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Capítulo 2 - Aqui estamos...
Os garotos se sentam no chão pedregoso ainda atordoados. A explosão deve ter sido realmente muito forte para derrubá-los daquela maneira. Então se deram conta de que não estavam mais na sala de poções. Olhavam atarantados um para o outro e depois em volta, como se quisessem entender o que estava acontecendo ou achar o culpado pela piada.
Estavam sentados às margens de um grande rio. Para qualquer lado que se olhasse não se via muita coisa. Olhando para a margem oposta podiam vislumbrar uma cordilheira, mas pelo tamanho e cume branco das montanhas, estavam à muitos dias de distância. Rio acima...florestas, abaixo, florestas e mais montanhas. Não havia sinal algum de civilização até onde as vistas podiam alcançar. Um desespero crescente já ia se apoderando do grupo quando de repente Hermione se lembrou de algo.
- Hana, o que mesmo você queria ver na poção? – Agora sim a garota parecia assustada de verdade.
- Erm...eu queria ver LothLórien, a floresta de Galadriel, mas isso não é uma floresta...parece mais as Terras Ermas. – a morena parecia bem pensativa agora.
- LothLórien...Galadriel...alguém pode me dizer em que parte do filme eu dormi?! – Rony estava entre confuso e irritado. Isso não era hora para as garotas começarem com suas conversas sem sentido.
- É Bellinha, parece que você conseguiu! Vai finalmente conhecer os seus tão adorados elfos...quer dizer, se a gente conseguir chegar vivo em algum lugar . Como vamos sair dessa confusão? – Cristine se levantava, espanando a poeira das vestes.
- Bom, se eu conseguir saber exatamente do que vocês estão falando, talvez até tenha uma sugestão... – Harry agora se levanta e ajeita os óculos no rosto.
- O que estamos falando é que estamos na Terra Média, Harry. Acho que o chifre de unicórnio que o Neville derrubou no caldeirão da Hana desestabilizou a poção. – Hermione andava em círculos enquanto falava – Daí, em vez de nos mostrar a Terra Média, ela nos mandou pra cá!
Harry se sentou novamente, a cor de repente desaparecera de seu rosto. Será que tinha ouvido direito? Estavam na Terra Média, a milhares de anos no passado??
A expressão geral do grupo não estava muito diferente da do garoto, com exceção de Neville, que estava estranhamente alheio e tudo e com os olhos marejados.
- Ah, pessoal, que baixo astral é esse! - Cristine apertou confiante os ombros de Harry – Olha só, a Hana me disse uma vez que aqui tem um mago muito legal e poderoso...Vamos deixar de moleza e ir atrás dele!
- Claro! - Rony agora estava realmente apavorado – pra onde hein? Só estou vendo terra, mato, montanha...NINGUÉM MORA AQUI!
- Bom, não exatamente aqui...mas Gandalf vive nessa região. Só precisamos chegar na cidade dos elfos. – O grupo olhava interrogativamente para Hana – Que estão olhando? Levantem e vamos indo, antes que anoiteça e os Nazguls apareçam... – dizendo isso, Hana ignora os olhares exasperados dos amigos e começa a andar decidida rio acima.
Quando ouviu a palavra "Nazguls" Neville finalmente saiu do topor em que se encontrava.
- Naz-o-quê? Que são essas coisas afinal? - era impossível não notar o pânico na voz trêmula do garoto.
- São expectros malígnos a serviço de Sauron. Já foram humanos um dia, mas se deixaram seduzir e corromper pelo mal e agora vagam por aí. São servos fiéis do Senhor do Escuro...
- Ai...já vi esse filme. - Harry suspira cansado - Não vamos nos meter em confusões com mais um lorde das trevas, vamos? Um só já me dá trabalho o suficiente pra uma encarnação.
Cristine olha para o moreno com expressão divertida.
- Não se preocupe Pottinho, eu cuido de você! - por um breve momento o grupo esquece os problemas e ri diante da expressão incrédula que Harry lançou à ruiva - Vamos, é melhor apressarmos o passo, senão a Hana larga a gente aqui...
