Capítulo VI: Luzes vermelhas e cervejas amanteigadas.

Passaram-se algumas semanas até o primeiro passeio de Hogwarts; eu tentava ao máximo esquecer aquela história de Draco e me concentrar nos estudos.

Eu sabia que era impossível, mas não deixava de tentar.

Cecília continuava a observar o Harry de longe. Incapaz de tomar alguma atitude, ela que nunca foi tímida parecia não ter coragem para falar sequer um oi para ele.

Claro que eu falava: "Amiga, se você não deixar essa timidez de lado, você vai perdê-lo para outra garota!", mas ela parecia estar segura de si.

Isso eu não entendia.

Coloquei minha melhor roupa, pois seria realmente uma ocasião diferente.

Um vestido azul claro, com flores chinesas delicadamente pintadas. Na altura dos joelhos. Era lindo, eu o amava.

Não sabia se era porque aquele vestido me deixava mais alta (N/A: Como um vestido pode deixar uma pessoa mais alta?!) ou simplesmente por ele me dar um tom leve, delicado, quase angelical.

Penteei meus cabelos e coloquei uma sandália de salto alto, também azul.

Olhei no espelho. Estava bem, apesar de ainda ser longe do que considerava ser bonita.

Quando encontrei com Cecília, no local combinado ela disse me olhando de cima à baixo:

-Nossa, pra que tudo isso?

Revirei meus olhos e disse.

-Quem sabe não arranjo companhia para essa noite?

Meu humor já não estava lá grandes coisas...

-Você sabe quem irá? – ela me perguntou enquanto caminhávamos lado a lado.

-Não. Quem? – perguntei sem mostrar o menor interesse.

-Draco Malfoy.

O tom de voz da minha amiga era malicioso.

Agora me digam, porque a malícia?

Tudo bem, ele tinha me mandado cartas; cartas comprometedoras, com palavras lindas...Um toque de ousadia...

Merlin, o que eu estava pensando? Ele é um Malfoy, droga!

Estava completamente confusa. Numa hora eu estava louca para agarrar Draco, noutra, eu queria matá-lo.

Ele era imbecil demais, era lindo demais, era arrogante demais, era charmoso demais...

Foi quando notei que Cecília falava freneticamente. Claro que ela não estava se tocando que eu não ouvia uma palavra sequer.

Que espécie de amiga eu era?!

Sorri sem jeito e tentei entender o que ela falava.

-...Então eu falei: "Olha, eu não estou interessada!"!!! Dá para acreditar? Eu disse não para o cara mais lindo da Lufa-Lufa!

-É, realmente incompreensível... –falei tentando ocultar que eu não estava entendendo nada.

-Ai, estou louca para dançar na boate nova! Você vai adorar! Vários caras bonitos...Músicas legais...

Cecília era ótima, mas não estava sendo nem um pouquinho naquele momento.

-O que foi? Esteve calada o tempo todo... – ela disse me olhando atentamente.

-Eu não estou entendendo nada. – disse. –Tudo o que aconteceu...As cartas, a Mione...O Harry....

Entramos no Três Vassouras e sentamos no fundo.

Ela se levantou para pedir cervejas amanteigadas e voltou com os dois copos cheios da bebida.

-Sabe, esses últimos dias foram uma loucura. Por falar em loucura, você recebeu cartas do Malfoy novamente?

-Não. Ele deve estar morrendo de raiva de mim...

-E ele tem razão?

Arquejei minhas sobrancelhas.

Eu não tinha contado? Onde eu estava com a cabeça?!

-Eu mandei uma carta para ele, depois do coitado levar uma surra do meu irmão.

-Nossa...Por que não me contou isso antes?!

-Eu devo ter esquecido...

-Gina, eu não comentei antes por que achei que era besteira, mas agora eu vejo que não é. Você está muito diferente! Antigamente você me contava tudo o que fazia nos últimos cinco minutos...E agora, vive pensando, fechada nos seus próprios pensamentos...

-Eu...Me desculpe, tá legal? Você deveria entender! Olhe por tudo que tenho passado nos últimos dias!

-Não sei porque tanto drama. – ela disse indiferente. –Draco Malfoy, o cara mais gato da Sonserina andou mandando cartas para você. Você gostou, respondeu...

-Acontece que esse cara mais gato da Sonserina é um futuro comensal da morte.

Ela revirou os olhos.

-Você não vai casar com ele. Lembre-se: garotos não mordem, a menos que você queira. – disse piscando os olhos e rindo.

-Eu não sei...E se ele estiver querendo tirar uma com a minha cara? Ele já me deixou plantada lá no lago uma noite dessas, pode fazer uma coisa pior...

-Como o que?

-Beijar mal? Ter um hálito mau? Eu não sei!

-Você só vai saber se tentar.

Ficamos um instante em silêncio. Depois, para mudar de assunto, falei:

-Quando vamos para essa tal boate nova?

-Ah, vamos mais à noite. Os alunos do quinto ano em diante tem permissão de chegar mais tarde.

-Não vamos demorar muito não é? – perguntei manhosa.

-Relaxa, vai durar o tempo que tiver de durar.

Ficamos vendo vitrines de lojas para passar o tempo. Quase morri de rir quando Harry e Rony vieram falar comigo.

Cecília, para dizer um oi teve que passar por uma crise de tosse e depois falou gaguejante um oi fraco.

