A Sombra de um pecado
Capítulo 4
- Por que diabos não atende o maldito telefone?
Rin estremeceu com o som da voz masculina as suas costas, olhou para a folha de papel sobre a mesa e como o nanquim derrubado sobre o desenho parecia uma forma interessante.
- Qual o problema com você? – Sesshoumaru aproximou-se da garota com os olhos estreitados em um claro sinal de irritação – Se não quer falar comigo ao menos entregue seu serviço e diga com todas as palavras que deseja que eu saia de sua vida.
- Mas... – Ela olhou para o rapaz confusa por um momento, abriu e fechou a boca várias vezes sem que nenhuma palavra escapasse de seus lábios. Ele queria que ela terminasse? – Eu não... – Respirou fundo em uma vã tentativa de colocar as idéias no lugar e virou a cadeira de frente para ele – Não estou entendendo, Sesshy.
- Estou fazendo uma pergunta direta, Rin. – Olhou para a garota a sua frente e por alguns segundos ela pode ver o rapaz pelo qual havia se apaixonado há tanto anos atrás, mas a emoção que vira nos olhos dourados desapareceu sendo substituído pela costumeira frieza; - O que você quer?
Ela levantou a cabeça e olhou para ele em silêncio enquanto sua mente trabalhava desesperadamente em busca de uma resposta, viu o rapaz se afastar em direção a janela enquanto aguardava sua resposta. Fechou os olhos tentando calar a voz que parecia gritar em sua mente.
'Eu quero você '
Namida ga koboreteru egao ga chotto hoshikunaru
kimi no soba ni ireru dake de boku wa...
(Lágrimas continuam a cair só para poder ficar perto de voc
Estou começando a querer um sorriso, apenas um pequeno)
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===== Cinco anos atrás =====
Sesshoumaru entrou no pequeno apartamento que dividia com Rin, estranhou o silêncio e fechou a porta deixando a mala sobre uma das cadeiras. Estreitou os olhos levemente ouvindo o barulho de panelas na cozinha e chamou pela namorada antes de se dirigir ao local.
- Rin?
- Ela está deitada. – Kagome virou para o rapaz com um sorriso nos lábios – Vim aqui dar o recado como você pediu e a encontrei com uma aparência nada saudável, resolvi ficar com ela enquanto você não voltava.
- Deveria ter me avisado, eu teria adiantado meu retorno. – Ele virou para sair da cozinha e sentiu a mão da garota em seu braço.
- Tenho tempo livre e não me importo de gastá-lo cuidando de uma amiga. – Apertou o braço dele levemente impedindo-o de se afastar – Ela não tem dormido muito bem durante a noite, deixe-a descansar.
- Suponho que esteja aqui há três dias e se ela ainda não melhorou vou levá-la ao hospital. – Desvencilhou-se do toque da garota com um olhar irritado – Não tente me ensinar a cuidar de minha mulher.
- Você é tão teimoso quanto seu irmão... – Ela suspirou e se virou para o fogão – Rin está bem, se ela estivesse febril como no primeiro dia eu mesmo a teria levado ao médico. – Desligou o fogo antes de pegar a chaleira – Não sei por quanto tempo ela ficou doente, mas está melhor agora.
- Você disse que ela não tem dormido durante à noite. – Ele parou na porta da cozinha olhando para Kagome.
- Ela parece cansada, não doente. – Despejou a água fervente sobre as ervas e virou para o rapaz novamente – Provavelmente deve ter se esforçado demais estudando para as provas finais e se descuidou da saúde.
- Ela conversou com você sobre isso?
- Não, apenas disse que não queria ficar sozinha – Kagome sorriu antes de abrir o armário – Acho que estava se sentindo solitária sem você.
- Entendo.
- Sente-se e tome chá comigo enquanto a sopa não fica pronta. – Colocou o bule com o liquido quente sobre a mesa - Aposto como está cansado da viagem. – O rapaz concordou com um aceno e entrou na pequena cozinha sem dizer mais nada, deixou que ela o servisse sem mais protestos – Não faça essa cara para mim, deixarei você em paz depois, ok? – Ela sentou em uma cadeira à frente dele depois de servir o chá – Poderá acordá-la, levá-la ao médico ou o que quer que ache que seja o certo.
