- Aélia... - Ele se contorceu mais uma vez na cama, seu corpo estava quente e seus dedos gotejavam o suor que seus poros expeliam, suas pernas não mais o obedeciam, seus olhos não queriam abrir, sua mente se tornara um verdadeiro caos. Sua vida mudara há quatro anos e se tornara esse martírio.

- Não, por favor, não... - Ele murmurava enquanto suas mãos apertavam o lençol da cama de vime. Em sua mente, Flashs da sua vida e da sua juventude iam passando como relâmpagos por diante de seus olhos. O pesadelo que mais o atormentava durante todos aqueles anos era vê-la morrer.

Via os dois caninos penetrando a pele e furando a veia e a artéria do pescoço, via o sangue jorrar e manchar a pele pálida, enlamear os cabelos negros e sujar o vestido branco. e via então ela cair, ali, no chão, lívida e morta.

Ônix apertou mais os olhos ao ver a expressão de dor nos olhos da mulher e quando levantou os olhos para ver a boca com os caninos grandes e pontiagudos limpando com as costas das mãos o restante do sangue nos cantos dos lábios.

- NÃÃÃÃOOOOOOOOOOO AÉLIAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!! - Ônix se levantou em um rompante enquanto suas pupilas extremamente dilatadas esquadrilhavam todo o local.

Se tivesse um coração, com certeza esse já estaria aos pulos de tão acelerado, se seus sangue ainda circulasse pelas suas veias, sua pulsação deveria esta dando saltos, mas ele não era humano, ele não estava vivo, ele não pertencia mais àquele mundo.

Um vampiro cultiva a dor, se diverte com o sofrimento, com as lamúrias de suas vítimas implorando para viverem. Mordiam para saciar sua sede mórbida, sua fome avassaladora e o prazer de sentir os corpos perderem a força entre seus braços. Só que Ônix não era mais assim. Ônix tinha algo humano: ele tinha uma alma.

Era esse o empecilho, o detalhe, mínimo e insignificante que o fizera parar de morder, esse réles detalhe que a cada hora em que seus olhos se fechavam e sua mente clareava, a imagem do assassinato dela vinha-lhe a mente. Era esse maldito detalhe que cada vez que o sangue encostava em seus lábios, ele via na frente de seus olhos todas as suas vitimas, implorando para que seus dentes não cravassem nas suas veias, para que elas pudessem ir em paz… Mas Ónix mordia, mordia e mordia até sentir o corpo caindo lívido no chão, até que sua sede insaciável fosse satisfeita por alguns instantes e a diversão era tamanha quando via as faces contorcidas das mulheres quando caiam no chão. Mortas.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH, MALDIÇÃO! POR QUE EU FUI MORDER AQUELA MALDITA CIGANA? - Os olhos de Ônix pararam em um objeto inanimado dentro daquele ambiente.

Um brilho maligno tomou conta dos olhos do vampiro, a mão espalmada foi à frente alcançar a estaca de madeira polida e envernizada, tão pontiaguda que as chamas da vela parecia estar apetitosas para queimarem, tão fina e tão mortal para ele.

Era uma agonia eterna e ele sabia disso. Sabia que a morte era mais saborosa do que viver como um moribundo, sendo a escória de sua raça, sendo a escória do mundo.


- Com suas licenças, Sr. Malfoy. - Draco fez um gesto displicente com as mãos e voltou a baixar os olhos para a pilha de documentos. Deu um suspiro cansado, recostou-se na cadeira do escritório e colocou os pés em cima do tampo da mesa de mármore branco. Nas mãos espalmadas havia uma pasta de couro. Os olhos acinzentados de prata corriam pelo documento. Os lábios de Draco franziram-se quando ele chegou ao final das palavras.

- Não acredito! Acham que eu tenho vocação para palhaço? - Draco jogou, irritado, a pasta de couro em cima da mesa e fechou os olhos dando um longo suspiro.

Os orbes se abriram e foram direito para o único porta-retrato naquela enorme mesa. Era todo trabalhado em prata e dentro havia uma foto dela.

Os cabelos vermelhos voavam com o vento, os olhos castanho-chocolate brilhavam reflectindo o sol de outono, as bochechas estavam rosas com leves sardas, os lábios estavam vermelhos, entreabertos e cheios, os dentes brancos em perfeita ordem. O nariz afilado e a pele pálida davam vida à paisagem morta do Outono: As copas das arvores estavam desfiguradas e as folhas marrões e secas voavam com a corrente do vento.

