A Sombra de um pecado

Epílogo

Sesshoumaru olhou para os projetos a sua frente sem vê-los realmente, talvez estivesse sendo duro demais com Rin. Apesar do erro horrível que cometera há cinco anos atrás... Será que ela já não pagara o suficiente por seus pecados?

Ela o havia traído e por um tempo fora tudo o que pudera pensar, na traição fria e dura de que fora vitima, mas por mais que lutasse para esquecer todos os sentimentos, ainda a amava. A cada dia que se passava, a cada encontro fugidio, mais as lembranças da garota que conhecia desde pequena ficavam mais fortes. Se ao menos ela não tivesse mentido tanto... Lembrava com exatidão cada sentimento que havia passado naquela noite, como se sentira traído e o desejo de esquecer aquilo para sempre...

Sorriu consigo mesmo com amargura, o destino podia ser mais cruel do que a própria realidade, enquanto ela se recuperava no hospital ele retirara todos os seus pertences do pequeno apartamento que dividiam. As lembranças ali eram fortes demais para que fosse capaz de continuar sem enlouquecer, sabia que ela precisaria de um lugar para ficar quando voltasse, mas não conseguiria encará-la como se aquilo não tivesse acontecido. Deixara o pequeno apartamento e dirigira-se ao único lugar que seria capaz de ficar sem que seu anfitrião o enchesse de perguntas... O apartamento de Kohaku.

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Sesshoumaru estava sentado no sofá da pequena sala escura, não havia acendido as luzes quando chegara, não via sentido nesse ato. 'Para que iluminar um lugar quando tudo o que tenho dentro de mim é escuridão?' Olhou para a garrafa de uísque a seu lado, percebendo que havia tomado quase metade de seu conteúdo em poucas horas. Deu de ombros enquanto enchia seu copo novamente, quem se importava com isso? Não iria a lugar nenhum mesmo.

Praguejou alto quando as luzes foram acesas, cobriu os olhos com a mão livre, sentindo a cabeça doer com a súbita claridade. Kohaku conseguia chegar nos momentos mais inconvenientes possíveis, infelizmente não poderia jogá-lo para fora do próprio apartamento.

- Apague a luz. – Ignorou o tom pastoso da própria voz, tomando o que restava da bebida em seu copo. Suspirou quando algumas luzes foram apagadas e os passos do rapaz aproximando-se.

- Quanto você bebeu?

- Não acho que isso seja da sua conta. – Voltou a encher o copo, forçando-se a ignorar o olhar curioso sobre si – Se está preocupado por ficar sem bebida, compro outra garrafa para você depois.

- Não é isso... – Kohaku sentou em uma poltrona um pouco afastado de Sesshoumaru sem evitar um pequeno sorriso – Não acha que está exagerando? - Olhou para o rapaz a sua frente vendo-o ignorar suas palavras e continuar a beber – Beber assim porque foi traído... – Levantou uma sobrancelha quando os olhos dourados viraram em sua direção, brilhando com raiva – Por uma vagabunda?

- Cale a boca! – Antes que pudesse perceber o copo em suas mãos tinha desaparecido, o rapaz moreno desviou rapidamente e o barulho de vidro se chocando com a parede preencheu o silencio que se seguiu.

- Pensei ter ouvido você dizer que não se importava mais com Rin.

- Não fale o nome dela novamente. – Levantou e caminhou trôpego até o pequeno armário para pegar outro copo – Apenas deixe-me beber em paz.

- Hum... – Kohaku continuou sentado observando-o voltar para o sofá hesitante – Quão bêbado você está?

- Não o suficiente para deixar de calar sua boca se não fizer isso sozinho.

Kohaku levantou uma sobrancelha e sorriu sarcástico ' Maldito orgulhoso, mal pode ficar em pé e fica me ameaçando...', observou-o encher copo novamente e tomar o liquido âmbar em um só gole. 'Boa chance de falar algumas coisas com ele...'

- Quando pretende voltar para seu apartamento?

- Voltar para aquele lugar não está nos meus planos. – Voltou a preencher o copo e o girou na mão, observando o liquido acompanhar o movimento. – Se está preocupado com dinheiro eu posso dividir as despesas com você...

