N/A: Este é o cap segundo, mas como ele é curtinho, resolvi mandar mais um então leiam com calma, que tem mais. Hehehe.
Para os curiosos de plantão.
A Rowling disse uma coisa que esclareceu muitas coisas. Disse que o Sírius tinha 22 anos quando foi levado para Azakabam. E como os marotos e o Snape, Lúcius, eram do mesmo ano em Hogwarts, então tinham a mesma idade. Então se quando Harry tinha 1 ano, ele tinha 22. Hoje. Nesta fic. Harry tem 19 anos e Snape tem 40 anos.
Curiosidade de plantão.
Hehehe
Beijos
Viv
Capítulo 2 – O Abrigo
- Então isso é um... porão. Foi assim que chamou? – com pouco caso.
-Na verdade, parece mais um galpão. – não queria falar sobre o assunto.
-Notei que já conhecia bem o lugar. Vinha muito aqui? – mais desprezo.
-Algumas vezes. – foi tudo o que disse.
Não queria falar sobre sua vida. Não interessava a ninguém. Estavam lá. E teriam que ficar por sabe-se lá quanto tempo. Essa era a questão a se esclarecer.
-Acho melhor tomarmos o lugar um pouco mais habitável. – torceu o nariz adunco.
Olhou atentamente para todo o maldito lugar, sem saber por onde começar. Viu uma cama sobre um armário caído. Se tivesse sorte talvez ainda servisse.
-Potter, venha me ajudar. – e mexeu na cama. Estava firme. – Potter! Estou chamando!
Após um suspiro ele foi. Era uma cama de casal de madeira. Com estrado pesado. Precisaram de toda força para ajustar o móvel. Agora precisavam de um colchão. Olhou vasculhando o local. Em um canto viu um. Mas estava totalmente destruído. Abriu algumas caixas. E tudo que achou, que interessasse, foram algumas mantas. Que Snape resolveu colocar sobre o estrado da cama. Mas estava com tanta poeira que espirou por quase 10 minutos sem parar.
-Que diabos de lugar é esse? – esbravejou.
-Um bom esconderijo. – e como Snape continuava olhando para ele aguardando mais explicação. Completou então, resignado. – Era um velho depósito, de uma loja que havia aqui. Mas os donos morreram ou se mudaram. Não sei bem. O fato é que deixaram tudo por aqui. Estava abandonado há muitos anos quando o achei. Numa das vezes que estava me escondendo do meu primo Duda. – corou ao lembrar. – Vim pra cá. Então passei a ficar aqui o tempo todo. Só voltava para casa no fim da tarde. Só não vinha quando estava na Toca. A casa dos Weasley. – explicou. – Depois que atingi a maioridade bruxa, vinha praticar feitiços aqui. – continuou.
-E aqui tem comida? – lembrou.
-Talvez. Não venho aqui, desde que me formei em Hogwarts e fui para Hogsmead. Mas costumava deixar reserva de comida não perecível naquele armário. Tem também uma torneira ali, que tem água fresca e limpa. Dá pra beber e se lavar.
-Teremos que arrumar esse... lugar. Se quisermos passar um dia que seja. – voltando a torcer o nariz.
Harry desistiu de lutar contra a situação e resolveu cooperar. Então tirou a camisa e dobrou a calça larga até os joelhos. Os cabelos haviam crescido mais e não consegui cortá-los. Então eventualmente usava um elástico em um rabo de cavalo. Prendeu os cabelos.
Quem viu o garoto na infância, não imaginava que ele fosse crescer tanto. Sempre fora magricela e baixo para a idade. Mas desde que entrara em Hogwarts que vinha ganhando peso, altura e músculos. O quadribol foi o maior responsável. Sem contar com os doces que a Sra. Weasley mandava constantemente.
Snape espantou-se com o rapaz. Mas conteve qualquer reação. E após algum tempo empurrando caixas, levantando peso, percebeu que o outro tinha razão. E acabou também tirando sua camisa. Foi até a torneira, encheu um balde que achara, e jogou sobre a cabeça de uma vez só. O calor infernal era mais tolerado com a "ducha". Era um bálsamo, o contato da água no corpo quente.
Era um homem grande. Alto. Forte. Apesar de nunca ter se dedicado às atividades físicas. Harry disfarçadamente, não perdeu um mínimo de detalhes dos movimentos do outro. Mas desviou do outro quando olhos negros acharam os verdes. Snape se secou com uma toalha que tirou de sua mala. E tornou a vestir a blusa.
-Temos que comer alguma coisa. – falou após algum tempo.
-Vou pegar alguma coisa. – harry agradeceu poder parar um pouco.
Já tinham arrumado o lugar para dormirem. Uma cama de casal e uma de solteiro, que conseguiram ajustar de forma satisfatória. Um achado foi uma mesa, baixa. Como de japoneses. Poderiam comer sentados no chão, que estavam limpando exaustivamente.
Harry foi até um armário onde havia guardado os mantimentos. Havia lata de sopas, atum, salada, feijão, frutas em calda. Não havia recursos para esquentar ou gelar. E não poderiam usar magia. Mas deveriam se contentar com o fato de ter o que comer.
Após comerem, já não havia o que fazer. E Dumbledore não entrara em contato ainda. Estava escurecendo e não havia iluminação no local. Exceto pela fonte única de luz, que era uma janela no alto. Mas apesar do cansaço, nenhum dos dois estava com sono.
Haviam mais caixas fechadas. Mas isso só seria possível no dia seguinte.
Na penumbra, os últimos acontecimentos pareciam ainda mais irreais. Harry ocupava a cama de solteiro. Tinha achado um colchão para ela. E Snape ficara com a maior e as mantas. Depois de jantarem calados, os barulhos da noite, lá fora chagaram, como que para lembrar o quanto estavam sozinhos ali. Harry se esforçou para dormir. Queria que o tempo passasse mais rápido.
Snape já estava habituado ao silêncio, mas estava inquieto. E pensava furiosamente sobre o que estava acontecendo. E o que tudo aquilo significava.
Pensava nas palavras de Dumbledore.
"Há um traidor novamente."
"Quem poderia ser? Qual dos membros da Ordem da Fênix tinha o perfil? Seria o filho pródigo de Arthur Weasley, que voltara se dizendo arrependido? Vitor Krum, que se formara em Durmstrang e agora vivia em Hogsmead? Draco Malfoy, que aparentemente se virara contra seu próprio pai, e iniciara uma luta pessoal contra o Lord? Remus Lupim? Nunca se sabe o que ele seria capaz de fazer sob forma de Lobisomem. O lord tinha poder sobre as criaturas do escuro. Groupe, o gigante aparentemente retardado que i infeliz do ex-guarda-caças trouxera para dentro de Hogwarts, contrariando todos os princípios do bom senso? Harry Potter? – olhou nba direção do garoto, mesmo sem vê-lo realmente. – Estaria ele, permitindo que o lord soubesse tudo enquanto invadia a sua mente, e assim desvendasse todas as estratégias da Ordem?"
Não queria acreditar. Se fosse assim, não adiantaria nada estarem ali, presos. Pois o Lord descobriria tudo. E a Guerra estaria perdida. E sem magia...
"Como poderia fazer Potter treinar oclumência?"
Precisava descobrir um jeito.
OF: Continua.
