CAP 7
"O ASSALTO"
Todos estavam sentados quando escutam um estrondo vindo da cozinha e o grito de Sheila. Harry se levanta rapidamente, mas quando estava saindo sente que Hermione segura sua mão com força para que não saia. Antes que pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, no entanto, eles descobrem o motivo dos gritos: cerca de cinco homens armados entram na sala arrastando uma apavorada Sheila, que é jogada aos pés dos garotos assustados. Enquanto Hermione se abaixava para ajudar a moça, Harry encarava um homem que parecia ser o chefe do grupo. Tinha por volta dos quarenta anos, estava bem vestido, usava óculos, e tinha um olhar um tanto quanto sério e responsável, imagem que não combinava nada com a pistola semi-automática que portava.
Quem são vocês? O que fazem na minha casa? – pergunta o sr Granger.
Não se assuntem, não queremos nada com vocês, só estamos de passagem. Tão logo a polícia perca nossa pista iremos embora, portanto fiquem quietos que ninguém se machuca. – disse o que parecia o líder.
Vocês não tem o direito de entrar aqui, saiam agora. – dizia, um tanto trêmulo, o sr. Granger.
Acho que não me entendeu, eu disse que vamos ficar aqui algum tempo. Não pretendemos machucar ninguém, mas isso pode facilmente ser mudado. – responde com muita tranqüilidade o líder.
Quem é você? Como chegou aqui? E afinal, por que estão fugindo da polícia – pergunta desta vez Harry.
Meu nome não é importante, mas pode me chamar de "COBRA"; como chegamos aqui ou porque a policia nos está perseguindo é problema nosso. Agora quem é você, garotinho? - "Garotinho?" pensa Harry, "isso agora é pessoal."
Eu não sou importante, mas todos me chamam de "o menino que sobreviveu" – responde com um olhar sério.
"O menino que sobreviveu?" – repete "Cobra" – Um tanto estranho, mas se quer continuar como este título, garoto, eu sugiro que faça o que mandarmos ou você e todos aqui vão se dar muito mal.
Cobra, já que estamos aqui, porque não aproveitamos e pegamos alguma coisa? Uma casa desse tamanho deve estar cheia de coisas de valor.
"Droga, porque eu não ouvi o Sirius e não comecei a andar com minha varinha no bolso?" pensa Harry, enquanto sente Hermione apertando seu braço com tanta força que chegava a doer, como sempre fazia quando estava com muito medo. Automaticamente, coloca sua mão sobre a dela para confortá-la, enquanto pensa furiosamente em uma maneira de resolver a situação, nunca chegaria até seu quarto onde estava sua varinha. Então veio a solução, era tão óbvio que não sabia como não havia pensado nisso antes. Não tinha como chegar ate sua varinha, que estava no terceiro andar, no entanto ele não precisava da sua varinha, ele precisava de uma varinha, e a da Mione estava muito mais perto que a sua, na verdade, estava a menos de três metros dele. Tudo o que precisava fazer a abrir a porta da sala de troféus, mas a questão era: como abrir a porta sem que os bandidos desconfiassem?
Eu já disse que não quero confusão! Não podemos chamar a atenção, ou a policia vai nos encontrar. Tudo o que precisamos é de algumas horas e eles vão perder a nossa pista, então poderemos sair do país e aproveitar a nossa aposentadoria. – dizia "Cobra" para seus capangas.
Mas "Cobra", o Michael tem razão, já que vamos ter que esperar mesmo por que não aproveitar e levar mais alguma coisa? – pergunta um terceiro bandido.
Tudo bem, mas tomem cuidado, não queremos tocar nenhum alarme. – se dá por vencido o chefe.
Harry, que prestou atenção à conversa dos bandidos teve finalmente uma idéia de como pegar a varinha de Mione. Era um tanto perigoso, mas diante do que estava acostumado a enfrentar em Hogwarts, alguns bandidos não era nada. Assim, resolve pôr seu plano em prática. Olha para Hermione, que ainda estava segurando firmemente seu braço. A garota que, depois de quatro anos de convivência, o conhecia melhor do que ninguém, olha de volta com os olhos cheios de lágrimas e um aceno negativo com a cabeça. Harry se limita a levantar as sobrancelhas como resposta, o que faz com que a garota o largue e de um passo para trás enquanto começa a chorar silenciosamente.
