Capítulo 2 – Quando um bruxo vai, um pelado vem!

Então mais alguém entrou no banheiro super movimentado.

Continua...

RONC...RONC...

Draco: Letícia, sua quadrada, já é hora de começar!

RONC...

Harry: Não adianta, essa energúmena só escreve de madrugada e volta e meia cai dormindo na escrivaninha!

Rony: Só não achei que dessa vez ela fosse dormir antes mesmo de escrever uma palavra do capítulo!

Hermione: ACORDEM-NA PELOAMORDEZEUS!! Vocês não sabem o que eu estou passando aquiiii!!

Morena do Banheiro: Vixe, quem é a fia?

Pessoa anônima que entrou no banheiro super movimentado: É a Mione.

Morena do Banheiro: Ajudou muito...

Pelé: Será que alguém pode acordá-la logo? Eu tenho que ler logo, compreende? Minha agenda não permite mais demoras, compreende?

Mulato Pelado: Ih oh o cara, aí! É o Pelé, aí! Me dá um autógrafo, aí!

Mim: o Pelé tá lendo a minha fic?

Pelé: É porque é no Brasil, compreende? Eu até aceitaria fazer uma participação, mas só se for especial, compreende? É que eu sou o Pelé, compreende?

Pessoa anônima que entrou no banheiro super movimentado: Com ele você acorda, né? Faz o favor de escrever, que eu quero saber quem sou!

Mim: Tá, tá bom...voltem aos seus postos!


Então alguém entrou no banheiro super movimentado.

- Rá! Mais uma! Hoje é o meu dia! – disse Draco, feliz por pegar alguém, e mais feliz ainda por esse alguém ser... Gina.

- Ahh não! Me descobriram! – lamentou a ruiva – eu não devia ter entrado nesse banheiro!

- Menos cinco pont... – começou o sonserino.

- Agora não, Malfoy, eu estou realmente desesperada! – Gina passou por Draco e por Rony, Harry e a morena para entrar no terceiro box. Trancou a porta e se aliviou, dizendo até "Ahh...", para o horror de Harry e Rony e a abobalhação de Draco. n/a: abobalhação? Essa palavra existe? :P

- Ei, que legal! – disse Gina, de dentro do box – uma bandeira...AHHH!!

Houve um barulho de algo sendo sugado.

- Gina? – Rony se aproximou da porta. – Gina?

- Gina... hahaha...parece com... – ria a moreninha, mas se tocou e calou-se.

Nenhuma resposta, nenhum ruído. Rony então forçou e abriu a porta do box.

A ruivinha não estava lá.

- O que aconteceu? – indagou Harry.

- Bandida! Aposto que fez um feitiço pra fugir da detenção! – disse Draco, com raiva, enfiando-se no box junto com Rony, que procurava por todo o box como se Gina pudesse surgir de dentro da lixeira ou da caixinha de descarga.

- Hey, sai daqui Weasley, estou muito perto de você – Draco franziu a testa, colando-se ao canto da parede – posso me infect...CAR#LHU!!

Uma bandeirinha brilhante no canto da parede começou a brilhar. Draco afastou-se, juntando-se a um assustado Rony, do outro lado do box.

- O que foi? O que está acontecendo? – indagou Harry, batendo na porta do box.

- Alguma coisa está saindo da bandeira...alguma coisa...nua! Nu!!Eca eca sai prá lá!! – berrou Rony, com horror, virando o rosto para a parede. Ao ver o que surgira perto da bandeira, Draco esbulgalhou os olhos acizentados, e a pessoa que surgira, que olhava confusa para o banheiro, encontrou o olhar de Draco e revoltou-se.

- Quié, mermão? Quié que tu tá olhando??

Draco saiu do tupor de olhar algo tão grand...digo, curioso, e meteu a cara na parede como Rony. Não que ele tivesse compreendido o que o adolescente falou.

- Putez grila véi, que lugar é esse? – o adolescente pelado olhou como que enfeitiçado para o banheiro escuro feito em granito – caracas...

- Quem é que tá falando português aí? – indagou a moreninha, entrando no box e vendo o garoto nu. Sem escândalos, ela apenas tapou os olhos respeitosamente e disse, em português:

- Você sabe falar inglês?

- Não mesmo! – o adolescente loiro, não loiro etéreo como Malfoy, mas um loiro de cabelos dourados, bronzeado e com azuis e vivos.