===== =====
Rin abriu os olhos lentamente e olhou para o quarto escuro sem conseguir conter o medo. Estremeceu sentindo o peso de um braço em sua cintura e por alguns minutos sentiu-se congelar, tentou sentar na cama e se afastar o que apenas fez com que a pressão do abraço aumentasse impedindo-a de se mover. Seu coração acelerou descontroladamente e seu corpo começou a tremer enquanto lágrimas silenciosas deixaram seus olhos.
- Rin? – a conhecida voz masculina soou as suas costas e por um momento ela não conseguiu acreditar que ele finalmente tivesse voltado, devia ser apenas mais um golpe de sua mente cansada. – Rin, você está bem? – Ela abriu os olhos novamente sentindo o abraço confortador e a voz ligeiramente mole de sono. Concordou com um aceno sem encontrar forças para falar e deixou que ele a virasse para poder encará-la – Você está chorando...Teve um pesadelo?
Ela o abraçou com força, ainda sem dizer nenhuma palavra, afundou o rosto no peito masculino e permitiu-se chorar sentindo-o apertá-la contra o próprio corpo em uma tentativa de confortá-la. Ouviu as palavras dele, sussurradas contra seus cabelos, mas não conseguiu respondê-las. Queria apenas desfrutar da proteção e segurança que sua presença lhe trazia, não tinha forças ou coragem para responder perguntas. Tudo o que queria era chorar pelo que tinha acontecido e finalmente desfrutar de alguma paz.
- Ainda está se sentindo mal? – Ele deslizou as mãos pelos cabelos dela lentamente ainda confuso com a reação da garota, sentiu-a balançar a cabeça negativamente sem se afastar dele – Kagome me contou que esteve doente... Quer que eu a leve a um médico?
- Não... – ela o abraçou com mais força, sem poder esconder todo o desespero que sentia, deitou a cabeça no peito dele e abriu os olhos lentamente – Eu só quero ficar com você...
- Estou aqui agora... – Ele fechou os olhos acariciando suas costas levemente, acalmou-se um pouco a sentindo relaxar em seus braços – Está tudo bem.
===== Quase três meses depois =====
Rin abriu os olhos lentamente ouvindo as batidas insistentes na porta do quarto, virou na cama com um gemido e puxou o travesseiro para cima da cabeça tentando abafar o som e continuar dormindo.
- Acorde, Rin-chan. – A voz alegre da mãe pode ser ouvida do lado de fora do quarto – Temos muito que fazer antes que vocês voltem para a capital.
- Cinco minutos, mãe. – Ela jogou o travesseiro para o lado e suspirou fechando os olhos novamente quando terminou de falar.
- Você disse isso à manhã inteira. Levante agora ou vou entrar e tirá-la da cama a força.
Rin suspirou antes de sentar na cama desanimada, olhou para a porta quando sua mãe começou a bater novamente, podia jurar que podia ver a resistente madeira estremecer.
- Já vou descer, mãe. – Ela levantou lentamente e sorriu quando o barulho parou – Me dê apenas cinco minutos para trocar de roupa, ok?
- Cinco minutos. – A mulher falou antes de começar a se afastar da porta.
A garota separou as roupas que iria vestir e as deixou sobre a cama antes de entrar no banheiro. Ligou o chuveiro deixando que a água aquecesse durante alguns minutos enquanto tirava a camisola, olhou para seu rosto no espelho notando pela primeira vez as olheiras mais evidentes por causa da palidez exagerada de sua pele.
Suspirou desanimada antes de entrar no Box, deixando que a água espantasse o que restava de sono em seu corpo enquanto pensava que precisava fazer algo para disfarçar as manchas antes que quisessem levá-la ao médico novamente. Tinha conseguido resistir até agora, mesmo com as freqüentes quedas de pressão, tinha sido mais fácil quando ainda estavam na capital e Sesshoumaru passava o dia todo no trabalho.
Aos colegas de classe podia dizer que estava apenas exagerando nos estudos e esquecendo de comer, mas a mãe e o namorado eram mais difíceis de enganar. Estavam ali há duas semanas e eles estavam sempre a seguindo a todos os lugares ou tentando convencê-la a procurar um médico. Fechou o chuveiro e pegou a toalha enrolando-a no próprio corpo antes de sair do Box e sorriu tristemente, ao menos aquilo a distraia de seus problemas.
