"Entre deuses e dinossauros"
Autor (a): Phoenix
Comentários:
Nessa Reinehr
Não precisa esperar mais, tá aí o que vc pediu: o próximo cap! E quanto as atitudes e falas dos personagens, legal vc ter comentado, porque as vezes fico em dúvida se esse ou aquele diria isso ou aquilo, e é muito bom quando vcs conseguem reconhecê-los no texto! Mas quabdo tiver algo estranho a alguém, por favor não deixe de falar!
KAKAU
Demais são os seus elogios, se pudesse me ver, veria como eu fico corada cada vez que os leio, afinal de contas sou escritora oculta em grande parte pela timidez da minha pessoa! Mas não entendi uma coisa: vc disse que está ansiosa para ler a próxima fic....mas eu não declarei que terá uma próxima fic....vc queria dizer cap??
Claudia
A relação de amizade entre Roxton e Verônica é uma das coisas que mais gosto na série e, foi pela sugestão de uma inestimável colaboradora e sua enorme contribuição, que esta relação apareceu aqui! Se vcs soubessem qual era o rumo original desta fic.......
Rosa
"perita em descrições e pequenos diálogos"? Gostei disso, meu ego agradece! Eu simplesmente amo Senhor dos Anéis e não resisti às referências!
Jéssy
Pobre Ícaro....mas fique calma, eu me ocuparei de dar um pouco mais de razão a nossos aventureiros....mas do que eles já têm!
Lady F.
Também A-M-E-I saber que vc está acompanhando a fic! E se eles imitarão Ícaro.. só lendo para saber!
No capítulo anterior:
Pegasus havia ido embora e no lugar dele havia um embrulho: um par de asas para cada aventureiro. Mas como isso serviria para tirá-los dali, é o que vcs devem estar se ? A seguir descobrirão!
CAPÍTULO 13
Verônica tinha razão; a brisa leve que vinha do mar e refrescava a aprazível ilha, começou a aumentar e logo uma espécie de redemoinho pode ser visto no meio do mar, vindo em direção à ilha.
"Será que esta ventania é realmente para ajudar ou é mais um problemão daqueles?!"
"Vamos torcer para que seja a solução que precisamos!"
"E vamos fazer o que?"
"Vc já perguntou isso e eu disse que não sei! Sei lá, levanta os braços....". Disse Verônica, que neste momento levantou os braços e abaixou-os novamente, e qual não foi a sua supresa, ao perceber que havia dado um espécie de salto.
"Vc viu isso?!"
"Isso o que?"
"Eu levantei Roxton!"
"Que?!"
"Olhe para meus pés!". E novamente a jovem da selva levantou e baixou os braços, imitando um bater de asas. Mais uma vez ele saiu alguns centímetros do chão.
"Não é possível!"
"Pare de pensar no que é possível ou não! Lembra-se do que a ninfa nos disse, na floresta?"
"A esta altura o máximo que consigo lembrar é o meu próprio nome!"
"....se olharem com cuidado as pistas, saberão por onde ir!.....sigam a intuição e estarão em vcs mesmos e não se apavorem!"
"Ah mas é claro, como não me apavorar? Nós só temos que cruzar um oceano com um par de asas feitas de cera! Simples não?"
"Não mais estranho do que falar com um ser que se transforma em arco-íris, uma ninfa, uma pedra que fala, dois heróis que matam monstros tenebrosos, sem contar em chegar até aqui em um cavalo alado! Isso por acaso é normal para vc?"
Parece incrível, mas depois de tudo que haviam visto durante a jornada, Roxton ainda tentava encaixar as coisas nas categorias de possível e impossível. Por acaso ele não sabe que "há mais coisas entre o céu e a terra do que julga a nossa vã filosofia"?
"Pensando bem....". Disse Roxton, refletindo sobre as palavras de Verônica.
"Não temos tempo para pensar! Eu vou começar e vc me segue!"
