Título: O astro do Rock

Autora: Bélier

Categoria: Universo Alternativo/Romance Yaoi

Retratação: Eu não possuo Saint Seiya/Cavaleiros do Zodíaco. Infelizmente (ou felizmente) eu não os possuo, pois do contrário eles teriam namorado mais do que lutado... De qualquer forma, eles são propriedade de Kurumada, Toei e Bandai.

Resumo: Meu primeiro U.A! Saori é dona de uma famosa gravadora. Ao contratar a mais nova sensação do Rock mundial, a moça deixa o temperamental artista aos cuidados do seu competente Diretor de Marketing. Isso não vai acabar bem...

Capítulo 3 – Gravando o single

Ahahahaha! Você está perdido, meu amigo! – Máscara da Morte riu com gosto da cara desconsolada de Kamus.

E você ainda ri! Vai só esperando quando você tiver que trabalhar com ele! – Kamus emburrou mais ainda. – Nada para ele está bom! "Eu não sou mimado!" – Kamus fez uma imitação tosca de Miro. – O cara tem o rei na barriga!

Ora, Kamus! E que artista não tem! Achei que você já estivesse acostumado com isso! – O fotógrafo olhou de forma estranha para o Diretor de Marketing. – Não sei porque ele te incomoda tanto!

Eu... Ele não me incomoda! É que... – Kamus olhou para os papéis em sua mesa, tentando ganhar tempo. – Ah! Eu sei lá. Eu não o suporto, está bem?

Sei... – Máscara mastigou seu chiclete, pensativo. Nesse momento, Afrodite entrou na sala de Kamus, esbaforido.

Ai, eu de-sis-to! Kamus, você tem que ir lá assistir a gravação do videoclipe daqueles pirralhos! A Shina está se descabelando! Eles simplesmente não conseguem acompanhar a coreografia!

O Shura está lá? – Kamus perguntou, esperançoso, tentando se livrar do pepino.

É claro que ele está! Foi o primeiro a tentar controlar a namorada, mas sinceramente... – Afrodite deu um suspiro exagerado. – A nossa coreógrafa está à beira de um ataque de nervos!

Vamos lá ver isso, então...

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Máscara da Morte fazia um esforço incrível para não rir. Kamus o cutucou com o cotovelo.

Cale a boca, isso é sério!

Sério, nada, isso é uma piada! – O fotógrafo explodiu em riso. – Ei, flor, porque você não fez uma maquiagem de palhaço nos garotos?

Afrodite suspirou. – Deveria...

Bem, isso não está tão ruim... – Kamus observou atentamente os garotos dançarem, ao vivo e pelo monitor de TV também. – Hyoga dança muito bem!

É claro, ele tem descendência russa! – Shina comentou. – Ele é ótimo bailarino. O Shun e o Shiryu o acompanham bem. O problema é os outros dois.

O Ikki é muito duro! – Shura completou.

Aliás... – Kamus se recostou na cadeira, analisando a dança, que seria usada no novo videoclipe da banda. – ...qual é a dele nesse conjunto?

Ele é o bad boy... – Shura avisou. – Você sabe, aquele que arruma briga, que bebe, que bate em fotógrafo... – Shura desviou-se do chute que Máscara tentou acertar-lhe.

Ah, tá... – Kamus balançou a cabeça, afirmativamente. Sempre tem que haver um. Em seguida, o diretor pediu que cortassem a música. – Mais uma vez!

De novo! – Seiya resmungou.

De novo, sim, até sair certo! – Shina postou-se a frente dos rapazes e bateu palmas. – Vamos lá, me acompanhem! Quero ver o refrão!

(As long as you love me – Backstreet Boys)

Vamos lá, agora, uma volta, abaixa, cuidado com as mãos, todos ao mesmo tempo...

Oh, caras, eu não sei vocês, mas eu preciso de um drinque... – Máscara resmungou.

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Passados alguns dias, finalmente Kamus conseguiu acertar um horário para que Miro trouxesse sua banda e começasse a gravar a primeira música de trabalho.

O cantor, como sempre, chegou atrasado. O resto da banda já o esperava há algum tempo, bem como os técnicos e Kamus.

Ao ver que o Diretor abria a boca para reclamar, o cantor já foi resmungando. – Nem adianta me repreender! Já tive problemas demais por hoje!

Oh, pobrezinho! O que pode ter acontecido com ele! – Kamus replicou, com ironia.

Miro apertou o maxilar, irritado, mas não respondeu.

Kamus achou melhor deixar passar, e começar logo a gravação. Ficou observando o cantor pelo vidro, enquanto ele conversava com a banda, acertando os últimos detalhes. Sentiu raiva só de olhá-lo. A banda parecia gostar muito dele, aparentemente, não havia desavenças. "Impossível!" Kamus pensou, amargo. " Ninguém toleraria trabalhar com ele muito tempo!"