Os garotos continuam sua caminhada sempre rio acima. Segundo Hana, se seguissem nessa direção chegariam em LothLórien, a floresta dos elfos.
Cristine conhecia a obsessão da irmã pela terra média, em especial pelos elfos, bem demais para duvidar de qualquer coisa que ela falasse ou fisesse, e pela primeira vez gostou que a irmã fosse uma "engole-livros irritante" como ela dizia. Pelo menos alguém ali sabia para onde ir. Mas isso não era o suficiente para deixá-la menos apreensiva...pelo menos não por enquanto.
Hana por sua vez estava radiante. Era difícil de acreditar que em alguns dias iria estar frente a frente com a lendária Galadriel. Todos os seus desejos mais impossíveis estavam estranhamente palpáveis agora, e ela frequentemente tinha que olhar ao redor e se certificar de que não era um sonho. Quem sabe se tivessem sorte ela conseguiria conhecer Legolas, o elfo que teve uma participação muito importante na derrota de Sauron e que foi conselheiro do Rei Aragorn durante todo o seu reinado. De repente um sentimento novo se apossa da morena e ela sente seu estômago afundar. Estava feliz por ver os elfos e tudo o mais, mas e se eles não conseguissem voltar, se ficassem presos na terra média pra sempre? Mesmo gostando de elfos e coisas medievais em geral, a garota tinha plena consciência de que ali não era um lugar fácil de se viver, ainda mais na época em que Sauron estava se empenhando ao máximo pra se reerguer. Se a poção os tivesse levado pra onde ela estava tentando ver no caldeirão, eles estariam prestes a presenciar de muito perto uma guerra horrível. A garota olha disfarçadamente para o resto do grupo, que caminha resignado ao seu redor. Não era justo que eles ficassem ali para sempre, afinal eles nem gostavam da Terra Média pra começo de conversa. As coisas precisavam dar certo, senão ela jamais iria se perdoar, mesmo sabendo que a culpa não era só dela, afinal não foi sua culpa arruinar a poção. E além do mais, tinha toda a história do Potter e a ficaria o mundo que elas conheciam se ele não estivesse lá pra derrotar Voldemort?
Enquanto esses pensamentos corroiam aos poucos a felicidade que antes tivera, continuava caminhando em direção ao norte.
Apesar do terreno ser uma grande planície a caminhada não era nada fácil. Estava muito calor e as vestes pretas e longas de Hogwarts não estavam ajudando muito. Por várias vezes o grupo parou para se refrescar um pouco às margens do rio, até que o cansasso se tornou realmente difícil de ignorar e resolveram por uma pausa um pouco maior, sentando-se na sombra de uma grande árvore.
- Ai, eu estou acabado... - Neville se joga pesadamente ao chão - até o fim do dia acho que vou estar morto.
- Não se atreva! Eu não vou carregar mais nenhum presunto pra Hogwarts. Já imaginou se cada vez que eu sumir eu aparecer de volta com alguém morto? Realmente não vai ser bom pra minha reputação. - Mesmo tendo dito em tom de brincadeira, uma sombra de tristeza cobre o semblante de Harry, que no fundo ainda sentia uma pontinha de cuklpa pela morte de Cedrico.
- Hehehe! Como se você ainda tivesse alguma reputação pela qual zelar...Cara, você está se empenhando em uma batalha perdida! - Rony ria-se descaradamente da cara do amigo, sentando-se ao lado de Mione e tomando o lugar da garota na massagem que ela tentava fazer nos pés. O resto do grupo assistia àquela cena incomum sem entender, apenas Hermione parecia achar aquilo muito natural.
- Ai...já deve ter passado da hora do almoço...meu estômago está começando a reclamar seus direitos. - o ruivo agora massageava os tornozelos da garota.
- É...eu sei que o Rony só pensa em comida, mas sou obrigada a concordar...também estou faminta. O que vamos fazer? Não tem nenhum povoado por aqui. - Mione agora trocava de lugar com o ruivo, massageando os ombros do rapaz.
