge, não senhor, era mais novo, e a sua companhia tinha cabelos castanhos e lanzudos.

- Mas é o Roniquinho! – disse Fred num misto de surpresa e admiração. – E a Hermione!

- Mas eles brigavam tanto... - comentou Angelina. – ontem mesmo eu ouvi uma discussão deles na sala comunal. Parece que estão fazendo as pazes.

- O Rony tá fazendo mais que isso. Puxou aos irmãos certos!

Do ponto em que estavam, Fred e Angelina podiam ver a silhueta dos dois recortada no pôr-do-sol, e Fred observava com uma expressão de orgulho o seu irmão beijando Hermione.

- Vem, Angel! Temos uma coisa muito importante para fazer.

- O quê?

- Organizar uma festa! Acabamos de ver um milagre e você esquece da comemoração? Vamos, antes que aqueles dois resolvam entrar no castelo.

Eles foram correndo até a sala comunal da Grifinória. Fred, Douglas e Lino estavam perto da lareira conversando com Olívio Wood. Ele foi visitar Hogwarts por uma semana, pouco mais de um mês antes da sua primeira partida séria no Campeonato Nacional. Até agora eles só haviam jogado com times menores, mas mesmo assim Olívio quase não teve chance de jogar; sempre ficava no banco reserva. Uma vez, quando trocaram de jogadores por causa da duração da partida, ele ficou menos de cinco minutos no ar, sem ter chance de defender uma goles sequer.

Fred foi falar com o irmão, mas não se preocupou em manter o tom de voz baixo para que quem quisesse ouvir. Os dois subiram em uma mesa da sala e falaram para todos no salão, sendo que a maioria estava tentando estudar (inclusive Aline).

- A atenção de vocês, por favor! – começou Fred em alto e bom som.

- Temos o orgulho de anunciar que mais um casalzinho se formou em Hogwarts!

- E que tal acontecimento merece uma comemoração, já que essas duas pessoas eram extremamente cabeças-duras!

- Gostaríamos de pedir a colaboração de todos para organizar a festa, já que eles devem estar chegando em quinze minutos!

Toda a sala continuou em silêncio.

- Vamos logo, minha gente! Temos uma festa relâmpago para organizar!

Com aquilo quase todos que estavam na sala se levantaram e começaram a se agilizar para ajudar a fazer uma festa. Todos estavam precisando tirar a cabeça dos exames e aquela distração foi muito bem-vinda, já que nenhum grifinório que se preze desperdiçaria uma chance (por mais absurda que fosse) para fazer uma festa. Quer dizer, toda casa tem as suas exceções.

- Que história é essa de fazer uma festa tão perto dos exames, posso saber? – disse Aline seguindo os gêmeos, já que eles não paravam quietos no salão.

- É por uma justa causa – disse Jorge. – O Roniquinho!

- Isso não é justa causa. Isso é uma justa desculpa! O que a Profª Minerva vai dizer quando vir isso? – agora a sala já estava bastante enfeitada, cheia de serpentinas e coisas que os alunos desentocavam dos malões para fazer uma festa. N/A: Vieram preparados... Eu não disse? São grifinórios!

- Quem disse que ela precisa saber disso?

- Eu digo!

- Ah, Aline! Deixa! A gente precisa mesmo de uma distração. Eu tô até com torcicolo por causa dos estudos, e aposto como todo mundo aqui também está ficando meio tenso com tudo o que tem acontecido. Você não quer descansar um pouquinho, não?

Aline olhou para a enorme pilha de livros que havia deixado na mesa, na verdade, nas quatro pilhas que havia deixado na mesa, além de pergaminhos e mais pergaminhos. Ela desanimou.

- Como se diz: se não pode vencê-los, junte-se a eles.

- Quem é que diz isso?

- É um ditado trouxa, Fred.

A sala comunal estava quase pronta; tinha um palco improvisado para a bandinha da escola, uma mini-mini-mini pista de dança, mas... faltava a comida. Enquanto Fred, Jorge, Douglas iam buscar comida e bebida na cozinha, alguns dos outros alunos (que não haviam ouvido o motivo da festa, só sabiam que ia ter uma) foram buscar um e outro amigo das outras casas, além de grifinórios que não estavam na torre. Conseqüentemente, um quarto da Lufa-Lufa e Corvinal apareceu por lá também, deixando a sala um tanto lotada. Lino sabia aquele feitiço para aumentar o espaço de um aposento N/A: não me pergunte pra quê, mas como não era um especialista só conseguiu fazer com que a sala aumentasse um pouco. N/A: Ele só praticava para aumentar pouquinho mesmo, mas eu faço a mínima idéia de pra quê ele usa isso. Só sei que esse feitiço é bem útil em armários.