- E saber que eu podia te perder... - Draco fechou os olhos e um espasmo de sorriso brotou nos seus lábios.

O som dos saltos altos iam titilando pelo chão de cerâmica, o doce aroma de flores silvestres penetravam as narinas de Draco e um sorriso perfeito se formou nos lábios do homem loiro.

- É verdade...Você poderia ter me perdido, Draco, mas não perdeu... - E abriu os olhos e ela estava ali, parada com as mãos finas e delicadas apoiando-se no tampo da mesa de mármore branco, os cabelos ruivos vieram para frente emoldurando o rosto pequeno e contrastaram com o blazer branco. O decote em "V" mostrava o colo e um sorriso vinha brotando pelos lábios de Virgínia.

- Está de saia ou de calça comprida? - Draco virou a cabeça para o lado e os cabelos loiros platinados como o linho caíram-lhe pelos olhos maliciosos do homem.

- Porquê?- Ela levantou uma das sobrancelhas e os orbes quase saiam das órbitas tentando acompanhar o movimento de Draco.

- Se for saia, quero saber o comprimento!

- Não entendi, Draco.

- Não quero nenhum tarado, idiota ou filho da mãe engraçadinho olhando para o que é meu! - Os orbes prateados seguiram os passos até ela se colocar ao seu lado. As pernas de Draco ainda estavam para cima com os pés sendo sustentados pelo tampo da mesa.

- E será que eu posso saber quem foi o imbecil que disse que eu sou sua propriedade exclusiva, Malfoy? - Ela cruzou os braços no tórax.

Draco deu um sorriso lascivo. O sol já se punha no horizonte e o manto azulado já caía sobre o céu. As grandes varandas e janelas do escritório de Draco eram testemunhas desse feito.

Ela recuava um passo enquanto ele avançava mais. Os olhos dele estavam escondidos pela franja, mas o sorriso não desmoronava de seus lábios.

Ela se viu encurralada entre as paredes.

As mãos dele foram para a sua cintura e desabotoaram dois botões do blaiser onde as mesmas penetraram fazendo com que a pele fria das mãos de Draco entrassem em contato com a pele quente de Virgínia.

O nariz de Draco roçou nas bochechas de Virgínia e ela sorvia o cheiro do café do escritório, da colônia dele e da loção pós-barba que ainda estavam empreguenadas no homem. Deu um longo suspiro à procura de ar.

Ela soltou outro longo suspiro ruidoso e o hálito quente dele foi sentido na pele de Virgínia. Ele levou os lábios atè à pele e traçou um caminho até o pescoço fazendo os lábios grudarem em cada parte da trajetória.

O peito arfava cada vez que ela sentia os lábios e a ponta da língua de Draco em sua pele, cerrou os olhos quando as mãos deles subiram pelas curvas apenas com as pontas dos dedos enquanto os cabelos dele roçavam contra as bochechas de Virginia.

Ela soltou um curto gemido.

O ouvidos de Draco detectaram o ruído.

Ele caminhou com os lábios ainda grudados na pele dela e subiu ate os lábios dela. As mãos desabotoaram os outros dois botões e depois elas se apoiaram na parede, colando os corpos e sentindo o cheiro do shampoo que os cabelos vermelhos emanavam.

Pressionou os lábios contra os dela e Virgínia sentia a língua quente e macia deslizar entre seus lábios e explorar a boca penetrando-a levemente. As pernas se acoplaram as dele e os braços de Virgínia enlaçaram o pescoço do loiro, trazendo-o mais perto de si.

As bocas se abriam à procura de um ar escasso e as mãos ávidas da mulher desabotoaram a camisa branca deixando-a no chão onde o blaiser jazia. Os narizes roçavam a cada hora que o beijo mudava de posição, as unhas arranhavam as costas e o peito do loiro enquanto as glândulas começavam a produzir o suor. Os cabelos já ficavam molhados e os ruivos se colavam a face de Draco a cada investida que sua boca dava na dela e que sua língua procurava avidamente pela dela. Alguns fios de cabelos entraram na boca da mulher.

Ela pressionou as pernas ao redor dele e Draco a segurou pelas coxas e a suspendeu, não deixando de ter sua boca grudada à dela. Iam andando inconscientemente até que ela se viu encostada à mesa de mármore.

