Agradecimentos: MeRRy-aNNe, Violet-Tomoyo e Carol Higurashi Li.

Capítulo Final

12 anos depois...

-Senhorita Tomoyo, já chegamos a sua cidade natal.-Nill falou sorrindo.

tanto tempo havia passado desde de que estivera pela a última vez naquela cidade. Uma vida havia se passado então, e ela havia mudado e muito...já não era jovem ingênua que saíra dali em busca de paz, mas se esquecera de resgata seu coração. Estava jogando no escuro, mas depois de anos lutando para tira aquela lembrança da memória percebia que seria em vão. Sem em doze anos não fora capaz de esquecer Eriol, não seria duas horas que iria fazê-la mudar de idéia.

-Nada mudou...-falou retirando óculo escuro.-Tudo continua o mesmo...

-Cidades interioranas dificilmente evoluem, minha senhora.

-Eu sei, mas esperava algo de diferente em Tomoeda.-divagou sorrindo.-Talvez seja melhor assim...

-Não tenha dúvida, minha senhora.

Era incrível percebe que o progresso não havia colocado seus dedos ali. Ainda mais tendo como prefeito seu ambicioso padrasto... Era estranho, mas não deixava de ser reconfortante, afinal havia acendido uma luz de esperança em seu coração.

-E agora, minha senhora, o que iremos fazer?-perguntou tirando ela do seu devaneio.

Queria ir correndo para os braços de Eriol, mas ainda era a mesma pessoa insegura de anos atrás, ainda tinha medo dele...Era frustrante percebe que ainda tinha medo de ser feliz. E fora por isso que nunca escrevera sequer uma linha durante todos aqueles anos. Sim, agora podia ser uma mulher sofisticada e desejável...livre daquele óculo que tanto havia atormentado na adolescência. Não mais seria uma vergonha a Eriol. Mas a questão era: será que ele ainda a amava? Será que já não tinha um novo amor? Todas essas perguntas a atormentavam...a fazia fica cada vez mais frágil, incapaz de luta pelo o homem desejado.

-Vamos para a casa de minha mãe, e lá nós decidimos se quero ou não lutar por Eriol.

-Menina Tomoyo, a conheço há anos, e sei muito bem que jamais será feliz quando não colocar esse fantasma do passado para fora de seu peito.

-Tentarei ser forte, Nill.-falou carinhosa.-Mas me conheço tão bem, e sei das minhas fraquezas.

Passando a mão no rosto da garota, o senhor falou:

-Força menina...lembre que sempre terá um braço amigo para te consola.

Nill Wall, era seu empregado a mais de dois anos... Não era bem um velho, mas sim um senhor de quarenta anos charmoso, e que não apresentava tal idade. Sua querida amiga Sakura costumava falar que dedicado empregado nutria um amor secreto por ela... Não acreditava nisso, um porque jamais dera esperança nenhuma a Nill. E segundo porque não era capaz de se entrega a outro homem a não ser o seu Eriol.

-Obrigada, Nill.-disse sorrindo.-Agora vamos, pois você não conhece à senhora minha mãe...aquela é a mulher da pontualidade.

Desanimado, Nill abaixou a cabeça em gesto autocomiseração. Tomoyo nunca seria sua...e por mais dolorido que você a verdade devia ser aceita com maturidade. Para a jovem a seu lado ele não passava de um serviçal amigo e nada mais. Como odiava aquele tal de Eriol por ter aparecido e roubado o coração de Tomoyo...

-A sua ordem para mim é decreto.

-Espero mesmo, senhor Wall.

Estava de volta a seu verdadeiro lar! Sua cidade, seus amigos...e o principal para perto de Eriol. Sabia que ele estava lá em algum lugar...podia senti o seu cheiro e a sua áurea. Sim desistira da eternidade para encontra o seu verdadeiro amor... e agora após anos está bem próxima dele, e mais nervosa do que nunca.

And I'd give up forever to touch you

E eu desistiria da eternidade para tocar voc

'Cause I know that you feel me some how

Pois eu sei que você me sente de algum modo

You're the closest to heaven that I'll ever be

Você é o mais próximo que eu ficarei do paraíso

And I don't want to go home right now

E eu não quero ir para casa agora mesmo

Eriol observava tudo à distância... Primeiro veio à euforia e logo em seguida o desespero e o ciúme. À vontade logo de tira a mão imunda daquele estranho do rosto de sua amada. Sim, aquela mulher bela e rica só podia ser Tomoyo... nenhuma mulher lhe era tão familiar do que aqueles longos cabelos negros e aqueles os olhos azuis. Sim, era o mesmo corpo que o atormentava durante anos. Só podia ser ela...e por um instante pensara que ela voltara para ele. Doce engano. Ela na certa tinha um esposo ou um namorado, e o que mais que aquele homem seria.