Já haviam se transcorrido uns vinte minutos de festa quando os motivos desta entraram pelo retrato da Mulher Gorda, numa meia-discussão. Ao verem toda a balburdia da sala, que agora virara um salão, Rony e Hermione pararam de falar, mas também não estavam tendo nenhuma outra reação. Rony foi o primeiro a mostrar sinais de vida, indo procurar Harry no meio daquele povo todo.

- O que estão comemorando? – perguntou ele ao achar Harry.

- O Fred pegou você e a Mione se beijando lá no lago. Eu estava até achando que você nunca iam admitir que gostam um do outro. Bom, Fred e Jorge resolveram organizar uma festa para comemorar o namoro de vocês.

- Mas Harry, a gente não tá namorando! Eu só... a Mione não...

- Então finge que tá, oras! - Jorge estava por perto e escutou a conversa dos dois. – Não vamos acabar com a diversão só porque você se deu mal.

- Mas... Harry, você não explicou nada para eles? Harry?

Mas o garoto já havia se misturado na multidão para não ter que ouvir Rony reclamar indignado por horas.

A festa continuou como qualquer outra; barulhenta, música alta, um monte de gente que nem sabia o motivo da festa... enfim, como qualquer outra. E estava muito boa, todos estavam se divertindo, até que o retrato da entrada se abre e todos emudecem ao ver a pessoa que entra por ele, até mesmo a banda para de tocar. Alvo Dumbledore só olhou para os alunos curioso, avaliando a situação rapidamente.

- Ora, não precisam parar a festa só porque eu cheguei. Não se preocupem, eu não vi nenhuma dessas comidas afanadas da cozinha em cima das mesas, tampouco notei que a sala está maior do que deveria, ou que há uma banda perto das escadas. Continuem o que estavam fazendo.

Todos voltaram para o que estavam fazendo antes do diretor entrar, e Dumbledore se aproximou dos gêmeos com um olhar sério, como se já soubesse que eles eram os responsáveis por aquilo.

- Foram vocês que promoveram essa festa? – perguntou ele.

- Foi idéia dele, diretor! – disseram os gêmeos simultaneamente, apontando um para o outro, e ao verem isso acrescentaram. – Pare de apontar para mim!

- Entendo... bem, eu só quero dizer que foi uma boa idéia.

- Obrigado! – disseram os dois, se olhando depois como quem diz "pare de me imitar!"

- Eu mesmo teria organizado uma festa para distrair os alunos do que está acontecendo aí fora, mas os outros professores não aprovaram, infelizmente. Como a festa já está acontecendo eu queria pedir um favorzinho a vocês.

- Vá em frente – disseram os dois, e Dumbledore fez cara de riso.

- Vocês não se importariam de transferir tudo isso para o salão principal, não é? Eu queria que as outras casas também pudessem aproveitá-la.

Como o motivo da festa foi só uma desculpa mesmo, e não um motivo sério, os dois concordaram. Eles falaram isso para todos no salão, e Dumbledore fez um feitiço para transportar toda a decoração e apetrechos instantaneamente para o salão principal. Assim que todos desceram para o salão, Dumbledore foi convidar as outras casas para se juntarem a eles, embora Fred e Jorge não tenham ficado exatamente animados com a idéia de ver a Sonserina ali no meio.

Apesar disso, não houve problema nenhum quando as outras casas chegaram, e a festa continuou mais animada e barulhenta do que nunca. Até a banda foi beneficiada com isso, acrescentando uns dois instrumentos que enriqueceriam o "som maneiro" da festa.

- Eu posso tocar também? Vejo que você não tem nenhum teclado aí, e eu sei tocar.

Amanda Darkcat se aproximou do palco com um teclado, e tinha um olhar quase suplicante ao pedir isso. Cinthia, ao ver que os outros integrantes olhavam-na desconfiados, foi até a beira do palco e estendeu a mão para a garota.

- Claro que pode! Vamos, suba. Tem bastante espaço aqui.

Com um sorriso, Amanda subiu no palco, murmurando um "obrigada" meio sem jeito. Os outros intrigantes abriram espaço para que ela colocasse o seu instrumento, mas também para não chegarem muito perto dela. Cinthia viu isso, e lançou a eles um olhar de "sejam legais com ela, ou senão...", e eles concordaram com acenos de cabeça.

O resultado acabou sendo bom, já que Amanda sabia tocar bem e os outros logo deixaram de lado os seus preconceitos enquanto tocavam, formando um bom conjunto.