- Não é isso... – Kohaku encostou-se na poltrona, ficando em silencio durante longos minutos – Está com raiva porque sua garota perdeu o bebê? – Girou os olhos ao perceber a tensão no ar – Você disse que eu não deveria pronunciar o nome dela, não que não poderia—

- Pensei que isso estava implícito. – Voltou os olhos dourados para o amigo, estreitando-os em um claro sinal de aviso – Tudo o que você precisa saber é que não pretendo voltar para...lá.

- Hum... por acaso descobriu sobre as vezes que ela o traiu?

- Kohaku...

- Ela contou da vez que levou alguém para o apartamento de vocês e—

Kohaku parou de falar quando sentiu a pressão das mãos de Sesshoumaru em seu pescoço, sentiu toda a satisfação que sentira a pouco desaparecer em segundos ao perceber o brilho perigoso nos olhos sempre inexpressivos.

- Eu avisei para calar essa maldita boca! – Aumentou a pressão, prensando o rapaz contra a poltrona, quando sentiu ele tentar empurrá-lo – Não quero falar sobre Rin ou o que diabos você acha que ela fazia! – Inclinou-se sobre ele, ignorando a expressão desgostosa em seu rosto – Não vou avisar novamente, Kohaku.

- Ela era uma vagabunda... – Arregalou os olhos quando as mãos fecharam-se com força em seu pescoço, dificultando sua respiração e fazendo com que seus olhos enchessem-se de lágrimas. – Deu em cima de metade dos homens do—

- Não quero ouvir sua boca imunda falar sobre ela, está me ouvindo? – Firmou as mãos em torno do pescoço do amigo e o chacoalhou com força – Não tem permissão de falar o nome dela... sobre ela.... e muito menos pensar nela. – Com um ultimo chacoalhão jogou o rapaz na poltrona, ouvindo a respiração ofegante. Virou de costas, pegando a garrafa sobre a mesa e começou a se afastar antes que cedesse a tentação de estrangulá-lo.

- Só ficou assim nervoso porque sabe que é a verdade. – Kohaku apoiou as mãos nos braços da poltrona, levantando-se quando viu virar em sua direção. Não ia deixá-lo surpreendê-lo com outro movimento repentino. – Pode fazer com que eu pare de falar, mas apagar a verdade é impossível.

- Não tente me falar sobre verdade, Kohaku... – Antes que pudesse se controlar levantou o braço, acertando um murro no rosto do rapaz. Olhou com satisfação ao vê-lo se chocar contra a parede e escorregar para o chão. – Suas verdades não me interessam...

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Sesshoumaru passou as mãos pelo rosto tentando afastar aquelas lembranças, aquele golpe havia sido apenas o primeiro de uma série que desferira em Kohaku. Não conseguia entender a razão, mas a cada vez que sua mão se chocava com o rosto do outro rapaz uma parte de si se acalmava, se InuYasha não houvesse chegado a tempo talvez tivesse matado o rapaz moreno. Essa parte animalesca que tinha dentro de si era algo que preferia esquecer, manter lacrada embaixo da superfície indiferente que aparentava para todos a sua volta.

Respirou fundo quando ouviu as batidas características da secretária em sua porta, girou a cadeira ficando de costas para a entrada antes de lhe dar permissão para entrar. Não precisava que o escritório inteiro soubesse como estava transtornado, na verdade, ninguém jamais deveria saber dessa parte de si.

- A correspondência, Sesshoumaru-sama.

- Deixe sobre a mesa, vejo isso depois.

- Certo. – Kagura depositou a pilha de cartas sobre a mesa, deixando uma delas no centro, separadas das outras – Um mensageiro entregou uma carta de Rin.

- Deixe sobre a mesa e pode sair.

A secretária deu de ombros antes de dar meia volta e sair do escritório, ele não poderia culpá-la de não tê-lo avisado.

Sesshoumaru fechou os olhos, suspirando exasperado quando a porta se fechou as suas costas. 'Rin, Rin, Rin...' Tinha conseguido manter-se a distancia da parte emocional com a garota. As lembranças e sentimentos do passado tinham ficado enterradas onde deveriam. No passado. Vez ou outra ameaçavam voltar, mas ele sempre conseguia um meio de esquecê-las, ou ao menos era o que pensara, que estava seguro. 'Então, como se houvesse um Deus brincalhão que se diverte com o sofrimento alheio, tudo volta...'

