"Entre deuses e dinossauros"
Autor (a): Phoenix
Comentários:
Cris
Mais uma vez obrigada pelo seu review! Foi muito legal falar com vc no MSN! Eu amo Senhor dos Anéis e, achando uma possibilidade de inserir, não resisti! Realmente, Tróia falha nos detalhes, como o tempo da Guerra e a falta dos deuses, essenciais à lenda, mas o diretor acertou em cheio na escolha de Aquiles! Mama mia! Pitt não é dos melhores atores, mas é lindo de morrer (como o vinho, quanto mais velho, melhor....) e atuou bem, na minha opinião, na frieza do guerreiro, na sedução na hora certa e na dor tb!
Claudia
fantástica é sua participação contínua! É bom ver que as cenas de aventura estão convincentes! Quanto aos próximos personagens.....veremos!
Towanda
Amo aventura e deuses, juntando, deu isso aí! Pois é, aquele moço feinho de Tróia né.....eu tinha pensado em escalar alguém para dublê da Verônica, caso ela estivesse muito machucada, pensei em vc, mas se vc não gostou......eu penso em outra pessoa....caso mude de idéia, saiba que ele transpira muito e ainda tem vaga para figurante como gotinhas de suor.... serve?!
Liberar este cap foi um presente de feriadão para vcs, mesmo com poucos reviews! Só porque eu fiquei muito feliz com os elogios no MSN, mas agora cooperem e comentem! Beijos!
No capítulo anterior:
Verônica havia sido gravemente ferida pelo ataque feroz das harpias e precisava mais do que nunca de ajuda e o auxílio veio de alguém absolutamente inesperado: Aquiles, o maior guerreiro grego. E agora, o que aconteceria com nossos valorosos, mas combalidos, aventureiros? A seguir as aventuras de Verônica, Roxton e Aquiles Pitt (segundo algumas pessoas, mas não me perguntem quem!).
CAPÍTULO 11
Aquiles buscou entre suas coisas por bandagens e alguns ungüentos que trazia consigo para qualquer eventualidade. Ele tinha conhecimentos em uma vasta amplitude de saberes, entre eles medicina. Ao cuidar com tamanha habilidade dos ferimentos de Verônica e de alguns arranhões de Roxton, ele provou que os ensinamentos de Quíron haviam sido muito bem prestados e primorosamente aprendidos.
Entretanto, Aquiles precisava de algumas folhas para que a cicatrização fosse mais rápida e eficiente; como conhecia muito bem a área, ele sabia que poderia encontrá-las ali por perto. Verônica estava muito vulnerável, então ele resolveu dar instruções bastante precisas a Roxton para que ele fosse buscar as folhas. Assim que Roxton saiu, Aquiles voltou para o lado de Verônica; sentou-se ao lado dela e fitou longamente a bela moça.
Aquiles não era de se apegar a nenhuma mulher por mais de uma noite, mas aquela desconhecida parecia ter atraído sua atenção de um modo diferente. A jovem da selva era realmente bonita, mas não foi isso que o encantou de início, mas sim a sua garra em se manter viva e o esforço que fazia para não demonstrar a dor que certamente sentia, a fim de não preocupar ainda mais seu amigo.
Aquiles poderia ficar ali por mais um bom tempo apreciando a mulher que estava a sua frente, mas foi pego de surpresa:
"Por que me olha tanto? Estou tão mal assim?"
Aquiles abriu um enorme sorriso:
"Não, uma mulher como vc nunca fica mal.....nem quando está ferida!"
O rosto de Verônica ruborizou-se diante do galanteio daquele homem, mas nem isso fez com que ela desviasse os olhos dele.
"Posso saber o nome de tão valorosa guerreira?". Continuo Aquiles.
"Guerreira? Bem..... Verônica...."
"Sim, uma guerreira que agüentou bravamente estes ferimentos e eu sei que eles doem muito!"
"Isso é verdade....e vc quem é? Foi vc quem cuidou de mim?"
"Meu nome é Aquiles... cuidei sim!"