E então Verônica começou a levantar e abaixar os braços cada vez mais rápido. Roxton seguia seus movimentos e os dois começaram a sair do chão. No início assustaram-se um pouco, mas dentro de pouco tempo já estavam a alguns metros do chão. Mas eles ainda tinham um problema, eles subiam, mas não estavam saindo do lugar e deste modo como poderiam cruzar o oceano?
Lembram-se do redemoinho no meio do mar? Pois é, foi exatamente ele que veio até o local onde Verônica e Roxton; como se estivesse estendendo um braço de vento, o redemoinho os carregou, levando-os a sobrevoar o mar. Em um comportamento instintivo de sobrevivência, os aventureiros não paravam de bater as asas, pois sabiam que se parassem, certamente cairiam no mar, afogando-se. Ao mesmo tempo, tinham que manter um ritmo no bater, pois também não poderiam subir demais e terminar como o jovem Ícaro. Depois de um tempo sendo levados pelo redemoinho, eles finalmente alcançaram a terra firme. Chegaram ao mesmo lugar onde Aquiles os havia deixado e onde eles encontraram Pegasus.
Apesar de confortáveis, Roxton e Verônica se apressaram em tirar as asas, com receio de que qualquer movimento brusco os levasse de volta para o redemoinho. Depois de se livrarem, cuidadosamente, das asas, eles notaram que o redemoinho continuava ali, flutuando acima do mar, mas agora ele parecia formar uma silhueta masculina.
"Que estranho, este redemoinho parece formar um corpo!"
"É sim....um corpo de homem!"
"Deve ser nossa imaginação!"
"Deve...."
E assim eles deram as costas para o mar, tentando voltar o mais rápido possível para a caminhada que os levaria de volta para o ponto de partida, onde deveriam encontrar Hera e libertar seus amigos. Estavam conversando sobre os cuidados que deveriam tomar na volta, sobre como se manter em segurança e coisas do tipo; não haviam dados muitos passos, quando foram, interrompidos por uma voz, vinda do meio do mar, silenciando imediatamente os dois.
"Para onde vão com tanta pressa?"
"Que?!". Disseram os dois virando-se a um só tempo.
"Porque tanta pressa? Nem conversamos!"
"Conversar?!"
"Ei, desde quando o vento fala?"
"Ah! É isso! Desculpem-me, esqueci de voltar a minha forma normal!"
"Forma normal...."
"E desde quando vcs são eco para ficar repetindo as coisas que eu falo?"
Verônica e Roxton ainda achavam perplexidade para expressar diante de acontecimentos como este. O homem rapidamente fez o que disse: deixou a forma de redemoinho e assumiu a forma de um homem. Na verdade, um espetacular homem alto, com os cabelos longos e negros e profundos olhos azuis, exatamente como o mar de onde acabava de sair.
"Nossa.....". Verônica não pode deixar de expressar a surpresa diante da visão daquele ser. E ela tinha razão, pois a expressão deus grego se aplicava muito bem aqui.
"Permitam que eu me apresente....sou Éolo, filho de Poseidon e Arne! E vcs quem são?"
"Eu sou John Roxton e ela é Verônica Layton"
"É um prazer conhecê-los, tão poucos vêm aqui!"
"Aqui....."
"É.....aquela ilha onde vcs estavam é o meu lar!"
"Minha nossa! E como não o vimos?"
"É claro que me viram! E quem acham que deu carona para vcs?"
"Vc era o...."
"Vento!"
"Exatamente! Aquela é a minha outra forma.....sou eu que controlo os ventos"
"E como sabia que precisávamos de ajuda?"
"Ora, eu sei tudo que acontece na minha ilha! Vi as asas e sabia que sem um bom vento jamais conseguiriam fazer a travessia!"
"Na verdade, se Pegasus tivesse ficado lê, nós não teríamos problemas!"
"Não foi culpa de Pegasus....ele queria ficar, mas teve um chamado e precisou partir. Mas antes de ir, certificou-se de que teriam ajuda, por isso estou aqui!"