Dumbledore observava os alunos com um sorriso, pensando que era bom refrescar a cachola de vez em quando. Mas ele se lembrou de um pequeno detalhe, e se aproximou dos gêmeos novamente. Não foi difícil acha-los, já que eram os que mais faziam bagunça no meio dos alunos.

- Por que, afinal, você resolveram dar essa festa? Não estamos em nenhuma data comemorativa, se a minha memória não falha.

- A sua memória está em perfeito estado, diretor – disse Fred. – Mas para nós esta é uma data de comemoração.

- E em homenagem a duas pessoas em particular.

- Uma delas é o nosso querido irmãozinho Rony!

- E a outra é a namorada dele, Hermione!

- Ao dia em que os dois deixaram de ser cabeças-duras e se tocaram que amam um ao outro.

- Mas isso não merece só uma festa! – disse Dumbledore dando um olhar marotos aos gêmeos. – Na minha época as pessoas faziam discursos.

- Na sua época também desrespeitavam as regras? – disse Jorge num tom bastante interessado.

- Bem, não se pode dizer que eu tenha sido um aluno modelo na idade de vocês, mas todos são jovens antes de qualquer outra coisa na vida. Vejam bem, eu também não ligava muito para estas regras quando era jovem.

Fred e Jorge reprimiram as risadas. Aquela era uma das últimas coisas que eles esperariam ouvir de um diretor convencional, mas até que dava para imaginar Dumbledore fazendo o mesmo na idade deles.

Fred pediu para a banda parar de tocar enquanto Jorge conjurava um pequeno palanque para que Dumbledore pudesse ser ouvido por todos.

- Acho que os aqui presentes não tem uma idéia muito clara do motivo dessa festa. Espero, em poucas palavras, fazer com que todos entendam. – Rony, que conversava com Harry, Dino, Simas e Neville a um canto, ficou vermelho antes mesmo de Dumbledore dizer o motivo, pois já o sabia. – Os Srs. Fred e Jorge Weasley tiveram a bondade de organizar esta festa no salão comunal da Grifinória e eu achei uma boa idéia trazê-la para cá para que as outras casas também a aproveitasse. Ela foi organizada em homenagem a duas pessoas: Ronald Weasley e Hermione Granger.

Vários comentários explodiram pelo salão. Podia-se ouvir a maioria falar algo como "eu já sabia", "estava na cara" e "mas que lerdos, hein". Hermione afundou na cadeira em que estava sentada, corando furiosamente. E Rony, que já estava vermelho, conseguiu ficar mais chamativo que os próprios cabelos. Vendo o constrangimento dos dois, Dumbledore teve uma idéia que desviaria a atenção deles, para o constrangimento de outros alunos.

- Como esta é uma comemoração a um casal, não cairia mal homenagear também os outros casais de Hogwarts. Quem souber de algum, pode falar.

Fred e Jorge foram os primeiros a entrar no clima.

- Palmas para Aline Quadros e Douglas Berttapeli!

Os dois ficaram extremamente embaraçados, mas pelo menos ninguém estava prestando muita atenção a Rony e Hermione agora, a não ser seus amigos. Mas Douglas não ia deixar barato.

- Palmas para Fred Weasley e Angelina Johnson!

Aquilo não teve o efeito esperado, já que Fred sorriu e aceitava os aplausos com reverências, embora Angelina sorrisse nervosamente.

Aline também estava fula com os dois, e pediu mentalmente que Cinthia a perdoasse depois, mas ela tinha que fazer aquilo.

- Jorge Weasley e Cinthia Christino!

Jorge teve a mesma reação que o irmão, aceitando os aplausos. Se pudessem ver Cinthia, ela estaria mais vermelha que um pimentão, mas ela se escondeu debaixo do palco da banda quando ouviu Dumbledore pedir para anunciarem os casais. Só depois de uns cinco pronunciamentos ela deixou o seu esconderijo sem ser vista.

Muitos casais foram anunciados, e alguns eram obviamente brincadeira, e cada vez mais cochichos enchiam o salão.

- Simas Finigan e Parvati Patil!

- Draco Malfoy e Pansy "Esquálida" Parkinson!

- Gina Weasley e Colin Creevey! – Fred e Jorge se encresparam ao ouvir aquilo, mas ficaram quietos.

- Vincent Crabbe e Gregório Goyle!

- Natália McDonald e Kevin Whitby!

- Luciana Teixeira e Olívio Wood! – aqui pôde-se ouvir um longo "Oooooh" de lamento de uma penca de garotas, fazendo Olívio empertigar-se todo e vários olhares furiosos serem lançados para Luciana, que não se importou nem um pouco com a inveja alheia.