O primeiro mês depois daquela noite fatídica havia sido o pior, simplesmente não conseguia deixar que o namorado a tocasse sem que as lembranças do que havia acontecido com Kohaku voltassem à sua mente. Sabia que ele tinha se magoado com seu comportamento, mas não conseguira contar o que o pretenso amigo dele havia feito. Os dois tinham se distanciado tanto e ela sabia exatamente o que estava causando ao rapaz, mas a cada vez que tentava contar a razão de sua mudança às palavras de Kohaku ecoavam em sua mente sem que pudesse controlá-las.
'Ele vai deixá-la assim que souber o que aconteceu... Quer que eu conte a ele?'
Por mais que seu coração cansasse de lhe dizer que isso não iria acontecer, ela simplesmente não encontrava coragem o suficiente para dividir com ele a fonte de seus problemas. Algumas semanas se passaram e ela finalmente conseguiu esquecer o que havia acontecido, ao menos o suficiente para que ele conseguisse tocá-la sem que caísse em prantos. Não sabia se sentia medo que ele realmente a abandonasse ou apenas que às lembranças daquela noite que se esforçara tanto para esquecer, uma vez novamente despertas não mais fossem apagadas.
Sentou na cama quando terminou de se vestir lutando contra o enjôo que começara a sentir a alguns dias. Não podia recusar-se a comer novamente ou provavelmente seria descoberta. Suspirou desanimada ao ouvir passos se aproximando novamente, provavelmente a mãe achava que tinha voltado a dormir e resolvera usar outro método para tirá-la da cama.
- Estou quase pronta, mãe. – Levantou rapidamente tentando disfarçar o mal-estar, mas arrependeu-se imediatamente quando viu o quarto rodar a sua volta e teve que sentar. Colocou a mão sobre o estomago pressionando o local levemente tentando controlar o enjôo que se fortalecera com o movimento repentino.
- Está passando mal novamente? – Sesshoumaru aproximou-se da garota com um olhar reprovador, colocou a mão em seu ombro e olhou assustado quando ela o empurrou e correu para o banheiro, fechando a porta atrás de si. Sentou na cama e esperou alguns minutos antes que a garota voltasse para o quarto.
Rin abriu a porta e sorriu fracamente para o namorado, o rosto, se possível, ainda mais pálido do que antes. Apertou a mão dele quando ele se aproximou e fechou os olhos sabendo que ouviria outro sermão quanto a cuidar melhor da saúde e procurar um médico. Ao que parece a desculpa de stress por causa do estudo não era mais plausível depois de quase três semanas de férias.
- Estou bem...
- Você não está bem, Rin. – Ele a guiou até a cama fazendo com que se deitasse novamente – Isso não é normal e você sabe disso.
- É apenas...
- Stress, você já disse isso. – Ele franziu o cenho e sentou na beirada da cama – Estou ouvindo essa desculpa há quase três meses... – Acariciou o rosto dela levemente vendo a cor voltar a seu rosto - Os sintomas tem apenas piorado, você vai ao médico.
- Podemos ao menos esperar voltar para casa? – Ela fechou os olhos e pressionou o rosto na mão dele levemente – Prometo que irei ao médico quando voltarmos.
- Sabe o que terei que escutar de sua mãe se ela souber que voc
- Então não contaremos a ela – Ela abriu os olhos, colocou a mão sobre a dele e apertou levemente vendo a reprovação nos orbes dourados – Partiremos amanhã, não vai fazer diferença esperar dois dias para ir ao médico...
- Com uma condição.
- Diga.
- Vai me deixar ligar e deixar a consulta marcada... – Colocou um dedo sobre os lábios dela quando a viu fazer menção de protestar – E se por acaso inventar uma desculpa para evitar isso, vou jogá-la no carro e levá-la a força.
- Quanta consideração.
- Temos um acordo ou não, Rin?
- Sim. – Ela suspirou exasperada e sentou na cama lentamente com medo que o mal-estar voltasse – Faço o que você quer se não contar a minha mãe o que acabou de presenciar.
- "timo. – Ele sorriu aprovador antes de levantar – Descanse mais um pouco, vou ligar para o medico e volto para acompanhá-la a sala de jantar.
- Superprotetor. – Ela resmungou em voz baixa quando ele estava fechando a porta, levantou uma sobrancelha quando o viu abrir a porta novamente com um sorriso maior nos lábios.
- Eu ouvi isso.
Ela apenas deu de ombros e deitou novamente vendo-o fechar a porta. Deu um pequeno sorriso, nunca admitiria, mas era tão bom deixar que ele cuidasse dela desse modo. Voltou à atenção para a janela admirando o céu completamente azul e suspirou pensando como finalmente as coisas pareciam estar voltando ao normal.