- Ai Merlin! Veja só com que tipo de gente eu fui me perder. Puxa Mione, agora você me desapontou...eu esperava mais de uma das bruxas mais inteligentes da escola. - Hana se levanta e saca a varinha.
- É, e afinal, vocês são bruxos ou o quê?- Cristine agora acompanha o movimento da irmã e as duas vão se revezando na realização de feitiços perante aos outros, que agora estão boquiabertos.
- Accio gravetos!
- Accio peixes!
- Limpar!
- Incêndio!
- Accio frutas!
Quando o grupo finalmente recuperou o fôlego já havia diante deles uma fogueira, meia dúzia de peixes sendo assados e uma boa quantidade de frutas silvestres.
- Tá na mesa, pessoal! - a ruiva olhava para o grupo divertida - como é, vocês não vêm?
- Caracas! Isso foi a maior demonstração de uso indevido de magia por menor que eu já presenciei! - Rony tinha os olhos arregalados - nem precisamos tentar voltar pra escola, vamos ser expulsos mesmo!
- Vamos nada! Até onde sei, não tem nenhum Ministério da Magia estúpido aqui pra nos vigiar. - os olhos azuis da morena tinham um brilho enigmático.
- E além do mais, EU já sou maior Roniquito, esqueceu? - a ruiva empurrava o queixo de Rony com a varinha, fazendo com que a boca do garoto finalmente se fechasse.
- Sinceramente, não tenho palavras pra descrever o quanto vocês me assustam - Harry olhava incrédulo pras duas garotas - mas não posso negar que foi realmente legal!
Comeram calados, cada um imerso em seus próprios pensamentos.
Embora não tivesse demonstrado, Hermione estava terrivelmente preocupada com a situação. Fora portadora de um vira-tempo por um ano inteiro, e sabia muito bem quais as consequências de se mecher com o tempo. Com certeza um grupo tão grande de pessoas deslocadas temporalmente não poderia acabar bem. Iam acabar alterando fatos, e as consequências disso poderiam ser simplesmente catastróficas. Se fossem só ela, Rony , Harry e Neville, talvez fosse mais fácil, afinal ela conseguia garantir um certo controle sobre eles...mas quem controlaria as Blacks? Suspirou pesadamente e continuou sua refeição, desejando ardentemente que pelo menos uma vez na vida estivesse errada.
Depois de uma refeição mais do que bem-vinda, eles resolveram que era melhor retomar a caminhada. Pelo que Hana calculara, levariam pelo menos uma semana para chegar ao seu destino.
A tarde correu sem nenhum problema, com o grupo caminhando decidido rio acima. Hana ia sempre um pouco à frente, sendo que os amigos se revezavam ao seu lado, ora falando banalidades, ora fazendo perguntas sobre a Terra Média. Ela respondia a todas as dúvidas com certa boa-vontade, mas não podia deixar de se perguntar o que essa gente fazia nas aulas de história da magia, pois estava mais do que claro que era qualquer coisa, menos ouvir o professor. Tudo bem que o professor Binns era mesmo um tanto monótono, mas pelo menos alguma coisa eles deveriam ter ouvido. A única que não era totalmente alheia ao assunto era Hermione, mas mesmo assim, conhecia só a parte da história que caiu nos exames, o que era realmente pouco.
Neville quase não falava. Estava mais preocupado em guardar o fêlego para conseguir acompanhar os demais na caminhada. O garoto sempre fora gorducho e esportes realmente não o atraiam, então seu condicionamento físico era na verdade precário. A única coisa que o fazia feliz naquele momento era observar a quantidade de plantas exóticas da região. Ele realmente amava herbologia. Ao longo do caminho ia recolhendo amostras das mais variadas espécies e enfiando nos bolsos das vestes. A primeira coisa que queria pedir para os elfos era uma bolsa pra carregar os espécimes. Se conseguissem voltar, quem sabe finalmente conseguiria fazer jus ao que a avó esperava dele, fazendo alguma descoberta fascinante sobre aqueles espécimes tão diferentes.
