Título: O astro do Rock
Autora: Bélier
Categoria: Universo Alternativo/Romance Yaoi
Retratação: Eu não possuo Saint Seiya/Cavaleiros do Zodíaco. Infelizmente (ou felizmente) eu não os possuo, pois do contrário eles teriam namorado mais do que lutado... De qualquer forma, eles são propriedade de Kurumada, Toei e Bandai.
Resumo: Meu primeiro U.A! Saori é dona de uma famosa gravadora. Ao contratar a mais nova sensação do Rock mundial, a moça deixa o temperamental artista aos cuidados do seu competente Diretor de Marketing. Isso não vai acabar bem...
Capítulo 7 – Concluindo o CD
Bom dia! – Shura mal bateu na porta da sala e já foi entrando. Kamus observou seu assistente, notando que ele parecia muito satisfeito.
Bom dia... – Kamus parou o quê estava fazendo, enquanto seu assistente sentava-se à sua frente. – Alguma novidade? Boa, de preferência...
Ah, sim! – Shura sorriu, feliz. – Acho que a Senhorita Saori vai nos dar um belo aumento!
Kamus balançou a cabeça, divertido, diante da revelação. – O quê te leva a pensar isso?
Bem... Fizemos um ótimo trabalho na divulgação do tal do Miro... O single dele vendeu muito, It's my life está em primeiro lugar nas paradas e o clipe está passando em vários canais de televisão... As lojas já estão se preparando para uma venda agitada, quando finalmente receberem os CDs dele!
Kamus tamborilou com os dedos na mesa, fingindo pouco caso, mas sentindo uma pontada de ciúme. – Imagino. Aquelas loucas que vivem atrás dele vão fazer fila para comprar...
Elas vão se estapear, isso sim! – Shura riu, sem perceber que aquilo incomodava seu chefe. – Bem, o quê importa é que está quase pronto, o pessoal lá do estúdio avisou que hoje eles terminam toda a edição do CD.
Ele já gravou tudo? – Kamus não quis demonstrar curiosidade, mas não pôde deixar de perguntar. Ele não tinha mais visto Miro, depois do dia em que aparecera na gravação do videoclipe do cantor.
Parece que sim... – Shura confirmou. – Sinta-se feliz! Finalmente você está livre dele!
Kamus sorriu, mas sentiu-se mal com a informação. – Realmente, é um alívio!
Assim que a gravadora distribuir o CD às lojas, nosso trabalho estará concluído...
Bem, não temos tanta sorte assim! – Kamus tentou brincar, mas a idéia de não se encontrar mais com o cantor estava deixando-o preocupado. – Teremos ainda que agüenta-lo no próximo videoclipe...
Acho pouco provável... – Shura cruzou as pernas, pensativo. – Ouvi falar que ele fará shows no país por um mês ou dois e depois vai iniciar sua turnê pelo mundo. Parece que a América é o lugar mais visado por ele... Você sabe, lá nos Estados Unidos existem ótimos estúdios, os clipes costumam ser cinematográficos! Talvez não o vejamos por um bom tempo...
O contrato dele com a Kido não é apenas para um CD, é? – Kamus perguntou, esperançoso.
Não, me parece que é para vários... – Shura entendeu mal a preocupação de Kamus. –Você tem razão... não vamos nos livrar dele tão fácil!
Kamus não prestou atenção ao último comentário de Shura. "Preciso resolver isso, de alguma forma! Preciso vê-lo!"
Assim que seu assistente saiu, Kamus chamou Miho e pediu que a secretária marcasse um horário com Miro, para a manhã seguinte, sem falta. Ficou mais aliviado quando a garota lhe deu um retorno, depois de algumas horas tentando entrar em contato com o cantor.
Ele disse que tem muitos compromissos para amanhã, mas vai fazer o possível para estar aqui, Senhor Kamus! – Miho comunicou, toda feliz. A garota adorava as passagens do astro pela gravadora.
Ótimo, obrigado, Senhorita Miho! – Kamus passou a mão pelos cabelos, ansioso. Ele precisava pelo menos saber o quê o cantor queria com ele; se as suas provocações eram apenas para tirá-lo do sério, ou se ele realmente tinha outras intenções...
x-
"Isso é loucura!" Kamus já havia perdido a conta de quantas vezes se decidira a ir embora dali, sem êxito. Olhou novamente para a entrada do prédio luxuoso onde Miro possuía uma cobertura.
"Talvez ele não volte para casa essa noite..." Pensou, desolado. "Talvez esteja com alguém..." Segurou com força o volante, até as juntas dos dedos ficarem brancas. Já fazia pelo menos uma hora que ele estava ali parado, e nem sinal do cantor. E já era quase meia-noite...