Mas depois que os ensaios começaram, Kamus teve que engolir o seu orgulho e concordar que Miro cantava muito, muito bem. Sua voz ligeiramente rouca era muito agradável.

Nesse meio tempo, o empresário do cantor chegou. – Ei, Kamus! O que achou da minha descoberta?

Kamus olhou, surpreso. – Saga! Eu deveria ter imaginado que você estava por trás desse rebento, aí.

Saga se sentou ao lado de Kamus. – Temperamental ele, não? – O diretor concordou, e Saga deu risada. – Mas dê um desconto, ele é uma boa pessoa...

Só se for do avesso!

Saga suspirou. – Ele está passando por alguns problemas. O avô dele faleceu há alguns meses atrás. Ele era um rico empresário grego, e era o seu único parente vivo. Os pais morreram num acidente, há muitos anos atrás.

Oh... – Kamus sentiu-se ligeiramente mal. – Eu não sabia.

Hoje mesmo ele teve uma audiência com os advogados da família, para acertar os últimos detalhes da herança do avô.

Hum. Pelo menos ele não tem problemas financeiros! – Kamus bufou. – Logo se vê de onde vem essa arrogância toda!

Tem coisas que nem todo dinheiro do mundo compra, meu caro. Esse jeito debochado dele é pura defesa.

Eu já acho que ajudaria bem se ele fosse mais amável. – Kamus observou Miro cantando.

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A gravação durou algumas poucas horas. Depois de alguns acertos, Kamus achou que a versão final tinha ficado ótima, e estava muito satisfeito por não ter tido que gravar várias vezes. Pelo menos nesse ponto, Miro parecia ser bem profissional. Saga despediu-se e foi embora, alegando ter coisas urgentes a tratar.

Bem, está feito. Logo que a música estiver mixada, eu entro em contato, para que você a ouça antes de ser colocada na mídia. – Kamus apanhou sua pasta, despedindo-se do cantor, tentando ser agradável, depois do que ficara sabendo. – Eu já vou.

Até mais, Certinho. – Miro respondeu, sem nem olhar pra ele, mais preocupado em discutir a gravação com a banda.

"Se eu pudesse encostar minhas mãos nele..." Kamus pensou, sentindo a raiva aflorar novamente.

O Diretor de Marketing tomou o elevador, parando no andar de seu escritório, para pegar algumas coisas de que ia precisar. Perdeu mais tempo do que imaginava, uma vez que não conseguia encontrar o que desejava. Miho sempre fazia isso, mais bagunçava do que organizava. Ao sair, quase meia hora depois, quis dar meia volta e descer pelas escadas quando a porta do elevador se abriu, e ele se deparou com Miro e seu segurança troncudo.

Ainda aqui! Mas é mesmo um fissurado por serviço... – Miro riu, com deboche.

Kamus bufou, e entrou no elevador. Procurou manter-se afastado do cantor, que estava encostado displicentemente no fundo.

E você, estava fazendo o quê até agora?

Eu? Estava batendo papo com a galera. Ao contrário de você, eu tenho vida social.

Ora, e quem disse que eu não tenho!

Ninguém precisa falar não, tá escrito aí na sua testa...

Os dois homens bateram boca até que finalmente alcançaram o térreo. Miro endireitou-se, preparando-se para sair e chegando mais próximo da porta. Porém, foram pegos de surpresa. Quando a porta se abriu, um bando de meninas, que lotava o saguão de entrada, desvencilhou-se dos seguranças da gravadora ao verem Miro, e avançaram para o elevador, aos gritos de "LINDO! TE AMO!"

Nossa, chefe! – Aldebaran gritou, nervoso. – Segura as pontas aí, que dessa vez a enxurrada é grande!

Dito isso, o grandalhão apertou qualquer andar, para tentar pelo menos fechar a porta, mas o tempo não foi suficiente. As meninas tentaram invadir o elevador, e foi um tumulto generalizado.

Mas que diabos... ! – Kamus não conseguiu terminara frase, ao se ver empurrado para o fundo novamente.

Aldebaran segurou as moças, com um dos braços, enquanto com o outro empurrava os dois mais para o canto. Kamus viu-se numa situação incômoda, prensando entre Miro e o metal gelado.

O cantor só piorou as coisas, começando a rir, seu peito roçando contra o de Kamus, com o movimento. – Essa joça de gravadora não tem segurança, não?

Tem, mas não o suficiente para controlar esse monte de malucas que vivem te perseguindo! – Kamus estava irritadíssimo. Colocou uma de suas mãos entre seu tórax e o do roqueiro, tentando empurra-lo. – Sai de cima de mim!