Draco puxou as pernas para que elas envolvessem a sua cintura e a colocou em cima da mesa, as mãos suadas dela percorreram toda as costas de Draco enquanto ele fazia força com o seu corpo fazendo-a se deitar na mesa e limpando com as mãos os objetos em cima da mesma.


Os olhos vermelhos seguiam com afinco a mulher que entrava naquela casa. Estava seguindo à risca o maldito Malfoy. Queria fazer um favor à humanidade e livrar da terra aquela raça imunda e preconceituosa.

Os lábios reprimiriam um grito de frustração quando Virgínia fechou a porta de casa. Não a queria por um desejo carnal, mas não negava que ela poderia ser útil nesse aspecto, mas era para ver se aquele Malfoy tinha uma sensibilidade mínima para ser capaz salvá-la, mesmo que nada do que o maldito homem fizesse o livraria de que os olhos de Ônix Malfoy vissem o sangue rubro escorrer pela pele e contaminar a água.

Mas uma coisa sempre lhe vinha à cabeça. Ele podia ter alma, mas o ódio e a vingança ainda predominavam em suas vértebras, em sua mente, em seu sangue.

O ódio dos Malfoy´s se estendia desde que ele nasceu. O menino nunca sentira o que era o verdadeiro amor fraternal, paternal ou maternal. Não possuía amigos porque seus pais eram aristocratas e não queriam o filho mais novo entrosado com garotos. Sua irmã vivia na cozinha, ou bordando, ou dando ordens aos empregados da casa e os tratando piores do que vermes, Sendo cortejada pro idiotas sem cérebro, mas ricos e de puro-sangue. Seu pai sempre estava ocupado demais para olhar nos olhos do filho ou lhe dar um sorriso , sua mãe estava sempre cuidando dos afazeres da casa, falando sobre a vida dos outros com as "amigas", ou em alguma loja, comprando, esbanjando e desperdiçando o dinheiro da família.

E ele cresceu. Se formou na escola de magia e bruxaria de Hogwarts, e conheceu Aélia.

Estava apaixonado.

Mas como um homem podia saber o que era amor de verdade se nunca sentiu nem algo parecido?

Desde pequeno, começou a maltratar todos como os pais e os irmãos, se colocando com uma postura equivalente à de um Deus e olhando as pessoas como se fossem seus súbitos e escravos. As olhava de baixo, de muito baixo!

Mas a sua paixão depois de Aélia era a pintura. A arte estava sobre os mortais e sobre a ética moral. Era para quem sabia apreciar e ver a alma e colocar em um papel e preencher com cores reformuladas.

Mas como alguém que se igualava a Deus podia ver uma beleza escondia por detrás dos olhos de uma mulher?

Ele respondia que a máscara que cobre a humanidade podia ser tão obscura que os pequenos fechos de luzes cintilantes que, emanados para tentar fazer com que o céu volte a ser uma expectativa de um futuro promissor, simplesmente escolhem aqueles que devem ter a honra de ter algo puro em seu ser.

Aélia era uma dessas pessoas.

E agora ele colocava em um papel os traços da ruiva, cada curva do rosto, o contornos dos lábios cheios, o castanho dos olhos, a pele alva e macia, os cabelos longos cobrindo os seios, os lábios vermelhos dentre os seus, as mãos esfregando o seu peito e cravando as unhas na sua pele, os gemidos prolongados, o fogo da pele quente dela encostada na fria dele, a raiva nos olhos acinzentados do Malfoy quando vissem ele, Ônix, e a mulher dele na cama.

Era um plano perfeito. Ele a transformaria e o mataria. Finalmente poderia descansar em uma paz mórbida e sublime.

Abriu os olhos e inspirou uma grande quantidade de ar e depois soprou em cima do papel tirando os restos do lápis. Olhou novamente e lá estava ela! O rosto perfeito descrito no papel. As mãos calejadas e pálidas de Ônix dobraram o papel e os cabelos platinados vieram para frente dos olhos, mas não cobriram o sorriso diabólico assim que ele escreveu algo no verso do desenho. Era só uma questão de tempo. Uma questão de tempo e paciência...

Afinal, ele ainda era um nojento Malfoy, e eles sabiam esperar, esperar calados até que sua vingança fosse realmente findada. E, como ele sabia muito bem, já que fora criado ouvindo essa frase da boca de sua mãe e pai, a vingança é um prato que se come frio e cru...