"Essa é boa! O quê estou fazendo aqui!" Kamus bufou, irritado. Olhou-se no espelho retrovisor, esperando achar resposta para a pergunta. "Eu vou encontrá-lo amanhã, de qualquer forma, no escritório... Não...Talvez seja melhor esperar mais um pouco!" Tentando se distrair, ligou o rádio do carro. It's my life começou a tocar imediatamente.
Droga!
Finalmente, decidiu ir embora. Olhou mais uma vez para o prédio alto, do outro lado da rua, e suspirou. Já estava para dar partida quando o seu celular tocou, assustando-o. Pegou-o no console do carro e atendeu imediatamente, temeroso de quem poderia ser àquela hora.
Alô? – Kamus notou um breve silêncio do outro lado.
... Acordado a essa hora! Que foi, levou serviço pra casa? – Um riso debochado se fez ouvir.
Kamus piscou várias vezes, sem acreditar.
Oh-oh, foi mal... Atrapalhei alguma coisa? – Outra risada.
Miro! – Kamus perguntou, incrédulo.
Não, é o fantasma do Jim Morrison! É claro que sou eu, seu tonto! – Miro brincou. De repente, sua voz ficou séria. – Escuta... Você está com alguém?
"Como se eu assim não desejasse..." – Não.
Sua secretária me avisou que você queria falar comigo... Sinto muito, mas não posso ir amanhã. Tenho alguns compromissos com o meu empresário.
Oh... – Kamus ficou decepcionado. – Tudo bem, pode ser outro d—
Miro o interrompeu. - Preciso falar com você, agora. Posso ir até a sua casa?
Hã... – Kamus procurou algo para dizer, desesperadamente. – Eu... eu não estou em casa... Na verdade, estava indo embora, e... se você quiser, posso passar na sua.
Silêncio do outro lado. – Por mim, tudo bem... – Miro deu o endereço. Kamus fez careta, lembrando-se de como fora difícil conseguir aquilo, mais cedo. – Dê-me um tempo, estou indo pra lá, também.
Miro desligou, e Kamus ficou olhando para o celular, espantado.
Finalmente, ele ia ter a conversa que queria.
x-
Os dois homens permaneceram calados enquanto o elevador subia. Kamus evitava olhar para Miro, que estava ao seu lado, mas já havia reparado em todos os detalhes do cantor, quando se encontraram, no saguão. Ele estava lindo, como sempre.
Você chegou rápido... – Miro quebrou o silêncio.
Eu... estava por perto. – Kamus disfarçou. – E você, onde estava?
Com o pessoal da banda. – Miro suspirou. – Saímos para comemorar o final da gravação. Mas eu não estava num dia muito animado.
Sei... – Kamus olhou para seus sapatos, pensativo.
Saíram num hall reservado à cobertura; Miro abriu a porta, deixando que o outro homem entrasse primeiro.
Kamus caminhou pela sala enorme do apartamento de Miro, enquanto este acendia algumas luzes. Observou atentamente a decoração. Não era ruim, e de forma alguma refletia a personalidade irritante do cantor. Notou que havia muitos objetos típicos da cultura grega. Parou diante de uma maravilhosa ânfora e abaixou-se ligeiramente para olhar os desenhos nela trabalhados.
Miro, ao notar seu interesse, esclareceu. – A minha mãe era grega. Por isso a decoração. Não pude impedir que isso me influenciasse... – O cantor tirou a jaqueta, revelando uma camiseta preta justa.
São peças muito bonitas... – Kamus desviou sua atenção da ânfora para uma bela estátua.- Realmente, de muito bom gosto...
"...nem parece que foi você que escolheu!" – Miro comentou, com deboche. – Não precisa terminar, já entendi.
Será que você é tão burro que não consegue distinguir quando uma pessoa está te elogiando com sinceridade? – Kamus o olhou friamente.
Miro abriu e fechou a boca, sem encontrar o quê dizer. Disfarçando, virou-se para o bar. – Quer tomar alguma coisa?
Ah... – Kamus hesitou, se sentando num sofá de couro bem no meio da sala. Já fazia algum tempo que parara de usar seus calmantes, sob pressão de Mu. Bem, na verdade, seu médico e amigo se recusara a lhe dar outra receita. – Eu... aceito uma dose de uísque...
Hum, boa pedida... – Miro pegou uma garrafa de um uísque muito caro, e serviu duas doses generosas.
Com gelo, por favor... – Kamus pediu.
Então você não gosta dele puro? – Miro perguntou, colocando o gelo e se aproximando de Kamus.