Não sei se vcs notaram, mas Verônica nem deu por falta de Roxton, tamanho o seu encantamento com o grego. O que diria Ned ao ver aquela cena? É melhor não sabermos.
"Ai.....". Verônica fez menção de se levantar, mas as dores ainda impediam-na de movimentos bruscos e se não fosse Aquiles a ampará-la, ela teria caído. Ela não podia negar que estar apoiada nos braços fortes de Aquiles produzia uma agradável sensação de segurança, uma proteção que ela fingia não precisar, mas que em seu íntimo ansiava há muito tempo.
"É melhor vc deitar-se novamente...."
"Eu gostaria de ficar sentada....."
"Está bem". Dizendo isso o herói de cabelos dourados ajudou Verônica a recostar-se em uma pedra, mas o contato com a aspereza da rocha fez com que os cortes doessem. Bastante solícito, Aquiles se ofereceu para que Verônica recostasse em seu corpo, proposta que ela aceitou e não foi só porque estava machucada e a pedra era pontiaguda; ela aceitaria de qualquer forma e eu pergunto: quem não aceitaria?
Eles começaram a conversar; de início Verônica ficou sem graça de estar recostada nele, mas aos poucos foi ficando mais à vontade. Enquanto Aquiles falava de suas aventuras, Verônica, ali onde estava, confortavelmente localizada, fechou os olhos e começou a devanear. A voz de Aquiles ficava cada vez mais distante e a jovem voltou seus pensamentos para um outro alguém que não lhe fornecia o mesmo tipo de proteção física – na verdade, muitas vezes foi necessário que ela o protegesse – mas cuja presença se tornava cada vez mais imprescindível em sua vida.
Aquiles, por sua vez, era tão orgulhoso de suas façanhas, que nem percebeu os devaneios de Verônica, e cada vez a mente da jovem se distanciava mais e mais. Ela não podia negar que havia se sentido atraída por Aquiles, desde o momento em que abriu seus olhos e viu como ele era belo, mas também sabia que aquilo não passava de uma coisa física: a atração por alguém extremamente belo e com predicados de herói. Afinal de contas, que mulher não ficaria abalada diante dos galanteios de um herói de verdade? De repente ela saiu de seu transe:
"Por que está cuidando tão bem de uma estranha?"
"Porque nunca conheci uma estranha tão encantadora!". Disse Aquiles, mas desta vez Verônica não mais corou. Os dois se entreolharam longamente, e Aquiles segurou levemente o rosto de Verônica a fim de aproximar do dele e fazer o que desejou desde que a viu.
Aquiles beijou suavemente Verônica, mas se surpreendeu ao ver que ela não correspondeu ao beijo.
"O que houve?". Disse Aquiles sem entender o que havia acontecido; ele estava acostumado a ter as mulheres a seus pés.
"Nada....". Disse ela rindo.
"É por causa dele?". Disse Aquiles apontando na direção que Roxton havia ido.
"Não..... somos amigos......e só......"
"E do que está rindo? De mim?"
"É claro que não! Porque iria rir de vc?"
"Do que então?"
"De mim mesma......foi preciso vir tão longe e encontrar vc para descobrir o que eu já sabia, mas não conseguia ver!"
"Do que está falando?"
"Vc já amou Aquiles?"
"Não.....acho que não....."
"Então não entenderia o que eu quero dizer.......e o que estou sentindo...."
A expressão de Aquiles era de extrema confusão, mas para sorte de Verônica ela não precisou dar mais explicações, pois neste exato momento Roxton estava voltando com as folhas que Aquiles havia pedido.
"Inferno sangrento! Pensei que nunca fosse encontrar estas malditas folhas! Quer dizer.....benditas.. sei está, Verônica? Sente-se melhor?"