- Neville Longbotton e Murta-Que-Geme!

- Pâmela Jinxy e Honório Kampelgim!

- Harry Potter e Cho Chang!

- Rony!

Harry deu um cutucão no amigo depois que ele disse o seu nome, já que ainda não estava namorando Cho. Mas Rony apenas respondeu rindo:

- Ah, vê se desencana, Harry! Um monte de gente já deve ter sacado, e parece que ela não achou tão ruim assim. – Rony apontou para Cho, que estava no meio de uma rodinha de amigas sorrindo e falando alguma coisa. Ela viu que Harry a observava, e retribuiu o olhar com um aceno, e suas amigar explodiram em risinhos bestas, aos quais ela repreendeu.

Depois de mais alguns nomes, vários comentários e incessantes risadas, os professores McGonagall e Snape entraram no salão parecendo muito zangados com o barulho que eles faziam.

- Minerva McGonagall e Severo Snape! – anunciaram Fred e Jorge, fazendo todo o salão explodir em gargalhadas. Os dois professores se aproximaram de Dumbledore, e por sorte não entenderam o motivo de tantas risadas, ou fuzilariam os gêmeos imediatamente.

- O que está acontecendo, Dumbledore?

- Uma festa, Minerva. Não vê os balões e os docinhos?

- Mas quem foi que autorizou esta baderna quando falta apenas um mês para os exames? Tenho certeza que...

- Fui eu que autorizei, Severo. Achei que os alunos apreciariam um pouco de diversão depois do ocorrido neste ano e autorizei a continuação da festa.

Aquilo calou o profº Snape, e ele saiu do salão sem dizer nada, aparentemente derrotado. Minerva mantinha uma expressão de que não aprovava aquilo, mas se Dumbledore achava que era melhor, ela não contestaria.

- Então, já que está tudo sob controle, vou voltar aos meus aposentos. Estou preparando as provas e matéria que ainda faltam dar, e espero que todos estejam estudando sério quando não estão ocupados... organizando festas!

Assim que a professora saiu, a música recomeçou e a barulheira das conversas também. Mas logo Olívio subiu no palco que foi conjurado para a banda e pediu a atenção de todos.

- Eu queria aproveitar o clima da festa com motivo de casais para fazer um pedido muito especial. – Quase todo o salão ficou em silêncio. - Luciana Teixeira, quer se casar comigo?

Todos os olhares se voltaram para a garota, mas só depois do alto e sonoro "Uhuuuuuuu" e das palmas (e algumas vaias vindas de garota invejosas) foi que ela corou, ficando mais vermelha que a bandeira da Grifinória. Luciana andou lentamente até o palco, e Olívio desceu de lá.

- Eu quero!

Os dois deram um longo beijo e o salão explodiu em vivas (com as exceções costumeiras). Fred e Jorge se aproximaram dos dois e falaram alto para que todo o salão os ouvisse.

- Temos que marcar uma data!

- Vamos, isso não pode esperar!

- Logo depois da formatura da Lucy – disse Olívio se virando para a garota. – Que tal?

- Para mim está ótimo!

Os dois se abraça, fazendo o salão tremer com as palmas. Aquilo devia estar deixando quase todos os professores furiosos, mas Dumbledore achou que umas aulinhas de paciência faria bem a eles.

- Mas não podemos nos esquecer o principal casal da festa! – disse Jorge, e todos que estavam em volta de Rony e Hermione se afastara, empurrando um para junto do outro.

- Quando vai ser o de vocês?

- Fred! Eu e a Mione não estamos nem namorando! – disse Rony sem mexer muito a boca.

- Ora! Só porque ela te deu um fora, não significa que vocês não se amem!

- Jorge! Ela disse que quer esperar as provas passarem. Dá para vocês entenderem?

- Então só um beijinho de bônus, por hoje.

- Mas eu não...

- Ah, Rony, esquece o que eu disse!

- Mione? – ele olhou espantado para a garota.

- Eu não queria admitir isso para mim mesma, mas eu não vou mais esperar nem mais um dia para namorar com você. Ah, e desculpa pela bofetada de antes...

- É claro que eu desculpo. Você...

- Vocês dois tão é muito enrolados, isso sim! – disse Fred. – Rony e Hermione, vocês se gostam, certo? Então se beijem logo e acabem de vez com esse chove e não molha! É isso o que os espectadores e leitores estão esperando.

Mesmo estando um pouco constrangidos, os dois se beijaram. O "Uhuuu" que encheu o salão quase fez as paredes desabarem N/E: Olha o exagero de novo..., e os dois encerraram o beijo mais cedo que pretendiam.