Ele não beberia o Sangue do Malfoy, ele só queria vê-lo definhar e agonizar até seu último suspiro, deitar nos braços de Hades e repousar a morte fria, dolorosa, com suspiros, gemidos e suplicas agonizantes de um moribundo.

Ônix inverteria isso em uma bela sinfonia.

A sinfonia da morte...

Era o começo da sua vingança.

Era o começo do fim dos Malfoy´s.


- O que foi? - Virgínia falou em uma voz fraca enquanto mantinha os olhos fixos na televisão. Draco voltou a enterrar as mãos nos bolsos das calças e baixou a cabeça de um modo que os cabelos loiros platinados caíssem pelos seus olhos e o escondessem de uma forma sedutora. A camisa estava relaxada sobre os ombros largos e os músculos contraídos, um sorriso malicioso cruzou em sua face quando seus dedos longos de sua mão direita encontraram uma caixinha de veludo.

O único som era a voz irritante da mulher do telejornal e do som das folhas crepitando lá fora. O fogo queimava com uma ardência grande graças à inflamação das folhas em contato com o reagente. O produto daquela reação era as grandes nuvens de fumaça que inundavam todas as casas de Noe Valley e faziam o grande festejo de São Francisco atrair mais e mais turistas ao passar dos anos.

Virginia tinha as pernas flexionadas enquanto abraçava uma almofada felpuda e média. Seu mundo se desligara do que a mulher falara e passara a tentar prever os movimentos de Draco.

O que ela sabia?

Sabia que ele parara perto da escada, enfiara as mãos nos bolsos e sorrira. Até aí, uma coisa que ela adorava ver no rosto do loiro, um sorriso... Às vezes ela até esboçava um sincero quando os dois estavam a sós, enrolados em um cobertor, com as pernas dele enroscadas nas suas e enquanto ela observava os cabelo loiros platinados dele ficarem úmidos e não se destacarem muito no contato com sua pele. Via o Loiro mais arriado na cama do que ela, com a cabeça repousada no seu ventre, perto do umbigo, as mãos rodeando o fim da cintura, e as pernas dela sendo apertadas entre as suas, enquanto os lábios entreabertos estavam colados a sua pele.

Quando acordava de um pesadelo, quase sempre que sua rotina estava sufocante, ela entrelaçava os dedos nos cabelos dele, como se aquilo mostrasse que ali era um elo que se formava. Mas as dúvidas pairavam na cabeça da ruiva, dúvidas que ela não sabia como arranjar explicações plausíveis. Dúvidas que ela queria esquecer e mandar para os confins dos confins do seu cérebro.

Ela só queria esquecer.

Esquecer e continuar a esbossar um sorriso despreocupado enquanto entrelaçava mais os dedos da sua mão na cabeleira platinada, enquanto fechava os olhos e sentia o quão macios eram os lençóis de cetim sob sua pele nua e de ter o peso do loiro ali, impedindo que ela saísse, que ela escapasse...

Mas por que iria fugir?

Apenas ninguém sabia o que o destino guardava...

Ela piscou algumas vezes quando sentiu o loiro passar, em um gesto possessivo, o braço pela sua cintura e fazê-la deitar a cabeça em seu ombro.

- O que tanto pensava?

- Besteiras...

- Você não é tão lerda para demorar tanto pra pensar em uma besteira... Ou é? - A voz de Draco era um tanto zombeteira, zombeteira demais para Virginia. A resposta veio com um tapa no lado esquerdo do peito do loiro.

- AI! Que mulher agressiva! Olha o que eu fui arranjar pra ter como esposa... AI!- Outro tapa.- Você é compulsiva nisso, sabia, Meu Bem...

- Às vezes você parece que não é meu marido, é meu irmão!

- Então o que nos praticamos toda noite se chama: Incesto!

- Draco...Você é a pessoa mais terrível que eu já conheci! Ou será que a palavra para lhe descrever seria...

- Lindo, Charmoso, Gostoso, Sarado, Fabuloso, inteligente, dotado de um porte espetacularmente perfeito, Melhor do que Apolo...

- Modesto... - Ela zombou

- Claro! - Ele fez um gesto dramático e bateu com a mão na testa. - Como eu pude me esquecer do "Modesto"? E falta um...Rico, Podre de rico...