"Sim.....já consigo me mover um pouco...". Disse Verônica, aliviada pois Roxton parecia não ter visto nada. Aquiles pegou as folhas com Roxton e apressou-se em fazer mais compressas. O grego não estava acostumado a ser rejeitado pelas mulheres, mas daquela vez havia sido diferente; não foi uma rejeição de fato, mas sim uma mulher que se resguardava por amor a outro. Pensando nisso, ele sentiu até uma ponta de inveja de seu "adversário" sem rosto. Depois de aplicar as compressas em Verônica, ele a deixou descansar e foi falar com Roxton.
"Como ela está?"
"Melhor....está muito machucada, mas é forte e vai agüentar!"
"Que bom!"
"Ela é sua mulher?"
"Não......é minha amiga!"
"Amante?!"
"Não ouviu o que eu disse? Ela é minha amiga!"
"Desculpe, mas não é comum ver mulheres sozinhas caminhando por trilhas com homens, a não ser que tenham alguma relação com ele....não amizade, se é que me entende....."
"Não sei os costumes de vcs, mas somos amigos e só! "
"Ela tem alguém?"
"Como assim?"
"Vc me entendeu.....quero saber se ela tem compromisso com alguém...."
"Posso saber porque?"
"Tem ou não tem?"
"Compromisso formal não, mas........"
"Já respondeu a minha pergunta.....mas o que fazem por aqui?"
"Bem, temos que cumprir uma tarefa......para ajudar um amigo....."
"Vc ainda não confia em mim, não é?"
"Desculpe....nem sei mais em quem confiar depois de tudo que já passamos....."
"Bem, mas eu já mostrei que quero ajudar...."
"É verdade, acho que posso confiar em vc.....não sei o que faria para ajudar Verônica, nem sei se estaríamos vivos...."
"Que tarefa é esta de que falou?"
"Nós temos que achar um tal líquido, o sangue de uma criatura para só assim trazer de volta à vida um de nossos amigos...."
"Que?!"
"Eu sei que parece loucura, mas é verdade!"
"Não é loucura.....vc não imagina as coisas pelas quais já passei, mas o que me intriga é como conseguiram saber deste sangue e quem mandou vcs nesta tarefa!"
"Hera...."
"Como imaginei! A esposa ciumenta de Zeus! Não sei se sabem com quem estão lidando, mas aviso desde já que ela é extremamente perigosa e o que quer que tenha prometido a vcs, não acredito que cumpra...."
"Que ela é perigosa nós desconfiamos, mas sobre isso de não cumprir as promessas, espero que esteja errado, pois nossas vidas dependem disso! Além do mais não temos opção.....só podemos seguir em frente!"
"Então que assim seja, mas devo alertá-lo que fiquem atentos a tudo no caminho, desconfiem de tudo e todos e não se descuidem um só momento!"
"Gostaria de saber de onde aquelas coisas vieram......". Disse Roxton coçando a cabeça.
"Aquelas são as Harpias.... elas surgem do nada e têm um ataque poderoso, foi sorte eu ter chegado a tempo....mas fiquei curioso com uma coisa: vcs tinham uma espada, pq não se defenderam?"
"Não tive tempo! Como disse, elas surgiram do nada e quando me dei conta já estavam atacando Verônica!"
"Deixe-me ver esta espada.....posso?". Disse Aquiles estendendo a mão para que roxton lhe entregasse a espada que trazia. "Ora, esta espada eu conheço.....é a famosa espada do deus Hermes, a que não pode ser quebrada! Quem lhe deu isso?"
"Íris, a mensageira de Zeus......ela nos deu presentes que pudessem nos ajudar na empreitada...."
"Então da próxima vez não deixe ela na bainha, leve na sua mão, sempre à frente, por mais calmo que o lugar possa parecer! Não confie nas aparências!"
"Obrigada pelo conselho! Vou segui-lo!"
"É melhor que o faça para seu próprio bem!"
"Quando acha que ela estará pronta para seguir?"
"Quanto tempo podem esperar?"
"Não muito.... temos 3 dias para cumprir a tarefa, contando de ontem pela manhã!"
"Bom, não é muito tempo, já passa da metade do dia, e acho que podem ir caminhando lentamente. Vou indicar um caminho por onde podem ir mais tranqüilamente...."
