Prólogo

Rin sorriu ao ouvir o barulho da porta se abrindo, levantou de um pulo do sofá e correu para o rapaz.

- Eu preparei o seu prato favorito, Sesshoumaru...

- Hoje não, Rin. – Ele a interrompeu fechando a porta, não vendo a expressão triste que passou pelo rosto da garota. – Temos uma hora antes que eu tenha que voltar.

- Mas, hoje... – Ela forçou um sorriso ao vê-lo caminhar em sua direção e tirar o paletó – É nosso aniversário e—

- Rin, tenho que voltar para minha esposa em uma hora. – ele enfatizou a palavra "esposa" e parou na frente dela ignorando a dor nos olhos castanhos – Quer mesmo desperdiçar nosso tempo juntos conversando?

- Não, Sesshoumaru... – Ela baixou a cabeça e respirou fundo tentando engolir as lágrimas. E fechou os olhos ao sentir a mão dele levantar seu rosto delicadamente – Não vamos desperdiçar nosso tempo juntos conversando.

Ela queria gritar que não agüentava mais aquela situação. Que não agüentava mais ter que dividi-lo. Que não achava perda de tempo apenas conversarem ao invés de fazerem sexo... Mas todas as palavras e sentimentos reprimidos se perderam ao sentir o toque dele em seus cabelos, as mãos deslizarem até sua nuca e a puxarem para um beijo cálido. Ela o abraçou forte retribuindo ao beijo do mesmo modo apaixonado enquanto ele a levantava e caminhava em direção ao quarto.

Rin abriu os olhos lentamente quando sentiu o colchão macio sob suas costas e o calor do corpo dele se afastar do seu. Ela fechou os olhos suspirando ao sentir as mãos baixarem seu vestido e o toque das mãos em seu corpo.

Era sempre assim. Encontros que sempre deveriam durar mais e acabavam se resumindo a algumas horas de sexo. Ele sempre acabava ficando mais tempo do que dizia ter quando chegava, mas nunca conversavam.

Ela suspirou de prazer sentindo os lábios dele descerem por seu pescoço, a respiração quente contra sua pele fazendo-a estremecer de prazer. Afundou as mãos nos longos cabelos dele e arqueou o corpo em busca das carícias. Eram tudo o que tinha restado.

Um dia tudo tinha sido diferente. Um dia ele tinha olhado em sua direção com amor e não apenas desejo. Um dia, há muito tempo atrás, eles tinham passado horas conversando sem precisar se tocar para ter prazer na companhia um do outro.

Ela gemeu o nome dele ao sentir o corpo masculino sobre o seu, cada músculo se moldava ao seu com perfeição. Deslizou as mãos pelos ombros dele, arranhando a pele levemente enquanto sentia os corpos se unirem e os lábios dele procurarem os seus.

Um dia a muito tempo atrás ela não tinha precisado tê-lo dentro de seu corpo para não se sentir sozinha. Tudo o que precisava era um olhar ou o som de sua voz chamando seu nome. Mas tudo tinha acabado com um simples acontecimento.

Ela arqueou o corpo, sentindo cada movimento dele, cada beijo, cada respiração como se fosse a última. Arranhou as costas masculinas sentindo o prazer se intensificar a cada toque, podia ouvir a voz dele murmurar seu nome contra sua pele enquanto os lábios dele percorriam seu corpo.

Sim, um dia sua felicidade não tinha dependido de alguns momentos de contato físico. Um dia ela fora feliz apenas por estar viva.

Ela gritou o nome dele sentindo o prazer nublar seus sentidos, os lábios dele encontrarem os seus antes de senti-lo desfrutar do mesmo prazer e desabar sobre seu corpo ofegante. Ela o abraçou ouvindo o som das respirações desordenadas, os corações batendo no mesmo ritmo selvagem.

Um dia ela não precisara esconder seus sentimentos. Ela não pudera esconder seus sentimentos porque ele sabia tudo o que se passava em seu coração.

Ela o abraçou mais forte sentindo uma lágrima escapar de seus olhos e deslizar por sua face sem que nenhum dos dois percebesse.

Um dia, há muito tempo atrás, ele a considerara a coisa mais importante. Ele se importara com cada desejo de seu coração. E tudo tinha acabado tão rápido, e tudo o que restara fora isso.

Rin sentiu o corpo dele se afastar do seu e deitar a seu lado sem se importar com seus pensamentos ou tentar trazê-la para perto de seu corpo. Ela se virou de costas para ele e deixou que mais uma lágrima silenciosa escapasse de seus olhos.

Houve um tempo em que ele nunca se afastaria desse modo, ele a abraçaria e a traria para deitar a cabeça em seu peito acariciando-a e querendo sua presença mesmo depois de satisfeito.

Ela ouviu ele levantar em silencio e pegar as roupas do chão, colocou a mão sobre a boca para abafar um soluço quando as lágrimas aumentaram enquanto ele se afastava.

Um dia...

Um dia eles realmente haviam  se amado...

N.A. – Não me matem!

Primeiro, isso não é um oneshot, vai haver continuação. Embora eu não saiba quando já que tenho outros projetos T-T

Eu sei que está pequeno, mas tenham calma, ok?

Segundo, muita calma que eu não esqueci nenhuma fic. Deve haver capítulos novos em todas ainda esse mês ou ao menos esse é o meu plano original O.o

Espero que gostem e deixem sua opnião.

Kissus e ja ne,

Naru