"O cavalo providenciou ajuda?"
"Ele não é um cavalo qualquer!"
"Isso é verdade!"
"Me desculpe, mas nós temos que ir...."
"Ela tem razão! Nosso tempo é curto e logo vai anoitecer"
"Eu sei....mas antes que partam quero oferecer um presente!"
"Presente?"
"É....levem este odre, espero que seja útil, mas tenham muito cuidado!". Disse Éolo entregando o odre aos aventureiros.
"O que tem aqui dentro?"
"Eu recebi de Zeus o poder de acalmar e despertar os ventos. Foi o próprio Zeus que me avisou da vinda de vcs e pediu que eu ajudasse.....por isso os ajudei a atravessar o mar. Neste odre estão guardados todos os ventos, mas como eu disse, devem ter cuidado e só abrir em grande necessidade, pois as conseqüências de libertar os ventos podem ser terríveis, como por exemplo, tempestades devastadoras!"
"Teremos cuidado! Obrigada pela ajuda!"
"De nada......vão em paz e segurança. Adeus!"
"Adeus!"
E assim nossos adorados aventureiros deixaram para trás mais um amigo relâmpago, encontrado neta alucinante jornada. Seguiram as instruções recebidas no início de não entrar na floresta e seguir o máximo possível a trilha. Durante um longo tempo não ouviram ou notaram nada de estranho e imaginaram que a volta seria muita mais tranqüila que a ida. Andaram bastante, muito mais rápido que na ida, onde tiveram tantos percalços, mas em dado momento seus corpos cansados reclamaram.
"Já é noite....". Observou o caçador.
"Deveríamos parar um pouco, estou exausta! Além do mais será difícil seguir a trilha no escuro....."
"Tem uma clareira logo ali, vamos nos acomodar e ao raiar do dia começaremos de novo"
"Ótima idéia, afinal não estamos tão longe, e descansados andaremos muito mais rápido!"
"Isso!". Concordou Roxton, que também não agüentava mais dar um passo sequer.
Chegando a clareira, os dois deram uma olhada em volta, para confirmar se era seguro. Aparentemente tudo estava bem e o cansaço era tamanho que eles rapidamente juntaram umas folhas, de modo a tornar o chão mais macio, e deitaram-se.
"É melhor não nos separarmos de nossos pertences!". Disse a loira.
"Porque?"
"Nunca se sabe!"
"Eu acho que o que quer tenha tentado nos atrapalhar desistiu!"
"Espero que vc tenha razão....mas ainda penso que é melhor ficar com as coisas junto ao corpo, especialmente o alforje com o líquido!". Disse Verônica olhando mais uma vez o interior do alforje, atitude que repetiu inúmeras vezes no caminho.
"Está bem, mas por favor, vamos dormir......eu estou pregado!"
"Boa noite Roxton....."
"Boa noite Verônica!"
Depois de algum tempo em silêncio:
"Roxton.. vc está dormindo?"
"Hummmm"
"Roxton....."
"Eu estava quase dormindo....."
"Desculpe....boa noite"
"O que foi?"
"Nada...."
"Vc me acordou para nada?!". Disse Roxton ainda de costas para a jovem da selva.
"Erhhh deixa pra lá.... vai dormir...."
"Agora eu quero saber... diz.....são suas costas? Estão doendo?"
Por mais que ela fizesse um enorme esforço para disfarçar a dor, Roxton sabia que ela estava sofrendo e isso lhe preocupava muito. Durante o caminho, vez por outra, quando ela pensava que ele não estava olhando, sua expressão mudava e a dor ficava estampada em seu rosto. Ela tentava curvar o corpo, movê-lo para aliviar as dores, mas isso não parecia adiantar.
Roxton, então, vez por outra se oferecia para aplicar em suas costas os ungüentos que Aquiles havia dado, dizendo que era melhor prevenir a dor e aplicá-los antes que as costas piorassem. Era interessante este jogo dos dois amigos: ela não querendo preocupá-lo e atrasar a viagem, e ele, com seu cuidado vigilante, mas sempre disfarçado para deixá-la à vontade. Mas desta vez, ele achou que a coisa poderia ser mais séria.