"Mais uma vez obrigado!"
"Não precisa agradecer! Eu gosto de ajudar.....vou com vcs em parte do caminho, mas depois seguirão sozinhos, pois não posso tomar para mim algo que é tarefa de vcs!"
"Está bem"
Dizendo isso, Aquiles arrumou suas coisas e pendurou nas costas o alforje que trazia. Em seguida, tomou Verônica nos braços e voltou andar, seguido de perto por Roxton, que agora trazia a espada de Hermes em sua mão e o frasco dado pela esfinge na outra, para garantir a segurança o máximo possível. Enquanto caminhavam, as perguntas ainda flutuavam na mente de Roxton; eram tantas coisas novas, tantos acontecimentos estanhos e em tão pouco tempo, que ele ainda não havia conseguido se acostumar.
"Posso fazer uma pergunta?"
"Já fez!"
"Então me deixe fazer outra!". Disse Roxton rindo, sendo seguido por Aquiles que também deu uma gargalhada.
"Faça então...."
"Pelo que pude ver, aquela criatura era enorme e bastante o escudo suportou o impacto sem rachar ao meio e como vc não foi esmagado por ela?"
"Bem.....o escudo foi forjado pelo mais habilidoso dos ferreiros, Hefestos, já ouviu falar?"
"Acreditaria se eu dissesse que o conheci?"
"Como?!"
"Isso é uma longa história.....mas quanto a minha resistência digamos que seja um presente divino...."
"Vc é filho de deuses?"
"Mais ou menos.... mas isso também é uma longa história....". Disse Aquiles com um sorriso de canto de boca.
"Acho que enquanto caminhamos podemos ir contando nossas longas histórias....o que acha?". Sugeriu Roxton.
"Muito vc então!". Concordou Aquiles.
"Ok". E Roxton foi seguindo lado a lado com Aquiles, contando o modo incrível como os deuses apareceram no plateau e a confusão que se instalou com a chegada deles; falou sobre a visita que fizeram ao Hades e o acordo com Hera. Mas é claro que Roxton também aproveitou para contar as fabulosas aventuras diárias no mundo perdido, incluindo tribos guerreiras hostis, acontecimentos surreais e dinossauros, criaturas que Aquiles nem fazia idéia do que poderiam ser.
Aquiles, por sua vez, também não poupou comentários sobre as venturas e desventuras de ser um grande guerreiro, amado pelos deuses e filho de uma ninfa marinha. Contou coisas sobre os deuses e seu caráter passional, tão próximo dos humanos e como eles costumavam interferir no destino das pessoas, não necessariamente para ajudar, mas, e não eram raras às vezes, para divertimento próprio.
Os dois iam andando, divertindo-se bastante com as histórias vindas dos dois lados e até Verônica que estava tão debilitada, ria vez por outra com as coisas absurdas que ouvia de Aquiles. Como os cuidados foram bem prestados, a jovem da selva já se sentia bem melhor; as folhas que Aquiles havia colocado junto com os ungüentos eram realmente eficientes, pois aliviavam a dor e cicatrizavam os cortes com uma rapidez incrível. Mas tendo estas receitas vindo de um centauro como Quíron, o mais sábio deles, não era de se esperar outra coisa. Estavam tão descontraídos que o tempo foi passando de modo agradável.
Quando chegaram em determinado ponto, o herói grego parou:
"Bom.... acho que é aqui que nos despedimos!"
Roxton olhou em volta e pode ver o belo lugar onde estavam: era um penhasco que mais parecia um jardim, tamanha a quantidade de flores nos mais variados tamanhos, formatos e matizes. Além do penhasco, podia-se ver o deslumbrante mar com suas águas de um azul profundo, absolutamente convidativo a um mergulho.
"Mas que lugar é este? Para onde iremos daqui?"
"Está vendo ali?". Disse Aquiles apontando para o mar.
"O que? Não vejo nada! Só o mar...."
