CAP 12
"FIM DA FESTA"
Todos então dão pela falta dos dois.
Era só o que faltava, dois aborrecentes com crises de ciúmes – Fred desabafa.
Fred, não é hora para brincadeiras – o repreende Gui
Eu não to brincando, já era hora deles crescerem
Chega! – Harry surpreende a todos com sua exclamação – não podemos ficar discutindo agora, quem quer que tenha conjurado a marca negra ainda pode estar por aí – fala, se lembrando porque estava preocupado antes de começar a dançar – Vamos acabar logo com esta festa e procurar aqueles dois. Gui, você é o especialista em feitiços aqui, acha que pode fazer as luzes voltarem?
Posso sim, parece que foi um feitiço de...
Apenas faça, sim?
Tá bom – então ele murmura algumas palavras e as luzes voltam.
Certo, agora vamos mandar toda essa gente embora.
Então você e a Mione vão para a entrada que eu vou anunciar que a festa acabou e que vocês vão se despedir dos convidados. – falou o sr. Granger.
Harry e Mione ficaram se despedindo de todos, o que era demorado e embaraçoso porque todos ficavam lembrando das mágicas que o garoto tinha feito, bem como do beijo dos dois.
Depois do que pareceu uma eternidade explicando que os "mágicos" não revelavam seus truques e que portanto as pessoas podiam esquecer que ele não contaria como tinha feito tudo aquilo (inclusive levitar no meio da multidão, que na verdade eles nem sabiam como tinham feito aquilo); e de ouvirem inúmeros (e constrangedores) elogios ao namoro dos dois, finalmente os últimos convidados se vão.
Encontraram eles? – pergunta Mione quando todos voltam a se reunir.
Ainda não - responde Carlinhos.
Eu encontrei o Rony. – fala Fred – mas ele não quer nem me deixar chegar perto.
Onde você o viu? – pergunta Harry
Logo ali – responde o outro apontando para onde tinha visto o irmão.
Certo, eu vou falar com ele. O resto de vocês continuem procurando a Gina.
Eu vou com você – ia dizendo Mione
Negativo, quem conjurou aquela marca negra ainda pode estar por ai, você vai ficar junto com os outros que é mais seguro. E nem adianta dizer nada, você vai ficar e pronto. – encerra a questão quando nota que ela ia reclamar. – Eu vou ter uma conversa com o Rony, isso não é hora de ficar agindo como um garotinho mimado.
Harry se dirige para onde Rony se encontrava, e o encontra i chorando /i , o que o deixa bastante desconsertado.
Rony?
Vai embora!
Não! Nós temos que conversar.
Nós não temos nada para conversar, Potter. – Harry notou na hora que realmente ia ser uma conversa difícil, porque Rony só o chamava assim quando estava realmente magoado com ele, como no ano anterior com a história do torneio tribuxo.
Temos sim. Eu posso imaginar porque você está assim. É por causa do beijo que a Mione e eu demos, não é?
É sim, eu gosto dela, mas você sempre fica com tudo não é? Todas as atenções, todas as garotas...
PODE PARAR. Você acha que eu gosto da minha vida? Eu trocaria de lugar com você a qualquer hora, você não imagina como é horrível as pessoas ficarem apontando pra você por todo o lugar que você vai; você tem uma família maravilhosa, eu daria tudo para ter ao menos uma família que gostasse um pouquinho de mim, sem falar que eu sou um alvo ambulante, principalmente agora que Voldemort voltou (Rony tem um arrepio), ou você já se esqueceu que alguém conjurou a marca negra há menos de duas horas bem ali na pista de dança?
Mas a Mione... – a voz do Rony estava embarcada, enquanto ele se esforçava para não chorar mais.
Olha, Rony, quanto à Mione, bem, eu tenho tentado lutar contra o que venho sentindo há várias semanas, mas aconteceu, e isso não podemos mudar, mas eu prometo que depois quando você estiver mais calmo, nós conversamos mais sobre isso. Agora a prioridade é encontrar a Gina. – com a menção do nome de sua irmã a atitude do garoto muda na hora.
Gina? O que houve com ela?
Não sei, espero que nada, que ela também esteja apenas com uma crise de ciúmes como você. Mas o que acontece é que ela sumiu no meio da festa e ainda não a encontramos, se você já cansou de chorar, eu acho melhor procurarmos sua irmã.
Certo, vamos, mas nós ainda temos que terminar a nossa conversa outra hora – fala limpando as lágrimas que ainda estavam em seu rosto – Agora vamos procurar a Gina.