-Hei, Eriol viu um fantasma!-brincou Shoran indo ao encontro do amigo.

Sim, havia visto um anjo e depois num passe de mágica o demônio. Como fora um idiota em pensa que Tomoyo com todo aquele dinheiro voltaria para ele.

-Quase isso...-sussurrou.-Na verdade vi o anjo que me atormenta há doze anos.

-Tomoyo!

-Sim, ela mesma.-disse amargamente.-Parecia está bem acompanhada...

-Não se precipite, Eriol.-rebateu Shoran lembrando do que Sakura havia lhe contado sobre os planos de Tomoyo.-Às vezes podemos julgar a pessoa que amamos injustamente...vê o meu caso com Sakura, quase que a perdi quando ela duvidou da minha fidelidade há um ano atrás.

-Vocês sabiam que ela iria volta e nem sequer me avisaram.-afirmou furioso.

-Por Deus homem não seja tão cabeça dura...

Estava farto de ser enganado por todos. Já não bastava aquela balde de água fria quando inocentemente acreditara que Tomoyo o amava. Não, já não era inocente a ponto de acredita mais uma vez na palavra dele.

-Eu? cabeça dura, Shoran.-rebateu indo até o carro.-Qualquer homem em minha posição se sentiria ofendido no ego com suas palavras piedosas.

-Não quero jamais ter pena de você.-falou Shoran seguindo ele até o carro.-Quero apenas que enxergue a verdade que está implícita em seus olhos...

-A verdade no momento para mim é vê a mulher que considerava minha, e aquém fui fiel durante doze anos nos braços de outro homem.-Falou dando partida no carro.-Infelizmente meu amigo não sou cego... e sei que não estou a altura de Tomoyo.-concluiu saindo com o carro em alta velocidade.

(&)

Tomoyo olhava para a paisagem bucólica que tomava formas a sua frente. Era difícil se vê vivendo naquele ambiente frio por tanto tempo. Só agora percebia o quando fora um ser manipulado pelo bel-prazer de sua família. Mas agora era dona de seu nariz... era independe. Não era rica, mas também não era pobre... O mais importante era que era formada, e tinha sua empresa. Lutara tanto para ser alguém... e agora era, mas não tinha Eriol para compartilha daquela "felicidade" com ela.

Sem ele se sentia fria por dentro...sem ele nada afazia feliz, a não ser trabalha de sol a sol. Mas agora tudo teria que mudar. Era uma mulher! Sim a mulher que Eriol merecia a seu lado, e não uma criança medrosa, assustada. Ambos haviam errado! Eriol mais do que ela, pois no fundo ra ele que mais se sentia inseguro... Por mais que doesse tinha que admiti que ele lhe fora infiel por diversas vezes. Mas quem era ela para julgá-la...No fundo fora ela quem mais trairá, o deixando sozinho por doze longos anos.

-É tão bom tê-la de novo conosco, querida.-falou a mãe sorrindo.-Por alguns anos pensei que nunca mais voltaria para o seu lar.

-Como não voltaria mamãe... se ainda tenho laços que me prendem eternamente a essa cidade!-falou ela sentando na poltrona.

-Se está falando do filho daquele mendigo...

-Não, estou falando de Eriol, e não do pai dele.-rebateu secamente.

-Dá no mesmo...-disse acendendo um charuto.-Ambos tem o mesmo sangue ruim.

Ali estava o ponto central do conflito entre ela e sua mãe. Sonomi odiava Eriol por puro preconceito... pelo simples fato de Eriol não ter a porte social digno de uma Daidouji. E fora por esse momento que se manterá distante por longos doze anos...Pois ainda não tinha coragem de enfrentar sua mãe. Mas agora crescera... era dona de si mesma, e amava Eriol...e não deixaria a hipocrisia cegá-la, pois não queria ser igual a sua mãe. Queria ser feliz pela a eternidade.

-Não quero ver o nome de minha família jogado na lama por você, Tomoyo.-Sonomi disse soltando uma longa baforada.-Além do mais uma mulher de nossa estatura social não podemos nos dá ao luxo de amar...

-Prefiro então ser uma mulher de baixa índole ao ter que segui seus paços.

-Shhh, não fale de forma tão vulgar.-cortou revoltada.-Já falei para você uma vez que jamais irei aceita a sua união com aquele...aquele...de...