"Olhe direito.....lá longe vc verá um outro penhasco...."
"Sim....agora vejo, mas é tão longe que quase parece um ponto no horizonte! Mas o que tem isso?"
"É ali que vc vai encontrar o que procura...."
"Hã?"
"Isso mesmo! É ali a caverna onde se escondia a medusa.......agora é lá que ainda permanece sua cabeça cortada e, conseqüentemente o sangue que vcs precisam!"
"Mas a pergunta em questão é: como nós vamos chegar até lá?!"
"Bem......isso já não é mais comigo!"
"Essa é boa! Tivemos bastante ajuda no caminho, mas sempre nos deixam assim, neste beco sem saída, ou neste caso, em um penhasco a léguas da caverna onde temos que chegar!"
"Eu estava brincando com vc! Se fosse por terra, eu emprestaria com prazer o meu cavalo, o mais forte da Grécia e acho que de todo o mundo.....a única coisa boa que as Harpias fizeram, pois ele é filho de uma delas.....mas......"
"Mas, como a travessia é por água vc nada pode fazer, não é? Mas que coisa! Ninguém disse que teria um oceano entre nós e a tal medusa!"
"Vc vai me deixar concluir....? vc disse, a travessia é pela água e dá para ver que este mar é enorme....mas acho que tem outro ser que pode ser de grande ajuda agora!"
Os aventureiros haviam chegado aos confins da terra - é bem verdade que não eram os confins, mas bem que parecia - e Roxton estava visivelmente desesperado para saber como iriam transpor aquele gigantesco mar. Normalmente ele demoraria mais tempo para entrar em pânico, mas aquela era uma situação limite. Antes que Aquiles pudesse terminar a sua explicação sobre quem poderia ajudar mais uma vez os aventureiros, eles puderam ouvir um barulho, vindo de longe.
O barulho aumentava, ficando cada vez mais perto, até que eles identificaram como um relinchar.
"Parece um cavalo! Mas de onde ele estaria vindo? É seu cavalo Aquiles?". Disse Verônica, que já conseguia ficar acordada há um bom tempo.
"Não!". Disse o herói grego.
"Mas não importa, um cavalo não serviria para nada agora......"
"Nem mesmo se ele voasse?!". Perguntou Aquiles de modo sarcástico.
"Eu não acredito nisso! Verônica, vc está vendo o mesmo que eu?". Só naquele momento eles puderam ver de fato o animal.
"Não me peça para explicar, mas estou sim Roxton!"
"Ele.....voa!". Roxton balbuciava as palavras.
"Minha nossa!". Disse Verônica esfregando os olhos a fim de verificar se não era uma alucinação.
"Ora! Porque tamanho espanto, por acaso vc não disse que já viu lagartos que voam?!"
"Sim, mas...."
"Mas o que? É simplesmente um ser com asas!". Disse Aquiles com a maior naturalidade.
Neste momento, o cavalo dirigiu-se aos aventureiros e abaixou a cabeça em sinal de reverência e para que eles montassem em seu dorso macio e luminoso. Os aventureiros ficaram um tempo contemplando o magnífico animal e por instantes esqueceram-se de sua tarefa grandiosa: era surreal ver um cavalo alado e na mitologia grega havia apenas um, Pegasus.
Perseu já havia mencionado seu nome, quando contou sobre a medusa. O cavalo havia nascido quando o pescoço do monstro foi cortado e era resultado da união dela com o deus Posêidon. Entretanto eles ainda tinham certa resistência a acreditar na existência das criaturas fantásticas, mesmo que já tivessem visto várias. Passados aqueles instantes mágicos, eles finalmente montaram no fabuloso Pegasus e puderam completar a travessia do cristalino mar da Grécia, não sem antes se despedir de Aquiles.
"Muito obrigado por sua ajuda! Nós lhe devemos a vida!". Disse Roxton enquanto oferecia um aperto de mão à Aquiles; ele ficou surpreso quando Aquiles, em vez de um aperto de mão lhe deu um abraço apertado e um beijo em cada face, afinal este era um costume grego.