Harry, vendo que alguns dos bandidos iriam sair da sala, se coloca rapidamente na frente da porta fechada, o que sabia que não passaria despercebido.
O que tem aí, hein, moleque? – pergunta um dos bandidos.
Nada - responde rapidamente o garoto com uma voz que sabia deixaria a todos desconfiados.
Saia da frente, eu quero ver o que tem aí.
NÃO!
Eu disse para sair. – fala o criminoso bastante irritado e dá uma coronhada na cabeça do garoto, e abrindo a porta com um pontapé.
Mione grita ao ver a cena, Harry, por outro lado se esforça para não sorrir, porque aquilo era exatamente o que tinha em mente. A dor não era nada, estava mais que acostumado com ela, quanto ao sangue, era apenas um incomodo, o importante é que a porta estava aberta e ele estava agora a menos de meio metro de seu objetivo. Assim, fingindo que estava em pior estado do que realmente se encontrava, ele se apóia na porta, parecendo estar se esforçando para levantar. "Eu te disse que deveria fazer o que mandámos ou iria se dar mal, garotinho." Falava Cobra, rindo, enquanto o garoto se apoiava na bancada que havia ao lado da porta.
Eu só tenho uma coisa a dizer – fala Harry ainda se apoiando na bancada que ficava no lado interno da porta – ESTUPEFAÇA – grita, pegando finalmente a varinha e apontando para o bandido que estava próximo dele examinando a sala, que cai com um estrondo no chão. Todos (com exceção de Mione, que já esperava algo assim) se assustam, rapidamente o garoto se vira e torna a gritar: - ESTUPEFAÇA, ESTUPEFAÇA, ESTUPEFAÇA, ESTUPEFAÇA – acerta três dos quatro bandidos ainda na sala. "Cobra", vendo que o que o garoto fazia derrubava seus homens, desvia do feitiço e pega a srª Granger como escudo.
Não sei o que fez, moleque, mas seja lá o que for não vai conseguir fazer comigo. Agora trate de abaixar essa... essa coisa em sua mão ou a mamãe aqui vai sofrer, ouviu, garotinho?
Acaba de cometer três erros fatais. Primeiro, ela não é minha mãe. Segundo, eu odeio que me chamem de "garotinho", só existe uma pessoa no mundo que eu permito que me chame assim e não esta aqui. E por último eu não admito que ninguém, ninguém mesmo, ameace meus amigos – responde Harry, entre dentes, a última frase parecendo mais um rosnado que outra coisa, enquanto encarava seu oponente com os olhos estreitados de ódio. – EXPELLIARMUS – grita, arrancando a arma das mãos de seu adversário e a apanhando com agilidade no ar, a apontando junto com sua varinha para ele. – Agora solte a srª Granger ou eu juro que vai se arrepender.
É mesmo, e o que pretende fazer? Se tentar qualquer coisa vai acertá-la. Eu vou usá-la para poder ir embora e vocês não podem fazer nada. – responde, querendo parecer confiante muito embora sua voz suasse um tanto trêmula.
É mesmo? Que tal isso? Mobilicorpus – disse apontando a varinha para a srª Granger, (o que a fez voar suavemente ate os braços do marido) ao mesmo tempo em que puxava o gatilho da pistola.
Harry deixa a arma cair e caminha calmamente até o bandido que se contorcia no chão, segurando a perna atingida.
Eu disse que iria se arrepender.
Quem... ou... o que é você? – pergunta tremulo Cobra.
Como eu disse, sou o "garoto que sobreviveu", é tudo que precisa saber, deveria ter se perguntado porque eu sou chamado assim. Agora boa noite. ESTUPEFAÇA. – grita colocando seu adversário para dormir. Mione corre e o abraça com força ainda chorando, Harry a abraça de volta e passa a mão em seus cabelos para confortá-la – Tudo bem, já passou – fala, dando um beijo em sua testa – agora acabou, eles não vão mais incomodar.
Ah, Harry, eu fiquei com tanto medo, porque você tem que fazer essas coisas? Eles podiam ter te matado. Olha só, você está machucado.