-O nome dele é Eriol.

- Que seja qualquer nome for, querida, o que interessa que ele não está a nossa altura.

-Você se casou com o meu pai por dinheiro, mamãe?-perguntou cinicamente, sentido a revolta tomar o seu corpo...sabia que aquela pergunta tinha o efeito de várias bombas no interior de Sonomi Daidouji.

-Como ousa cita o nome de seu pai...

-Eu não ofendi a alma do meu pai, pois o amo...e jamais pisei na memória dele...Não como você fez.

Tomoyo sentiu que ás lágrimas ameaçava a cai, mas não se permitiria tal luxo. Aquela era um acerto de contas entre ela e sua mãe...Jamais voltaria a chora ou a pedi algo a Sonomi, jamais...Pois desonra o nome de seu pai fosse ser feliz com Eriol então com muito prazer passaria a vida desonrando.

-E-eu amei muito seu pai.-falou Sonomi pálida.

-Não é o que parece mamãe.-comentou amarga.-Sempre pensei que o motivo de seu rancor por mim fosse pelo o fato de ser tão parecida com ele...

-Você imagina que seu pai foi um ser perfeito, e que eu era a bruxa má...Mas a história não é bem assim...

-Qual é a história então?-perguntou revoltada.

Com a cabeça baixa, a toda poderosa Sonomi tinha a expressão mais humana do que a austera mulher de minutos atrás. Por um momento Tomoyo se arrependeu por suas palavras duras e frias na qual atacara a mãe, mas já era tarde demais ..era tarde demais para arrependimento.

-Seu pai te amava Tomoyo...Amava-me e era recíproco... mas havia algo que ele amava mais do que eu ou você minha querida.-pausadamente continuou.-Amava tanto que mesmo sabendo que morreria se continuasse naquela vida ele continuava... Eu tentei, mas o vício foi mais forte do tudo, e depois de mistura vários tipos de drogas ele sofreu um coma alcoólico...e em seguida veio a falece...

-Isso é mentira...-sussurrou não acreditando nas palavras da mãe. Para ela o pai sempre fora um ser perfeito isento de defeitos, mas agora percebia que o homem era apenas um ser humano...não, não isso não podia ser verdade.

-Sim, é a mais pura realidade.-disse amarga.-Quis poupá-la da verdade... evitando qualquer tipo de contato humano estranho, mas acho que errei...

Sim, todos haviam errados... todos a haviam enganado. Havia traído ela. Havia confiando muito em todos, mas ninguém havia trado ela com respeito. Será que tinha uma figura tão frágil... que não era nem sequer digna de confiança.

-Sim, senhora Daidouji...a senhora erro, não por ter sido covarde e não me contado a verdade, mas por nunca ter me amado.-disse se levantado rapidamente, agradecendo por suas penas a sustentá-la.

O silêncio mortal caiu na sala. Para o desespero de Tomoyo Sonomi nem sequer replicou sua última frase... Era verdade então que sua mãe nunca chegara a amá-la! aquela era uma conclusão que sempre temera acredita, mas agora tinha certeza...só não sabia qual era pior: sabe que seu pai não era um herói, mas um ser humano fraco ou ter a certeza de que jamais fora amada pela a mãe! No final de tudo apenas sentia pena por Sonomi e por seu pai...afinal quem mais perderá foram os dois...

-Mesmo não me amando, mãe, pode ter a certeza de que jamais irei abandoná-la, mas também não peça para abri mão de Eriol, pois não poderei atendê-la... Pois ao contrário de você não sou ingrata a ponto de odiar quem gosta verdadeiramente de mim.-concluiu batendo a porta.

-Tomoyo... volte aqui...-a voz de Sonomi ecoou pelos cômodos da mansão, mas Tomoyo não escutou...pois dera a costa para uma parte triste de sua vida. Agora queria apenas ser feliz ao lado de Eriol.

Sim, estava de volta para os braços de Eriol...

And all I can taste is this moment

E tudo o que posso saborear é este momento

And all I can breathe is your life

Tudo o que posso respirar é sua vida

'Cause sooner or later it's over

E mais cedo ou mais tarde acaba

I just don't want to miss you tonight

Eu só não quero sentir sua falta esta noite

Eriol levava a mão à cabeça em gesto de puro desespero. Revendo o passado sabia que tinha poucos motivos para julgar Tomoyo...sendo que ele da agira da mesma forma com ela. Mas naquela época era apenas uma criança que sabia pouco da vida, e estava assustado com os primeiros indícios que estava amando...