- Vixi, então está ferrado – sorriu a moreninha, e colocando a cabeça pra fora do box, disse em inglês para Harry:

- Me empresta seu robe?

- Hunf... tá bom... – disse um Harry aborrecido, tirando o robe e passando-o á moreninha – apareceu mais alguém pelado, né? Eu não acredito que Hermione desapareceu e nós estamos fazendo festinha no banheiro...

- Toma – a moreninha estendeu o robe pro loirinho, que vestiu o robe com certo trabalho: ele era maior que Harry – qual é o seu nome? E por que essas bichas estão com as caras na parede?

- Meu nome é Milene – sorriu a moreninha que já não precisa mais ser chamada de moreninha – e o seu?

- João Paulo – respondeu o loirinho que nem precisou muito ser chamado de loirinho – dá pra vocês pararem com isso? – ele olhou aborrecido pra Draco e Rony, que descolaram vagarosamente a cara da parede e deram um suspiro de alívio ao ver João Paulo vestido.

- Será que dava pra vocês saírem todos daí?! – enfezou-se Harry – acho que temos muitas coisas a explicar!


- Aaahhh!! – berrou Gina, ao cair nas areias de uma praia – droga, o que é isso? Deve ser armação do Malfoy, tenho certeza...

Ela se ergueu e olhou ao redor. As pessoas estavam andando e correndo felizes de um lado para o outro, como vieram ao mundo, mesmo com o sol se pondo.

Caros leitores, admito que até eu me impressionei com a reação da virginal Gina.

Acontece que Ginevra Weasley, ao ver que ficar pelado era regra naquela praia, não hesitou dois segundos em tirar a roupa desesperadamente e se atirar ao mar gelado. Atravessou ondas, atirou-se de cabeça e engoliu muita areia, mas estava decididamente feliz, e sua felicidade era tanta que aos poucos chamava a atenção de algumas pessoas. Mas ela não ligou e continuou a sua festinha particular, peladona no mar.

Não muito longe dali, em uma das barraquinhas de coco da praia, Hermione aguardava solitária que o mulato pelado que a recebera na praia voltasse com alguém que falasse inglês. Ela tentara em vão se comunicar com ele, mas cada vez que ele dava um sorriso maroto ela se encabulava e lembrava que se olhasse pra baixo veria...não!

'Hermione, sua pervertida, vai pagar por todos os pecados que está cometendo nesse lugar, ah se vai!' ela brigava consigo, tentando em vão sugar algum suco de dentro do coco que o mulato pagara antes de ir buscar alguém, como ela entendeu. 'Já acabou? Ah não, era tão bom, nunca bebi algo tão diferente.'

Enfiou as mão no bolso e tirou de dentro um galeão e alguns sicles e nuques.

- Excuse-me – Hermione disse devagar, aproximando-se do balcão, onde um velhinho de óculos muito grossos e careca fazia doce de coco – How much is that? – ela apontou para pros cocos em uma estante e fez com os dedos o sinal de dinheiro.

- O coco? Quer comprar um coco? – indagou o velhinho, coçando a cabeça – custa 2 reais.

- Hum... – murmurou Hermione, com dúvida, estendendo um sicle de prata – this?

O homem pegou a moeda e arregalou os olhos (Hermione perguntou-se porquê, já que as lentes já eram tão grossas). 'Prata!' o velho pensou. 'PRATA!'

Imediatamente pegou dois cocos enormes e jogou para Hermione, e como se temendo que ela se arrependesse, guardou rapidamente o sicle. Ela não entendeu a razão, mas sentiu-se agradecida, afinal, eram 'duas bolas cheias de suco pra tomar'.

Fez um buraquinho em um dos cocos e se pôs a beber a deliciosa água. Decidiu caminhar um pouco pela praia: agora que o sol estava se pondo, não haviam muitas pessoas nuas por perto.

Perguntou-se se alguma das pessoas que estava na praia eram bruxa. O mulato bonitão certamente não era, ou não teria estranhado suas roupas. Pensando bem, ela mesma havia tirado o sobretudo escolar e a camisa de cima, e mesmo assim suas meias-calças e seus sapatos a estavam matando. Era o infernizante calor que fazia ali. Fazia tanto, mas tanto calor, que ela começou a não se surpreender tanto que andassem sem roupa.