Quando eles se afastaram, eu ri e perguntei quando que ela iria tomar coragem e convidar Harry para tomar uma cerveja amanteigada.

-Ah, pra você é fácil falar! O difícil é fazer!! E você também não pode falar muita coisa, não é? Quem que está cheia de medo só para dar uns amassos no Malfoy?

Droga! Eu NÃO ESTAVA COM MEDO!!!

Eu só estava confusa! Entendam: Quando sua vida monótona, sem graça e mortalmente infeliz; se transforma em uma confusão só, com direito a cartas estonteantes; você fica confusa!

Isso não é uma coisa fora do comum! Cara, será que é muito difícil de entender?!

Quando finalmente chegou a hora de irmos para a boate, eu já estava com sono. Não estava nem um pouco ligando se Cecília me xingaria para o resto da minha vida, só queria ir para minha cama quentinha...

-Nem pensar! Vamos logo, você vai gostar. – ela disse quando falei sobre ir embora...

Era uma casa grande, com vários ambientes.

De entrada, um escuro horrível, o cheiro de erva misturado com perfume e cerveja era sufocante.

No segundo ambiente uma música alta que me deixava atordoada estava tocando; fazendo com que algumas pessoas dançassem animadamente.

A luz era esverdeada, mudava de verde para amarelo.

Eu estava quase tendo um ataque quando ela me puxa para o último ambiente.

O pior.

Era cheio de gente dançando, música alta, luz vermelha.

Não dava pra se mexer direito, o cheiro sufocante de fumaça e perfume, misturava-se com o cheiro de muita gente acumulada.

Olhei para o lado, disposta a falar com Cecília sobre meus planos de ir embora, mas a infeliz criatura havia sumido.

Me deixado sozinha, naquele lugar estranho.

Tive instintos assassinos.

Procurei como uma condenada, mas estava tão cheio que não dava para ver nada ale de cabeças em movimento frenético.

-Droga! – eu gritei. Mas minha voz não foi ouvida nem por mim.

Foi tentando andar entre a multidão, querendo chegar no bar e pedir uma bebida, mas o caminho parecia ser muito longo.

Suspirei frustrada. Nunca mais eu chegaria perto daquele lugar!

Foi quando senti mãos quentes segurarem minha cintura.

Tentei olhar quem era para gritar, bater no atrevido que estava tentando me agarrar mas, quando vi quem era, simplesmente empaquei.

Ele sorriu malicioso e, sem minha autorização, foi chegando mais perto...Cada vez mais perto.

Senti seu perfume; seu corpo, agora colado ao meu, se mexia vagarosamente, no ritmo de uma dança.

Fechei meus olhos.

E lembrei das palavras da minha amiga:

"-Você só vai saber se tentar."

Sorri, aquilo era bom demais. Aquela sensação do corpo dele tão perto do meu...Já não ouvia a música, apenas a respiração leve de Draco Malfoy.

Notas das Autoras: Nossa, como você é cruel, MiaH!!! Como você termina assim?!

:) Eu já disse que sou malvada...Bem, se vocês, lindos e lindas leitores querem saber o que acontece...

Só no próximo cap...Eu tentei, mas ela insistiu em para de escrever nessa hora.

Nada como fazer com que os leitores tenham vontade de matar, comer a carne crua, beber o sangue ainda quente...

Ih, já vi que agora ela não pára de falar coisas satânicas...Então, vamos esclarecer...Devido a muitas reclamações, MiaH, a encarregada de escrever as cenas de beijo, escreveu por dois capítulos a começar por esse, cenas de beijos, agarra-agarra...Muita coisa!

...E bebendo em taças usadas em rituais satânicos na idade média por bruxas...

Obrigada pelos reviews! Amanda, você não sabe o quanto eu gritei na hora que li seu review!!! Juro que fiquei rouca...

...Abrindo com adagas os corpos daqueles que a alma é suja, impura, beber o sangue dos incapazes, e comer seu coração, depois de apreciar seu intestino...

Hoje, quem escreveu a maior parte foi a MiaH. Sinceramente eu achei muito confuso!!! Mas ela falou que eu sou um lixo, por isso minha opinião não contava :(

...E depois, lançar-se penhasco abaixo, afim de ser comido por urubus famintos de sua carne que com o tempo vai apodrecer, cheirar mal...

Aconteceu algo muito ruim comigo. Eu estava alegre, indo para a casa da minha amiga...Quando me assaltam!!!Fiquei putamente revoltada!!!Eu não merecia esse castigo, não mesmo! ¬¬

Nós somos muito burras...Por isso o capítulo tá uma droga, minha vida está uma droga...

Hey, não me inclua nisso, ok? Eu sou inteligente quando quero.

Acho, na minha linda opinião, que esse capítulo foi o melhor até agora. Por que não tem só o blábláblá. A Gina finalmente agarra alguém.

E calma, ainda não terminei a cena do primeiro beijo entre eles. Eu só quis ser cruel um pouquinho. Eu sou malvada, nunca que terminaria tudo em um capítulo só...

É, você é má!E você nem descreveu o beijo ainda...¬¬ Continue falando coisas satânicas!

E quando você matar um padre, deixe o sangue sagrado escorrer até cair no chão, fazendo rastros de sangue eterno...

No próximo capítulo, vai continuar. Hoje estou entrando escondida na net, por isso não vou citar nomes...Mas mesmo assim, muito abrigada!!

É, valeu mesmo...Até a próxima atualização!!

Xau, até a próxima :D

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