N/A: eu sei que os casai são estranhos, mas a idéia é exatamente essa. Hehehe, espero que entendam.
Beijos
Viv
Capítulo 3 – Narcisa e Thiago
Snape evoluiu de chocado a furioso. Indignado com o fato de se lavar por uma sangue-ruim. Mesmo num sonho. Isso era proibitivo! Era absurdo! Não quis dormir mais. Sentia que se o fizesse, o sonho voltaria. E como o primeiro, tão real, que o deixaria atordoado. Ao se olhar, viu o estrago feito. Teria que trocar a roupa e os lençóis. Praguejava sujo. Não dormiu mais aquela noite.
Lily ficou estagnada, estarrecida, inebriada, chocada. Não sabia se era bom ou mal. Havia sido maravilhoso. Mas ao mesmo tempo tão errado. Temeu sonhar novamente. Nunca pensara no sonserino naqueles termos.
Desistiu de impedir o sono, quando já faltava pouco para acordar. E surpreendentemente essa uma hora de sono, fora revigorante.
"Ou teria sido o sonho?"
O dia seguinte era um dia cheio. Provas e ansiedade. Tinha uma antecipação mórbida. Ver Snape mais uma vez. Passada a primeira prova do dia, se dirigiu ao lago mais uma vez. Carregando Alice junto. Quase a levando pelos ares.
-Você o quê?! – chocada.
-Exatamente o que ouviu. Sonhei com o Snape. E nós transamos! Aqui. Exatamente aqui. Neste lago! – tão abestalhada quanto a ouvinte.
-Lily! Mas ele é tão... ele é tão... estranho! Ele é amigo do Malfoy, do lestrange. Ele é mau! – insistia.
-Eu não sei não. Ele é fechado, reservado. Mas não sei se é mau. E depois, foi tão... UAU! 0 riu com graça.
-Lily Evans! Pare com essa besteira. Veja! Olhe lá. Os dois estão quase um do lado do outro. Olhe ali na árvore. – apontou para uma árvore que cobria Snape e os marotos. – De uma lado, - levantou uma mão. – o charmoso e inteligente grifinório. Moreno. De olhos claros. Lindo! E de outro, - levantou a outra mão. – O reservado e misterioso sonserino. De cabelos engordurados e narigudo!
Fez movimentos oscilatórios com as mãos, simulando uma balança.
-Então! Qual você escolheria, para ter qualquer tipo de relacionamento?! – cínica.
-Você está exagerando! – fez uma careta. – Não disse que vou namorar o Snape. Nem que vou realizar passo a passo do sonho! Até porque não tenho aquela camisola. – riram da piada.
Mas um barulho chamou a atenção delas.
-Mas que merda! – saiu irritada.
-Lily! O que foi? Onde vai?
-Parar com um certo grifinório charmoso. Que tem mais maldade e despeito que o acusado sonserino!
Saiu pisando duro.
Snape amanhecera mais irritadiço que antes. Pela noite que não dormiu. E o sonho do pouco que dormiu.
-Não vou me sujeitar à sangue-ruim! Nem em sonho! – resmungava decidido.
Foi para a prova ainda resmungando impropérios para si mesmo. Teve alguma dificuldade em se concentrar na prova escrita de DCAT. Mas escrevera bastante. Mas pela primeira vez estava inseguro. Lia e relia suas respostas indo em direção ao lago, sem saber se poderia confiar em sua lucidez, depois da noite anterior.
Demorou algum tempo, sentado de baixo da árvore que fazia sombra para quatro garotos, que deveriam ir para o inferno após serem acoitados com línguas de fogo.
Viu de repente a ruiva às margens do lago. Se lembrou do sonho. Desistiu de arranjar briga e saiu sorrateiro. Mas algo aconteceu e antes que pudesse impedir, os marotos já se divertiam. Mas pior que ser humilhado Poe eles, foi ver a sangue-ruim o defendendo. A indignação era maior diante disso. Mas curiosamente, o maltratou mais ainda, ver a mágoa nos olhos dela quando a repudiou.Mesmo ali. Caído, com bolhas de sabão saindo pela boca. Mas ela era forte. E respondeu á altura.