Na verdade, eu gosto do gelo... – Kamus olhou fascinado quando Miro parou de pé ao seu lado, estendendo-lhe o copo.
"E essa agora?" Kamus pensou, confuso, enquanto tomava um gole da bebida. "O quê é que eu estou fazendo aqui, no apartamento dele, em plena madrugada?" Continuou olhando para Miro, esperando que ele se afastasse, mas viu que o cantor ainda permanecia de pé à sua frente, um olhar estranho em seu rosto.
Miro então pareceu se decidir; provou seu uísque, pousando em seguida o copo com ruído sob a mesinha de vidro perto dele. Afastando-se de Kamus, foi até um sofisticado aparelho de som e estudou atentamente os CDs. Kamus reconheceu imediatamente o som que ecoou pela sala enorme. Era uma de suas cantoras preferidas.
(Take my hand – Dido)
Ei, eu gosto disso... – Comentou, distraído.
Eu vi o CD dela sobre a sua mesa, naquele dia das fotos... – Miro aproximou-se dele, novamente.
Achei que os cantores famosos ouvissem suas próprias músicas quando estão em casa! – Kamus tentou fazer uma piada, mas ficou meio assustado quando Miro, sem aviso, tirou o copo ainda cheio de suas mãos, colocando-o ao lado do seu.
Depois eu é que sou o burro... – Miro comentou, irônico, pegando uma das pedras de gelo que colocara dentro do copo. Kamus observou, vidrado, o outro se sentar sobre ele, seus joelhos afundando no sofá macio, um de cada lado de suas coxas. – Não sou tão egocêntrico assim, a ponto de te seduzir ouvindo minha própria música... - O cantor segurou o rosto de Kamus em uma das mãos, com uma certa rudeza, erguendo-o. Kamus não teve forças, nem vontade, para evitar o que ele sabia que viria a seguir.
Então era isso. Não poderia escapar, mesmo que quisesse.
Miro passou cuidadosamente o gelo pelos lábios de Kamus, que fechou os olhos, aceitando a provocação. Sentiu o gelo derreter e molhar sua boca, um leve gosto de uísque ainda presente na água. Uma gota escorreu por seu queixo e o cantor imediatamente parou-a com sua língua. Kamus permaneceu impassível, sentindo a ponta da língua dele percorrer sua pele, até quase alcançar sua boca. Miro se afastou e provocou-o novamente, até que Kamus entreabriu os lábios, chupando levemente o gelo. Miro então retirou sua isca, substituindo-a por seus lábios, finalmente o beijando.
Kamus sentiu seu corpo se incendiar, ao sentir os lábios quentes de Miro tocarem os seus, gelados e sensíveis. Percebeu, pela impaciência que sentia nos movimentos do outro, que ele parecia estar desejando aquilo já há algum tempo. Kamus fora muito tolo em não perceber.
Bem, talvez ele tivesse notado, sim. E talvez tivesse se deixado cair na armadilha. Conscientemente.
Talvez por isso estivesse ali, naquela noite.
Miro acariciou seus lábios com os dele, lambendo-os, a pedrinha de gelo esquecida sobre o sofá. O cantor o estava provocando, como sempre fizera desde o dia em que se conheceram. Kamus tombou sua cabeça levemente, entreabrindo os lábios e empurrando sua língua dentro da boca de Miro, que pareceu levemente surpreso com a sua iniciativa. Talvez o cantor achasse que ele resistiria mais às suas investidas, mas a verdade era que ele já não estava com paciência para aquele jogo.
Miro retribuiu seu beijo com volúpia, abrindo a boca para recebê-lo, sua língua tocando a dele de uma forma nem um pouco contida. Kamus abraçou Miro, suas mãos ansiosas acariciando as costas do rapaz e enroscando-se em seu cabelo azul. Deixou escapar um gemido abafado, quando o cantor se ajeitou melhor sobre o seu colo. Lembrou-se então de que era a primeira vez que beijava um homem. A idéia o incomodou, mas a boca dele era tão gostosa, e o corpo dele junto ao seu, tão quente...
Miro interrompeu o beijo, sua respiração ofegante. – Quem diria... Você tem calor! – O cantor segurou o rosto de Kamus com as duas mãos, olhando-o diretamente nos olhos.
Pensei ter ouvido você me chamar de cubo de gelo, outro dia... – Kamus resmungou, sua boca ainda rente a de Miro.
Não comece! – Miro sorriu, seus lábios desviando-se para o queixo de Kamus, que jogou sua cabeça para trás, dando mais acesso às carícias do cantor, que passou então a lamber seu pescoço, de maneira sensual. – Não é esse tipo de luta que eu estou esperando ter com você, esta noite...
