Capítulo oito
Se nós vamos morrer esta noite
Algum momento entre uma e três da manhã
Ela correspondeu ansiosa, ávida, surpreendentemente experiente, levando-o as mais deliciosas sensações. Severo abriu os olhos em surpresa quando a língua dela penetrou sua boca antes que ele tivesse a chance de tomar a iniciativa.
Ele teve um vislumbre dos olhos dela, fechados na paixão do beijo, fazendo com que ele soltasse um gemido abafado. Ele fechou os olhos outra vez e mergulhou na maciez daquela boca. Sua língua respondendo à dela, saboreando-a completamente.
Foi maravilhoso quando os braços dela se fecharam atrás de seu pescoço, o levando para mais perto dela, encorajando-o e fazendo com que metade do seu corpo estivesse sobre o dela. Ele percebeu que suas mãos tremiam fracamente enquanto percorriam cada uma das curvas do corpo dela até encontrar um glorioso seio, pronto para ser acariciado, o mamilo tão rijo que ele não pode resistir a tomá-lo entre os dedos e brincar com ele.
Ela soltou um gemido profundo e se contorceu debaixo dele, empurrando seu seio em direção a mão dele e ele respondeu aumentando a pressão do seu toque.
As mãos dela estavam correndo pelo cabelo dele, depois por seus ombros e através das suas costas, deixando uma trilha de brasas por onde tocava. Quando as mãos dela seguiram para baixo do corpo dele, ele instintivamente levantou os quadris para permitir que ela...
"Não!", ele gritou.
Ele se afastou dela, ofegante, suas mãos ajeitando os cabelos.
"Que diabos eu estou fazendo?", ele perguntou para si mesmo em voz alta.
"Me pareceu que nós estávamos prestes a praticar sexo", ela respondeu, sentando na cama.
"Não, isso é errado. Nós não podemos fazer isso...", ele insistiu.
"A lei proíbe que dois adultos...?", e ele a interrompeu.
"Você pode ser adulta, mas é minha aluna. Eu sou seu professor. Pode não ser contra a lei, mas é antiético", Severo afirmou.
"São apenas regras. E essas regras podem não mais existir em algumas horas...e em alguns meses eu não serei mais sua aluna."
"Bem, mas nesse momento você é!", ele falou com rispidez virando de costas e deixando a sua frustração dominá-lo.
A resposta dele ficou entre eles por alguns segundos, até que Hermione respirou fundo e expôs com uma voz titubeante:
"Se ele vencer, essa pode ser a última vez que você faça sexo, mas, como você mesmo mencionou, provavelmente não será a minha última vez...e eu gostaria de ter ao menos uma experiência prazerosa antes de morrer. Uma experiência com alguém que eu deseje."
Ele se virou e olhou diretamente para ela.
"Você...você não teve nenhuma outra experiência?"
Ela corou intensamente.
"Não."
"Por Merlin! O que você estava pensando? O que eu estava pensando...?"
"Eu estava pensando que não quero que a minha primeira vez seja com um Comensal da Morte me obrigando..."
"E se Potter vencer? O que você pensará então?", ele lançou o argumento definitivo como se fosse sua última cartada.
Ela considerou a questão por alguns instantes, então levantou o queixo confiante e o encarou enquanto respondia:
"Pensarei que estou feliz porque a minha primeira vez foi com você. Eu quero que seja com você de qualquer maneira: perdendo ou ganhando."
"Por que?", ele perguntou completamente desorientado.
Ela sorriu.
"Você é assim tão ingênuo, professor?"
"Nesse exato momento, sim. E completamente perplexo", ele explicou enquanto passava a mão pelos cabelos, ganhando alguns segundos para clarear as idéias antes de continuar. "Você estava planejando me avisar sobre a sua...situação em algum momento?"
Ela corou outra vez e abaixou os olhos.
"Eu...eu não queria que você achasse que eu não sabia..."
Ele olhou para ela sem acreditar.
"Você queria manter a aparência de senhorita-sabe-tudo até nesse momento?"