Poderia ter rido quando ela agrediu o Potter-babaca. Ele a queria. Percebia isso. Mas duvidava que tivesse chegado "perto" do que fizera no sonho, com o objeto de desejo do outro. Mas antes que pudesse fazer qualquer comentário, foi azarado mais uma vez.
Não deixaria barato. Não ficaria assim. Tinha que revidar. Tinha que pegá-los de jeito. Um a um. E começaria pelo "chefe". Seria capaz de tomar a garota-do-Potter bem de baixo do nariz dele.
Anoiteceu rápido, diante das dúvidas e das apreensões do estranho casal. Lily, no Salão comunal, pensava no que Snape tinha dito e uma certa tristeza se instalou na ruivinha. Não desejava mal ao sonserino. Mas também jamais pensara nele como homem. Mas depois do sonho...
Estava com a pedra-lua nas mãos, refletindo sobre o outro, quando um objeto voador passou diante de seu nariz, quase se chocando com ele. S susto a fez largar a pedra no chão, que rolou longe.
-Que merda, Potter! Dá pra guardar seu brinquedinho?! – se irritou.
E se abaixou procurando a pedra.
-Evans! Me desculpe! – mortificado. – Não foi por mal. Foi o rabicho, aqui, que o deixou escapar.
O amigo se encolheu envergonhado.
-Ah! Não importa! –continuava procurando.
-Poso ajudar? Sou ótimo em buscas. O que está procurando? – prestativo.
-Sua humildade! – bufou.
Ele se dignou a parecer confuso.
Lily, percebeu que por mais que procurasse, não acharia mais a linda pedra. Estava perdida. Desistiu e foi se recolher mais cedo. A noite foi longa e sem sonhos, para sua tristeza.
Snape estava no seu quarto quando resolveu que talvez pudesse ter sua vingança contra Potter. Pegou a pedra-lua e num canto do quarto onde elaborara um mini-laboratório, iniciou uma pesquisa. Planejava fazer uma infusão com a pedra. Que pudesse acabar com a petulância do apanhador das grifinória. De uma vez por todas.
"O grifinório e os amigos abestalhados nunca saberiam o que os atingira!" – se repreendeu por não ter pensado nisso antes.
Manteve a pedra submersa em um cálice de orvalho. E então aguardaria muito satisfeito. Ouviu alguns sons pelo quarto. Lúcius tinha entrado agitado.
-Severus! Preciso de sua ajuda. Narcisa fez aniversário hoje. E eu não me lembrei. Não comprei nada para ela. Ela me garantiu que se não conjurar alguma coisa nesse exato momento, que me deixará! Se meus pais descobrirem estou morto! Fomos jurados para casar, antes mesmo de nascermos! Você sabe! – apreensivo.
-Sim, Lúcius, eu sei! Mas não posso te ajudar agora. Estou ocupado! – sem emoção.
-Severus! Faça alguma coisa! Uma poção calmante que seja! – exigiu arrogante.
-Lúcius, me caro! – sorriu. – Se vira! – novamente compenetrado.
Um Malfoy não era desprezado assim! Se controlou para não azarar o colega. Mas quando a mão foi á varinha, um cálice chamou sua atenção. Lá estava a mais bela pedra-lua que jamais vira. Era isso mesmo! Viu quando Snape deu as costas para pegar mais algum ingrediente e se virou para o armário. Então tirou a pedra do copo rapidamente.
Desceu as escadas desabalado. Parou à entrada do Salão Comunal. Respirou fundo para se acalmar. Viu a bela Narcisa. Que um dia seria sua esposa, imposta por seus pais, mas que agradava e muito às expectativas do sonserino.
-Narcisa, querida! Se presente estava guardado, desde a última visita a Hogsmead. Me feriu pensar que me julga, tão relapso! – fingida ofensa.