Tudo bem, é só um machucadinho de nada, ou você esqueceu o que eu costumo enfrentar na escola? – reponde, sorrindo para a garota – agora vamos cuidar destes aí, mobilicorpus, - diz colocando todos os bandidos enfileirados e conjurando cordas para lhes amarrar as mãos e pés, bem como amordaça-los. – Bem, agora o que fazemos com eles? Não podemos simplesmente entregá-los pra policia, eles não podem sair por ai contando o que aconteceu realmente – diz se dirigindo a Mione que (diferente dos demais) já havia se recuperado do susto (talvez por estar acostumada com as aventuras do garoto), embora ainda tivesse os olhos vermelhos. Mas não teve que esperar muito para que sua pergunta fosse respondida, porque nessa hora dois bruxos aparatam bem no meio da sala com as caras bastante bravas.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – pergunta um deles aos berros.
Nossos sensores de magia dispararam, e qual não foi nossa surpresa ao notarmos que era em um bairro trouxa. Agora, alguém aqui pode nos dizer, afinal, quem foi o responsável por isso? – pergunta o outro bem mais calmo, mas também aparentando não gostar nada da citação.
Bem. Sabe o que é, é que, bem... – ia respondendo, gaguejando, Mione
FOI ELE – diz Edward apontando para Harry, o que faz como que Mione e Harry olhem feio para ele.
Ah então foi você, hein? Você esta ciente que infringiu uma das principais normas do "estatuto de sigilo da confederação internacional dos bruxos"? Está muito enrascado, garoto, ah está sim. – dizia o primeiro bruxo. – Agora o que vamos fazer como você, hein? Talvez devêssemos..., devêssemos..., mas, eu não acredito, é HARRY POTTER. – grita ao reconhecer o garoto, o que faz com que Harry abaixe a cabeça constrangido.
Como? – dizia o outro – Hei, é mesmo! Muito prazer, sr. Potter, eu sempre quis conhecê-lo, posso apertar sua mão?
Eu sei quem é o sr.! É o Sr Peasegood não é? O sr. Weasley nos mostrou o sr. na Copa Mundial ano passado. – disse Harry, enquanto cumprimentava o bruxo.
Está vendo isso, Fred? Harry Potter se lembra de mim, eu tenho que agradecer ao Artur quando o vir, ah tenho sim.
Estou vendo, Arnaldo. Muito prazer sr. Potter, sou Fred Stine. - disse o primeiro bruxo agora apertando a mão de Harry. – e você deve ser a srtª Granger, eu presumo. Eu sabia que a namorada do sr. Potter teria eu ser muito bonita. – o comentário deixa Mione vermelha. – Logicamente não acreditei em uma palavra que aquela escritorazinha de quinta categoria disse sobre vocês. – completa, o que deixa Harry e Mione aliviados.
Agora nos diga, sr. Potter, o que exatamente aconteceu aqui? – pergunta o outro bruxo.
Bem, esses homens entraram aqui e começaram a nos ameaçar, então eu pequei a varinha da Mione e os estuporei. Eu sei que bruxos menores de idade não podem fazer mágicas fora da escola, mas, se eu não me engano, tem um artigo no estatuto que diz que em casos especiais o bruxo pode usar sua mágica, e, bem, conclui que este era um desses casos. – responde o garoto, fitando os olhos dos seus interlocutores.
É, tem razão, existe mesmo um artigo que fala isso. No entanto, não podemos deixar estes trouxas saírem por ai contando o que aconteceu. – diz o sr. Stine – O que sugerem?
Os srs. podem apagar a memória deles, não podem? – diz Mione.
Claro que podemos, mas, pelo que me lembro, em casos assim os trouxas entregam estas pessoas para a "plicia", não é?
É verdade, sr. Peasegood, mas o que vamos dizer para a polícia? Porque eles vão querer saber como foi que os pegamos – responde Mione. Nesse meio tempo, Harry se concentrava para achar uma solução e por fim encontra.
Vamos fazer o seguinte – disse o garoto – vamos chamar a polícia, isso se o tiro que eu dei não tiver alertado os visinhos e eles já não a tiverem chamado. Bem, não importa, assim que a policia chegar nós alteramos a memória deles, bem como a desses bandidos, para que pensem que ouve um tiroteio e os bandidos tenham sido capturados.