'Eu poderia ignorar qualquer coisa... Lágrimas, discussões, o eterno estado apático de Rin...' Doía vê-la daquele modo, mas eram coisas com as quais havia se acostumado ' Que existência patética... Acostumar-se com a dor... Dos outros e... A minha...' Girou a cadeira novamente e encarou a carta no meio de sua mesa, a alvura do envelope destacava-se a superfície escura de mogno 'Outra gravidez...' A única coisa que não estava preparado para encarar, trazia tantas lembranças dolorosas...

Olhou para o envelope por alguns minutos sem ousar tocá-lo, reconheceu a caligrafia e deixou que as lembranças o envolvessem novamente 'Ela costumava escrever quando eu passava muito tempo fora...' Tocou o papel suavemente, quase cedendo a tentação de afastar-se quando uma espécie de choque percorreu seu corpo ' Menos naqueles últimos meses...' Com um olhar resignado, levantou o envelope da mesa e o rasgou, tirando algumas folhas de dentro dele.

Meu querido Sesshoumaru,

Espero que você leia essas linhas, provavelmente ficará contrariado e jogará essa carta fora antes mesmo de chegar a esta parte...

Baixou as folhas, amassando-as com raiva. Ela sabia como ela odiava aqueles tratamentos carinhosos. Fizera-a pensar que era apenas para mantê-la a distancia de si, provar que não tinha importância nenhuma em sua vida, mas a verdade é que aquelas palavras, ouvi-la chamá-lo de 'Sesshy' faziam com que se lembrasse de uma realidade que não mais existia.

Olhou para as folhas em suas mãos, por alguns minutos considerando a possibilidade de jogá-las fora sem saber de seu conteúdo. Ela mesmo esperava por isso, não faria diferença, mas o passado adormecido já havia despertado. Ler ou não aquela carta não faria diferença.

Então resolveu continuar?

Isso me surpreende, mas parte de mim fica feliz.

Não espero que o que vai ler o faça mudar de idéia, é simplesmente algo que eu tenho que fazer, entende?

Você foi tudo para mim. Meu primeiro amigo, meu primeiro protetor fora da família, meu primeiro amante e meu único amor. Para mim, em meu coração, você foi e sempre será, todas essas coisas.

Por muito tempo tentei consertar meus erros, lutando desesperadamente para que voltássemos ao que um dia tínhamos sido, mas vejo agora como tudo isso foi em vão.

Quero acreditar que algum dia fui todas essas coisas para você, que representei mais do que um corpo que despertava o seu, mesmo que essa época tenha findado. Não se preocupe, não pretendo culpar, acusá-lo de ter sido injusto ou mudado repentinamente como acreditei por todos esse anos.

Nós amadurecemos, simples assim. Um amor infantil não poderia sobreviver imutável quando as pessoas envolvidas mudaram tanto.

Não sou a mesma garota que você conheceu, então como poderia exigir que você permanecesse do mesmo modo?

Eu entendo seus motivos e a culpa que atribuiu a mim. Por muitos anos eu mesma carreguei esse fardo sobre meus ombros, deixe-me levar pelas conseqüências dos meus atos imprudentes e nunca parei para refletir nas razões que levaram nós dois a esse extremo.

Aceitei o cargo de amante, pois esse foi o único modo de permanecer a seu lado na época. Deixe-me levar pela ilusão de que algo remotamente ligado ao que um dia fomos seria um substituto suficiente para o que realmente deseja.

Despi-me de meu orgulho, abandonei meu amor próprio apenas para desfrutar de alguns momentos de prazer, passar alguns segundos gloriosos com você e dias culpando e odiando a mim mesma por me sujeitar a tal ato.

Naquele momento foi o suficiente para mim, mas isso mudou.

Não pretendo continuar com isso, não vou mais lutar ou tentar forçá-lo a voltar a sentir nosso amor juvenil. Agora entendo, voltar ao passado não é mais uma opção.