Os dois voltam para onde estavam os outros, a srª Weasley corre para abraçar o filho.
Rony, eu estava tão preocupada, como você some assim?
Mãe, me larga, eu estou bem. O Harry disse que a Gina tinha sumido, isso é verdade?
É sim, nós ainda não a encontramos. Meu Deus, como estará minha filhinha? – nisso ela recomeça a chorar.
ELA ESTÁ CONOSCO. – todos se voltam para onde tinha vindo o grito. Três comensais encapuzados estavam sorrindo enquanto um quarto, mais forte e alto que os outros, segurava a garota (que chorava) com a varinha apontada para seu peito. – Quem diria? Hoje é nosso dia de sorte, viemos aqui "apenas" matar alguns trouxas para nos divertir e o que encontramos? O "grande Harry Potter"! Nosso mestre ficara muito feliz quando nos o entregarmos a ele. – fala o do meio.
GINA!!! LARGA ELA, SEU... – Rony estava prestes a se lançar contra os comensais quando Harry pôs a sua mão na sua frente, segurando o amigo.
Calma, não tente nada, e isso vale pra todos.
ME SOLTA, HARRY, É A GINA, A MINHA IRMÃ. – Rony tentava a todo custo se soltar de Harry e partir pra cima dos quatro, o que todos podiam ver que era uma grande idiotice.
Exatamente, é a sua irmã, por isso mesmo que você tem que ficar calmo. Eles estão com a Gina e podem machucá-la se fizermos alguma besteira, vamos ver o eles querem e depois nós a soltamos – a voz de Harry estava carregada.
Olha, vejam só, não é que o "grande garoto que sobreviveu" sabe pensar um pouco? – fala com deboche um dos comensais – ele está certo, o primeiro que fizer qualquer coisa vai ver essa idiota ruiva pagar caro.
Toque em um único fio de cabelo dela e vocês vão ver o que é bom – assim como Rony, todos os Weasley estavam furiosos (com exceção da srª Weasley que estava chorando de se acabar) e Carlinhos não era diferente.
É mesmo? E o que bruxos fracassados como vocês podem fazer? (os outros comensais riam) Fiquem quietos que nós não temos nada que falar com perdedores, amigos de trouxas, são pessoas como vocês que desmoralizam a comunidade mágica. O mesmo se aplica a você, moleque, namorar uma sangue-ruim! E ainda tem idiotas que o admiram .
Limpe a boca quando falar da Mione – Rony não deixou passar, mas estranhamente Harry permanecia calado, apenas encarando os quatro.
O que foi, Potter, não vai dizer nada? Esta com tanto medo assim de que façamos algo com essa inútil? Ou sabe que não vale nem mesmo a pena defender esta sangue-ruim aí que você esta traçando? Por que afinal elas só servem pra isso mesmo. – novamente os comensais riem do comentário.
O que vocês querem? – pergunta Harry, sua voz era baixa e cortante. Ele se esforçava para não demonstrar sua ira, suas mãos estavam fechadas em punhos que ele estava apertando com tanta força que as palmas de suas mãos estavam começando a sangrar, o que felizmente ninguém notava.
O que queremos? Eu pensei que já tivesse dito. Nós queremos você, moleque, vamos entregá-lo ao mestre e ele vai nos recompensar grandemente por termos entregue seu maior inimigo.
Se eu me entregar vocês soltam a Gina? – Harry sabia qual seria a resposta mas mesmo assim resolveu que deveria usar um pouco a cabeça (o que em vista das circunstâncias não era nem um pouco fácil) e fingir-se de inocente.
Claro que nós a soltaremos, desde que você se entregue e todos larguem suas varinhas. – ele tinha um sorriso irritante no rosto.
Largar nossas varinhas? Mas por quê?
Acha que somos idiotas? Nós vimos o que você pode fazer com essa varinha e não vamos nos arriscar.
Tudo bem, vocês venceram.
NÃO! HARRY, NÃO SE PREOCUPE COMIGO, NÃO DEIXE ELES TE LEVAREM, POR FAVOR! – Gina gritava e tentava se libertar, no entanto tudo o que conseguiu foi rasgar a manga do comensal revelando a feia marca de seu antebraço. O comensal apertou mais ainda o braço da garota que gritou de dor e já estava murmurando um feitiço quando Harry resolveu interferir.
