Em primeiro lugar eu gostaria de pedir mil desculpas pela demora mas eu que eu tive uns probleminha com meu pc... mas enfim.....aí está...


Reencontros

Capítulo 2

Já passava um pouco das nove horas quando Saori pediu que servissem o jantar. Chamou a todos, os convidando para se sentarem à mesa e se servirem à vontade, e assim o jantar se estendeu animadamente noite afora.

Eram quase onze e meia da noite e aos poucos a mesa foi se esvaziando, as pessoas iam se retirando, umas desejando boa noite, outras simplesmente se levantavam e indo para seus respectivos quartos. No fim, poucos ainda restavam na mesa. Um fio de esperança ainda impedia que uma delas fosse dormir, embora fosse o enorme cansaço que sentia.

- Ele não vem, não é mesmo? – June perguntava para Saori que estava sentada ao seu lado, na mesa.

- Não se preocupe tanto, June. Eu tenho certeza de que ele virá.... se não for hoje, talvez amanhã...mas ele virá. Não seja tão ansiosa! – dizia Saori, com um sorriso no rosto.

- Não é isso, Saori. É que eu estou com muitas saudades e não vejo a hora de poder vê-lo. – June percebeu um sorriso diferente brotar no rosto de Saori – Você sabe que ele é uma pessoa maravilhosa, sempre disposto a ajudar o próximo e também o melhor amigo que já tive. Eu o considerava como um irmão que nunca tive e de quem eu sempre cuidava quando se feria.... eu só estou preocupada, tanto tempo sem notícias....é só isso.

- Tudo bem, June, eu entendo, não precisa se justificar tanto. – Saori tentava esfriar um pouco os ânimos.

- É que eu não quero que você pense que seja outra coisa, o que eu tenho certeza que você está pensando.

- Pensando em quê? O que as moças tanto cochicham, heim? – Jabu, que viera dar boa noite, já se intrometia na conversa.

- Com certeza o que quer que seja, não é da sua conta. – Hyoga, que também já ia dormir, tratou logo de cortar as asinhas de Jabu.

- Qual o seu problema, Hyoga? Porque não vai cuidar da sua vida? – Jabu o encarava com cara de poucos amigos.

- Pois é, eu acho que você deveria fazer o mesmo também. – Hyoga dá as costas para Jabu, se virando para as duas e ignorando-o por completo – Senhorita Saori, June, boa noite. – e ele se retira, sem mais delongas.

- Não pense que isso vai ficar assim seu... – Jabu é interrompido por Saori que já estava cansada daquela discussão sem sentido.

- Já chega Jabu! Não precisamos disso pra estragar a noite. Vá dormir, você também deve estar cansado. Boa noite! – Saori não queria mais que aquela situação se prolongasse.

- Me desculpe, não foi a minha intenção. Boa noite para as duas. – Jabu se retira ainda meio contrariado.

As duas eram as únicas que ainda restavam na sala de jantar. Já era muito tarde e aquele episódio que havia acabado de ocorrer foi um ponto final para aquele dia exaustivo, mas muito gratificante, de reencontros e boas lembranças. Por insistência de Saori, June achou mesmo que o melhor a se fazer era dormir, pois de nada adiantaria ficar acordada, e mesmo porque, a noite haveria de ser longa...

Um apito soava alto, um som grave e forte que anunciava a proximidade de um navio vindo de muito longe. O cais estava deserto pois sua chegada não era aguardada àquela hora da madrugada, uma vez que um tempo muito ruim com fortes ventos e chuvas torrenciais não permitiram que o navio partisse do local planejado na hora prevista.

A madrugada estava congelante, ventos fortes e com direções indefinidas que cortavam a pele como navalha, a temperatura com certeza devia estar abaixo de zero. Raios cortavam o céu negro da cidade provocando clarões e estrondos assustadores e uma forte chuva começava a cair.

Com o navio já ancorado, os tripulantes desciam apressados, se dispersando e sumindo na escuridão. Eles com certeza não haveriam de querer ficar muito tempo expostos à chuva e ao frio. Por último descia um rapaz com apenas uma mala, de tamanho médio em uma das mãos, o vento e a chuva faziam com que seus cabelos insistissem em cair sobre seu rosto, o obrigando a arrumá-los a todo instante. Certamente não estava vestido apropriadamente para aquelas condições de clima, fazendo com que todo seu corpo se arrepiasse a cada rajada de vento. Isso não era problema para ele, pois já havia treinado em condições muito piores antes, mas o vento gélido e a chuva incomodavam um pouco.

O capitão observava intrigado e ao mesmo tempo penalizado a situação do pobre rapaz, ele se perguntava como aquele moço estava agüentando esse frio com apenas uma calça jeans e uma camiseta de malha, que por sinal estavam totalmente molhados.

- Ei, você! Espere um momento! – o capitão corria em sua direção para poder alcançá-lo – Pegue! Quero que leve isso. – ele lhe entrega a capa de chuva que estava usando – Não é muito, mas deve te proteger um pouco da chuva.

- Muito obrigado senhor, mas não posso aceitá-la. – ele lhe devolve a capa com um sorriso amistoso no rosto – Você precisa mais dela do que eu. Coloque-a. Vou ficar com a consciência pesada se o senhor pegar um resfriado....mas mesmo assim muito obrigado por se preocupar comigo.

- Tudo bem, meu jovem, vejo que é muito educado. Isso é raro nos dias de hoje. O meu nome é Rogers, Capitão Rogers. Foi um prazer conhecê-lo. – ele estende a mão para que possam se cumprimentar.

- E eu me chamo Shun Amamya. O prazer foi todo meu, senhor....quer dizer, Capitão Rogers. – ele também lhe estende a mão e se cumprimentam, ambos com um belo sorriso no rosto.

Shun se despede de seu novo amigo e segue logo o rumo da mansão dos Kido. Havia pensado em passar o resto da noite em um hotel, visto que já passava de uma e meia da madrugada, mas além de todos estarem lotados ou fechados, não havia trago dinheiro suficiente. O jeito encontrado foi mesmo ir andando, o que levaria mais um bom tempo.

As ruas estavam escuras e desertas. A cada passo que dava, o frio e a chuva pareciam que iam aumentando mais e mais. Estava preocupado com o que dizer quando chegasse, certamente todos haveriam de estar dormindo, não poderia simplesmente chegar e ir tocando a campainha, o que certamente faria com que quase todos da casa acordassem.

O tempo passava rápido e quando se deu conta já podia avistar a mansão no fim da estrada. O portão que dava acesso a casa estava trancado, não haveria outro jeito senão pulá-lo. A chuva agora caía fina e um denso nevoeiro encobria todo o caminho e arredores. Caminhou devagar para que não tropeçasse em nada no caminho, já que não se podia ver nem um palmo a sua frente, o que acabou sendo inevitável, caindo de cara em uma enorme poça de lama.

Agora sim ele tinha realmente com o quê se preocupar. Como era de se esperar não havia ninguém acordado, eram quase três horas da manhã, estava todo molhado, com fome, com frio e ainda por cima estava com lama até o ultimo fio de cabelo. Resolveu dar a volta em torno da casa pra ver se encontrava algum sinal de vida lá dentro ou arrumar uma maneira de chamar alguém ou até mesmo entrar na casa. Alguma coisa dizia que aquilo não iria acabar bem...


Em segundo lugar, agradecer pelas reviews, fiquei muito feliz com elas...não pensei que fosse tão bom receber reviews....e em ultimo lugar, pedir desculpas novamente...isso tá ficando meio constrangedor.... mas enfim...DESCULPA