O constrangimento dela foi intenso. Será que ela teria cometido um erro tão grande?
Ela continuou olhando para baixo, e pela primeira vez na vida não sabia o que dizer.
Eles ouviram outro barulho assustador que fez a porta tremer.
Hermione soltou um grito e eles instintivamente se abraçaram, os rostos virados para a porta, com medo do que poderia estar do outro lado.
Levou apenas alguns instantes para eles perceberem, outra vez, que a porta não iria abrir. Ninguém estava vindo pegá-los. A batalha ainda não tinha terminado.
Os dois soltaram suspiros de alívio. Hermione estava tremendo.
O rosto da bruxa estava recostado sobre o peito nu do professor, pêlos ásperos contra sua face macia. Os braços dela estavam ao redor dele e suas mãos sentiam os músculos tensos das costas dele.
Ele a estava envolvendo firmemente e ela podia sentir o aroma primitivo de suor, medo e excitação que emanava dos dois.
Ela podia ter ficado ali para sempre, se deliciando com a proximidade do corpo dele, o contato com a pele nua, sentindo que enquanto ela estivesse nos braços dele, nada de mal poderia atingí-la.
Lentamente, ela levantou a cabeça para olhar para ele e pode ver em seus olhos que ele havia ficado tão aterrorizado quanto ela.
Seria o sexo realmente a intimidade máxima? Quão mais íntimos eles poderiam ser depois de compartilhar as últimas horas antes da morte?
"Essa pode ser a última noite das nossas vidas...", ela murmurou.
"Eu estou intensamente consciente disso", ele falou, mantendo o rosto próximo ao dela e apertando-a ainda mais em seus braços.
Ela olhou dentro daqueles olhos que tantas vezes a haviam feito congelar de terror. Agora eles enviavam setas de fogo que penetravam o corpo dela despertando volúpia, acendendo uma paixão que a fazia desejá-lo desesperadamente.
Ela sabia que a tentação havia minado a resistência dele. Sem dúvida nenhuma regra ou etiqueta poderia se interpor entre eles, se eles fossem morrer essa noite.
Os lábios dela percorreram a pequena distância que os separava e ela o beijou de leve. Um beijo casto, puro, virginal.
"Por favor", ela murmurou séria, "não deixe que eles tenham o que deveria ser seu."
Ele enterrou os dedos naquela massa de cachos castanhos e seus olhos perscrutaram o rosto dela.
Ela moveu a boca para perto dele outra vez e começou a mordiscar os lábios finos que ele mantinha fechados, passando a língua por eles, umedecendo-os, desfazendo qualquer resistência que ainda sobrasse.
Ele abriu a boca e a beijou de verdade, as mãos dele envolvendo a parte de trás da cabeça dela, trazendo-a para mais perto, apoiando-a enquanto ele a levava de volta para a cama.
A mão dele encontrou a pele dela, a maciez das coxas, a curva dos quadris, a linha da cintura, até que mais uma vez ele alcançou o seio firme, tão ansioso por aquele toque.
Ele gemeu quando a língua dela deslizou por sua nuca deixando-o tonto, todo o corpo dela pedindo para ser acariciado.
Ele traçou um caminho com a boca através do ombro dela até chegar aos seus seios, tomando um mamilo e depois o outro em sua boca e lambendo-os, saboreando cada um deles, arranhando-os gentilmente com seus dentes. Sua própria excitação aumentando com os pequenos gemidos que ela produzia.
Suavemente ele colocou o joelho entre as pernas dela e ela se encostou nele, balançando o corpo, tão, tão molhada.
Ele beijou todo o caminho de volta até aquela boca deliciosa. Ela olhou para ele com olhos cheios de volúpia que faziam com que ele desejasse desesperadamente estar dentro dela. Era a fantasia que se tornava realidade. Eles estavam ali, tudo era real. Ela estava estendida na cama, nua, desejando-o, suplicando por ele, mas mesmo assim ele precisava de um consentimento final.
"Você tem certeza...?", ele perguntou delicadamente.
"O que mais eu preciso fazer para convencê-lo?", ela sussurou na orelha dele.