Sim, Tomoyo havia sido a mulher de sua vida. As outras haviam apenas passado e aquela menina tímida e recatada havia ficado como uma nuvem de esperança em seu céu nublado. Como desistiria dela...e se Tomoyo era a única coisa que lhe restava naquele mundo? Eram muito diferentes, mas em uma época esquecida pelo o tempo se amaram loucamente... e era por isso que voltava aquele mesmo lugar a que anos atrás se despediram, e que agora era o simples protótipo de sua casa...Uma casa que havia sonhado em viver com Tomoyo, mas que agora amargaria longos anos de solidão.

"Depois de muito pensar sobre nós. Resolvia que estava na hora de terminamos tudo"...

Ele havia dito aquelas tolas palavras há doze anos atrás sem pensar que estava decretando sentença de a morte a sua própria alma. Eles eram tão diferentes, mas o mundo parecia dar voltas intermináveis... e ele havia cedido a uma dura chantagem...

"Você é tudo o que não sou, e por isso merece algo melhor do que poderia lhe dar".

"Mas...mas isso não é motivo.-havia dito nervosa.-Você não tem o direito de brincar dessa maneira com os meus sentimentos"...

Ele não tinha esse direito, mas tinha que fazê-lo... já que preferia vê-la longe a sabendo de sua desonestidade com ela. Por Deus como dizer Adeus doía, mas era forte...

"Por favor, não chore...-disse ele limpado as lágrimas que ameaçavam a cair dos olhos dela.-Eu não mereço sequer uma lágrima sua".

"Sim, você tem razão...Sou uma tonta sentimental.-havia falado se levantando com o queixo erguido.-Eu te amo, Eriol...devia odiá-lo, mas não sou o exemplo de uma mulher que luta pelo o amor"...

"Shhh, Tomoyo, você é a mulher mais forte"...

"Não, não sou.-falou sentido os olhos ficarem vermelhos.-Tanto... que acreditei me você, mas acredito que tudo isso deve ter sido uma boa lição...-pausadamente continuou virando o rosto para ele.-Não sou a mulher perfeita para você...tenho que cresce, e por isso irei embora de Tomoeda"...

Naquele instante sentiu uma onda de pânico invadi seu ser. Não estava preparado para um Adeus definitivo... queria vê-la todos os dias na escola... Mas ele e sua língua a afagavam a dela. Não, não podia ficar sem ela... não estava preparado para uma distância tão grande.

"Não... não quero que vá"...

"Desculpe Eriol, mas não há mais escapatória...não posso viver na mesma cidade que você e não tocá-lo.-disse tristemente.-Não fique triste, pois o que mais dói em mim é você não me quere mais, mas juro Eriol que voltarei uma pessoa melhor não só por mim...mas por você..."

Aquilo acontecera há doze anos atrás, e ele contara dia após dia a espera dessa nova Tomoyo. Não queria que ela mudasse, desejava apenas ter sua doce Tomoyo de volta. Mas seu desejo parece que não foi atendido... Ela se transformara em uma mulher elegante e sensual...dona de seu nariz. Ela continuava sendo superior a ele...

E só uma pessoa era capaz de entender esse sentimento horrível que se alastrava pelo o seu peito... A única pessoa que podia medi o grau de sue amor... Ele queria apenas que Tomoyo soubesse quem realmente ele era agora, mas seu anjo estava longe de seu alcance... e o pior era que ela era feliz assim.

And you can't fight the tears that ain't coming

E eu não quero que o mundo me veja

Or the moment of truth in your lies

Porque eu não acho que ele entenderia

When everything feels like the movies

Quando tudo é feito para ser quebrado

Yeah you bleed just to know you're alive

Eu só quero que você saiba quem eu sou

Tomoyo não conseguia luta contra as lágrimas que ameaçavam jogá-la no mundo do desespero. Escuta as duras palavras da mãe a fizera enxergar a mentira que havia vivido por doze longos anos. Só agora percebia o quanto havia perdido ficando afastada de Eriol, pensando que assim estava fazendo o melhor para Eriol. Sonomi havia amado seu pai, mas ele se negara a tudo menos a vicio... ele fora um fraco como ela, que fugira de Eriol como o demônio foge do céu.

-Como fui tola... pus tudo a perde.-sussurrou dirigindo cega pelas ruas pacata de Tomoeda.

Chegara há um tempo que de tanto chora achara que havia perdido a capacidade de tal ato. Havia sofrido, mas pensara que assim seria uma pessoa melhor... Mas para quem afinal? Nem sua mãe realmente gostava dela, e o único ser humano que um dia a havia amado talvez estivesse eternamente perdido para ela.