Ela decididamente estava no Brasil. Embora relutasse, todos os fatos apontavam para isso. As mulheres tinham corpos bem feitos e surpreendentemente corados, a música que tocava nas barracas era alegre até demais¬¬ e ela já havia escutado seus pais falarem nela ("safado, cachorro, sem vergonha, eu dô duro o dia inteiro..."), além deles falarem português é claro.

Algo a libertou repentinamente de seus pensamentos: uma garota ruiva pulando como se estivesse em pleno Carnaval baiano (claro, Hermione não associou a isso, ela não fazia idéia do que era Carnaval), jogando os cabelos pros lados e gritando estridentemente. Há tempos Hermione não via alguém que expressava tão bem a palavra felicidade (ou seria loucura?): não com todas os desastres que aconteciam diáriamente a ela, Rony e Harry. Se pôs a admirar a humana pelada, quando se deu conta que quem ela era.


- BRUXOS?! – João Paulo ergueu as sombrancelhas, exasperado – não não não, bruxos não existem, vixi, isso que dá ler Paulo Coelho...

Milene traduziu o que ele disse e Harry respondeu, irritado.

- E você julga que sejamos o quê? – ele estava cansado de mostrar feitiços pequenos a João Paulo para que ele se convencesse. Ainda bem que Milene não precisara de explicações: ela também era bruxa.

- Sei lá... isso pra mim é macumba, sabe... – João Paulo olhava meio que angustiado para as paredes de pedra – eu não acredito que estou na Inglaterra...

- Ahh... minhas detenções... – resmungava Draco – até perderam a emoção agora...

- Se eu e J.P estávamos na praia de nudismo e viemos parar no mesmo box do banheiro em que sua amiga ruiva desapareceu, então ela deve ter ido parar lá... – murmurava Milene.

- Assim como a Mione – Harry mordeu os lábios, e subitamente levantou-se – e assim como Vol...

- Acho melhor não falarmos sobre isso aqui, Harry. – Rony acotovelou o amigo para fazê-lo calar-se – Depois. – e indicou com um olhar que Draco estava presente. Então virou-se para Milene – mas que tipo de feitiço faria...

Rinhec... gente, isso é o barulho de uma porta abrindo :P

- Isso foi no fim do corredor. – sussurrou Draco, habituado às masmorras – logo alguém estará aqui – ele olhou o próprio relógio de ouro branco e engoliu em seco – terminou meu horáriom de ronda!

- Será mais divertido levar uma detenção se você estiver junto, Malfoy – disse Harry, lançando ao loiro um olhar gelado.

- Silêncio – fez Rony – estão pra chegar aqui... vamos entrar nos boxes!

Agarrou Milene pela cintura e entrou no primeiro box; Harry e João Paulo entraram no segundo (o pobre loirinho não entendia nada do que estava acontecendo) e Draco entrou no terceiro. Os passos foram se aproximando, até que a porta do banheiro se abriu.

'Minha capa!' lembrou Harry, com raiva 'vão pegá-la!'

Não deu em outra, a pessoa que entrara pegou a capa nas mãos, e com uma risada fria de quem compreende a situação, murmurou:

- Saia de onde estiver, Potter.

O choque que passou pela espinha de Harry quando a voz fria e conhecida falou foi tão grande que ele não se mexeu. Snape repetiu:

- Saia, Potter. Saindo agora, sua detenção não será tão dolorosa.

Harry engoliu em seco: não confiava em Snape e não queria que ele soubesse da suposta passagem para o Brasil através da bandeirinha. Aquilo poderia ser útil, e pra ele, tinha cheiro de Voldemort. Consequentemente Snape não podia saber que haviam dois brasileiros no castelo.

Fez um sinal para que João Paulo permanecesse aí e saiu vagarosamente do segundo box.

- E agora, seus amiguinhos, Potter – disse Snape, encarando-o enquanto alisava a capa com seus dedos longos – onde estão?

- Não há ninguém comigo – disse Harry simplesmente, evitando contato visual com Snape para que este não pudesse ler sua mente.

- Harry Potter nunca está sozinho em suas peripércias – sussurrou Snape, aproximando-se do terceiro box – posso prever que um amigo seu se encontra aqui...

Snape então empurrou a porta do terceiro box na mesma hora em que se podia escutar um ruído de algo sendo sugado. O professor de poções, então, não encontrou ninguém no box.

- Escutei aquele barulho... tinha alguém aqui! – disse Snape, olhando com ameaça para Harry, que compreendeu o que devia ter ocorrido. Draco refugiou-se pro Brasil, mas isso significava que logo mais um peladão ia surgir no banheiro. Tinha que tirar logo Snape dali.