E assim fizeram. Chamaram a polícia dizendo que a casa estava sendo invadida e quando os policiais chegaram tiveram suas memórias alteradas, para que pensassem que haviam capturado sozinhos os bandidos. O mesmo aconteceu com os criminosos, tendo estes a memória alterada pelo próprio Harry, que pediu para os funcionários do ministério lhe ensinarem o feitiço, que ele aprendeu rapidamente e o executou com perfeição.
Bem, agora temos que ir. Foi um prazer conhecê-lo, sr Potter. Vamos, Arnaldo.
Espere um minuto, Fred. Sr Potter, o sr poderia me dar um autógrafo?
Que? Um autógrafo? Eu não dou autógrafos – responde rapidamente Harry.
Por favor, sr Potter, é para a minha filha. Sabe, ela é sua maior fã, faz parte de seu fã-clube e tudo o mais. Ela vai entrar agora este ano em Hogwarts e eu sei que nada a faria mais feliz que um autógrafo seu.
Ah, Harry o que custa? – diz Mione - é só uma garotinha, eu sei que não gosta deste tipo de coisa mas uma vez só não vai fazer mal nenhum. Além do mais, eles nos ajudaram muito hoje. Vai, por favor, dá o autógrafo pra ele – finaliza, com uma voz pedinte.
Tudo bem, tudo bem, eu dou. – fala Harry com uma voz cansada – como ela se chama?
O nome dela e Cassie, Cassie Peasegood, ela vibrou muito com sua vitória no Torneio Tribuxo, se bem que eu tive que explicar pra ela que toda aquela história que saiu no "Profeta Diário" não passava de invenção daquela reportezinha de segunda.
Tudo bem, eu vou dar o autógrafo. Mione, pega pra mim uma pena e um pergaminho, por favor.
Assim ele escreve para a garota seu primeiro autógrafo:
Para
Cassie Peasegood
Com muito carinho
Harry James Potter.
Espero que ela realmente goste, este é meu primeiro autógrafo, e espero que seja o último.
Muito obrigado sr. Potter o sr não sabe como ela vai ficar feliz, muito obrigado mesmo.
Tudo bem, só uma coisa.
O quê? O que mais posso fazer pelo sr?
Isso, pare de me chamar de sr Potter, pode me chamar apenas de Harry, é assim que meus amigos me chamam.
Tudo bem, Harry. Novamente, muito obrigado – apertou novamente a mão de Harry, no qual foi imitado pelo Sr. Stine e então ambos aparataram.
Ah, Mione, quando isso vai parar? – pergunta Harry, se sentando no sofá com um ar completamente cansado, colocando a cabeça entre as mãos e apoiando os cotovelos nos joelhos. – Viu só o que inventaram agora? Um fã-clube! Não faltava mais nada, será que nunca vão esquecer o que aconteceu?
Harry, você sabe muito bem que não vai parar – dizia, depois de se sentar ao lado do garoto - você salvou o mundo (na hora todos os outros olham para o garoto como os olhos arregalados), este tipo de coisa não dá para esquecer. Você gravou pra sempre seu nome nos livros de história da magia, na verdade você tem muita sorte de temos conseguido abafar a maioria das coisas que você faz, ou aí sim você não teria sossego.
Tudo o que eu queria é que as pessoas me tratassem como um garoto normal, é pedir de mais? – dizia agora se recostando ao sofá e fechando os olhos.
Mas, Harry, você não é um garoto normal, nem para os padrões dos bruxos, esta cicatriz é a maior prova disso. – dizia enquanto passava a mão suavemente no rosto dele. Harry podia sentir seu perfume, o calor que emanava. Todas as suas preocupações pareciam tão pequenas agora, tudo o que queria nessa hora era que o tempo parasse e ele pudesse ficar ali, nos braços da garota que o confortava. – Vai ficar tudo bem agora, eles já foram embora, e você está entre trouxas, e pode ter certeza que não vamos ficar te lembrando do que aconteceu. Além do mais, eu estou aqui e não vou deixar que você se aborreça, eu juro. – sua voz era quase um sussurro. Harry, que ainda estava de olhos fechados, pôde sentir que ela esta com seu rosto muito próximo do dele e sente sua boca seca. Sem saber o porquê, ele começa lentamente a inclinar a cabeça para frente.