Não sabia por que caminho seguir, apenas não queria senti falta de Eriol aquela noite... Iria para último lugar que juntos estiveram , quando não entregara apenas o corpo, mas também o coração.

(þþ)

Querida Tomoyo...

Que fala você faz a todos! Sim, não só a mim (afinal sou sua amiga desde do primário... e não pense você que estou aqui apenas para lhe escreve sobre mim, pois tu já sabes muito bem que não estou bem... meu coração ainda sangra pela traição de Shoran), mas a todos. Principalmente a , fica como um zumbi nos cantos da escola, age como um robô, além de fala mais do que o necessário. Para minha surpresa, o nosso pequeno rebelde se transformou em outra pessoa... ou melhor em outro Eriol. Sério, compenetrado e um excelente aluno.

O que me preocupa é o fato dele sair pouco, e viver me cercando a procura de notícias sua; como sei que ainda está ressentida por tudo sempre dou resposta curtas e secas... Se a dor de se traída, e não quero jamais que volte a passa pelo o que passou.

Talvez essa informação a deixa satisfeita, mas acho que ainda o ama... Isso é normal, mas sei que logo ele será uma triste (ou bela) lembrança do passado. Afinal Tókio reserva mais belezas e novidades do que nossa pacata e simples cidade. Acho que Eriol sabe disso, e por isso se mata de tanto ciúmes, pois pela a primeira ele sente o gosto da desilusão.

Reze por ele, afinal bem ou mal ele foi seu primeiro amor... e isso é uma memória que jamais esquecera.

Amiga, rezo por você a cada momento... Não quer nunca mais vê-la chora. Infelizmente Eriol descobriu o verdadeiro amor tarde demais, mas acho que você merece se dá uma nova chance...e quem sabe um novo amor. Nada é impossível, e você é linda.

Um beijo de sua querida amiga!

Sakura .K.

(&&)

Estava de volta para o mesmo lugar que há anos atrás ele a havia falado que não a mais queria. naquela época era tão fraca e manipulada. Devia ter lutado mais... vivido idem, mas não havia ficado presa em um casulo tentando prova para si mesma que era capaz de viver sem Eriol.

-O quanto desperdicei...-sussurrou andado pela a trilha que levava a topo do terreno.-Cresci, enriqueci, mas agora sou só... não tenho ninguém... nem mesmo o amor da minha própria mãe.

Estava cega pela a dor, mas já não era capaz de chora...seu olho havia secado, assim como talvez sua esperança de ser feliz.

-Quem está ai?

A voz masculina e tão familiar soou na escuridão que não foi nem preciso a luz da lua para Tomoyo reconhece Eriol. Ele estava intocável ao efeito nocivo do tempo. Continuava com a aparência jovem e delicada de doze anos atrás...Despreocupado talvez. Quem sabe? Há muito tempo que Sakura deixara de dar informações sobre ele. Claro que foi uma exigência sua já que sofria por não tê-lo a seu lado. O que fora mais um erro de sua parte já que Eriol era uma parte incontestável de sua vida...algo que jamais seria esquecido, pois o que tivera com ele fora forte demais para ficar simplesmente renegado ao passado.

-Sou eu, Eriol...-sussurrou Tomoyo cravando as unhas na palma da mão.

Eriol reconheceria a voz de Tomoyo mesmo que vivesse milhões de ano sem ouvi-la. Era irreal, mas o mais estranho era ela está ali, naquele mesmo lugar que um dia marcara o rompimento de ambos. Aquele momento parecia um filme... Um filme do qual não via a hora de acaba.

-Tomoyo?-perguntou estupidamente já sabendo da resposta.

-Sim, sou eu.-respondeu sentido o coração na mão.

Era inacreditável... Era quase um sonho bom que temia virar um pesadelo, como tantos outros que tivera naquele período de uma década sem recebe uma linha sequer dela.

-Por Deus, o que faz aqui mulher?

-B-bem quis... vim vê-lo.-falou cautelosa admitindo para si mesma que não era bem aquela recepção que ela esperava. Mas afinal compreendia os motivos que o levava agi daquela forma com ela.

-Não era necessário, afinal fico surpreso por se lembra de mim já que se passaram doze anos sem notícias sua!.-falou amargamente.

-Bem, sei que não fiz o certo, mas desejava vê-lo.-explicou nervosa.