PARE! Não se atreva! – disse ao comensal, então se voltando para a amiga – Gina, olhe para mim, você confia em mim?
Sim, Harry, eu confio minha vida a você. – disse olhando nos olhos dele
Então fique calma e pare de chorar que eu juro que vou te soltar, eu te tirei da Câmara Secreta e vou fazer isso de novo. Quanto a você, – diz agora ao bruxo que a segurava – vai se arrepender disso, pode apostar.
Chega desse lenga lenga, entreguem logo suas varinhas, vamos, ou essa idiota aqui vai sofrer muito mais – voltou a falar o porta-voz deles.
Tudo bem. Eduard, recolha as varinhas e depois coloque lá naquela mesa ao fundo.
Por quê eu?
Porque você não é bruxo e portanto não vai ter nenhuma idéia idiota de tentar usá-las. Agora tome cuidado que essas coisas não são brinquedo e se mal manuseadas podem ser bastante perigosas. – Harry foi o primeiro a entregar sua varinha, sem nunca tirar os olhos dos comensais, que pareceram ficar apreensivos quando o viram com ela na mão. – Muito bem, já fizemos o que queriam agora soltem a Gina.
Devagar aí, nos só vamos soltá-la depois que você se entregar para que possamos levá-lo ao nosso mestre. Mas não se preocupe, Potter, tenho certeza que vai ter uma morte bem lenta e dolorosa – eles voltam a gargalhar – e poderemos nos divertir de novo com seus gritos – Harry não diz nada, apenas os encara com um olhar gelado, seu olhar era tão intenso que cala os comensais. – Acha que temos medo de você, garotinho? (agora com certeza eles tinham passado dos limites) Logo, logo vai estar implorando clemência. Mas vamos acabar logo com isso, ande, venha aqui. Aliás, para ter certeza que não vai fazer nenhuma gracinha, IMPERIO! (Harry tem um leve tremor) Venha aqui, garotinho, bem devagar.
Harry vai caminhando em direção dos comensais (agora era Mione quem começa a chorar e tentava se soltar das mãos de Percy para ajudá-lo) quando estava ao lado do que estava segurando a Gina (que também tinha voltado a chorar e pedia que o deixassem livre e que a levassem no lugar dele) ele dá um salto que surpreende a todos e pega no braço do comensal que a segurava, bem em cima da marca negra que estava exposta. O que acontece a seguir é ainda mais surpreendente: o comensal começa a gritar e solta Gina, ao mesmo tempo em que tenta fazer Harry soltar o seu braço que estava queimando no lugar em que o garoto o segurava. Harry sente sua cicatriz doer da mesma maneira que sentia quando Voldemort o tocava, mas isso não era importante no momento. Vendo a amiga solta, ele grita:
GINA! CORRE!
Enquanto a menina dispara em direção de seus parentes, Harry solta o braço do comensal e pula para pegar a varinha que ele havia deixado cair e escapar dos feitiços que os outros comensais soltaram – PEGUEM-NO, NÃO O DEIXEM USAR AQUELA VARINHA OU VAMOS TER SÉRIOS PROBLEMAS! – grita um deles, mas Harry já estava preparado. Após rolar no chão para se distanciar deles e ao mesmo tempo escapar de alguma possível azaração, ele grita: EXPELLIARMUS! Todas as varinhas voam em sua direção, seu feitiço tinha sido tão forte que além de arrancar as varinhas, faz com que os comensais perdessem o equilíbrio. Harry se levanta com uma agilidade impressionante e caminha lentamente em direção aos quatro, agora não só seus olhos, mas também sua voz e todo o seu ser transbordavam de ódio.
Idiotas! Voldemort tentou me controlar com a imperio e não conseguiu, acharam mesmo que i vocês /i teriam alguma chance? – dizia enquanto caminhava em direção a eles; pelo canto do olho pode notar que todos (que a essa altura já estava com suas varinhas nas mãos) estavam parados olhando a cena com um misto de medo e preocupação – agora vocês vão pagar por cada ofensa que fizeram contra a Mione e cada lágrima que a Gina derramou.
Por favor não nos machuque, estávamos apenas cumprindo ordens – fala pela primeira vez o comensal que estava segurando a Gina. – na verdade nós nem gostamos de fazer mal aos outros...