Hei, alguém pode me explicar que historia é esta de salvar o mundo? – era Edward. Harry abre os olhos e nota que os lábios de Mione estavam à apenas alguns milímetros dos dele, mas a garota também havia aberto os olhos e se dando conta do que estavam (quase) fazendo, se afasta rapidamente, se sentando direito no sofá completamente vermelha. Harry definitivamente teve vontade de matar o outro, muito embora sua mente lhe dizia que deveria lhe agradecer por tê-lo livrado de uma situação embaraçosa. – Eu fiz uma pergunta, será que os pombinhos poderiam me explicar que historia é esta dele ter salvado o mundo? Porque eu não acredito nem um pouco nisso.
Você não sabe de nada, Edward, o Harry não só já salvou o mundo como fez isso mais de uma vez. Se quer uma prova espere aqui. – disse Mione, ainda vermelha, depois sai correndo escada acima, talvez para esconder a vergonha. Volta algum tempo depois já aparentando estar recuperada da situação embaraçosa em que estava há alguns minutos (diferente do Harry, que continuava vermelho) e trazendo uma pilha de livros no braço. – Olha só isso: "O menino que sobreviveu" – dizia enquanto abria um dos livros em cima da mezinha que ficava ao canto, na qual estavam sentados antes do jantar (todos os livros estavam marcados na parte que falava do garoto). – Vê? Aqui conta em detalhes como o Harry venceu da primeira vez o maior bruxo das trevas dos últimos cem anos.
Como assim da primeira vez? – pergunta Mary.
É que o Harry já vez isso várias vezes depois disso, eu não disse que ele salvou o mundo mais de uma vez? Só que o prof. Dumbredore tem conseguido abafar as coisas que ele faz para que possa ter um pouco de sossego. – nessa hora cai de um dos livros uma carteirinha, que Harry prontamente pega e leva um susto ao ver do que se tratava.
Mione, que negócio é esse? – diz, mostrando a carteirinha do "fã-clube do Harry Potter" – Eu não acredito que logo você faça parte de um negócio desses.
Ah bem, lembra quando nós brigámos no terceiro ano? Bem, eu já sabia do seu fã-clube, então eu entrei nele para poder pelo menos assim ter algo a ver com você, porque eu não agüentava mais esbarrar com você pelos corredores e não poder conversar sabendo que estava bravo comigo, mas fui expulsa quando saíram aquelas reportagens sobre nós dois no ano passado. Algumas daquelas cartas e berradores que eu recebi com certeza vieram de membros do seu fã-clube.
Eu realmente não acredito que tenha feito isso, porque, de todos, você e o Rony são os últimos que deveriam entrar em um fã-clube meu. Afinal, são meus melhores amigos, e entre amigos não tem esse negócio de melhor ou pior que o outro, a amizade é uma via de mão dupla, tanto se dá quanto se recebe. Agora, me conta, qual daquelas horríveis reportagens afinal fez com que você fosse expulsa dessa baboseira?
Bom... foi a primeira, acho que nenhuma das meninas de lá gostou da idéia de que eu fosse sua namorada.
Harry, eu não acredito, isso que está escrito aqui é verdade mesmo? – disse Mary que estava completamente concentrada em um dos livros que Mione havia trago, cortando o assunto dos dois.
Não acredite em tudo o que lê, principalmente se falam de mim, Mary, mas aí tem um bom resumo do que aconteceu naquela noite, mas eu não gosto de ficar falando nisso. Agora se me dão licença eu vou para o meu quarto – responde Harry que não estava gostando nada de estarem remoendo seu passado.
Tem razão, querido, já está muito tarde e é hora de irmos embora – fala agora a srª. Ferrie. Todos concordaram e logo os Ferrie estavam indo embora, para o alívio de Harry e Mione, mas infelizmente ficaram sabendo que na próxima semana Dagmar, Edward e Mary viriam passar uns dias e ficariam ate que os garotos voltassem as aulas.