"Mantenham-se firmes no seu propósito e salvem seus amigos e a vcs mesmos! Ficarei imensamente feliz com isso!"
"Adeus!". Disse Roxton, montando em Pegasus.
Verônica deteve-se por um momento para se despedir de Aquiles; era estranho pensar nele sem graça, mas era exatamente assim que ele estava quando Verônica se dirigiu a ele.
"Adeus Aquiles! Obrigada por tudo!"
"De nada,.....será que voltarei a vê-la um dia?"
"Sinceramente acho que não......"
"Ele tem sorte!"
"Ele?!"
"Não me disse que tem alguém, mas eu sei que ele existe.....e deve ser muito bom ser amado assim....."
"Vc é especial Aquiles e certamente encontrará o amor quando menos esperar!". Disse Verônica, depositando um singelo beijo nos lábios de Aquiles.
"Espero que tenha razão....e que meus olhos possam brilhar tanto quanto os seus!". Sussurrou Aquiles no ouvido de Verônica, enquanto dava um abraço na jovem, não apertado como ele gostaria haja vista o estado das costas dela, na certeza de que nunca mais veria aquele doce sorriso.
"Cuide-se!". Disse Verônica, enquanto montava em Pegasus, indo em direção a sua missão. Depois de um tempo sobrevoando o mar em silêncio, Roxton se pronunciou:
"Ele queria saber se vc tinha alguém....!"
"E o que vc disse?"
"Disse que vc não tinha um compromisso formal....."
"...... nós dois descobrimos que meu coração já tem dono....". Disse Verônica, abraçando Roxton bem forte e então eles seguiram em silêncio até o fim da travessia.
Aquiles ficou na beira do penhasco, com o vento batendo em seus cabelos da cor do sol, vendo os aventureiros se distanciarem: lá se foram Verônica e Roxton montados no incrível Pegasus. Voar por sobre aquele magnífico mar, em um cavalo alado era quase um sonho e, apesar de todas as dificuldades, momentos como aquele valeriam por uma vida.
CONTINUA.....
Um pouco de mitologia:
Aquiles: Guerreiro filho de Peleu e de Tétis. Sua mãe banhou-o nas águas do rio Estige, o que o tornou invulnerável – à exceção do calcanhar, por onde ela o segurara seu corpo. Durante a guerra de Tróia, abandonou o combate, pois a jovem cativa troiana Briseida, por quem ele se apaixonara, foi-lhe tomada para ser entregue a Agamênon. Retornou à luta depois da morte de seu amigo Pátroclo e matou, num duelo, o príncipe troiano Heitor. Porém, foi morto por Páris, que, guiado pela mão de Apolo, conseguiu feri-lo no calcanhar.
Pegasus: Cavalo alado, filho de Poseidon e da górgona Medusa. Nasceu do sangue desta, quando Perseu lhe cortou a cabeça. Pégasus pertenceu a Belerofonte, que dele se serviu para matar Quimera e derrotar as Amazonas. Quando esse herói morreu, o animal retornou à morada dos deuses. Durante o combate entre as Musas e as Piéridas, o monte Hélicon inchou-se de prazer, ameaçando atingir o céu. Por ordem de Poseidon, Pégasus bateu o casco na montanha e fê-la retomar seu tamanho natural. No lugar tocado peloa cavalo brotou uma fonte chamada Hipocreme. Pégasus foi transformado pelos deuses em constelação.
Quíron: foi o mais sábio dos centauros e com os outros, serviu de tutor a vários heróis entre eles, Aquiles.
Observações:
Inferno sangrento: Esta foi uma expressão usada na fanfiction "Santa Madalena" escrita pela Lady F, e que tomei a liberdade de aqui citar, pois achei o termo fantástico. Viu Lady F, os direitos autorais são seus, mas eu li a sua fic e não resisti!
DISCLAIMER: Os personagens aqui citados fazem parte da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World", não sendo, portanto de propriedade do(a) autor(a) desta fanfiction.