- Viu? Não há ninguém. – disse o cicatrizado.

- Ainda há o primeiro box – Snape riu maliciosamente, dirigindo-se ao box citado – quero ver escaparem agora...

Harry fechou os olhos para não ter que ver a cena, e foi interrompido por um murmúrio de fúria do professor de narigão de gancho.

- Onde estão? Onde foram parar?

Harry abriu os olhos e contemplou o primeiro box: não havia mesmo ninguém ali. Sem tempo para pensar em como Rony e Milene haviam escapado antes que mais um brasileiro surgisse no banheiro, Harry murmurou:

- Não tem ninguém comigo, professor.

- Não pense que me engana, Potter! Menos 20 pontos para a Grifinória por suas mentiras, sem contar os que vou descontar por estar a caminhar pela escola às 11 da noite! Provavelmente tinha um motivo, não é mesmo?

- Certamente – Harry suava: não demoraria muito... felizmente escutou-se um estrondo ao fim do corredor leste, próximo a sala de troféus.

- Eu sabia! Vou pegar seus amigos agora! Ande Potter, me acompanhe! – e os dois saíram do banheiro, no momento em que um estalinho indicava que mais um brasileiro "à vontade" estava ali.


- Giiinaaaa!!!!!!!!!!! GINAAA!!!

Longe da margem e com a cabeça sempre enfiada nas àguas salgadas, Gina escutava esses gritos e achava que se tratava de uma ilusão, de algum ser maligno que queria lhe tirar aquele momento mágico. Mas ao perceber que os gritos estavam cada vez mais altos e mais familiares, ela resolveu pensar em olhar, "daqui a alguns minutinhos."

Nas margens da praia, Hermione gritava descontrolada por Gina: ela estava agora submersa, mas Mione sabia que ela estava lá! Aqueles cabelos só podiam ser dela!

Só que as pessoas nuas na praia começavam a achar a situação muitíssimo estranha: o que uma garota vestida, ainda mais em roupas quentes, fazia gritando "GINAAA!!", um nome que certamente nem existia, nas margens do mar? Sem contar que não parecia haver ninguém na direção em que ela gritava.

Não demorou a se tocarem que era ela louca, coitada, e estava perdida, achando que os peixes do mar fossem alguém chamado Gina...

- Garota – disse uma mulher negra de cabelos longos e cacheados, e olhar solidário – não tem ninguém ali...

- She is my friend in Hogwarts! – disse Hermione, pulando exasperada – Giiinaaa!!! I'm here!! Listen me!! tradução: Ela é minha amiga em Hogwarts! Ginaa!! Eu estou aqui! Escute-me!

- Meu Deus menina, eu não entendo nada o que você fala! – disse a mulher, pegando-a pelos ombros e tentando pará-la. – onde estão seus pais?

- I'm lost here!! I don't understand you... she's my friend, oh shit, why she don't listen me? – respondeu Hermione rapidamente, o que fez com que a mulher ficasse ainda mais assustada e logo uma pequena multidão se formava ao redor das duas. tradução: Eu estou perdida aqui! Eu não entendo você... ela é minha amiga, oh merda, por que ela não me escuta?

- Ela é "especial"? – indagou uma velhinha de tanguinha laranja.

- Acho que sim. – sussurrou a mulher negra, que tentava conter uma Mione que novamente berrava "Ginaaaa!!!" – querida, eu sou a Gina...venha, venha comigo...

- Nhain? – murmurou Hermione, sem entender porque a mulher negra, a velhinha e agora um homem alto e magrela tentavam tirá-la das margens do mar – What's happen...tradução: o que está acontec...

- Vamos, querida, vamos – disse a velhinha – siga a Gina...

Começaram a arrastar uma Mione horrorizada pela praia.

'Pra onde estão me levando? Isso não pode estar acontecendo...'

Continua...

N/A: Bom gente, é isso! Aqui está o cap 2, um pouco maior! não sei se ele ficou muito bom porque tive que ajeitar algumas coisas na estória ... enfim, o cap 3, ´so semana que vem!

Eu agora estou atrasada pra ir pra casa da minha vó (onde não há net ¬¬), por isso não posso agradecer agora pelas reviews, mas acreditem, são elas que me animam a escrever mais a cada dia ... assim que eu puder eu respondo todas!

E continuem mandando-as, claro! ;D

Até depois...

Aya O.o