CALEM-SE. – Harry aponta a varinha para os quatro e os lança através do aposento como se eles não passassem daquelas almofadas que usaram para aprender o feitiço expulsório (com a diferença de que ele teria muito mais cuidado com as almofadas) fazendo-os bater contra a parede com tanta força que um deles perde os sentidos. – NÃO GOSTAM DE FAZER MAL ÀS PESSOAS? COM QUEM VOCÊS PENSAM QUE ESTÃO FALANDO? EU VI! EU ESTAVA LÁ, NÃO SE LEMBRAM? VOCÊS ESTAVAM ACHANDO MUITO DIVERTIDO ME VER SER TORTURADO, NÃO É MESMO? – Harry continuava caminhando em direção aos quatro, seus passos eram lentos e ritmados, até mesmo seus melhores amigos sentiam medo de se pôr em seu caminho. Sua voz era fria e em seus olhos brilhava um fogo; fogo não, um verdadeiro inferno, que demonstrava a qualquer um que tivesse um QI superior ao de uma ameba, que estava diante de alguém envenenado pelo ódio. O mais curioso, no entanto, é que a cada passo que dava, Harry sentia este sentimento negro esvair-se lentamente de seu peito apesar de seus olhos não demonstrarem isso; assim ele continuava sua caminhada sem pressa alguma, esperando que quando os alcançasse este sentimento já estivesse exorcizado de seu peito. Quando os alcança, até mesmo aquele que tinha desmaiado já havia recuperado os sentidos (não que isso acalmasse qualquer um que o visse caminhando). – LEVANTEM-SE – sua voz ainda ela gelada mas ele parecia que não ia mais degolar os homens que tremiam aos seus pés – eu só vou perguntar uma vez: como vocês chegaram aqui e o que vieram fazer?
Como eu disse, nos só estamos cumprindo ordens. Nosso mestre mandou que viéssemos a esta cidade e matássemos um numero grande de trouxas, por isso nós escolhemos este local porque vimos que tinham muitos trouxas aqui, só não esperávamos encontra-lo aqui também – volta a responder aquele a quem Harry tinha queimado o braço. – Quando o vimos destruindo a marca negra, o Noia ali – diz apontando para o que tinha sido o porta-voz deles – disse que teríamos que entregá-lo ao mestre, que seríamos recompensados, mas que teríamos que esperar ate diminuir um pouco o número de pessoas ou você poderia sumir no meio delas. Quando vimos que aquela menina Weasley estava se separando dos outros nós resolvemos pegá-la como refém para que pudéssemos trocá-la por você, mas eu juro que eu só estava fazendo o que eles mandaram.
Vocês são a escória da sociedade bruxa, gostam de se aproveitar das fraquezas dos outros, e se escondem atrás destas máscaras. Vocês sim desmoralizam a comunidade mágica, se são tão poderosos assim por que não mostram o rosto? Eu respondo: porque tem medo, não passam de um bando de covardes que querem um pouco mais de poder porque o que possuem não é o bastante nem para derrotar um colegial. Por isso foram se esconder nas barras das vestes de Voldemort, para ficarem com qualquer migalha de poder que ele possa lhes dar. Pois fiquem sabendo que até mesmo pra ele vocês não são nada, não passam de servos descartáveis, que ele usa e joga fora quando perdem a utilidade. Esperem só até ele ficar sabendo que quatro, QUATRO! de seus servos tiveram a chance de me capturar e deixaram escapar. – Harry falava mostrando quatro dedos com a mão esquerda enquanto a direita mantinha a varinha displicentemente apontada para os comensais.
Um dos comensais notou o pouco caso que Harry estava fazendo em relação a eles e resolveu aproveitar e desaparatou. Todos (com exceção de Harry) se assustam, os outros comensais resolvem seguir o exemplo de seu companheiro e também desaparecem. Assim que eles se vão Harry solta a varinha que segurava e dá um longo suspiro de alívio, leva a mão a cicatriz que ainda doía muito, e fecha os olhos.
AAAAIIIIIII – Hermione havia corrido e como já tinha feito anteriormente pulado em seu pescoço dando-lhe um abraço em meio às lagrimas – devagar, isso dói.
Harry, eu fiquei tão preocupada, eles te machucaram?
Não, tá tudo bem, só me deixa sentar um pouco. – Harry caminha para uma mesa próxima e se senta com ela ao seu lado e todos os demais em volta – eu estou apenas exausto.
Você tá cansado? De que? Não fez nada a noite toda. – alfineta Eduard.