-Vê o que afinal, Tomoyo?-rebateu sarcástico, necessitava ser frio..pois não suportaria entrega seu coração e não tê-lo de volta.-O que sobro de mim após doze anos? Vê que pago a pena do inferno por não ter agido da maneira correta com você? Veio para ver isso querida perdeu seu tempo... ou melhor chegou anos atrasada.

Tomoyo estava arrasada com as palavras duras de Eriol, mas não tirava a razão dele, afinal passara anos tentando esquecer de todas as formas as lembranças de Eriol. Mas se quisesse ser feliz não podia entregar os pontos por causa de algumas palavras duras vindas da boca Eriol.

-Sei que nem minha lágrima o convenceria de meu arrependimento, mas quero que saiba que nunca puder esquecê-lo...

-Não acredito em suas palavras, Tomoyo.-falou rispidamente.-Na verdade não sei o que faz aqui. Não temos nada a falara um com outro...

-Sou eu que não acredito em suas palavras.-disse se revoltando com tamanha indiferença.-Nosso amor não foi passageiro...um caso de amor no qual se passa o tempo e esquece. Foi algo forte, algo inesquecível, que tanto eu como você nunca fomos capazes de supera.

-Não é o que parece.-pausadamente continuou.-Para mim foi amor, mas esse não é o seu caso Tomoyo... Para você eu fui apenas um amor adolescente, é por isso que não compreendo o motivo que atrás aqui.

Estava sangrando por dentro por não podê-la abraçá-la... Em seus sonhos sempre imaginara ela assim, naquele lugar aonde perpetuariam seu amor eterno. Agora estava tudo perdido... não era capaz de confiar nas palavras dela. no fundo aguarda um ressentimento que agravara mais ao vê-la nos braços de outro.

-O motivo que me atrás aqui é o amor que sinto por você.-declarou inflamada.-Jamais pude esquecê-lo... por mais que quisesse odiá-lo não conseguia.-estava sangrando, mas derrubaria uma lágrima na frente dele...era orgulhosa demais para tal submissão.-As as palavras amargas de Izaki teve o efeito de lâminas afiadas em meu peito... eu confiava em você, embora nunca tenha acreditado em sua fidelidade. Afinal o menino "rebelde" da escola tinha várias garotas a seu pé... e eu era apenas uma "cdf" apaixonada, que além de tudo era míope e feia...

-Não, você nunca foi míope ou muito menos feia.-rebateu não controlando as palavras que saiam de sua boca, era melhor que Tomoyo se sentisse um pouco de seu sofrimento, mas não conseguia, devia explicações àquela mulher.-Eu a amava, mas era um jovem com medo...nunca havia sentido por uma garota o que estava sentido por você naquele momento, e isso me fez se fraco e não ser fiel a você... mas no meu pensamento e no meu coração era você que amava.

-Naquele instante o único sentimento que prevalecia em meu peito era a vontade de esquecer a vida que havia levado aqui...

-E esqueceu?

-Não.-respondeu incisiva sem por em dúvida sua palavra.-Eu tentei... estudei como uma maluca, depois enfiei a cabeça no trabalho, mas sempre que recebia notícias suas meu mundo parava...-revelou contendo ás lágrimas.-Eu o amo, Eriol...passei anos pagando pela minha covardia...

Eriol tinha seu coração entre as mãos e não sabia o que fazia para não machucá-lo. Estava confuso, pois não conseguia compreende o que os sentimentos de Tomoyo por ele. Afinal a vira aos abraços com outro.

-Se me ama tanto assim então quem era aquele homem ao seu lado hoje de manhã?-perguntou não contendo a curiosidade.

-Homem?

-Sim, aquele senhor que abraçou...-falou enciumado.

-Você está falando de Nill.-respondeu contendo o riso.-Nill é meu empregado, embora não o considere dessa maneira já que ele foi a único homem em anos que permiti que ficasse ao meu lado... Talvez pelo o fato de ele parece tanto com o meu pai.

Foi com uma sensação de alivio e vergonha que recebeu a resposta. Era verdade que nunca julgara ou chegara pensar que aquele homem era um simples amigo. Passando a mão no rosto, Eriol se sentiu sujo por ter pensamento tão machista e possessivo com Tomoyo.

-Você pensou que tinha um romance com Nill!-voltou à fala ela se esconde o contentamento, pois aquele era o sinal que ele sentia algo ainda por ela.-Nunca houve algo entre mim e ele, e jamais terá a possibilidade de ter, pois o único homem que amei está na minha frente... e eu jurei que você seria o primeiro e último em minha vida e assim será pela a eternidade.-falou indo até ele.