Agora o sol já começava a se por, e os garotos começaram a cogitar a idéia de parar para descansar. Mas onde seria mais seguro? Aquele lugar era muito aberto, não havia como se esconder por lá. Chegaram então à conclusão que a melhor solução seria conjurar barracas e lançar nelas o feitiço da desilusão. A tarefa foi relativamente fácil, e depois de mais uma refeição de peixes e frutas, o grupo permaneceu reunido ao redor da fogueira. Ninguém parecia muito disposto a ir dormir, mesmo o cansaço sendo imenso. Harry foi o primeiro a manifestar seus pensamentos:
- Bom, o que vocês acham que poderia nos levar de volta?
- Acho que o mesmo que nos trouxe até aqui...mas não sei...talvez os elfos da Hana tenham um jeito mais simples – Cristine brincava distraída com uma mecha dos cabelos.
- Os elfos NÃO são meus, cabeça-de-abóbora! O que é uma pena, devo acrescentar.
- Afinal, o que você vê em elfos pra gostar deles tanto assim?- Hermione parecia realmente interessada.
- Eles são simplesmente divinos! São os seres mágicos mais magníficos que eu já vi. É uma pena que eles resolveram deixar o mundo mortal depois da Guerra do Anel. Os humanos perderam muito com isso, pois os elfos são muito sábios e conhecem a natureza e seus segredos como ninguém. Além disso, já conheciam a magia, mesmo antes da chegada dos Magos, se bem que não utilizassem muito. Usavam mais para curas, no caso de Valfenda e adivinhação e telepatia no caso de LothLórien. Os elfos de Mirkwood eram especialistas nas artes da guerra, lutavam como ninguém...- os olhos da morena brilhavam sonhadores – vocês vão conhece-los, aí vão entender.
- Será que eles podem nos levar de volta ao nosso tempo? Quer dizer, você disse que eles não usavam muito a magia... – havia um tom de preocupação na voz de Rony.
- Não sei...mas se eles não puderem, talvez Gandalf possa. Tomara que a essa altura ele já seja "O Branco", pois como cinzento acho difícil...
- Como assim "O Branco"? Eles ficam mudando de cor? – uma expressão curiosa se formava no rosto de Neville.
- São níveis de poder, entende? Branco é o nível mais alto de poder que um mago alcança. O problema é que até uma certa parte da guerra, Gandalf ainda não evoluiu a esse ponto. Dependendo da data em que viemos parar, acho que ele não vai poder ajudar muito.
- Bom, vamos torcer pra que ele já esteja branco então, mas acho bom a gente ir dormir, senão amanhã não vai ser fácil a jornada. – a ruiva esfregava os olhos sonolenta, e Harry reparou o quanto ela parecia indefesa assim. As aparências realmente enganam, pensou o garoto com um leve sorriso nos lábios. Quem não conhecesse bem as Blacks podia até se deixar levar pelo ar inocente que ela ocasionalmente apresentavam, mas quem já as tinha visto em ação sabia do que elas eram capazes.
- Bom, não podemos esquecer que tem o Dumbledore. Quero dizer, o Snape vai falar com ele sobre a gente ter sumido e ele vai tentar nos resgatar, não vai? – Neville estava à beira das lágrimas.
- Ai, Nev! Sinto muito te desapontar, mas você acha mesmo que o Seboso vai ter pressa em nos ter de volta? – Hana parecia extremamente aborrecida – Analise a situação: O "trio maravilha", as irmãs Black, e o desastre ambulante desaparecem em meio a uma aula de poções. Claro que aquele infeliz vai demorar o máximo possível pra contar a alguém.
- Acho que na verdade ele nem vai contar, vai esperar que as pessoas sintam nossa falta, quero dizer, depois de uns dois dias sem aparecermos ele não vai ter como negar os fatos- Harry parecia pensativo – se bem que ele não precisa exatamente contar o que aconteceu...
- Resumindo: Estamos ferrados! – Rony esmurra o chão com raiva – Maldito Seboso!
- Sem contar o fato de que se não aconteceu nada ao caldeirão, pode ser que ele esteja nos vendo e se divertindo com a nossa desgraça! – o tom de indignação na voz de Hermione se fazia presente nos rostos do restante do grupo.