Sabe Eduard, eu poderia te dizer que estive dançando toda à noite e portanto estou bastante cansado, o que não seria mentira. No entanto não é disso que eu estou falando, se um dia você conseguir queimar a pele de alguém usando apenas as mãos você vai ver como é difícil e cansativo, além de doer muito.
Doer, não é problema, afinal não é em você mesmo...
Errado de novo, eu sinto sim muita dor quando faço isso, alem de ser um esforço enorme. Da última vez que eu fiz algo assim eu fiquei três dias em coma, esperava que nunca mais tivesse que passar por isso de novo.
Agora que falou – começa Rony – pelo que me lembro você tinha dito que isso só funcionava contra você-sabe-quem, como foi que conseguiu fazer isso com aquele comensal?
A marca negra no braço deles foi feita pelo próprio Voldemort (ouve uma onda de arrepios entre os que o ouviam, mas ele ignorou), e como ele mesmo disse ela o liga a todos os seus servos, e embora minha proteção não funcione mais contra ele, isso não se aplica aos seus servos inúteis.
Mas você sabia que isso ia acontecer?
Não, Carlinhos, eu não sabia, mas como sempre faço quando me encontro em uma situação como essa eu resolvi improvisar, quando aquele comensal lançou o império em mim eu vi que era a oportunidade perfeita para me aproximar deles e tentar libertar a Gina.
Mas e se não tivesse acontecido nada quando você pegou no braço dele o que faria?
Eu pelo menos teria libertado a Gina que era minha intenção, o resto não é importante.
Mas você poderia ter morrido! – diz com aflição a Srª Ferrie
Talvez, mas a Gina estaria salva, se com minha morte eu conseguir salvar a vida de apenas um amigo meu terá valido a pena. Eu só lamento uma coisa – diz agora se voltando para a aniversariante – eu sinto muito, Mione, que tudo isso tenha acontecido em sua festa. Eu queria que essa noite fosse perfeita, mas por minha culpa ela foi estragada, me desculpe. – fala, limpando as lágrimas dela com as costas da mão (ele não queria que ela notasse que tinha as palmas nas mãos sujas de sangue).
Ah Harry, não se culpe, eles teriam vindo aqui de qualquer maneira, não prestou atenção? Eles vieram aqui porque viram que tinha muitas pessoas reunidas, e se não fosse você teríamos várias delas mortas agora, você foi incrível. Eu só tenho que te agradecer – responde a menina lhe dando mais um abraço.
É verdade. Eles estavam realmente com muito medo de você, vocês se lembram de como eles queriam ter certeza de que o Harry estava sem varinha? Por algum motivo eles estavam morrendo de medo de enfrentá-lo como se já soubessem que não teriam chance de vencer. – fala pensativamente Gui.
Eu não acho, deve ter sido impressão sua – se apressa em dizer Harry.
É verdade, quem não ficaria com medo dele? Depois que entra em "modo de combate" ele muda completamente, nem parece a mesma pessoa – claro, este comentário só poderia ter vindo de Eduard.
De qualquer maneira eu só quero saber uma coisa.
Pois diga, Sr. Ferrie.
Porque você deixou que eles fugissem? – todos olham para ele interrogativamente.
O Sr. deve ter se enganado, o Harry nunca.... – ia dizendo Percy
O Sr. percebeu? É que eu estava muito nervoso e se continuasse eu ia acabar matando um deles, então eu preferi deixá-los fugir. – responde Harry com um sorriso.
Você deixou mesmo eles fugirem? – pergunta incrédulo o Sr. Weasley.
Deixei, claro, ou o Sr. acha que eu ia me rebaixar ao nível deles?
Mas você sabe o avada kedavra?
Desde quando se precisa estar armado para matar alguém? Não, Jorge, eu não sei nenhuma das maldições imperdoáveis, nem nenhuma outra magia negra, mas isso não quer dizer que eu não possa matá-los.
Mas então como...
Olha só, vê aquele vaso redondo em cima daquela mesa? Vou fazer devagar para que possam ter uma idéia: reducto. - o vaso começa lentamente a diminuir de tamanho ate que explode em um milhão de pedaços – que tal eu fazer isso com sua cabeça? Ou talvez algo mais limpo, um simples feitiço de corte, que qualquer aluno do segundo ano é capaz de fazer e então... – ele corta uma mesa em dois – temos uma decapitação instantânea.
Incrível, eu nunca ouvi falar de ninguém que tenha usado algum desses feitiços para atacar alguém. – exclama o Sr. Weasley.