Na verdade ou na mentira nunca fora capaz de esquecer Tomoyo. Renegar a esse amor seria o mesmo que amputar sua única chance de ser feliz, porém não podia esquece os anos passados em branco no qual nunca poderá esquecer. Ainda aguardava um certo ressentimento em seu peito do qual não podia ficar renegado o seu passado.

-Não posso compara o meu amor com o seu, afinal mal sei se me ama ou se não passo de um "nada" para ti,-continuou Tomoyo parando a seu lado.-mas estou aqui humildemente implorando que não me julgue tão rigorosamente...

-Você sabe como me enlouquecer.-disse estremecendo ao senti o toque delicado do dedo dela em seu rosto.-Eu odeio a mim mesmo por senti esse sentimento pérfido que me trai quando menos quero.

-Não seja tão duro com si mesmo... Eu sou um exemplo bem claro de que como esse sentimento machuca.-Tomoyo falou tentando sorri, mas o que era impossível, queria beijá-lo como em seus sonhos.-Sei que não me ama, mas tem desejo por mim...sinto em seu corpo...em sua respiração pesada, na sua maneira que me olha.-sensualmente foi passando a mão nos lábios dele.-Eu te desejo, Eriol.

-Desejo não é tudo, Tomoyo.-falou Eriol se desvencilhando dela. não queria ser mais uma vez um objeto de diversão para ela.-Você não me ama, apenas quer "matar" a saudade de um tempo que mesmo que queira não voltara jamais.

Não podia negar que sentia seu sangue pulsar nas veias. Era um homem afinal, e o pior é que sabia que qualquer homem etéreo gostaria de levar aquela deusa para cama, mas para ele Tomoyo não merecia ser um mero objeto de desejo... não se perdoaria se cedesse a seu desejo e a levasse a loucura. Ainda era muito cedo...

-Eu não sinto apenas desejo por você, Eriol.-continuou insistente.-Eu te amo...

Seria duro dar as costas para ela mais uma vez, mas os anos o ensinaram que as diferenças poderiam destruí um amor, e infelizmente fora isso que acontecera entre eles. Tomoyo não era capaz de amá-lo, pois o queria apenas para cumpri uma vingança. Afinal seria engraçado mostra a todos depois de anos que o tinha em suas mãos novamente... não, não queria servi de palhaço mais uma vez para o povo daquela cidade. Infelizmente não poderia cede aos apelos do coração e ficar com o seu amor. Por mais que sangrasse essa era a verdade.

-Mas eu já não a amo mais.

E ele sangrou ao vê-la se afasta arrasada. Sabia que aquele era o fim para o amor deles... Não devia chora, pois fora ele que escolhera aquele caminho. Viveria uma vida inteira sangrando por não tê-la.

And you can't fight the tears that ain't coming

E você não pode lutar contra as lágrimas que não vêm

Or the moment of truth in your lies

Ou contra o momento da verdade nas mentiras

When everything feels like the movies

Quando tudo dá a sensação de ser um filme

Yeah you bleed just to know you're alive

É, a gente sangra só para saber se está vivo

-Última Chamada para vôo 369, com destino Paris, França. Por favor, embarca no portão 3 em vinte minutos.

Aquela era a última chamada para o vôo que a levaria para bem longe daquele país, e bem distante de Eriol. Se perguntava se estava fazendo certo ao dar as costas para ele sem ao menos lutar. Mas por mais que fosse doloroso ela estava agindo da maneira correta... Não podia ficar num país em que ninguém a amava, e já não tinha motivos para luta pela a sua felicidade, pois ela fora jogada pela a janela a doze anos atrás.

-Tem certeza do que está fazendo, Tomoyo?-perguntou Nill pela milésima vez.

-Sim, Nill.-falou decidida.-Não tenho nada mais para fazer nesse país... perdi tudo, meu amigo.

-Não fale assim Tomoyo...-disse decidido a dar sua última cartada para a permanência de Tomoyo a seu lado.-Eu te amo, isso não basta?

-Não.-falou sorrindo.-Eu te amo também, mas necessito de um tempo só para mim, aonde posso refleti sobre Eriol...

-Compreendo.-falou com a cabeça baixa, admitindo para si mesmo que aquela mulher jamais esqueceria o amor do passado.-Então que seja feliz...e não se esqueça de mim.

-Não esquecerei.-falou dando o último abraço nele antes de parti.-Você foi a único pai que conheci.-disse já entrando no portão de embarque.

-E você a única mulher que amei.-sussurrou para si mesmo vendo a parti para sempre.