===== Quase duas semanas depois =====
Rin saiu do banho correndo quando ouviu o telefone tocar, sentou no sofá enrolando melhor a toalha no corpo e pegou o aparelho com um sorriso nos lábios.
- Só vou me vestir, Sesshy... – Falou enquanto caminhava para o quarto – Estarei pronta quando você chegar aqui... Ainda é muito cedo, por que...?
- Rin-san, aqui é do consultório médico... – A secretária sorriu quando a garota parou de falar – Sinto muito por não me identificar antes, mas a senhorita não me deu tempo.
- Sinto muito, eu estava esperando um telefonema e... – Rin suspirou envergonhada pela confusão que tinha cometido, ao menos a velha secretária não podia vê-la – Sinto muito, Kaede-san, pode falar.
- Seus exames chegaram, Rin-san. – A voz da mulher transmitia tanta alegria, o que fez com que a garota se sentisse mais calma – Tenho boas e más noticias para você.
- Tenho que marcar outra consulta? – Levantou da cama indo na direção do guarda-roupa – Eu realmente não queria voltar ao médico se não for necessário.
- Eu posso lhe dizer os resultados por telefone, mas vai ter que procurar um especialista.
- Especialista? – Ela franziu o cenho voltando à atenção ao que a mulher dizia – Estou muito doente, então?
- Não, Rin-san. – A mulher sorriu novamente – Na verdade é algo bastante comum.
- Kaede-san... Pode, por favor, dizer de uma vez o que dizem os exames? – Respirou fundo tentando se acalmar, não seria nada bom gritar com a velha senhora. – Está apenas me deixando nervosa com essas charadas.
- Oh, sim. Não é bom ficar nervosa no seu estado... Sinto muito, Rin-san. – Kaede fez uma pausa enquanto procurava a pasta com os exames da garota – A má notícia é que seus sintomas continuarão por mais algum tempo... – Rin girou os olhos, impaciente contendo a vontade de apressar a secretária – Deve procurar um especialista como eu já disse e...
- Kaede-san...Por favor,... Tenho um compromisso e preciso terminar de me arrumar.
- Oh, sim... Desculpe-me novamente – A velha secretária fez mais uma pausa e Rin suspirou impaciente, poderia esganá-la se estivesse a sua frente – Você está grávida.
- O que disse? Acho que não ouvi direito... – Rin apertou mais o telefone, aquilo não podia estar acontecendo.
- Entre os exames que o médico pediu estava o de gravidez, por causa dos sintomas que a senhorita apresentava... – Kaede continuou a falar alegremente ignorando o choque na voz da garota – O resultado é positivo, seu noivo vai gostar de saber que...
- Isso não é possível...
- Como eu disse antes, o doutor Jimenji disse que era melhor que a senhorita procurasse um especialista e...
A garota caiu de joelhos sentindo as pernas fraquejarem com o choque que a noticia tinha lhe causado, as palavras da velha secretária não passavam de murmúrios ininteligíveis enquanto as lembranças do que tinha acontecido com Kohaku voltavam com força total. Respirou fundo tentando encontrar coragem para interromper Kaede.
- Quanto... – Ela respirou fundo mais uma vez percebendo que a mulher parara de falar, instintivamente colocou a mão sobre o ventre antes de continuar – Quanto tempo?
- Precisa procurar um ginecologista para que possa saber com exatidão, mas pela minha experiência eu diria que de dois a três meses...
Rin fechou os olhos enquanto sua mente trabalhava tentando encontrar uma resposta. Dois a três meses... Se voltasse no tempo o mais provável é que o bebê fosse filho de Kohaku. Ela murmurou uma despedida e desligou o telefone sem esperar resposta, deixou que o aparelho escorregasse de suas mãos para o chão e baixou a cabeça olhando para as próprias mãos sobre o ventre. Por que as coisas não podiam ser mais simples?
Pensara que tudo havia se resolvido, que o pesadelo tinha sido enterrado e podia voltar a ser feliz, mas ao que parecia não era isso o que o destino queria. Olhou surpresa para as lágrimas que caiam sobre suas mãos. Por que tudo tinha que ser tão injusto?