Claro que não, são feitiços básicos que aprendemos para fazer coisas simples como cortar papéis ou desobstruir passagens, quem os usaria se existem coisas muito mais eficazes quando se deseja fazer mal a alguém? O meu caso é diferente, eu me meto em tantas encrencas que acabei desenvolvendo uma espécie de "mente criativa" para escapar, como da vez que eu usei o feitiço de desarmar para me libertar das pinças de um aranha gigante. Foi em uma situação como essa que eu tive a idéia de usar o feitiço de corte para algo mais do que apenas cortar papéis e panos, quando o túnel que levava a câmara secreta desabou sobre eu e o Rony eu quis abrir o caminho cortando as pedras, mas tinha outras coisas com que me preocupar e o Rony podia ficar encarregado da passagem; a do feitiço redutor me ocorreu agora, mas não quer dizer que no calor da discussão eu não o usasse, assim eu preferi deixá-los ir a fazer algo do qual eu tenho certeza que me arrependeria.
Mas eles não mereciam isso? – Harry se surpreende com o comentário de Dagmar – afinal eles te torturaram, não é mesmo?
É verdade, Dagmar, eles me torturaram, mas nem por isso eu vou me rebaixar e sair matando todos os bruxos das trevas que venham a cruzar o meu caminho.
Eles te torturaram mesmo? – pergunta uma voz chorosa.
Srª Weasley, Vodemort tenta me matar desde que eu tinha um ano, ele matou minha mãe apenas porque ela não queria sair da frente para que ele pudesse me matar em paz, ela poderia estar viva hoje se não tivesse tentado me proteger. A Srª acha que quando ele finalmente consegue pôr as mãos em mim ele simplesmente me deixaria ir embora e ainda levando o corpo do Cedrico? Ele foi morto assim que chegamos lá, eu não tive tanta sorte. Torturar-me foi a coisa mais humana que eles fizeram comigo naquele lugar, mas eu não quero falar sobre isso agora – diz se com uma voz triste se levantando – Vamos embora que logo aqueles comensais devem voltar trazendo outros com eles. É melhor continuarmos nossa conversa em outro local. Os nossos motoristas devem estar nos esperando, mas não podemos sair assim como se estivéssemos saindo de um enterro e não de um aniversário, vamos dar um jeito nisso. – ele faz um feitiço de animar, se concentra principalmente nas garotas, pois estavam todas abaladas. Não pára o feitiço enquanto não aparece um largo sorriso no rosto da aniversariante. – pronto.
Não, não está bom, não podemos sair assim com as maquiagens todas borradas – Harry não pode deixar de rir do comentário de Sheila apesar de ser o único que não teve o humor alterado pelo feitiço de animar, afinal, estavam todos muito felizes para se lembrar de que mais alguém poderia precisar se alegrar.
Deixem comigo – em um instante Penélope deixa todas lindas.
Muito bem, vamos, só mais uma coisa – diz se dirigindo para um canto do salão – vocês vão indo que eu já vou. Quanto a vocês, saiam daí. – como resposta um canivete voou em sua direção. Harry agilmente o apanha no ar e diz com um tom de voz controlado ao mesmo tempo em que fecha o objeto – eu não quero machucá-los mas posso mudar de idéia se não saírem daí imediatamente.
Todos os músicos e garçons começam a sair de trás do balcão onde estavam escondidos, Harry joga o canivete fechado de volta e continua.
Bem, nós vamos embora agora, como podem ver além do vaso quebrado que não teve conserto estamos deixando tudo em ordem, já que consertámos até mesmo a mesa que eu cortei. Para o seu próprio bem vocês devem ir embora agora porque logo isso aqui vai estar cheio de bruxos das trevas e eu posso garantir que isso não é nada bom, certo? – Harry se vira para ir embora, então pára e se volta para os funcionários do estabelecimento que ainda o encaravam estupefatos – só mais uma coisa: obliviate – diz apontando sua varinha para o grupo. Depois segue para a entrada onde Mione o aguardava, dá o braço para a moça e juntos seguem para a limusine que os aguardava à entrada, enquanto mantinha a porta aberta para ela. Ele observa os trouxas saindo do local como se uma ordem tivesse sido dada para que abandonassem tudo sem terminar o serviço. – Amanhã eles voltam e fazem a limpeza desta bagunça, com certeza é melhor perder o emprego do que a vida – fala pra si mesmo Harry enquanto entrava no carro e via o último garçom trancar as portas. Logo estava de volta a casa dos Granger.