Ela se contorceu sob ele, de forma que o corpo dele ficasse completamente sobre ela, os joelhos dela elevando-se de cada lado do corpo másculo, capturando-o entre as pernas.
Uma onda de sangue projetou-se para o seu pênis quando ele sentiu a mão dela ao redor do seu membro, guiando-o para dentro dela.
"Absolutamente nada", ele respondeu ofegante, aturdido com a naturalidade do toque dela.
Ele fechou os olhos enquanto empurrava o corpo gentilmente contra o dela, sentindo uma inexplicável torrente de vaidade masculina por ser o primeiro a aventurar-se naquele território. O conquistador. Aquele que ela lembraria para sempre.
Ele respirou profundamente, deixando escapar um gemido de prazer. Se todo aquele deleite não fosse suficiente, ainda havia o maravilhoso milagre de ter Afrodite em seus braços, desejando-o tanto quanto ele a desejava. Se ele ia morrer essa noite, não haveria melhor lembrança para levar com ele.
-
Ela estava nervosa, é claro que estava. Não importa quão bem preparada ela pensasse que estava, estar naquela situação pela primeira vez era um choque.
A mãe havia contado a ela o mecanismo básico quando ela completou 10 anos, mas como um livro escolar, o mecanismo básico não explicava as nuances.
Hermione vinha lendo romances eróticos, tudo que ela encontrava, estudando técnicas diferentes e como fazê-las. Os poderes da língua, do toque, dos lábios. Ela se recusava a encarar o sexo pela primeira vez sem saber o que estava fazendo.
Ela estudou os métodos do sexo oral, nunca imaginando antes que a boca pudesse ser usada daquela maneira. Estudou as diferentes áreas erógenas de homens e mulheres.
Ela se preparou com afinco, como sempre fazia antes de qualquer prova, confiante de que seria capaz de erguer sua mão e responder a qualquer pergunta, desafiando qualquer um que a chamasse de ignorante, quando o momento certo chegasse.
Mas o momento havia chegado e ela, subitamente, não se sentia preparada.
Seu professor, aquele com quem ela vinha tendo fantasias libidinosas quase todos os dias, estava deitado entre suas pernas prestes a fazer aquilo que ela havia imaginado tantas vezes...
Ela ficou imóvel quando ele avançou para ela, sentindo o primeiro toque dele dentro dela e segurando a respiração quando uma investida mais forte a fez saltar com dor.
Ele a beijou na orelha.
"Desculpe", ele disse ofegante. "Eu não queria machucá-la."
"Você não me machucou...não muito. Por favor, não pare", ela pediu.
Ele rendeu-se, com um urro, quando ela empurrou os quadris na direção dele, fechando os olhos e mordendo os lábios enquanto ele a penetrava, profundamente, completamente.
Ele parou por um momento e olhou para ela, precisando saber como ela se sentia.
Ela estava arfando, dominada pela emoção de ser completamente possuída por ele.
"É fantástico", ela conseguiu dizer enquanto ele se movia ritmadamente sobre ela. Ela gemia com prazer enquanto sensações que ela não imaginava possíveis se avolumavam dentro dela, diminuindo o medo inicial.
Ela nunca tinha experimentado aquele arrebatamento. Aquilo era muito diferente de qualquer coisa que ela tivesse conseguido sozinha. Desesperadamente, sua boca procurou a dele, e quando se encontraram o beijo foi profundo e delicioso, assim como os movimentos dele.
Instintivamente os quadris dela começaram a se mover no mesmo ritmo dele, os beijos dele cada vez mais ardentes. Ela enterrou as unhas nas costas dele enquanto sons que ela nunca emitira antes, saíam de sua garganta a cada nova onda de prazer.
A respiração rápida dele aquecia seu pescoço. A boca dele em sua garganta. Todo o corpo dela vibrava em êxtase. E quando ela pensava que não resistiria mais tanto prazer ela sentiu o líquido quente jorrar dentro dela enquanto ele vibrava com um orgasmo definitivo.