Não consigo mais saber a quanto tempo carrego essa culpa, a quanto tempo sinto todos esses sentimentos desprezíveis me corroer, tenho a impressão de séculos se passaram mesmo sabendo que isso não é verdadeiro. Suas palavras em nosso ultimo encontro finalmente despertaram-me.

'O que você quer, Rin?'

Essa pergunta tem se repetido em minha mente desde o momento que deixou seus lábios. Admito que pensei que teria uma chance de consertar os erros do passado ao saber da existência de nosso bebê, mas estava enganada mais uma vez.

Não possuo a capacidade de voltar e apagar todo o sofrimento pelo que passei, todos os acontecimentos e ações errôneas que cometi.

Não possuo a capacidade de apagar todo o sofrimento que causei a você.

Tudo o que posso fazer, como última tentativa de redimir-me é lhe contar toda a verdade, não a que você imagina e sim o que realmente ocorreu naquela época.

Só quero lhe contar, não tenho o direito de exigir que você acredite em mim, não espero que me perdoe instantaneamente ao ler, esta é minha maneira de colocar uma luz nas sombras escuras em nosso passado. Você pode acreditar ou não em minhas palavras, a escolha será sua.

Sesshoumaru segurou as folhas com mais força, podia ouvir o barulho do papel quase cedendo a pressão de seus dedos. Aquilo era tudo tão inacreditável, horrível, cruel... Tão impensável que sua pequena garota tivesse passado por todas aquelas coisas sozinha.

'Ela foi violentada... por Kohaku' Deixou as folhas sobre a mesa e fechou os olhos, deixando que as lembranças trancadas por tanto tempo viessem a tona. Agora tudo fazia sentido. O modo como ela o tinha recebido quando retornara daquela viagem, o medo quase irracional todas às vezes em que ele a tocara. ' Você devia ter me contado antes... Não devia ter passado por isso sozinha' Tocou as folhas amassadas, alisando-as cuidadosamente. Observou as pequeninas manchas no papel, ela havia chorado enquanto escrevera aquilo. 'Rin... Eu teria cuidado de você...'

Está chocado agora? Incrédulo? Triste pelo que aconteceu sob sua proteção sem que você nem ao menos desconfiasse?

Compreenderei se estiver, passei por todas essas sensações quando isso aconteceu comigo. Eu quis tanto lhe contar tudo, pedir seu apoio, mas em algum recanto obscuro as palavras de Kohaku se repetiam e eu simplesmente não consegui.

Perdoe-me, amor.

Não por tê-lo traído como imaginava, mas por ter lhe ocultado a verdade, os sórdidos fatos que lutei tanto para esquecer.

Vivi com meu pecado, pensando que isso faria a dor diminuir. Pensei que infligindo essa dor em meu peito fosse castigo o suficiente por toda a dor que lhe proporcionei. Estava enganada.

Perdoe-me, amor.

Por arrastá-lo comigo e obrigá-lo a viver á sombra do meu pecado.

Eu amei você com todas as minhas forças, mas esqueci-me de confiar em seu coração. Talvez, não fosse amor real, era apenas um sentimento de posse infantil que nos custou tanto sofrimento.

Meu medo de perdê-lo era tão grande que não percebi como o estava afastando inconscientemente com minhas próprias ações e segredos.

' Você deveria ter confiado em mim...' Fechou os olhos, sentindo-os úmidos. 'Lágrimas... Não pensei que eu fosse capaz de chorar por algo...'

Finalmente decidi o que quero, preciso responder sua pergunta, certo?

Eu quero desistir.

Eu desisto dessa vida de mentiras, de sofrimento, humilhação e escuridão a qual condenei a mim mesma. Eu desisto do sentimento de culpa sobre algo que não tive real escolha.

Eu desisto, amor.

Do passado.

De nossa história juntos

De minha vida.

Eu desisto de todas as coisas pelas quais lutei tanto e fui incapaz de conseguir conquistar.

Não fique triste por mim, agora entendo que mesmo longe de você estarei bem.

Com amor, daquela que em sentimentos sempre será sua,

Rin

- Desistir? – Olhou incrédulo para a carta, rapidamente relendo a ultima parte. Alguma parte de seu cérebro recusava-se a acreditar que ela estava realmente desistindo de tudo – Você não pode desistir!