"Não....vai dormir Roxton, não é nada! Estou morrendo de sono tb...."
"E de que mais?". perguntou ao astuto caçador.
"Como?!"
"O que é que vc está sentindo?"
"Minhas costas estão bem.....não precisa se preocupar!"
"Vc sabe o que eu quero dizer....."
"Estou com medo....". Disse Verônica em um tom quase inaudível.
"O que? Eu não escutei!"
"Eu... estou.... com.. medo......"
Roxton deu um discreto sorriso, mas Verônica o notou:
"Está rindo de mim, não é?"
"Muito pelo contrário.... estou rindo de mim! Achei que vc nunca sentisse medo....era isso que me deixava mais nervoso quando estava perto de vc!"
"Ora, eu tb pensei que vc fosse a pessoa mais destemida do mundo!"
"Para provar que eu não sou, posso lhe pedir uma coisa?"
"Pode!"
"Mas vc não vai rir?"
"Prometo que não... peça!"
"Posso segurar sua mão?"
"Hahahahahahah". gargalhou Verônica.
"Vc prometeu não rir!"
"Ah, desculpe, vem cá!"
Então Verônica ofereceu a mão para Roxton, que prontamente segurou e apertou. Eles ficaram assim por um tempo, sem olhar um para o outro.
"O que eles diriam se vissem isso?"
"Não diriam nada...."
"Como assim?!"
"Eu jamais contaria que ficamos sentados em uma clareira no meio da noite de mãos dadas"
"E eu jamais faria isso se estivessem aqui!"
E assim os dois gargalharam mais um pouco, até que o sono começou a ganhar com folga a batalha sobre eles.
"Agora vamos dormir de verdade!". Disse o caçador deitando.
"É.....Roxton"
"O que foi, agora é vc que quer dar as mãos?"
"Não". Disse verônica, ficando séria de repente.
"O que foi?". Disse Roxton preocupado por perceber que o tom da voz da jovem havia mudado, assim como sua expressão.
"Quantas vezes me pedissem para escolher um companheiro para essa jornada, em todas eu escolheria vc!" Disse Verônica, visivelmente emocionada e sem encarar o caçador. Ele por sua vez, também ficou emocionado com tamanha demonstração de confiança; ambos não eram de falar muito e por isso mesmo aquelas palavras haviam sido tão significativas para ambos.
Roxton tentou encontrar as palavras para retribuir à Verônica, mas, entre amigos, elas são muitas vezes desnecessárias e este momento entre os dois foi a prova disso. Nenhuma palavra seria capaz de expressar melhor a confiança que sentiam um no outro, e porque não dizer o amor, mas não carnal é claro, e sim um amor muito mais sublime, inexplicável e mágico, a amizade. Sem ela, não pode crescer nenhum outro tipo de amor, e aquele abraço disse tudo. Era impossível negar que eles formavam uma dupla imbatível, todos sabiam disso, e agora eles também.
Em seguida, eles voltaram a se aconchegar no montinho de folhas e dormiram o sono dos justos. Dormiram profundamente por um bom tempo, recuperando uma parte das forças que haviam sido gastas na jornada; mesmo com vigília de Perseu, eles não haviam conseguido descansar tanto quanto agora. Estariam completamente recuperados se não tivessem sido bruscamente retirados dos braços de Morfeu.
"Verônica.....". Sussurrou Roxton.
"Hum........"
"Verônica acorde...."
"Ai não é possível que já tenha amanhecido......". Disse a jovem ainda de olhos fechados.
"Não.....ainda falta um tempo para amanhecer.......vc não está ouvindo?"
"O que?". E finalmente ela abriu os olhos e pode ver a expressão preocupada de Roxton.
"Ouça........."
"Parece uivos....."
"São uivos!"