Depois que todos se acalmaram um pouco, a banda começou a tocar uma música especial para casais, cantada por Cinthia (para o descontento de Jorge, que queria aproveitar e dançar com ela).

Ce souvenir, je te l' rends

Des souvenirs, tu sais, j'en ai tellement

Puisqu'on repart toujours à zéro

Pas la peine de s' charger trop

Ce souvenir, je te l' prends

Des souvenirs comme ça, j'em veuz tout l' temps

Si par erreur la vie nous sépare

Je l' sortirai d' mon tiroir

J' rêve lês yeux ouverts, ça m' fait du bien

Ça n' va pas plus loin

J' veux pas voir derrière puisque j'en viens

Vivement demain

Um dernier verre de sherry

De chéri mon amour, comme je m' ennuie

Tous les jours se ressemblent à présent

Tu me manques terriblement

J' rêve lês yeux ouverts, ça m' fait du bien

Ça n' va pas plus loin

J' veux pas voir derrière puisque j'en viens

Vivement demain

Um dernier verre de sherry

De chéri mon amour, comme je m' ennuie

Tous les jours se ressemblent à présent

Tu me manques terriblement

Essa música em francês Juuuuuuuuura?! foi perfeita para a ocasião, e muitos dos casais que foram anunciados antes a dançaram (Fred e Jorge fingiram que não haviam visto Gina dançando com aquele Creevey, por sinal), continuando na pista de dança depois disso.

Depois de ver que todos estavam contentes e de conjurar um estoque de sorvete de limão, Dumbledore deixou a festa com um enorme sorriso no rosto. Mas isso também se deve ao fato de que Luciana e Olívio haviam pedido para ele ser o celebrante no casamento deles.

Não demorou muito para que todos os alunos do primeiro e segundo ano e a maioria do terceiro forem dormir, cansados de tanta baderna. Mas nem por isso a festa perdeu o ritmo.

Em um dado momento, mais para o final, Fred viu Aline e Douglas saindo do salão e gritou para todos o ouvissem.

- É, parece que vamos ter outra data de casamento marcado às pressas!

- Vá à MERDA!!! – gritou Aline em português, enquanto Douglas a puxava pela porta para que ela não voltasse e azarasse Fred. Ninguém no salão entendeu o que ela havia dito, e nem por que Fred, Jorge e Cinthia se dobravam de rir. (Cinthia teve que parar de cantar e tapar o microfone com a mão.)

Depois que Loreena McKennitt, uma aluna do sexto ano da Lufa-Lufa, insistiu muito, mas muito mesmo, Cinthia deixou o palco para dar-lhe a vez. Jorge pediu que fossem dançar, mas a tradição continua irremediavelmente. Nem com o namoro estabilizado ela concordou em dançar. À princípio, é claro.

- Ora, vamos! Você não gostou de dançar no ano passado?

- Bem... não foi de todo ruim, mas quem tem dois pés esquerdos sou eu. Você não vai agüentar dançar comigo.

- Não foi isso o que eu vi no ano passado.

- Eu esqueci como se dança. Você sabe que para mim isso é bem possível.

- Tudo bem. Eu faço você lembrar.

Jorge a puxou para a pista de dança e começou a guiá-la o melhor que podia; ele também não era um exímio dançarino. Mas os dois dançavam de uma maneira consideravelmente aceitável em comparação com Fred e Angelina. Não há palavras que consigam explicar a maneira com que dançavam, e eu nem tentaria descrever. Resumindo, eles estavam mais se agarrando do que dançando.

- Por favor, não dance que nem o seu irmão – disse Cinthia se virando para Jorge.

- Mas eles não estão mais dançando.

- Hein? – Ela se virou novamente e viu que Fred e Angelina não estavam mais na pista, e Jorge virou seu rosto delicadamente para a porta que levava às escadas, aonde os dois estavam passando.

- Eu não acredito! Eles já não deram uma escapada da torre ontem?!

- É, deram. Ah, eles estão só aproveitando o clima da festa. Bem que a gente podia sair dessa e fazer uma festinha mais particular também.

- Jorge!

- Foi só brincadeirinha. Que tal um passeiozinho nos jardins então? Aqui tem muito barulho.

- Você? Reclamando do barulho?

- Você prefere ficar dançando?

- Os jardins devem estar lindos com essa lua cheia, não acha? – disse ela já andando para fora da pista de dança.

Jorge só deu uma risada e a acompanhou, fazendo piadinhas com a aversão dela a pistas de dança.