Eu desisto, amor.

Do passado.

De nossa história juntos

De minha vida.

'Ela vai se matar' Levantou depressa, quase derrubando a cadeira no processo. Saiu da sala quase correndo, ignorando as perguntas da secretária enquanto corria em direção as escadas. 'Não era essa a escolha que eu esperava de você... Não antes... Não agora que sei de tudo...'

Eu desisto, amor.

Do passado.

De nossa história juntos

De minha vida.

As palavras dela se repetiam em sua mente enquanto ele lutava uma espécie de batalha com o transito para chegar ao apartamento o mais rápido possível. Podia ouvir a voz dela murmurando aquelas palavras enquanto as escrevia, não podia permitir que ela fizesse aquilo. ' Está sendo egoísta novamente, Rin... Pensando em si mesma, em acabar com sua dor... E quanto a minha?'

Eu desisto de todas as coisas pelas quais lutei tanto e fui incapaz de conseguir conquistar.

Estacionou o carro, com uma freada brusca que assustou as pessoas que caminhavam pela calçada. Deixou o automóvel, sem se preocupar em sequer tirar a chave do motor antes de correr para dentro do prédio. 'Quando ela me mandou aquela carta?' Olhou impaciente para o elevador antes de correr na direção das escadas e subi-las rapidamente 'Por que não me ligou?' No fundo sabia que provavelmente teria desligado, sem dar a garota a chance de dizer mais que meia dúzia de palavras. ' Eu nunca lhe dei uma chance...'

Parou em frente a porta do apartamento, esperando ouvir algum som que denunciasse a presença dela ' Algum sinal de que ainda está viva...'. Respirou fundo antes de usar as próprias chaves e abrir a porta lentamente.

- Rin... – Olhou quase aliviado para a figura delicada deitada no sofá, tinha chegado a tempo afinal – Não deveria ter feito isso, eu... – Ajoelhou-se no chão a seu lado e sorriu para a expressão relaxada no rosto adormecido – Rin, acorde, eu... – Tocou a pele macia, quase pulando para trás ao sentir a pele gelada. – Não, Rin... – Sentou-se no chão, sem conseguir desviar os olhos da garota – Você não tinha esse direito...

Perdoe-me, amor.

Por arrastá-lo comigo e obrigá-lo a viver á sombra do meu pecado.


N.A. – Hum... será que é seguro? o.o

Bem.... ( vestida com uma armadura ) Oi minna,

Eu sinto muito mesmo decepcionar todas que ainda esperavam por um final feliz, mas eu disse desde o começo que não haveria um... Quando você começa do fim, não se pode esperar que algo mude magicamente.

As coisas não precisam ter um final conto de fadas para ser bonito. Acho que fiz um bom trabalho aqui, mesmo não tendo ficado exatamente como eu gostaria. Muito, muito obrigada a todos que leram esse fic e especialmente as que gastaram um tempinho a mais para me deixar review. Sempre significa muito saber o que estão achando.

( Mesmo a autora tendo sido má e não feito o que vocês pediram)

Espero que vocês tenham gostado ( será que é pedir demais? ) e mesmo não havendo mais capítulos contem-me o que acharam. ( Podem xingar, ameaçar... Eu entendo )

Beijos especiais a todas, em especial as reviews do ultimo capítulo:

Kikyou Priestess, Leila Wood, Kisamadesu, Carol Higurashi Li, Juli-chan, Lan Ayath, Megawinsome, Hell's Angel-Heaven's Demon, Polly, Juliane.chan, darck angel,Gushi, Cássia, Palas Lis, Bella Lamounier, Spirit of Rin, Madam Spooky, bela-isa23, lilaclynx.

E a todas que apenas leram ( sintam-se abraçadas)

Kissus e ja ne,

Naru.

P.s. - Originalmente haviam simbolos indicando as partes da carta... ( contando até 10 ) ao que parece o site não quer aceitá-los. ( olhar mortal ), então as partes em itálico e sem negrito fazem parte da carta. ( Imaginando maneiras de torturar um site )