"Será que são mais problemas? Podem ser lobos nas colinas....". Disse Verônica apontando para colinas um pouco distantes.
"Poderia até ser......mas os uivos estão perto demais, não acha?"
"É verdade.......nossa!"
"O que foi?"
"Eu estava com tanto sono que nem notei como esta noite estava sombria, sem luar!"
"Não foi o sono.......havia lua quando fomos dormir, mas não sei o que houve......deve ter sido encoberta por estas nuvens...."
"Roston......os uivos estão aumentando......"
"E ficando mais próximo......."
"Está sentindo? Parece que há mais alguém ou alguma coisa aqui......."
"É sim.......embora não possamos ver o que ou quem é....."
Roxton e Verônica podem sentir a presença de algo vindo em sua direção, e a medida que esta sensação aumentava, o medo também crescia em seus corações. As batidas já estavam descompassadas e eles, que já estavam de pé a esta altura, começaram a olhar em todas as direções, sentindo o pavor de serem espreitados por alguma coisa.
De repente viram um vulto passar, e outro e mais outro. Várias sombras passavam por todos os lados vindo não se sabe de onde. Eles não tocavam nos aventureiros, mas nem por isso pareciam menos ameaçadores, embora não tivessem rosto ou forma. Enfim, a atenção dos dois foi atraída por um espectro que se mostrou mais vívido, parado bem em frente a eles. A silhueta era de mulher e aos poucos a imagem foi se formando; pode-se ver uma mulher de fato, mas sua aparência não era normal, pois apesar de mais visível, ela ainda era um espectro.
Com um sinal ela atraiu para si as sombras que estavam cercando os aventureiros, impedindo que eles corressem para onde quer que fosse. As sombras foram se amontoando ao redor da mulher e a imagem das criaturas foi ficando mais nítida, assim como havia acontecido com ela. Os aventureiros puderam então ver o que eram as tais sombras: uma alcatéia de lobos fantasmas, deitados aos pés da mulher, como seus animais de estimação.
"Olá! O que fazem nesta noite escura?"
"Quem é vc?"
"Oh oh, eu perguntei primeiro!"
"Estávamos descansando...."
"E não têm medo de ficar em um lugar como este?"
"Este é um lugar como outro qualquer!"
"Se isso é verdade, então porque posso sentir o cheiro do medo de vcs? Acaso devo pensar que temem a mim, então?"
"Se nem sabemos quem é vc, como podemos temê-la?"
"Sou Hécate, a deusa da escuridão! Satisfeitos?"
Com toda certeza, Hécate não fazia parte do grupo de deuses benevolentes. Muito pelo contrário, ela representava a escuridão e o terror que esta podia trazer com suas sombras, espectros, sons estranhos e criaturas da noite. Em noites sem luar, ela se dedicava a vagar pelas terras ermas, sempre em companhia de seus lobos tenebrosos. Não havia um lugar por onde ela passasse, em que os viajantes se mantivessem tranqüilos; ao contrário, seus corações gelavam diante da atmosfera que ela e seu séqüito conseguiam criar.
Parece absurdo que até esta altura Verônica e Roxton ainda tivessem que passar por apertos, mas era exatamente isso que estava acontecendo. Mas o sempre atento Zeus estava definitivamente do lado deles; há algum tempo o que estava em jogo não era mais pura e simplesmente conter a fúria desmedida de Hera. Na verdade, Zeus já sentia uma enorme simpatia por todos os moradores da casa da árvore, não só pelo enorme sacrifício pelo qual estavam passando para salvar um amigo, mas também por estarem enfrentando bravamente a temível Hera.
Deste modo, quando Hécate já estava se preparando para fornecer uma noite de terror aos aventureiros e provavelmente impedi-los de cumprir a tarefa, eles foram mais uma vez salvos pelo gongo. Uma figura absolutamente deslumbrante apareceu, varrendo para longe as nuvens que encobriam a lua e esta pode finalmente mostrar seu exuberante brilho de prata. Assim que sentiu a luminosidade crescente, a deusa da escuridão cobriu rapidamente o rosto e curvou-se, como se a luz estivesse machucando-a. Mesmo assim, ela não parecia ficar menos arisca.