Não dá, não tá vendo, seu tapado! – Miro ofegou, quando Aldebaran veio mais ainda por cima dele. A testa do cantor foi de encontro com o queixo de Kamus, que tentava manter a cabeça erguida. – Ai!

Que situação! – Kamus desviou a cabeça para o lado, dando mais espaço para Miro colocar a dele.

E a gritaria continuava. Felizmente, nenhuma das tietes conseguia alcançar Miro, devido a largura de Aldebaran, que continuava escondendo-o e empurrando as garotas. Os seguranças da gravadora começavam a afastar as meninas do elevador, mas eram muitas. Flashs de câmeras pipocavam por todos os lados.

Você não viu nada! – Miro gritou. – Quando elas conseguem me alcançar, adeus roupas! Já perdi a conta de quantas camisas elas rasgaram!

Sinceramente, não faço a mínima idéia do que elas vêem em você... – Kamus rosnou.

Invejoso! Invejoso! – Miro cantarolou, sem perder o bom humor.

Kamus quis morrer. – Eu não tenho inveja nenhuma, seu palhaço! Isso tudo é só porque você é famoso! Se fosse um anônimo, seria diferente!

Ei! Também não é assim! – O cantor riu, mas logo em seguida, mudou de atitude.

Miro aproximou seus lábios do ouvido de Kamus, chegando a roçá-los na pele sensível. – Eu tenho os meus méritos, sabia? – O roqueiro sussurrou, com voz mansa.

Kamus enrijeceu, ao ouvir aquilo. – Convencido. – Foi tudo que conseguiu dizer. Miro continuava com a boca próximo ao seu ouvido, e sua respiração quente fez com que ele estremecesse ligeiramente. Rezou para que o cantor não tivesse percebido. Pela primeira vez, Kamus tomou consciência da proximidade do outro, seu corpo todo tocando o dele e seu perfume invadindo suas narinas.

Não sou convencido. – Miro sussurrou novamente. – Só sei usar bem todas as armas que tenho. – Kamus sentiu que o cantor afastou os lábios, que agora pairavam quase sobre a pele do seu pescoço. – Você sabe... Dar as pessoas exatamente o que elas querem... – Kamus engoliu em seco. – Ao contrário de você...

Felizmente, nesse momento, Aldebaran conseguiu arrastar todas as meninas para fora do elevador. Ao ver que estavam sozinhos, mas talvez não por muito tempo, Kamus empurrou Miro sem muita delicadeza, e apertou o botão do último andar.

Ao ver as portas se fecharem, Kamus suspirou, aliviado. O que era aquilo, afinal? Aquele cantorzinho de uma figa só poderia estar zombando dele. Observou-o com o canto dos olhos, e notou que ele tinha estampado em seu rosto aquele costumeiro sorrisinho irônico. Tudo bem que ele não era assim, um expert em relacionamentos, mas se por um acaso aquele insano estava insinuando que ele era um fracassado...

Você é doido, sabia? – Kamus ajeitou a gravata, tentando disfarçar seu nervosismo.

Calma... Você que disse que eu não tenho nada de... especial. Só estou tentando dizer que as garotas se aproximam de mim por outros motivos também...

E eu lá quero saber da sua vida! – Kamus estava exasperado.

Miro fez uma mímica, como se tivesse sido acertado por um tapa no rosto. – OH! Essa doeu! Eu sei que você não quer saber da vida dos outros, você é um profissional, e blá, blá, blá... – Miro fez careta. – Cubo de gelo!

Eu te pego! – Kamus rugiu.

Tarde demais! – Miro saiu pela porta recém aberta do elevador, mas antes apertou o botão do térreo. – Não esqueça de falar pro Deba me avisar, quando a barra estiver limpa! Tchauuuuuu! – Miro virou o pescoço, acenando pela fresta da porta, enquanto esta se fechava.

Kamus teve ímpetos de voltar ao último andar e socar a cabeça do cantor. Desistiu, a favor de manter o seu emprego. "Hoje vai ser mais uma noite de insônia"

Continua

Yes! Vai começar a guerra!

Foi maus a música do Backstreet Boys, mas eu não resisti! Agora, todo mundo imaginando Seiya e Cia. vestidos de branco, perto do avião, dançando... ÊÊÊÊÊÊÊ! Imaginem o Ikki com um lencinho na cabeça, ahahahahah!

(Que fique bem claro que eu não gosto deles, só achei engraçado!)

Pô, mais nessa fic todo mundo é japonês, e canta em inglês! Simples: é mais fácil! Liberdade autoral, meninas.

É isso, mais notícias lá no blog. Beijos!

Bélier