Morava com Sesshoumaru e dividiam a mesma cama há mais de três anos e não havia engravidado. Por que agora quando existia essa duvida? Sentiu o coração se apertar no peito e sentou-se no chão abraçando o próprio corpo, fechou os olhos sentindo o corpo estremecer com os soluços. Teria coragem de matar o bebê sem ter certeza quem era o pai?
'Quando foi que as coisas ficaram tão complicadas?'
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Dareka ga toikakeru rikutsu ga motto hoshikunaru
kieru kage ni mabushisugita hibi wo utsushiteru
(Alguém faz perguntas, estou começando a querer que isso faça mais sentido
Você coloca dias tão brilhantes dentro de uma sombra escura)
- Rin.
A garota piscou ao ouvir a voz profunda chamar seu nome, olhou confusa para o rapaz a sua frente sem saber o que dizer por alguns minutos. Ele tinha lhe feito uma pergunta que não sabia responder, ou melhor, sabia, mas não teria coragem de dizer em voz alta o que realmente queria.
- Desculpe, eu estava...
- Distraída, eu notei. – Ele suspirou exasperado e se afastou da garota – Não tenho o dia inteiro para desperdiçar olhando para você enquanto está sonhando acordada.
- Eu ainda não respondi.
- Eu sei disso ou eu já teria saído daqui a algum tempo.
- Sinto muito, podemos conversar, não vou me distrair novamente.
- Esqueça, tenho que voltar para o escritório. – Ele se virou para sair – Ligue quando decidir o que quer fazer.
- O que eu quero fazer? – Ela perguntou devagar enquanto o seguia para a porta.
- Quanto ao bebê, Rin. – Ele abriu a porta e olhou para ela mais uma vez antes de sair - Quero saber o que você vai fazer com seu bebê.
- Meu... Bebê? – Perguntou em um fio de voz enquanto a porta se fechava lentamente.
- Sim, Rin. – Ele falou do lado de fora – E a menos que esteja tentando matá-lo de fome, coma alguma coisa. – Rin piscou ao ouvi-lo suspirar, quase podia sentir a tristeza na voz dele, mas achou que tudo não passava de um truque da sua imaginação novamente – Você parece a ponto de desmaiar.
A garota concordou com um aceno enquanto ouvia a chave sendo virada na fechadura. Fechou os olhos, xingando-se mentalmente pelo gesto inconsciente antes de caminhar na direção da cozinha. 'Como ele pode parecer preocupado e ao mesmo tempo distante?' Suspirou desanimada e sentou em uma das cadeiras sem vontade de preparar nada ' Por que ele insiste em me dar essa ponta de esperança quando eu sei que não há mais nada?' Baixou a cabeça sentindo as lágrimas escaparem de seus olhos, suas únicas companheiras nos últimos dias, colocou as mãos sobre o v entre e sorriu tristemente ao pensar no bebê.
'O que eu vou fazer com você?'
N.A. – Oi minna,
Nem demorei muito com esse capítulo ne? Ao menos eu acho que não demorei ô.o
Bem, vou colocar um aviso a cada capítulo que eu postar. Pode ser que eu demore um pouco, até o final do ano vou estar mudando e isso vai atrapalhar um pouco meu ritmo à toa de ser u.ú ( XDD ) Afinal, tenho que procurar casa e depois mudança ( quando é lógico ficarei um tempo sem net, ao menos até que tudo seja instalado novamente ).
Nada disso interessaria a vocês ( aposto como muitas estão pensando "O que eu tenho a ver com isso?") Mas, é só para explicar algum futuro atraso, ok?
Bem, voltando ao fic ( Finalmente XD) acho que esse será o único que irei realmente terminar antes de toda essa revolução ( Estou tão exagerada hoje XD ). Restam apenas dois capítulos ( o cap 5 e o epílogo) e finalmente será menos 1 fic para pensar.
Espero que gostem, eu particularmente achei meio chatinho, mas era necessário XD.
Obrigada as reviews do último capítulo – Kikyou Priestess, Carol Higurashi Li, Megawinsome, Darck Angel, Leila Wood, Polly-chan, Lan Ayath, Gushi, Hell's Angel-Heaven's Demon, MikkY, Madam Spooky, Tici-chan, Cássia e Kisamadesu.
Obrigada a todas, mais um vez o/.
Desculpem por não responder a todas, mas sinto que estou ficando gripada novamente T-T
Espero que gostem desse capítulo e deixem sua opinião
Kissus e ja ne,
Naru.