I just want you to know who I am

Eu só quero que você saiba quem eu sou

Eriol procurava feito um maluco Tomoyo entre as poltronas do avião. Gastara o que tinha e o que não tinha naquela viagem doida para Paris, pois descobrira que cometera o amor erro de sua vida ao mandá-la embora com uma inverdade. Ainda a amava, e não hesitaria em ir ao inferno para buscá-la se fosse preciso... Embora preferisse o céu. Estava mais do que na hora de ela sabe quem ele era de verdade. Talvez assim pudesse ser feliz em Paris ou em Tókio, ou Tomoeda ou simplesmente no mundo.

"Ajude-me Deus, por favor", sussurrou para consigo mesmo. Não foi difícil encontrá-la. mesmo que vendado seria capaz de distingui-la pelo o cheiro doce de flores silvestres. Não pode deixar de notar que escorriam lágrimas pelo o rosto dela. o que mais doía era fato de sabe que o motivo daquelas lágrimas era ele. Ele e a sua burrice... Mas a compensaria fazendo ela feliz pela a eternidade. Pensou sorrindo para si mesmo quando se aproximava sorrateiramente donde ela estava sentada.

(&)

-Posso ter o prazer em sentar a seu lado, senhorita?-perguntou um homem de pés a seu lado, desesperada nem ao mesmo se dignou a responder apenas confirmou com a cabeça. No momento estava mais preocupada com a própria infelicidade do que com traquejo social. Além de tudo pouco importava quem sentava a seu lado seja ele homem ou mulher, o que queria era que aquele avião deslocasse o mais rápido possível para assim fica livre para sempre da única pessoa que chegara a amar na vida.

-Parece que será uma viagem longa...-o homem voltou a falar insistentemente como se quisesse de alguma forma chamar sua atenção, aquilo chegava a ser irritante.-Não vejo à hora de chegar em Paris.

-Paris é uma bela cidade.-sussurrou Tomoyo pouco à vontade ainda com os olhos fechados.

Aquela era sua chance de se aproximar, pensou Eriol sorrindo sentindo as mãos coçar de tanta vontade de tocá-la.

-Já esteve lá então, Tomoyo?

Eriol observou Tomoyo abriu os olhos assombrada e deparar com ele. Percebeu que ele não era bem vindo, mas mudaria logo aquela situação. Não se permitiria perdê-la novamente.

-Eriol...!-sussurrou assustada.-O que está fazendo aqui?

-O mesmo que você, ora!-disse em tom de brincadeira.-Fugir do meu passado ou melhor fugir do meu amor.

-O que você quer dizer com isso?-perguntou confusa.

Era agora ou ficaria eternamente lutando contra o fantasma à noite, em sua cama fria e solitária. Pensando na possibilidade de não mais a tê-la, Eriol segurou a mão esquerda dela com forca.

-Eu errei feio, Tomoyo. Mandei-a embora sem se importa com o seu sentimento e renegando a única chance que tinha para ser feliz...

-Shhh, não me faça de otária. Eriol.-falou impaciente.-Você mesmo declarou que não me ama...

-Era mentira...

-Como assim?-voltou à pergunta odiando Eriol por fazê-la sangra mais.

-Eu te amo, todas as minhas forças, mas naquele dia estava possesso de ciúme.-revelou aproximando mais do rosto dela.-Eu vi um homem tocá-la, mesmo sabendo que ele não representava nada para você, isso me machucou.

-Nill é apenas um bom amigo...

-Agora eu sei disso.-rebateu roçando os lábios nos dela.-Mas antes eu ignorava esse fato.

Tomoyo não conseguia raciocinar direito. Tudo era um mar de complicação. Em uma hora estava resignada com a perda de um grande amor, e agora tinha ele entre os braços fazendo juras de amor eterno.

-Eu quero apenas que me dê uma chance para reconquistá-la, e mostra a você quem realmente sou.-disse a apertando entre os braços.-Você me aceita de volta?

Não podia se nega a ele. Naquele maldito jogo ambos haviam errado feio... Tinha que dar mais uma chance para o amor, e principalmente para si mesma. Negando-se a Eriol estaria privando a si mesma de ser eternamente feliz.

-Sim...

Foi apenas um sussurro mais que representou veredicto final a seu favor. Nunca mais a deixaria parti, pois o seu coração não iria agüentar tamanha solidão.

-Nunca irá se arrepende... isso eu lhe juro, meu amor.

Finalmente o anjo estava de volta a seu lar para nunca mais dizer Adeus.era isso que desejava Tomoyo do fundo do coração. Ser feliz ao lado de seu amor e nada mais...

Fim!