- Ah! Era só o que faltava! Um Reality Show às nossas custas! Se ele...- Hana é interrompida pela irmã, agora suplicante.
- Gente, vamos dormir, PLEASE! Amanhã a gente discute isso... – todos riram da cara de sono e desespero da ruiva e se levantaram, rumando para as barracas. Estavam exaustos pelo longo dia e logo adormeceram, e a noite foi tranqüila e sem sonhos para todos.
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Nas masmorras do castelo, uma figura sombria está observando atentamente um caldeirão.
- Isso realmente vai ser muito interessante...até agora se viraram bem esses moleques. Será que duram até descobrirem como voltar? Hum...acho que não. Amanha vou ao diretor dar a triste notícia, afinal, não se pode fazer nada mesmo. Mas você, meu precioso, - o professor alisa o caldeirão, será um segredo só meu! Que pena que não dá pra ouvir o que eles dizem...
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Os dias que se seguiram transcorreram sem maiores problemas. Vez ou outra eles avistavam grupos isolados de Orcs, mas antes que fossem vistos os feitiços de desilusão faziam seu papel. As cenas que se seguiam a esses encontros eram realmente muito engraçadas, apesar de todo o perigo, e era difícil para o grupo não se entregar e cair na gargalhada. O feitiço impedia que os Orcs os vissem, mas não que sentissem seu cheiro, então a confusão que armavam era imensa. Primeiro, porque o cheiro que sentiam não era de nada que conhecessem, e a pior parte, para os Orcs é claro, é que eles podiam farejar, mas não podiam ver, e isso os deixava simplesmente alucinados. Ficavam cheirando o ar feito perdigueiroas e grunhindo frenéticamente uns pros outros. Brandiam as lanças em torno de si mesmos na esperança de acertar algo e não raras vezes acertavam uns aos outros, o que aumentava consideravelmente a confusão, já que Orcs não são exatamente pacientes. Por mais perigoso que fosse, realmente era hilário. Algumas vezes eles acabavam chegando perto demais, e nessas horas todos concordavam que conhecer magia era realmente muito útil, pois um simples feitiço para memória e o infeliz do orc não sabia mais o que queria ali, então ia embora coçando a cabeça desolado. No começo, eles estavam pouco à vontade com o uso de magia, pois poderia aparecer alguém e eles não sabiam como o povo local iria reagir à sua presença. Como Hana havia comentado, a magia para os humanos naquela época era restrita aos magos, e estes eram poucos e muito velhos, com o agravante de serem sempre homens. Ninguém sabia o que eles achariam de um grupo de jovens que incluía mulheres, andar por aí fazendo magias e lançando feitiços. Sem contar que como Hermione não cansava de lembrar a todo instante, deveriam tomar o máximo cuidado para não fazer nada que interferisse no decorrer normal da história, pois não se pode prever o que seria alterado na vida das pessoas do futuro. As consequências de atos impensados poderiam ser desastrosas.
Ao entardecer do quinto dia de viagem uma grande floresta podia ser avistada ao longe.
- Bom pessoal, aí está a floresta de LothLórien! - Hana estava maravilhada - amanhã nós finalmente vamos falar com os elfos!
Aquela noite foi agitada para todos. Ficaram até muito tarde conversando em volta da fogueira, pois estavam ansiosos demais para conseguir dormir. O assunto principal era como seriam recebidos pelos elfos, pois deviam parecer realmente esquisitos para as pessoas daquela época com as roupas que estavam usando. Será que eles acreditariam que o grupo não estava a serviço de Sauron? Rony não pode deixar de comentar que mais uma vez as vestes negras da escola não ajudariam muito, afinal essa cor é sempre relacionada com o lado das trevas, então eles acharam que seria melhor que chegassem à floresta somente com o uniforme que usavam por baixo das vestes, pois talvez assim tivessem uma recepção um pouco mais branda. Com esses pensamentos para tranquilizá-los, foram todos para suas barracas, para mais uma de muitas noites que ainda passariam na terra média.
Continua...