Kamus gemeu, em parte devido à insinuação do cantor, em parte por sentir a língua atrevida dele em sua orelha. Miro abriu devagar cada botão da sua camisa, os dedos roçando levemente em seu tórax. Kamus arqueou um pouco o corpo quando as mãos maliciosas do cantor alcançaram seu abdômen. Miro afastou o tecido, sem, no entanto, retirá-lo, apenas revelando sua pele aos seus olhos ávidos.
Lindo... – Miro apenas o observou, sem tocá-lo. Kamus viu, fascinado, o cantor alcançar a barra de sua camiseta e puxa-la sobre sua cabeça, em movimentos sensuais. Seus cabelos ondulados espalharam-se por seus ombros e costas, displicentemente. Kamus imediatamente tocou aquela pele morena, sentindo os músculos bem trabalhados debaixo dela.
Miro debruçou-se, colando seu peito ao dele. Seus lábios envolveram os de Kamus novamente, num beijo impetuoso e demorado. Beijaram-se durante algum tempo, até que Kamus apartou, buscando ar. O cantor então passou a beijá-lo no pescoço e ombros, seus dentes raspando sua pele e provocando-lhe arrepios. Kamus acariciou as costas de Miro, lembrando-se então da tatuagem do escorpião. Infelizmente não podia vê-la, mas a simples suposição de ter Miro sob ele, enquanto traçava o desenho perfeito com sua língua, deixou-o mais excitado ainda. Empurrou seus quadris com mais força contra os do cantor, que gemeu, ao contato. Abandonando o pescoço de Kamus, Miro passou a explorar seu tórax. Suas mãos esfregaram os mamilos claros, que endureceram ao toque.
Miro levantou-se, para em seguida ajoelhar-se no chão, diante dele, e desafivelou seu cinto, retirando-o com uma certa impaciência. Decidido, o cantor tirou seus sapatos e meias. Abriu então sua calça, e Kamus, involuntariamente, ergueu um pouco seus quadris, para que Miro pudesse tirá-la também, junto com sua roupa de baixo, deixando-o quase nu, não fosse pela camisa aberta que ele ainda usava. Kamus sentiu-se incomodado, diante da fome com que os olhos de Miro percorreram seu corpo.
Você não imagina como desejei isso... – Miro comentou, suas mãos apertando sem pudor as coxas bem torneadas de Kamus. – Ter você assim... só pra mim... - Os olhos azuis dele se encontraram com os do outro. - Cada vez que nos encontrávamos, era mais difícil controlar...
Eu... – As palavras morreram em sua garganta, ao ver o sorriso malicioso do cantor. – O quê...? – Kamus gemeu, quando Miro segurou sua ereção, acariciando-a com as mãos macias. Tombou a cabeça sobre o encosto do sofá, apertando os olhos, recusando-se a ouvir seu subconsciente, que insistia em recriminá-lo por estar fazendo aquilo. Mas era tão bom... Ele se sentia fortemente atraído por Miro, o que poderia fazer senão se entregar?
Todos os seus pensamentos coerentes desapareceram quando Miro lambeu, sem pressa, a ponta do seu sexo. Kamus forçou-se a abrir os olhos para poder olhar para ele, que o segurou pelo quadril, trazendo-o para a borda do sofá e para mais perto de seus lábios. Miro o levou todo em sua boca quente, arrancando-lhe um gemido alto. Kamus pousou sua mão sobre a cabeça do cantor, implorando, com o gesto, que continuasse aquela doce tortura.
Com um gemido abafado, Miro começou a sugá-lo com habilidade, quase o levando ao extremo. Kamus fechou os olhos novamente, uma infinidade de sensações invadindo seu corpo. Prazer, diante do toque de Miro. Estranheza, por um homem estar fazendo aquilo a ele. Surpresa, pois nunca ninguém havia lhe feito aquilo tão bem. Ciúmes, da experiência do cantor.
Sentiu um enorme desapontamento quando Miro se afastou dele, deixando seu corpo dolorosamente perto do orgasmo. Observou, fascinado, o cantor terminar de se despir, e admirou o corpo perfeito, diante dele. Não havia um defeito que pudesse ser apontado. Ele era simplesmente deslumbrante. Seus olhos avaliaram, timidamente, o sexo do outro homem. Admitiu, finalmente, que desejava muito Miro. Isso era o suficiente para deixar seus receios de lado.