Ele pegou uma das madeixas ruivas dos cabelos dela e começou a enrolar entre os dedos.

- Trouxe uma coisa pra você... Sabe depois daquela "festinha" que fizemos no meu escritório, pra ser mais exato, em cima da minha mesa.

- Quem foi que me levou para lá?

- Eu não ouvi reclamações, só espasmos e gemidos! Altos Gemidos... AI! É o terceiro que você me dá só nesta noite! Você esta virando maníaca nisso! - Ele reclamou massageando o local do tapa.

- O que você trouxe...- Ela falou em um tom indiferente, fixando os olhos na porta que dava para o jardim de inverno.

- Interesseira!

- Sabe de uma coisa, Draco...- A paciência já estava se esgotando. Ela sentia a raiva começar a brotar em sua corrente sanguínea e fervilhar em suas artérias e veias fazendo leves rubores aparecerem em sua bochecha.- Vai pra Mer...

- Olha a boca Suja! Eu ainda beijo esse canal onde você iria falar algo muito, MUITO, feio...

A sua vontade era esganar aquele loiro. O sorriso sarcástico estava na sua face e isso fazia sua vontade de matar ser maior. BEM MAIOR.

- Um...- Ela começou a contar. Talvez, apenas talvez, aquilo livrasse sua mente das mil e umas torturas medievais que começavam a aparecer e que ela começara a achar atrativas demais... Como castrar...

- Olha só, ela sabe contar!

- Dois...- Não, castrar era pouco. ERA POUCO DEMAIS.

- Vamos, Gininha, agora vem qual?

- Três...- Quem sabe se ela o deixasse mutilado?

- Boa menina! O próximo é...

- Quatro...- Suas mãos já tremiam e gotejavam suor.

- Gininha, meu bem - Ele sabia que ela odiava quando a chamavam de Gininha. - Isso já está cansativo! Eu já vi que você já sabe contar e... AI! VIRGÍNIA! - Ele massageou a parte detrás da cabeça enquanto via, pelo canto dos olhos, os passos pesados da mulher que parecia soltar anéis de vapor pelas orelhas de tão brava.

- Ohhhh mulherzinha temperamental! - Resmungou enquanto jogava a caixa enveludada no sofá e se levantava.

Enterrou a mão nos bolsos e as madeixas platinadas caíram pelos olhos enquanto dava um sorriso sádico e lascivo. Arqueou as costas e esticou o pescoço enquanto começava a rodear o sofá.

Pelo canto dos olhos pode ver um envelope amarelado e relativamente grosso. Retirou a mão direita do bolso e olhou para o papel dobrado.

Não havia remetente.

Não havia nada que lhe indicasse de quem era. Só uma palavra.

Abriu o envelope e seus olhos se contraíram de raiva e ódio enquanto passeavam pela sala e vasculhavam cada canto da casa possível.

Os orbes acinzentados viram uma foto da ruiva nua, deitava em um sofá enquanto alguma cosia lhe descia pelo pescoço. Os orbes se contrariam mais e ele pode ver minúsculos furos no lado direto do pescoço enquanto os orbes da ruiva desenhada olhavam o além.

Virou a carta e encontrou aquela palavra que antes não fizera sentido.

Mas agora a razão lhe aflorara e ele podia ver o desenho tomar formas reais em sua mente enquanto seus olhos se arregalavam enquanto seus lábios perdiam a cor.

No sobrescrito, no verso do desenho havia uma simples palavra:

Logo.

Continua.

Notas da Autora:

ufffff, FINALMENTE EU TERMINEI ESSE CAP! JA ESTAVA MORFANDO AQUI E DEVIA ELE A VOCES! DESCULPEM A DEMORA, MAS REALMENTE ELE NÃO QUERIA SAIR E COMO EU SEMPRE DIGO QUE ESSA MOCINHA TEM UM GENIO DESGRAÇADO...Bem, eu queria agradecer a paciencia pela espera da fic, pelos comments que me mandaram, todos que me mandaram os comments no tres v, no , no Edwiges hp e no Portal D/G, me deixaram muitoooooooo feliz e alegre para continuar essa fic!!!

Dedico a peste da minha beta, que vai me matar, me deixar surda e me torturar como sempre... As minhas miguxas do coraçao, a quem me mandou comments, e que acompanha essa fic.

Beijos

E obrigada pro tudo

Anya C.


L1Que raio de verbo é este??