"Porque não vai espalhar essa sua luz em outro lugar?". Disse Hécate enfurecida.
"Estou incomodando vc Hécate?". Retrucou a mulher.
"Quer saber? Está sim, vc sempre incomoda! Acho que não percebeu que é noite!"
"Percebi sim, mas e daí? O que tem ser noite?"
"Tem que a noite deve ser escura e não clara como o dia!"
"Ora.....por acaso minha luz está machucando vc?"
"Não tente ser engraçada comigo, conhece meu sensor de humor!"
"O que vc não entende é que a noite deve ser escura de fato, mas não tenebrosa como vc insiste em fazê-la! Será que não se cansa de vagar com essa alcatéia de fantasmas?"
Finalmente um dos aventureiros deu o ar da graça e interrompeu o burburinho entre as deusas:
"Não estamos querendo interromper a discussão de vcs, mas poderiam nos explicar o que está acontecendo aqui?". Perguntou Roxton, fazendo que as duas mulheres se virassem a um só tempo para os dois.
CONTINUA....
Um pouco de mitologia:
Éolo: Nome de duas figuras mitológicas. Era melhor conhecido como o deus dos ventos, às vezes identificado com o filho de Poseidon e Arne. Vivia em Eólia, uma ilha flutuante, com seus seis filhos e seis filhas. Zeus tinha lhe dado o poder de acalmar e despertar os ventos. Quando o herói grego Odisseu (Ulisses) visitou Éolo, ele foi recebido como um convidado de honra. Como presente de Éolo, ao partir, Odisseu (Ulisses) recebeu dele um vento favorável e uma sacola de couro repleta com todos os ventos. Os marinheiros de Odisseu (Ulisses), pensando se tratar de uma sacola com ouro, abriram-na e a costa foi imediatamente varrida pelos ventos. Depois disso, Éolo se recusou a ajudá-los novamente. Outro Éolo na mitologia grega foi o rei da Tessália. Era o filho de Heleno, antepassado dos Helenos, os primeiros habitantes da Grécia. Éolo era o antepassado dos gregos Eólios.Rei dos ventos.
Braços de Morfeu: a expressão cair nos braços de Morfeu significa "adormecer", e nasce de um pequeno equívoco mitológico; Morfeu era, na verdade, o deus dos sonhos em que apareciam as formas humanas; o deus do sono era seu pai, Hypnos, que dormia eternamente no fundo de uma caverna silenciosa, cercado de canteiros de papoula, a flor de onde se extrai o ópio. A confusão, contudo, ficou consagrada há muitos séculos. Quando o farmacêutico alemão F.W.Setürmer isolou, em 1803, o alcalóide ativo do ópio, chamou-o morphium, numa alusão a Morfeu. Este nome foi em seguida mudado para morfina, recebendo a terminação padrão de outros alcalóides, como a estricnina, a cafeína, a atropina e a cocaína.
Hécate: Deusa da escuridão, a filha do Titã Pérses e Astéria. Diferente de Ártemis, que representava o luar e o esplendor da noite, Hécate representava a sua escuridão e seus terrores. Em noites sem luar, acreditava-se que ela vagava pela terra com uma matilha de uivantes lobos fantasmas. Era a deusa da feitiçaria e era especialmente adorada por mágicos e feiticeiras, que sacrificavam cães e cordeiros negros a ela. Como deusa da encruzilhada, acreditava-se que Hécate e seu bando de cães assombravam lugares lúgubres que pareciam sinistros aos viajantes. Na arte, Hécate era freqüentemente representada tanto com três corpos ou três cabeças e com serpentes em torno de seu pescoço.
DISCLAIMER: Os personagens aqui citados fazem parte da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World", não sendo, portanto de propriedade do(a) autor(a) desta fanfiction.