-Aé? – torceu o nariz. – Quero ver!
-Aqui está! Uma pedra rara. Para uma jóia rara! – galante.
O loiro ficou muito satisfeito com sua esperteza. E ficaram ali até todos irem embora para cama. Queria ir adiante com o relacionamento. Mas ela não aceitava seus avanços. E mais uma vez teve que se contentar em ir para o quarto só.
Snape estava acabando, quando se voltou para pegar o cálice. Era o último passo da poção que inventara. E então percebera que a pedra se fora.
-Maldito Lúcius! – não tinha dúvidas. – Bem, de qualquer forma teria que esperar mais uma semana, para acrescentar a pedra. Teria a pedra de volta.
Thiago estava sozinho no Salão Comunal, pensando em como se aproximar de Lily. Ela era tão linda. Mas tinha um gênio! E então viu algo brilhar no canto da sala. Ao chegar perto, viu que era uma pedra-lua.
-Isso! Isso era o que a Evans estava procurando! Se eu devolver a ela, certamente que ficará feliz e quem sabe assim, posso me aproximar! – exultante.
Pegou a pedra nas mãos pensando nela. E sentiu um tranco leve. Estranho.
"Narcisa Black"
-O quê?! Não! Evans!
"Narcisa Black"
-Meu merlin! O que estou pensando nessa cobra?! Ela é noiva do Malfoy! Eu gosto da Evans.
Mas era o rosto da sonserina que vinha em sua mente. Ficou alarmado.
-Acho que estou pirando. Só pode ser culpa dos N.O.M.s
E foi dormir. Deixando a pedra na cabeceira da cama. Daria à ruiva no dia seguinte.
"Narcisa Black"
-Cala boca! – irritado com a voz em sua cabeça.
Lá estava o lago. Brilhando quase prateado, pela lua. Estava ali com sua camisola transparente ao vento. Narcisa ouviu um trote. Mas não se assustou. Apenas se voltou para a direção do som. Viu um cervo muito grande. Imponente. Se aproximou calmamente, receando espantar o belo animal. Ele pareceu hesitar. Mas não se foi. Ela sorriu maliciosa.. E tocou em seu pescoço. O animal estremeceu. Ela gostou. Continuou acariciando o dorso, o rosto, a barriga. E então olhando olha no olho. Soube.
-Potter.
Ele lentamente foi retornando à forma humana.
-Como soube?
-Seus olhos nunca mentem! – se aproximou mais
Colando ao corpo nu do grifinório. Ele teve consciência de seu estado, um segundo antes de tomar a boca dela.
-Quero você! – murmurava entre os beijos que espalhava pelo rosto, pescoço, colo.
-Me toma! – ela arfou.
Então o jovem que havia vindo do animal, usou suas habilidades para realizar todos os desejos dela. Dele.
A deitou na relva e com pouca delicadeza, liberou todo se r selvagem que havia ali. A garota gemia tão alto, que ele temeu acordar todos no palácio. Mas ao mesmo tempo, investia mais forte a cada exclamação vinda da boca impura dela. Que gritava vulgaridades que ele estava envergonhado em ouvir. Mas só parou quando com um uivo rouco, acordou e percebeu estar dormindo em sua cama.
Corou, e agradeceu a Merlin por estarem todos dormindo, para não presenciarem o sonho erótico que tivera com... Narcisa! Nunca tivera sonhos assim com lily. Com ela eles estavam juntos do um modo calmo e aconchegante. Mas nunca tinha tido um sonho assim. Perdeu o resto do sono da noite ao ver a sujeira em seus lençóis. Soltou um palavrão cabeludo.
Na cama da sonserina, uma garota ofegante estava mais que agitada.
-Potter?! E ainda por cima um cervo?! Que loucura! – se escandalizou.
Nunca permiti que Lúcius fizesse nada "perto" disso! E não consegui me controlar! Queria tê-lo. Devorá-lo! Que insano! Preciso ver de perto esse magrelo! Lúcius que me desculpe.
OF: continua