Kamus estranhou quando Miro, totalmente nu, foi em direção à sua jaqueta de couro, que ele havia deixado em uma cadeira, e começou a procurar algo nos bolsos. - O que foi? – Perguntou, enquanto seus olhos percorriam avidamente as costas do cantor e suas nádegas bem torneadas. Vislumbrou a tatuagem perfeita, parcialmente encoberta pelo cabelo longo.
Camisinha... – Miro respondeu, sua voz soando ligeiramente agoniada. Finalmente encontrando o que queria, voltou para junto de Kamus, aliviado. Ao notar o olhar emburrado do outro homem, Miro se justificou. – Eu já tinha decidido ir até a sua casa, nem vem! – O cantor retirou o preservativo da embalagem, colocando-o em Kamus. Seus olhos azuis se encontraram com os dele, um brilho malicioso estampado neles. - Você ia ser meu de qualquer jeito, hoje!
Presunçoso! - Kamus abraçou Miro, quando ele voltou a sentar-se em seu colo. – Eu deveria ter te dado um pouco mais de trabalho...
Não ia adiantar você resistir... – Miro suspirou, relaxando seu corpo, enquanto buscava com uma das mãos o sexo ereto de Kamus.
Kamus segurou-o firmemente pela cintura, afundando seu rosto entre os cabelos azuis. Seus lábios traçaram uma trilha de beijos e pequenas mordidas pelo pescoço de Miro, provando a pele bronzeada. Ao sentir o corpo dele envolver sua ereção, deixou escapar um gemido abafado. Miro se moveu sobre ele, sedutoramente, afastando-se ligeiramente dos seus ombros e estabelecendo contato com seus olhos. Kamus se viu refletido naqueles olhos azuis, brilhantes de prazer. Seus dedos apertaram os quadris do cantor, trazendo-o novamente para junto de si. Miro gemeu e repetiu o movimento, sem pressa, seu corpo se encaixando melhor ao de Kamus.
Hum... Ajuste perfeito... – Miro comentou, entre um gemido e outro, malicioso, erguendo seu corpo mais uma vez, para depois baixa-lo sobre a ereção de Kamus.
Cale a boca e me beije! – Kamus ordenou, excitado. Miro obedeceu, e os dois dividiram outro beijo molhado.
Em pouco tempo, seus corpos suados moviam-se com cumplicidade, como se pertencessem um ao outro há longa data. Kamus deixou uma das mãos vaguear pelo tórax e abdômen de Miro, que suspirou dentro de sua boca e segurou-o pela nuca, aprofundando o beijo. Kamus, ofegante, envolveu o sexo de Miro com seus dedos e começou a acariciá-lo com movimentos fortes. Kamus sentiu o corpo do outro homem se retesar, e não demorou muito para que ele gozasse em sua mão.
Miro gemeu longamente, seu corpo sendo sacudido por pequenos espasmos. Kamus conteve-se, até que o seu agora amante se acalmasse. Segurou-o pelo rosto, e seu olhar cruzou com o dele. O cantor o observou com olhos vidrados, e Kamus sentiu seu coração apertar.
Estava apaixonado por Miro.
Empurrou-se contra ele algumas vezes, restabelecendo o ritmo, e desfrutou daquele sentimento novo a ele. Beijou-o novamente, e se perdeu naquele corpo quente. Miro o acompanhou, e o prazer tornou-se insuportável. Gozou, com um grito rouco.
Miro, exausto, debruçou-se sobre Kamus, seus braços jogados displicentemente sobre os ombros ainda vestidos do amante. – Ah, Kamus... – O cantor suspirou, sua voz saindo abafada pelos longos cabelos esverdeados.
Kamus afastou as mechas sedosas de Miro, beijando-o na junção do pescoço e ombro.
Permaneceram algum tempo em silêncio, perdidos em seus pensamentos.
Oh... – Miro gemeu.
Que foi, agora? – Kamus perguntou, enquanto deslizava seus dedos pelas costas do cantor, em suaves movimentos.
Meu sofá de couro... – Miro respondeu, segurando-se para não rir.
Isso me lembra uma coisa... – Kamus deu um tom esperançoso em sua voz. – Você tem cama, não?
Continua
Comentários da autora:
Vou ter que começar com um pedido de desculpas à todas que sugeriram músicas e mandaram letras para essa cena. Na verdade, essa letra que eu coloquei não tem nada a ver com Rock, é uma música da Dido, do CD No Angel, "Take my hand". Eu não pude renegá-la, uma vez que foi ela que me animou a escrever esse capítulo. Seria injusto colocar outra. A melodia pode não combinar com a cena, mas a letra é legal!
Bem, pessoal, é isso! Até que enfim! (risos) E aí, gostaram?
Beijos!
Bélier
